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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Lula, Dilma, os aviões de carreira e os jatinhos



Se há transporte onde pobre não embarca é nesses jatinhos a que Lula e Dilma se afreguesaram.




Quem nunca disse bobagem que atire a primeira pedra. Por prudência, e em benefício das minhas, só me disponho a fazê-lo quando as bobagens passam a ser insistentemente repetidas, tais como o petismo parece prescrever a seus discípulos. 

É nessa toada de repetir frases sem nexo com a realidade, em busca de um efeito político, que Lula conseguiu a proeza de dizer e repetir três tolices numa única e bem conhecida frase. Ei-las: 1ª) graças aos governos petistas, pobres viajam de avião, 2ª) os ricos a bordo não gostam dessa companhia e 3ª) por coisas assim, os ricos são contra o PT.

Quem dera fosse verdadeira a afirmação de que pobres viajam de avião! Nossas companhias aéreas seriam blue ships na bolsa de valores, beneficiadas pelo ingresso, em seu mercado, de 60% da população nacional! Chega a ser cruel essa afirmação num país em que os pobres têm dificuldades para custear a tarifa dos ônibus. Quem viaja de avião comprando o próprio bilhete não pode ser considerado pobre. Essa possibilidade é ainda menor se levarmos em conta os autoindulgentes parâmetros socioeconômicos desenvolvidos pelo marketing petista que criou uma classe média a partir de R$ 300. Pobre, então, seria alguém com renda inferior a essa.

Por outro lado, a ideia de que a presença de pobres a bordo das aeronaves comerciais seja incômoda aos outros passageiros é um agravo gratuito tanto a uns quanto a outros. Na minha experiência, a bordo só são incômodos os bêbados, os mal-educados e os malcheirosos. Lula, então, estaria confundindo pobreza com isso e riqueza com esnobismo. Finalmente, afirmar que a suposta ascensão social dos miseráveis teria sido a causa do antagonismo que o PT enfrenta é a maior das três leviandades contidas na tal frase. A ascensão social de todos a todos beneficiaria, ora essa!

Com três tolices em uma única afirmação, Lula e aqueles que as repetem expressam a patologia ideológica que os faz necessitar do conflito (no caso, do conflito de classes) tanto quanto um intelecto livre necessita da verdade. E sobre a relação de Lula com a verdade ninguém pode falar com mais conhecimento de caso e causa do que dona Marisa Letícia.

Aliás, se há transporte onde pobre não embarca é nesses jatinhos a que Lula e Dilma se afreguesaram. Imagino que já levem mais de uma década sem enfrentar as filas, os apertos e os pacotinhos de bolacha dos aviões de carreira. Essas viagens seriam muito valiosas para ambos aferirem sua popularidade.

http://www.puggina.org/



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Um legado do lulopetismo

Não deveria espantar a projeção, publicada pelo Estado, de que 3,3 milhões de famílias que haviam chegado à classe C entre 2006 e 2012 farão o caminho de volta para a base da pirâmide até 2017. Também não deveria causar surpresa a previsão segundo a qual o PIB per capita brasileiro terá em 2020 o mesmo nível de 2010, afetando drasticamente o padrão de vida da festejada “classe média emergente”. Trata-se da confirmação das advertências que há tempos vêm sendo feitas a respeito da fragilidade dessa ascensão social, tratada na última década pelo governo petista como a prova do acerto de sua política econômica.

Em meio a uma recessão que promete ser longa e dolorosa, ficaram claros os erros grosseiros dessa política, em especial aqueles que arrebentaram as contas públicas em nome do assistencialismo travestido de redistribuição de renda e que construíram a tal “nova classe média” com base exclusivamente no aumento do poder de consumo, garantido pelo crédito farto que só existia em razão da conjuntura externa favorável. Na época de ouro do lulopetismo, no entanto, quem quer que ousasse apontar a vulnerabilidade dessa nova classe média era logo classificado de “pessimista” – ou, pior, inimigo do povo.

No décimo aniversário do Bolsa Família, em outubro de 2013, quando a tempestade que se aproximava ainda era confundida com chuva de verão, o ex-presidente Lula caprichou na retórica divisiva, atribuindo as críticas à política petista a uma certa “elite” incomodada pela “ascensão do pobre”. “O cidadão vai para o aeroporto, chega lá e vê a empregada dele com a família no avião, pegando o lugar dele. Eu sei que é duro”, discursou Lula. No mesmo embalo, durante a campanha de 2014, a presidente Dilma Rousseff disse que “33 milhões viajaram de avião em 2002, hoje são 113 milhões e, em 2020, serão 200 milhões” – algo que, segundo ela, “incomoda muita gente”.

