Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador anjos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador anjos. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de junho de 2022

Biden e a bandeira do orgulho gay - Revista Oeste

Frank Furedi

Joe Biden | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Joe Biden | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
 
Desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden tem se ocupado de promover sua missão, que é converter o mundo a aceitar seus valores woke. Para a elite cultural norte-americana que está impondo os valores associados à política cultural identitária, isso se tornou uma espécie de missão.

É por isso que, no começo deste mês, a Embaixada dos Estados Unidos no Vaticano decidiu hastear a bandeira do orgulho LGBTQIA+ do lado de fora do prédio. Isso foi celebrado num tuíte.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos dá uma grande importância simbólica ao hasteamento da bandeira do orgulho LGBTQIA+. Às vezes, parece que, para a administração Biden, essa bandeira é mais importante que a bandeira dos Estados Unidos. Por quê?  
Porque ela agrega mais valor moral à celebração do lobby LGBTQIA+ do que a afirmação de uma bandeira que simboliza apenas a nação norte-americana.
Hastear a bandeira do orgulho LGBTQIA+ em frente à Embaixada dos Estados Unidos no Vaticano é visto pelo Departamento de Estado como um ato de sinalização de virtude especialmente significativo. Dessa forma, a Embaixada dos Estados Unidos busca comunicar para o papado a importância de levar a sério sua perspectiva sobre a sexualidade humana. 
Do ponto de vista dos imperialistas culturais que habitam o Departamento de Estado dos EUA, o catolicismo e outras instituições religiosas precisam abrir mão de suas visões tradicionais sobre sexualidade humana e abraçar a visão de mundo do lobby LGBTQIA+. [A Bíblia
Sagrada contém vários livros em que a aqui chamada sexualidade humana é condenada. Um exemplo:
Outra lista enumera:
"Também nos escritos dos Apóstolos se formulam catálogos de pecados, sobretudo em São Paulo. A lista mais completa e impressionante encontra-se na Carta aos Romanos (cf. 1, 24-32), onde achamos denunciado, de maneira muito especial, o nefando pecado da união homossexual entre homens ou entre mulheres (cf. 1, 26-28). Outra lista enumera:Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus (1Cor 6, 9-10). “Com tais indivíduos nem sequer deveis comer… Tirai o perverso de vosso meio” (1Cor 5, 11.13). Clique aqui, MATÉRIA COMPLETA ]
 
Anjos e demônios
Vale notar que a bandeira do orgulho não desafia apenas a postura do Vaticano em relação à sexualidade, mas também a base de sua teologia. De acordo com os ensinamentos cristãos, longe de ser uma virtude, o “orgulho” é considerado um pecado. Ele vê o orgulho como um pecado, porque só encontra prazer no que o destaca. Santo Agostinho comentou que “o orgulho transformou anjos em demônios”, e muitos teólogos argumentaram que o orgulho representa o primeiro passo ou o começo do pecado.

Não é preciso aceitar os ensinamentos da Igreja sobre o orgulho. No entanto, é possível imaginar que a sensibilidade diplomática em relação às opiniões e aos sentimentos das pessoas que habitam o Vaticano inibiria a embaixada norte-americana de desafiar publicamente a perspectiva religiosa e cultural de seu anfitrião.

Acontece que a administração Biden não é conhecida por sua diplomacia sutil. [por isso é que seu Governo só cresce em duas coisas: o índice crescente de reprovação ao seu governo e, infelizmente, o número crescente de ucranianos mortos na guerra que o dorminhoco garante que Zelensky a Ucrânia ganharia.] Ao contrário, ela quer que as pessoas em toda parte aprendam a viver de acordo com os seus valores.  
Uma das primeiras iniciativas de política externa de Biden foi enviar ao Departamento de Estado um memorando “para garantir que a diplomacia e a assistência estrangeira dos Estados Unidos promovam e protejam os direitos humanos das pessoas LGBTQIA+”. Biden descreveu isso como um dos “nossos valores mais caros”.  
O presidente dos EUA e sua equipe entendem que a maioria das pessoas do mundo não necessariamente concorda com ele nem com essa questão. Por exemplo, é improvável que para milhões de sul-americanos a política identitária LGBTQIA+ seja seu “valor mais caro”. Mesmo assim, a política externa norte-americana está determinada a garantir que sociedades do mundo todo subscrevam aos “valores mais caros” de Biden.

