Piloto ficou trancado do lado de fora da cabine, dizem promotorias
Gravações do Airbus indicam que um dos comandantes do voo tentou, em vão, arrombar porta do cockpit
Os mistérios acerca da queda do Airbus da Germanwings com 150 pessoas a
bordo ganhou novos contornos quando um investigador disse ao "New York
Times" que as provas de um gravador de vozes indicam que um dos pilotos
deixou a cabine antes da queda e foi incapaz de voltar. Ele teria
tentado arrombar a porta. Caso os registros realmente apontem para isto,
surgem teorias variadas como sabotagem, suicídio ou inconsciência do
comandante que estava sozinho na cabine. As promotorias alemã e francesa
confirmaram a informação.
Nos novos aviões da Airbus, para abrir a porta trancada, um comandante dentro da cabine precisa destravá-la de dentro, através de uma chave no painel. Nas gravações, como não há voz de dentro da cabine, é possível presumir que o piloto que estava no comando não teria experimentado um problema técnico, já que teria relatado a situação.
Uma dúvida que ainda paira é a de como o avião teria começado a cair, pois estava no piloto automático após atingir altura e velocidade de cruzeiro. Segundo especialistas, poderia ser tanto sabotagem quanto algum mal súbito que derrubaria a alavanca responsável pela altura.
Enquanto o áudio parecia dar algumas pistas sobre as circunstâncias que levaram ao acidente, a gravação também deixou muitas perguntas sem resposta. “Não sabemos ainda a razão pela qual um dos pilotos saiu”, disse o funcionário, que pediu anonimato porque a investigação está em andamento. “Mas o que é certo é que no final do voo, o outro piloto está sozinho e não abre a porta”.
Os dados do gravador de voz parecem apenas aprofundar o mistério em torno do acidente. A queda do avião de 38 mil pés de altura durante cerca de 10 minutos foi alarmante, mas gradual o suficiente para indicar que o Airbus A320 não havia sofrido grandes danos. Em nenhum momento durante a descida houve qualquer comunicação a partir da cabine para controladores de tráfego aéreo ou qualquer outro sinal de emergência.
O Departamento de Investigações e Análises da França confirmou apenas que as vozes humanas e outros sons tinham sido detectados e seriam submetido a uma análise detalhada.
Continua o mistério do vôo MH-370 - mais de um ano e nada
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