Ao final de 2015, o sonho da classe C que viaja de avião se transformou no pesadelo dos pobres que mal conseguem pagar a passagem de ônibus para ir atrás de um emprego. “Estamos vivendo, infelizmente, o advento da ex-nova classe C”, resumiu o economista Adriano Pitoli, responsável pelo estudo da Tendências Consultoria Integrada que mediu o impacto da crise nessa faixa socioeconômica.

A pesquisa levou em conta uma projeção segundo a qual a economia deverá recuar 0,7% ao ano entre 2015 e 2017 e a massa real de rendimentos cairá 1,2% ao ano, ao mesmo tempo que o desemprego deverá chegar a quase 10%. Nesse cenário de dificuldades, emergem os problemas estruturais que tornam difícil para os que chegaram à classe C lá permanecer: baixa escolaridade, que limita a possibilidade de obter empregos de melhor remuneração; acesso a trabalho apenas no mercado informal, com escassa proteção social; e nenhuma poupança, já que, graças ao estímulo oficial ao consumo, a pouca renda acabou sendo comprometida integralmente na aquisição de bens, geralmente por meio de forte endividamento.

A situação calamitosa da economia afeta especialmente a base da pirâmide, mas será sentida em quase todas as outras faixas de renda. “É uma década perdida em termos de padrão de vida”, disse ao jornal Valor o pesquisador Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).

E a perspectiva é sombria para os próximos anos: segundo o economista Antonio Corrêa de Lacerda, também ouvido na reportagem, o PIB per capita em dólares deve cair de US$ 11.566 em 2014 para US$ 8.490 neste ano e para US$ 7.900 em 2018. Isso significa que a renda dos brasileiros estará cada vez mais distante do padrão de países desenvolvidos – mesmo aqueles que enfrentam brutais dificuldades, como a Grécia, cujo PIB per capita é de US$ 21.682.

Esse é, pois, em resumo, um dos grandes legados do lulopetismo, que será sentido por gerações, e que só poderá ser superado por meio de uma grande mobilização nacional em torno de um projeto de país radicalmente distinto das fantasias irresponsáveis criadas por Lula e companhia bela.


Fonte: Editorial - O Estado de São Paulo

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Bolsonaro vacilou. A iniciativa de não sentar ao lado do Wyllys tinha que ser dele, Bolsonaro. Não deveria ter dado espaço para o ex-BBB aparecer

Bolsonaro acusa Jean Wyllys de heterofobia por recusar assento ao seu lado


Os dois deputados pegaram o mesmo voo no Rio de Janeiro com destino a Brasília e acabaram em assentos lado a lado no avião

Os deputados federais Jair Bolsonaro (PP) e Jean Wyllys (PSOL) não têm uma relação política muito amigável e já estiveram envolvidos em algumas desavenças. Nesta terça-feira (6/4), Bolsonaro divulgou no Facebook um vídeo que mostra Jean Wyllys mudando de lugar em um voo ao descobrir que seu assento era ao lado do outro deputado. Procurada pelo Correio, a assessoria do deputado Jean Wyllys disse que ele não tem nada para falar sobre o caso. 

Vejam vídeo do esculacho que Wyllys levou de um garoto de 19 anos

Na publicação do Facebook, Bolsonaro acusou Jean Wyllys de intolerante, preconceituoso e heterofóbico. "Estou me sentindo discriminado aqui, imaginem se fosse o contrário."

O voo partia do aeroporto do Rio de Janeiro com destino a Brasília.

 

quinta-feira, 26 de março de 2015

Copiloto jogou avião para baixo deliberadamente

Piloto ficou trancado do lado de fora da cabine, dizem promotorias

Gravações do Airbus indicam que um dos comandantes do voo tentou, em vão, arrombar porta do cockpit

Os mistérios acerca da queda do Airbus da Germanwings com 150 pessoas a bordo ganhou novos contornos quando um investigador disse ao "New York Times" que as provas de um gravador de vozes indicam que um dos pilotos deixou a cabine antes da queda e foi incapaz de voltar. Ele teria tentado arrombar a porta. Caso os registros realmente apontem para isto, surgem teorias variadas como sabotagem, suicídio ou inconsciência do comandante que estava sozinho na cabine. As promotorias alemã e francesa confirmaram a informação. 