Cruzada woke

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, foi colocado no comando da cruzada global woke dos Estados Unidos. No início de 2021, Blinken anunciou que as embaixadas e os consulados dos EUA no mundo todo podiam hastear a bandeira do orgulho LGBTQIA+ no mesmo mastro que a bandeira dos Estados Unidos durante a “Temporada do Orgulho LGBTQIA+”. Em junho de 2021, uns dois meses antes da humilhante retirada norte-americana do Afeganistão, a Embaixada dos EUA em Cabul hasteou a bandeira do arco-íris. [a bem chamada humilhante retirada dos Estados Unidos foi um momento adequado para ser hastear a bandeira em questão - naquela ocasião o dorminhoco presidente americano acertou = cada derrota dos Estados Unidos e/ou da imagem americana ocorre quando Biden toma uma decisão. Percebam que logo após empossado o democrata assinou ordem executiva facilitando o aborto, agora a Suprema Corte, acertadamente, lhe deu uma rasteira.]
 
Seu Twitter afirmou:
“O mês de junho é conhecido como o Mês do Orgulho (LGBTQIA+). Os Estados Unidos respeitam a dignidade e a igualdade das pessoas LGBTQIA+ e celebram suas contribuições para a sociedade. Seguimos comprometidos com a defesa dos direitos humanos das minorias, incluídos LGBTQIA+”.

Evidentemente, era mais importante para Washington hastear essa bandeira em Cabul do que elaborar uma estratégia de retirada organizada para o Afeganistão. Parecia que as pessoas que trabalham na Embaixada dos Estados Unidos em Cabul eram ideólogos woke, em vez de diplomatas versados em geopolítica.

É só uma questão de tempo até que o Brasil se torne um alvo da cruzada imperialista woke de Washington. O país já está na mira do soft power dos Estados Unidos

Em junho de 2021, o Departamento de Estado anunciou que, liderados por Washington, “20 países copatrocinaram seu primeiro evento paralelo sobre os direitos humanos de mulheres transgênero, destacando a violência e as barreiras estruturais, legais e interseccionais enfrentadas por mulheres trans ‘racializadas’”. Ele também causou impacto ao celebrar o Dia Internacional dos Pronomes, no começo de outubro. Por meio do blog Share American, o departamento incentivou o público a “compartilhar seus pronomes”, incluindo “ze/zir/zirs”, além de se vangloriar da introdução recente do prefixo “Mx” (algo como “Sx.”) nos formulários de contato da Casa Branca.

É só uma questão de tempo até que o Brasil se torne um alvo da cruzada imperialista woke de Washington. O país já está na mira do soft power dos Estados Unidos. As organizações de mídia norte-americanas, como a Netflix, desejam transformar as crianças brasileiras em jovens ansiosos obcecados com seu gênero e sua identidade
Sem dúvida o Brasil precisa ter boas relações geopolíticas com os Estados Unidos. 
Mas, se o país quiser preservar sua soberania e seu modo de vida, é preciso resistir às tentativas dos guerreiros da cultura woke norte-americana de impor sua ideologia no Brasil.

Leia também “A ‘Nova Ordem Mundial’ de Biden”

Frank Furedi, colunista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Fake News - Alexandre Garcia: "A quem interessa calar opinião?"

 Correio Braziliense


''Não cesso de ver fake news em lugar de fatos, e o estranho é que só agora o Supremo, a Câmara e o Senado passaram a se preocupar com isso''

Quase 100 mil vidas ceifadas, milhões de empregos estraçalhados, milhares de empresas fechadas. No entanto, dois dos três poderes da República têm como prioridade fake news. 
Como se a desgraça imposta por esse estranho e atípico vírus fosse resolvida quando o brasileiro recebesse vacina obrigatória contra notícias falsas. 
Nos meus anos de vida, a primeira fake news de que lembro foi em janeiro de 1952 — eu tinha 11 anos —, em O Cruzeiro, a revista de maior circulação na época. O fotógrafo Ed Keffel fez fotos numa montagem e a revista publicou como discos voadores na Barra da Tijuca. E vendeu muito por isso. Desde então, não cesso de ver fake news em lugar de fatos, e o estranho é que só agora o Supremo, a Câmara e o Senado passaram a se preocupar com isso.
Parece mais um movimento comercial contra o fim de monopólio da informação.

César Maia, pai do presidente da Câmara, denunciou algo mais pérfido que uma notícia falsa: o factóide. Parece fato, tem aparência de fato, é embrulhado como fato, mas serve para “embrulhar” o leitor, o ouvinte, o telespectador. O Wall Street Journal acaba de ter uma espécie de rebelião na redação, exigindo que notícia e opinião venham separados, não misturados. Fofocas e mexericos costumam vir disfarçados de notícia. A preocupação do Congresso e do Supremo, no entanto, só visa as redes sociais, exatamente o instrumento pelo qual todos ganharam voz, para reivindicar, desabafar, sugerir, opinar, criticar. Como se trata de gente, não de anjos, também há ódios, mentiras, maus conselhos, ofensas. Para esses, a própria comunidade digital tem os anticorpos: a capacidade de pesquisar e derrubar a mentira, de responder, de boicotar, de expor o ofensor.

E as leis também têm os remédios, o Código Penal e até a Lei de Segurança Nacional. O que querem inventar então? 
A quem interessa calar opinião, restringir a liberdade de expressão, a censura prévia, o direito de defesa, acusar de crime não previsto na legislação? 
Fica no ar o mau cheiro da fumaça de totalitarismo. Uma caça às bruxas, mais parecendo um macartismo de sinal invertido.

Que personagens da ficção esses agentes da censura estariam personificando? 
O perigoso Big Brother, o Irmão mais Velho, de George Orwell, que policiava até pensamento?
Melhor que seja um risível Mago de Oz, que, atrás do biombo que o protegia, ameaçava com fogo e trovões, mas acabou desmascarado como charlatão pela menina Dorothy.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Suécia, vida e morte - O Globo

Demétrio Magnoli


O colapso econômico cobra vidas

Os secretários estaduais de Saúde bateram a porta na cara do agora ex-ministro Nelson Teich. Diante de uma proposta de diretrizes sobre níveis de distanciamento social, responderam que, enquanto a curva da epidemia sobe, não é hora de discutir o assunto. Nossa polarização política reflete-se como guerra retórica entre dois extremismos. Num polo, Bolsonaro e seus lunáticos fantasiam-se de defensores da economia e dos empregos. No extremo oposto, configura-se um fundamentalismo epidemiológico que, vestido com a roupagem da ciência, exibe-se como o exército da vida. A Suécia oferece uma alternativa à dicotomia irracional.

O país escandinavo rejeitou a polaridade filosófica vida versus morte e sua tradução estratégica: saúde pública versus economia. Distinguindo-se de quase toda a Europa, navega por medidas brandas de isolamento social que não abrangem quarentenas extensivas. O fundamentalismo epidemiológico acusou-a de renegar a ciência, cotejou sua taxa de mortalidade por Covid (34 por 100 mil) com a de seus vizinhos (Noruega: 4,3; Finlândia: 5,1) e, num julgamento sumário, declarou-a culpada de desprezo pela vida.


O governo sueco não classificou a doença como “uma gripezinha”, recusando o negacionismo. Como o resto da Europa, definiu o objetivo de “achatar a curva”. Mas modulou a estratégia para o longo prazo, estimando que a vacina tardará. Aceitou, portanto, taxas maiores de óbitos imediatos, em troca da mesma mortalidade que os outros no horizonte da imunidade coletiva. No plano epidemiológico, um veredicto justo deve aguardar o momento redentor da vacinação em massa.

O parâmetro sueco não é suprimir o vírus pelo bloqueio social, mas evitar as mortes evitáveis — ou seja, preservar a capacidade hospitalar de atendimento de casos graves. Nesses dias, após “achatar a curva”, os governos europeus começam suas reaberturas, ainda em meio a milhares de contágios. Todos rendem-se ao mesmo parâmetro — e, claro, enfrentam a voz indignada dos anjos da vida.

Os anjos estão errados, por motivos pragmáticos e filosóficos. O colapso econômico cobra vidas. A depressão mundial lançará cerca de 130 milhões de pessoas na vala da fome. O desemprego crônico, com seu cortejo de alcoolismo e opioides, corta a expectativa de vida em mais de cinco anos
Por que a vida de um faminto ou de um desempregado vale menos que a de um infectado pelo vírus?

A Suécia levou em conta um valor que escapa ao domínio epidemiológico: as liberdades civis. Quarentenas prolongadas achatam direitos, tanto quanto a curva de contágios. A liberdade ou a segurança? No caso da Aids, que matou 32 milhões, jamais restringimos as atividades sexuais, impondo legalmente testagens aos parceiros para evitar a difusão do vírus. A filosofia moderna nasceu com a declaração do direito à revolta contra governos tirânicos. A escolha de viver em liberdade deflagra rebeliões, que causam conflitos e mortes.

No plano dos valores, quarentenas justificam-se pela interdição ética fundamental de deixar pacientes morrerem sem tratamento apropriado. Itália, Espanha e França recorreram ao lockdown precisamente diante desse abismo. A Alemanha, que não chegou perto dele, preferiu uma quarentena moderada — e começa a reabrir em nome dos “direitos constitucionais”.

O exemplo sueco não indica que os italianos erraram — e não serve para moldar as respostas brasileiras a uma curva exponencial. Por outro lado, é a bússola mais precisa para nortear o debate, em todos os lugares, sobre lockdowns, quarentenas e flexibilizações. A epidemiologia militante, iracunda e intolerante, não tem o direito de invocar uma aliança preferencial com a vida, rotulando como arautos da morte os que ousam contestar suas receitas.

Demétrio Magnoli, jornalista - O Globo


segunda-feira, 13 de maio de 2019

“Garantistas”

Seus anjos preferidos são os tribunais superiores. O mais valioso deles é a banda podre do STF


Publicado na edição impressa de VEJA

Você sabe o que é um “garantista”? É muito provável que já tenha ouvido falar, pois a Justiça, as leis e o Código Penal passaram a ser conversa de botequim no Brasil desde que a Operação Lava-Jato começou a incomodar a sério um tipo de gente que jamais tinha sido incomodado na vida. Cinco minutos depois de ficar claro que o camburão da polícia podia, sim senhor, levar para o xadrez empreiteiros de obras públicas, gigantes da alta ou baixa política e milionários viciados em construir fortunas com o uso do Tesouro Nacional, já estava formada uma esquadra completa de cidadãos subitamente preocupados com a aplicação da lei nos seus detalhes mais extremos — ou melhor, a aplicação daquelas partes da lei que tratam dos direitos dos acusados da prática de crimes. É essa turma, justamente, que passou a se apresentar como “garantista”. Sua missão, segundo dizem, é trabalhar para que seja garantido o direito de defesa dos réus até os últimos milímetros. Seu princípio essencial é o seguinte: todo réu é inocente enquanto negar que é culpado.

Essa paixão pela soberania da lei, que chegou ao seu esplendor máximo com os processos e as condenações do ex-presidente Lula, provavelmente nunca teria aparecido se o direito de defesa a ser garantido fosse o dos residentes no presídio de Pedrinhas, ou em outros resorts do nosso sistema penitenciário. Esses aí podem ir, como sempre foram, para o diabo que os carregue. Mas a criminalidade no Brasil subiu dramaticamente de classe social quando a Justiça Federal, a partir da 13ª Vara Criminal do Paraná, resolveu que corrupto também estava sujeito às punições do Código Penal. O código dizia que corrupção era crime, claro, mas só dizia — o importante, mesmo, era o que não estava dito. Você sabe muito bem o que não estava dito: que corrupção é crime privativo da classe “A” para cima, e, como gente que vive nessas alturas nunca pode ir para a cadeia, ficavam liberadas na vida real as mil e uma modalidades de roubar o Erário que a imaginação criadora dos nossos magnatas vem desenvolvendo desde que Tomé de Souza entrou em seu gabinete de trabalho, em 1549.

Outra classe, outra lei. Descobriu-se, desde que o Japonês da Federal apareceu para levar o primeiro ladrão top de linha da Petrobras, que no Brasil o direito de defesa deveria estar acima de qualquer outra consideração. Quem defende um corrupto, na visão do “garantismo”, deve ter mais direitos do que quem o acusa. Não se trata, é óbvio, de ficar dizendo que a acusação é obrigada a provar que o réu cometeu o crime. Ou que todo mundo é inocente “até prova em contrário”. Ou que ninguém é culpado enquanto estiver recorrendo da sentença. Ou que é proibido linchar o réu, ou dar à opinião pública o direito de condenar pessoas — e outras coisas que vêm sendo repetidas há mais de 200 anos. Nada disso está em dúvida. O que se discute, no atual combate à corrupção, é outra coisa: é a ideia automática, em nome do direito de defesa, de usar a lei para desrespeitar a lei. É compreensível que os criminosos se sirvam das leis para adquirir o direito de praticar crimes sem punição? Quando fica assim, não se pode conseguir nada melhor, realmente, em matéria de tornar a lei uma ficção inútil.

Existe, naturalmente, muita gente que tem uma argumentação honesta, inteligente e sensata em favor do direito de defesa — uma garantia essencial para proteger o cidadão da injustiça e das violências da autoridade pública. Mas é claro que o problema não está aí. O problema começa quando essas garantias da lei passam a ser usadas como incentivo ao crime. O mandamento supremo dos “garantistas” determina que é indispensável fazer a “defesa absoluta da lei”. Não importa quais venham a ser as consequências de sua aplicação; o que está escrito tem de ser obedecido. Mas quem realmente ameaça a lei, em primeiro lugar, é o crime, e não quem quer punir o criminoso. Quando a lei, na realidade prática, existe para proteger o crime, pois foi escrita com esse objetivo, defender a lei passa a ser defender o criminoso. Vêm daí, e de nenhum outro lugar, a quantidade abusiva de recursos em favor do acusado, a litigância de má-fé e a elevação da chicana, ou seja, da sacanagem aberta, ao nível de “advocacia”.
 
“Garantista” em guerra contra a Lava-Jato, em português claro, é quem joga esse jogo. Seu foco mais ativo são os escritórios de advocacia milionários que se especializam na defesa de corruptos. Seus anjos preferidos são os tribunais superiores. 

Edição da semana 2634 01/01/1970 
Acesse o índice 
Assine 
Leia grátis por 30 dias no







J R Guzzo - Blog Fatos - Revista Veja