Um alto funcionário militar envolvido na investigação descreveu conversas muito tranquilas entre os pilotos durante a primeira parte do voo de Barcelona até Düsseldorf. Em seguida, o áudio indicou que um dos pilotos deixou a cabine e não conseguiu voltar. Não se sabe qual deles foi.  “O homem do lado de fora está batendo de leve na porta e não há nenhuma resposta”, disse o investigador. "Então ele passa a bater mais forte e nunca há uma resposta. É possível ouvir que ele está tentando arrombar a porta”.

Nos novos aviões da Airbus, para abrir a porta trancada, um comandante dentro da cabine precisa destravá-la de dentro, através de uma chave no painel. Nas gravações, como não há voz de dentro da cabine, é possível presumir que o piloto que estava no comando não teria experimentado um problema técnico, já que teria relatado a situação.

Uma dúvida que ainda paira é a de como o avião teria começado a cair, pois estava no piloto automático após atingir altura e velocidade de cruzeiro. Segundo especialistas, poderia ser tanto sabotagem quanto algum mal súbito que derrubaria a alavanca responsável pela altura.

Enquanto o áudio parecia dar algumas pistas sobre as circunstâncias que levaram ao acidente, a gravação também deixou muitas perguntas sem resposta. “Não sabemos ainda a razão pela qual um dos pilotos saiu”, disse o funcionário, que pediu anonimato porque a investigação está em andamento. “Mas o que é certo é que no final do voo, o outro piloto está sozinho e não abre a porta”.

Os dados do gravador de voz parecem apenas aprofundar o mistério em torno do acidente. A queda do avião de 38 mil pés de altura durante cerca de 10 minutos foi alarmante, mas gradual o suficiente para indicar que o Airbus A320 não havia sofrido grandes danos. Em nenhum momento durante a descida houve qualquer comunicação a partir da cabine para controladores de tráfego aéreo ou qualquer outro sinal de emergência.
O Departamento de Investigações e Análises da França confirmou apenas que as vozes humanas e outros sons tinham sido detectados e seriam submetido a uma análise detalhada.


Questionada sobre a nova evidência revelada nas gravações da cabine, Martine del Bono, porta-voz do departamento, se recusou a comentar. — Nossas equipes continuam a trabalhar na análise das gravações da cabine — disse ela — Assim que tivermos informações precisas temos a intenção de realizar uma coletiva.

Continua o mistério do vôo MH-370 - mais de um ano e nada

quarta-feira, 25 de março de 2015

França vê pouca chance de terrorismo em queda de avião que matou 150 – e o vôo da Malaysia Airlines; quando o mistério do seu desaparecimento será revelado?



Airbus A320 da companhia alemã se chocou contra os Alpes franceses nesta terça-feira
O governo francês não privilegia a hipótese terrorista no acidente de avião da companhia alemã Germanwings, que caiu na terça-feira nos Alpes franceses e provocou a morte das 150 pessoas que estavam a bordo, afirmou o ministro do Interior.  "Todas as hipóteses devem ser consideradas até que a investigação apresente resultados, mas a hipótese terrorista não é privilegiada", disse Bernard Cazeneuve à rádio RTL.  "Há uma concentração de partes do avião em um espaço de um hectare e meio. É um espaço importante porque o impacto foi importante, mas isto mostra que o avião provavelmente não explodiu", completou o ministro.

E o vôo MH 370? que aconteceu realmente? Leia mais

Bernard Cazeneuve disse que nas próximas horas os especialistas devem começar a analisar os dados da caixa-preta encontrada na terça-feira, que corresponde à gravação das conversas e aos sons da cabine dos pilotos. Dez médicos legistas serão enviados ao local para identificar os corpos.

Autoridades retomam busca de corpos e destroços
A perigosa operação para recuperar os destroços do avião da companhia alemã Germanwings que caiu na terça-feira ao sul dos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, a maioria alemães e espanhóis, foi retomada nesta quarta-feira. A caixa-preta encontrada na terça-feira, a que registra as conversas dos pilotos, está danificada, mas pode ser analisada informou à AFP uma fonte próxima à investigação. "A caixa-preta encontrada é a CVR (cockpit voice recorder)", disse a fonte.   "Foi enviada a Paris para que seja analisada pelo BEA" (Escritório de Investigação e Análises), completou.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou que a caixa-preta está danificada, mas o conteúdo pode ser utilizado.  "Será necessário reconstituí-la", disse.  Ao mesmo tempo, o ministro explicou que o governo francês não privilegia a hipótese terrorista na investigação das causas do acidente.  Os investigadores prosseguem com as buscas pela segunda caixa-preta, a "FDR" (Flight Data Recorder), que grava os dados do voo segundo por segundo, uma tarefa que será complexa em consequência da dispersão de partes do avião em uma ampla área montanhosa de difícil acesso entre Digne-les-Bains e Barcelonette (Alpes da Alta Provença).  Segundo o general francês David Galtier, "os pedaços de corpos humanos localizados não são maiores que uma pequena maleta".

Entre os milhares de pedaços da aeronave foi possível identificar apenas o trem de pouso, segundo um investigador, o que levanta a possibilidade de que o avião se desintegrou no choque com as paredes rochosas.  A chanceler alemã, Ângela Merkel, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente francês, François Hollande, visitarão o local da tragédia, que conta com mais de 300 policiais e 100 bombeiros.  Alemanha e Espanha são os países mais afetados pelo número de vítimas.

O Airbus A320 da Germanwings, uma companhia de baixo custo, filial da Lufthansa, caiu na terça-feira em uma área com montanhas que chegam a 3.000 metros de altura. A aeronave seguia de Barcelona (Espanha) para Düsseldorf (Alemanha) com 144 passageiros e seis membros da tripulação a bordo.

O pior acidente em 30 anos
 A catástrofe aérea, que provocou uma grande comoção na Europa, foi a pior registrada na França em mais de 30 anos.  Na Espanha, o governo decretou três dias de luto nacional. Os reis Felipe VI e Letizia cancelaram uma visita de Estado à França que havia começado poucas horas antes.

Entre as vítimas estão 67 alemães, incluindo dois bebês e 16 adolescentes de Haltern (noroeste da Alemanha), que retornavam, ao lado de duas professoras, de um intercâmbio escolar na Espanha.  Entre os passageiros estavam 45 pessoas com sobrenomes latinos, segundo a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría.  Dois colombianos e dois argentinos estariam no voo, assim como três mexicanos, segundo a chancelaria do país.  Dois australianos e pelo menos um belga também estão entre as vítimas. 

Também estão entre as vítimas dois cantores de ópera de Düsseldorf, o baixo-barítono Oleg Bryjak, de 54 anos, e a contralto Maria Radner, 33, que viajava com o marido e seu bebê.  A localidade de Seyne-les-Alpes aguarda a chegada dos parentes das vítimas.  O tenente-coronel Jean-Marc Ménichini, da gendarmaria, informou que 30 investigadores e médicos legistas integrarão as equipes nos helicópteros de busca. 

A tarefa vai tomar pelo menos uma semana, advertiu.  "O acesso ao local é muito complicado. É uma área de muitas montanhas, muito elevada e é muito difícil chegar no local no inverno, a não ser pelo ar", disse Francoise Pie, morador da região.  Uma unidade de emergência médico-psicológica foi estabelecida no hospital de Digne-les-Bains e outra será instalada em Seyne-les-Alpes, com intérpretes de espanhol e de alemão.

Fonte: AFP

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Maria Lúcia Victor Barbosa, Dercy Gonçalves e o ódio a Lula



LULA DA SILVA E DERCY GONÇALVES
Dercy Gonçalves era uma atriz popular que fazia da esculhambação fator de seu sucesso
. Lula da Silva é o presidente da República que buscando o sucesso esculhamba para ser popular. O que os faz semelhantes? O uso de palavrões, pois não sei se Dercy era alcoólatra. O que os faz diferentes? Dercy, a debochada, não estava investida da autoridade do mais alto cargo da República. Lula da Silva está.

Pode ser que tenha se tornado politicamente correto usar palavrões. Que seja interpretado como preconceito criticar o presidente por ele esbanjar palavras de baixo calão que passam pelos tradicionais “p...m”, “p...rra” e mais recentemente o “sifu”. Lembre-se ainda do “ponto G” que o presidente brasileiro agraciou o companheiro Bush ou outros gracejos e gracinhas, ditos no auge do entusiasmo que ocorre nos palanques de onde ele só desce para viajar ao exterior.

Os “adornos” linguísticos com os quais Lula da Silva entremeia suas falas por sinal muito aplaudidas, talvez possam ser explicados por conta de sua origem sindical e petista. Como ele nunca sabe de nada, certamente ainda não percebeu que deve ser comportar como presidente da República e não como líder de metalúrgicos. Nesse caso, falta alguém do cerimonial ou de sua intimidade palaciana que ouse lhe dizer que não fica bem um presidente tão sem educação, tão sem compostura, tão grosseiro. Enfim, que ele não é Dercy Gonçalves nem animador de auditório e que porta de fábrica é realidade diferente de Palácio do Planalto.

Mas se algum corajoso advertir Lula da Silva sobre a impropriedade de seu comportamento, sobre a necessidade de controlar seus rompantes, provavelmente etílicos, sobre os limites entre o humor e boçalidade, poderá em troca receber um ou mais palavrões com “argumentações” mais ou menos assim: “sou um sucesso, sou a cara do povo e como o povo fala palavrão, o que me identifica com meu eleitorado, vou continuar e ninguém tem nada com isso”.

Mas será que o povo brasileiro fala tanto palavrão? Depende do lugar, como um estádio de futebol, na hora em que o juiz rouba para o time adversário. Em algum momento da intimidade familiar ou de amigos. Diante de certos transtornos do cotidiano como exclamação de contrariedade. Mas não é comum nas conversas diárias soltar o “verbo diarréico”. Também dele não costumam fazer uso, profissionais em geral ao se dirigir aos seus clientes ou pacientes, autoridades em cerimônias públicas. Com exceção, é claro, do governador do Paraná, Roberto Requião, que prima pela linguagem desabrida e pelo estilo truculento.

Naturalmente, alguns membros do governo Lula da Silva são seguidores do chefe. É o caso de Marco Aurélio Garcia, celebrizado por gestos obscenos o famoso gesto do
TOP TOP com o qual ele e um ASPONE comemoraram a “sorte” do governo Lula não ser responsabilizado pelo acidente com o avião da TAM, no qual morreram queimados vivos 199 pessoas.] E de madame Favre ou Suplicy com seu imortal “relaxa e goza”.
Como a primeira-dama parece ter sido agraciada com o silêncio obsequioso, não se sabe se também segue o estilo Dercy Gonçalves, mas se pode imaginar o que é ouvido nas reuniões do PT, quando cadeiradas são desferidas democraticamente. 

No mais, os ministros de Lula da Silva têm caído às pencas por corrupção, mas não costumam falar palavrões, pelo menos em público. Alguns até podem ter pensado em algum “sifu”, como José Dirceu ou Palocci, mas, se pensaram, engoliram em seco. Em todo caso, digamos que a imensa popularidade de Lula da Silva transforme seu linguajar chulo em moda. Você diria a uma pessoa: “bom dia”. E ela responderia: “vá à m...”. E assim por diante. Tudo muito natural. Tudo politicamente correto. E coitado daquele que se queixasse de quem o insultou. O preconceituoso seria preso por crime hediondo e inafiançável.  Aliás, na era Lula da Silva o correto, o certo, o elegante é quebrar escolas e bater nos professores. Invadir propriedades produtivas e destruir o patrimônio alheio. 

Exacerbar a violência, inclusive nas torcidas de futebol. E chic mesmo hoje em dia é ser assaltado. Morrer à espera de atendimento do SUS, de dengue ou de bala perdida, de preferência gritando um palavrão no derradeiro momento, seguido do brado “viva Lula”, esse grande inaugurador de um Brasil feito de mentira, de propaganda enganosa, medíocre e vulgar.

Consola saber que ainda existem, brasileiros dignos. A tragédia que se abateu sobre Santa Catarina mostrou comoventes exemplos de solidariedade e de coragem da população, dos bombeiros, dos militares, de todo o país que se mobilizou para ajudar as vítimas. E se a dor dos catarinenses que perderam parentes, casas, pertences, permanece insepulta, o Estado já se levanta, reorganiza o caos, retoma o trabalho e a produção. Enquanto isso Lula da Silva, cujo governo não agiu preventivamente em Santa Catarina para impedir a catástrofe, prossegue apenas discursando, gracejando, proferindo impropérios para o gáudio da platéia de bajuladores. Perto dele Dercy Gonçalves é santa.


Por: Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga