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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Quem vai parar o arbítrio supremo? - Rodrigo Constantino

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB, pela suposta participação em uma organização digital criada para realizar ataques à democracia. Jefferson foi detido ainda pela manhã, horas após a determinação de Moraes. Logo no início da manhã, momentos antes da prisão, Roberto Jefferson se manifestou pelas redes sociais sobre a ação. “A Polícia Federal foi a casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou.

Em uma segunda publicação, Jefferson voltou a se manifestar com ofensas ao ministro Alexandre de Moraes e comparou a ação com episódios ocorridos na Venezuela. "Ele está repetindo os mesmos atos do Supremo da Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas. Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade", escreveu.

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou o pedido de prisão: "Na minha visão é aquela história né, tenho visto que o ex-deputado Roberto Jefferson faz as críticas aí que se podem colocar como pesadas. Se o camarada se sente ofendido ele tem que buscar o devido processo. O ministro Alexandre de Moraes tem uma certa prerrogativa, mas essa história de mandar prender é meio complicado".

Leandro Ruschel contextualizou a prisão: "PGR abriu inquérito dos 'atos antidemocráticos' e não encontrou crime, pedindo arquivamento do caso. Arquivamento é obrigatório quando pedido pelo MP. Inquérito foi arquivado, mas outro idêntico foi aberto DE OFÍCIO, com mesma delegada. Ali foi pedida prisão do Bob Jeff". Ruschel ainda perguntou: "Na época da ditadura militar, algum presidente de partido chegou a ser preso por crime de opinião?"
Além disso, Moraes determinou a suspensão das contas de Jefferson nas redes sociais. Lula teve em algum momento suas contas em redes sociais apagadas, por acaso?

Quem aplaude isso não liga a mínima para o Estado de Direito! O que temos é o puro arbítrio de um homem, não um império das leis. Bob Jeff, como ficou conhecido, é bem estridente em suas críticas, ultrapassa alguns limites? Sim. Mas isso não é crime. Não justifica prisão arbitrária.
Todo regime totalitário testa limites com alvos mais radicais. Já temos um jornalista, um deputado e um presidente de partido presos dessa forma abusiva. Mas isso é só o começo! O silêncio da sociedade, a inação dos órgãos competentes, o “apenas cumprindo ordens” dos que executam tais prisões, tudo isso é um convite ao caos!

Enquanto isso, o embaixador chinês no Brasil achou adequado fazer piada bem brasileira, e os vassalos da ditadura chinesa curtindo, rindo. Hienas costumam rir muito mesmo, até o dia em que chegar a sua vez, como sempre ocorre no comunismo! Não entendem que a porteira aberta para perseguir seus desafetos de hoje significa o poder supremo para perseguir qualquer um amanhã.

E o pior é que tal postura vem de supostos liberais também! Foi o caso do jornalista Guilherme Macalossi, da Rádio Band, parceira da China. Só faltou o “liberal” fazer coro ao “chefinho” e colocar um "grande dia" no final de sua defesa indecente a esta prisão abusiva:  E não é um jornalista qualquer mais insignificante apenas. É a mídia tradicional, aplaudindo o arbítrio porque o alvo é Bolsonaro. A nossa imprensa em geral tem alimentado o monstro por visão míope, agindo como cúmplice de um estado policialesco.

Isso não vai acabar bem. A única saída institucional, antes que o pior aconteça ao país, depende de Rodrigo Pacheco. Tenha coragem de agir, senador! Coloque a democracia e a liberdade acima de eventuais medos. A bola para impor limites constitucionais ao abuso de poder está com o senhor. Marque esse gol. O tempo urge!  A alternativa é o Brasil virar uma Venezuela de vez, controlado por meia dúzia de togados, ou então os militares darem um basta - o que encontra apoio cada vez maior nas redes sociais. Nenhum dos dois cenários é alentador. Por isso mesmo caberia a quem tem o mecanismo institucional nas mãos agir o quanto antes.

O Brasil precisa de um impeachment de um ministro do STF, para deixar claro que não é terra sem lei. Ou já somos e não há mais volta?

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Roberto Jefferson faz ameaças e chama embaixador chinês de 'macaco'

Vídeo do ex-deputado federal e presidente do PTB circula em em grupos de WhatsApp 

O presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, aparece, nesta quinta-feira (22/7), em vídeo postado em grupos de WhatsApp com dois revólveres em punho, se colocando como "parte da resistência e da última trincheira da liberdade".

 Com um discurso cheio de clichês e desconexo com a realidade atual do país, Jefferson – pivô do escândalo do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) –, aproveitou para enfatizar o discurso bolsonarista, que vê na China o seu alvo preferencial para críticas e ataques.

Jefferson parece estar em um clube de tiro, onde critica o comunismo, chama o embaixador chinês de “chinês malandro” e “macaco” e diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tem que mandá-lo embora”. Só por cima do nosso cadáver é que vão implantar aqui um regime ateu-marxista-comunista, onde um palhaço, macaco dá ordens às pessoas”, diz o político, fazendo olhar de ensandecido e em tom de ameaça. [Nosso comentário: - será que foi um vírus que atacou o ex-deputado? ou foi o que atacou a deputada Joice Hasselmann? não entendemos a inclusão do macaco no 'desabafo'.

Política - Correio Braziliense


quinta-feira, 15 de julho de 2021

Piadas prontas de comunistas - Gazeta do Povo

Eu sei, eu sei. Tudo que vem de comunistas é uma piada pronta, à exceção de quando eles chegam ao poder: aí vira um pesadelo sem qualquer graça para suas vítimas. Mas não deixa de ser curioso mostrar como essa gente vive num universo paralelo, num planeta bizarro, onde tudo é invertido, não há lógica ou qualquer compromisso com os fatos.

Comecemos pelo palhaço mais divertido - até lembrarmos que se trata de um dos homens mais poderosos no Brasil hoje 
Falo do embaixador chinês em nosso país, Yang Wanming, aquele que intimida deputados federais eleitos, que faz chantagem com vacinas e tudo mais. Pois é: ele conseguiu juntar numa série de três mensagens uma quantidade tão grande de declarações hilárias que quase engasguei gargalhando quando li: Essa única postagem expõe como a ONU é uma palhaçada. 
A China vai liderar campanha pelo desenvolvimento sustentável, o país que mais polui no planeta, com uso de energia suja como o carvão? 
A China vai lutar por direitos humanos? 
A China vai garantir a liberdade dos seres humanos? 
E tudo isso pelas Nações Unidas? Sério: quem não chorou de tanto rir? Se não fosse tão trágico, seria cômico demais, não é mesmo?

Logo depois de ler a thread do embaixador, deparei-me com essa mensagem do PCdoB, o partido COMUNISTA do país que não tem comunistas ou qualquer risco de mergulhar no comunismo, segundo nossos jornalistas... comunistas.  

A nota oficial do Partidão era em defesa do POVO cubano, ou seja, do GOVERNO DITATORIAL. A tática irônica de todo comunista sempre foi confundir povo e estado, ignorando que aquele está contra este na ilha-presídio caribenha:
A nota do PCdoB foi na mesma linha daquela do MST e daquela do PT e também do comentário do invasor "fofo" Boulos, todos unidos na defesa do regime mais opressor e assassino do continente
E são eles os "democratas" que lutam para "salvar nossa democracia" contra a "ameaça fascista" que vem de Bolsonaro! 
Ou assim eles alegam, com a cumplicidade dos nossos comunistas espalhados pelas redações: Por falar em PT, seu líder Lula é um grande piadista. 
Está novamente divertindo com o personagem fake de Lulinha Paz e Amor. 
Mas entre tantas piadas, encontrei algo que parece sério pela primeira vez. Ou pode ser piada também! Lula chama de crime de lesa pátria privatizar a Petrobra.

Acredito na sinceridade de Lula! Ele está advogando em causa própria. Como tem esperança de voltar ao poder, considera um crime de "lesa pátria" tirarem as gigantescas tetas da Petrobras de suas garras. Como ficaria a soberania dos corruptos?! "O petróleo é nosso", repetem. É deles sim! O Petrolão que o diga...

Ok, ok, PT, MST e Boulos (PSOL) é forçar a barra, usar a extrema esquerda comunista, que não existe para nossa imprensa 
Então vamos para a piada dos isentões! Ela se baseia em bancar o equidistante entre os "dois extremos", no fundo dando um jeito de demonizar... a direita! Foi o caso do comediante Marcelo Tas, que costuma ser mais engraçado de forma involuntária, quando faz "análise" política: Vou desenhar também: o problema é traçar uma equivalência tosca entre ambos. Você tem total liberdade para ser contra o governo Bolsonaro, mas quando o equipara ao regime nefasto que Lula defende em Cuba, aí temos um grave problema. Isentões precisam acender velas para comunas o tempo todo. Não dá para apenas criticar defensores de Cuba; tem que meter Bolsonaro no meio e chamá-lo de "genocida".

É como aquele piadista que condena tanto Hitler como Stalin e sua sogra. Fica claro qual o verdadeiro alvo, não? "Vejam como sou isento, condeno tanto o nazismo como o comunismo e também o capitalismo". Quem diz isso está mirando no capitalismo! A piada é colocar Bolsonaro no mesmo saco podre do regime cubano, e ainda bancar o pensador livre com essa bobagem!

E assim seguimos em frente, rindo das piadas vermelhas, dos nossos esquerdistas que bancam os democratas independentes inteligentinhos e defensores do humanismo. Olha, tudo isso seria de fato cômico demais. Não fosse a lembrança de que o mecanismo está fazendo de tudo para colocar essa patota de volta no poder...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 


quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

STF traiu os parasitas - Guilherme Fiuza

STF vai se deparar com pautas polêmicas em 2021

O golpe montado entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal contra o Brasil fracassou. Difícil saber o que deu errado, depois de tantas manobras bem-sucedidas nessa conjunção de Brasília – incluindo prisão de jornalista por inquérito obscuro, bloqueio da ação policial em favelas e outras exuberâncias togadas. Um Congresso dirigido por parceiros tão leais aos aventureiros do Supremo merecia o presente da reeleição de seus presidentes.

Contrariava a Constituição, mas e daí? A Constituição existe para ser contrariada por luminares que têm conexão direta com a verdade suprema. A Carta Magna não é nada diante de seres muito mais magníficos que ela. O Toffoli e o Alexandre têm até muita paciência com a Constituição. Mas de vez em quando se irritam e criam um inquérito da cabeça deles – como o famoso inquérito “do fim do mundo” – porque seria o fim do mundo indivíduos dotados de onisciência ficarem pagando pedágio para aquele monte de letrinhas que, no fundo, ninguém sabe direito o que significam.

Gilmar pode ler na Constituição que o condenado pode ser preso após sentenciado em segunda instância e o mesmo Gilmar pode ler na mesma Constituição que o condenado não pode ser preso após sentenciado em segunda instância. Bastam três anos – e a prisão de um Lula – para a interpretação se modificar em sentido oposto. Ou seja: se o texto que guarnece a lei no país não mudou e a aplicação da lei mudou, fica evidente que a base do Direito não é a Constituição, é o Gilmar.

Eles mandam plataforma de rede social censurar pessoas e apagar perfis – com os préstimos do Congresso e sua CPMI circense sobre fake news, gabinete do ódio e lei da mordaça. Tudo normal. Por isso era tão importante mandar às favas a Constituição e reeleger Maia e Alcolumbre – porque em time que está ganhando não se mexe. 
Eles decidem também quem pode ser nomeado para dirigir a Polícia Federal. 
Proíbem o governo nacional de agir na pandemia. 
Decidem que a quadrilha do mensalão não era quadrilha e soltam José Dirceu. 
Quem precisa de Carta Magna com um currículo desses?
Não se sabe por que o golpe limpinho e cheiroso da reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado não deu certo. Há quem diga que houve traição – e aí a coisa é grave. 
Não é possível que alguém use a toga para se agarrar a uma Constituição que todos já tinham combinado no escurinho de atropelar. 
Também há quem diga que alguns dos iluminados ficaram receosos
com a revolta do povo expressa nas redes sociais. 
É por isso que tem que aprovar a lei da mordaça: povo só serve para dar insegurança jurídica aos entes sobre-humanos da corte.

Está aí consumado o desastre. Sem Rodrigo Maia no front das cassandras, por exemplo, quem poderá garantir uma taxa mínima de fofoca diária para a República funcionar?
Quem vai ficar espalhando para jornalistas amigos que Paulo Guedes não presta? 
Quem vai puxar o saco do embaixador chinês quando ele arrumar barraco com autoridades brasileiras? 
Quem vai usar o terceiro posto na linha sucessória do país para dar feliz aniversário ao maior ladrão da nação?

O fracasso do golpe da reeleição de Maia e Alcolumbre precisa ser investigado, com punição exemplar dos culpados. Se isso não acontecer, daqui a pouco ficará impossível de conspirar honestamente neste país.

Guilherme Fiuza, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes  


quinta-feira, 9 de julho de 2020

XI JINPING, LÁ, E ALEXANDRE ,“O PEQUENO”, AQUI - Sérgio Alves de Oliveira

Não há como deixar de comparar as atitudes e prisões arbitrárias decretadas, “monocraticamente”, pelo ditador chinês, Xi Jinping,  por um lado e, por outro, os “sequestros” de cidadãos e cidadãs “fichas limpa”, recolhidos à prisão, por ordem do “supremo” Ministro Alexandre de Morais, nos autos do inquérito “ditatorial” (das “Fake News”),Nº 4872. 
No dito “inquérito”,o Supremo, tal qual o maior dos tiranos, concentra em si os papéis de “vítima”,”polícia”,”investigador”,”acusador”,”juiz”, e “órgão recursal”, tudo ao mesmo tempo.

Provavelmente incentivados pelos (maus) “exemplos” que o Partido Comunista Chinês já conseguiu exportar e “impor”para o Brasil - tanto que o embaixador chinês local ousou despejar um monte de desaforos contra gente “íntima” do Presidente Bolsonaro - demonstrando com essa atitude ter plena consciência de “domínio da situação”, de se considerar “já dono desse terreno”, sem qualquer reação à altura das autoridades brasileiras responsáveis,diplomáticas,ou militares, críticas,ou repressivas,apesar do “cocô” que o petulante chinês fez sobre a “soberania”(???) brasileira, numa atitude de indignidade diplomática jamais vista em qualquer parte do mundo. Mas essa “moda” acabou sendo incorporada à plenitude pelo Supremo Tribunal Federal e seus membros,que mais parece estarem seguindo à risca o modelo chinês de “gestão”, no caso, da “Justiça”.

E ficou tudo por isso mesmo. Os “supremos” Ministros “atropelaram” sem qualquer dó o estado-democrático-de-direito. Os poucos protestos surgiram somente nas redes sociais, na atualidade a única maneira das pessoas protestarem contra os nefastos destinos da sua pátria que se avizinham. Enquanto isso, a grande mídia não só faz um silêncio sepulcral em relação a essas arbitrariedades jurisdicionais, quanto ,além disso ,as avaliza,fortalece,formando coro contra todas as liberdades individuais.  Vou me abster de citar exemplos dos casos repressivos do Supremo , contra brasileiros, porque todos os jornais estão “cheios” deles. Além do Jornalista Oswaldo Eustáquio,que já foi solto, mas teve que sair levando nas costas mais de metade da cadeia onde estava,e tantas outras restrições que só encontram equivalência em regimes prisionais da barbárie, uma boa porção de outras pessoas estão passando pelas mesmas arbitrariedades “supremas”.

A prisão sumária, arbitrária,e imotivada, do jornalista Eustáquio, a mando do Ministro do STF Alexandre de Moraes,Relator do “famigerado” Inquérito Nº 4872, deu-se à semelhança do terrível episódio ocorrido na República Popular da China,no dia 6 do corrente mês (julho/20),no qual foi preso o professor de direito Xu Zhangrun,da famosa Universidade de Tsinghua, levado que foi da sua casa, na periferia de Pequim, por 20 agentes da tirania  chinesa. O “crime” do professor Xu Zhangrun: publicar ensaio com críticas ao ditador chinês,Xi Jinping,por ter cometido erros “oficiais”durante a pandemia do novo coronavirus, e pelos seu empenho em perpetuar-se no poder. E lamentavelmente é exatamente essa a “democracia” buscada pelo Supremo Tribunal Federal, e seu “Grupo dos Onze” (não confundir com a“cria” do Brizola,de 1963), consorciado com as presidências e a maioria dos parlamentares das Duas Casas legislativas Federais.

O que teria a “vigilante ” Ordem dos Advogados do Brasil a dizer sobre essas arbitrariedades na China? Com um professor de direito? 
Será que esses meus ilustres colegas dirigentes da OAB não estão percebendo que essa política adotada por eles ,de só valorizar tudo o que se passa do “lado” esquerdo, não significa outra coisa que prestar vassalagem antecipada aos prováveis novos donos do Brasil? 
 Aos chineses ? 
E ajudando para que abram-se-lhes as portas brasileiras para aqui instalarem uma nova “colônia”, além daquelas que já impuseram na África, fazendo com que os brasileiros também tenham que conviver sob o tacão da soberania deles ?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


domingo, 22 de março de 2020

Licença para o horror - Folha de S. Paulo

 Janio de Freitas


A cota de responsabilidade de Jair Bolsonaro pelas consequências da pandemia, no Brasil, vai muito além do atraso imposto por suas suposições idiotas —“muita fantasia sobre coronavírus”, “muita histeria”— às medidas administrativas urgentes. Ainda hoje muito distantes das necessárias. É uma responsabilidade construída, a desse maior irresponsável entre os irresponsáveis.

Bolsonaro inaugurou seu desgoverno com a devastação do Programa Mais Médicos. Por fanatismo ideológico e com uso de falsidades, sustou um sistema de medicina comunitária que, desenvolvendo-se, agora dotaria o desprovido interiorzão e a pobreza urbana de uma rede de combate aos horrores ali possíveis, e mesmo previstos com autoridade. [Uma das medidas mais adequadas que Bolsonaro adotou e que Judiciário e Legislativo não atrapalharam, foi exatamente o 'mais médicos', não tanto pela pouco valia do programa e sim por devastar um programa de escravidão oficial implantado pela ditadura cubana.
Os médicos, verdadeiros escravos de jaleco branco, vinha da ilha de Castro, ganhavam aqui algum dinheiro - uma fortuna comparada com o que ganhariam na ilha, quando ganhavam - e a parte maior do 'salário' era paga pelo governo lulopetista diretamente ao governo cubano, cabendo aos verdadeiros donos do salário, menos de um terço.
Para completar a exploração os familiares dos médicos cubanos ficavam na ilha como fiadores do bom comportamento dos escravos de jaleco branco.
Uma escorregada na conduta seria, dependendo unicamente da vontade do ditador cubano, punida com severidade, só restando aos médicos concordar com as regras do maldito regime cubano, tudo com o aval do lulopetismo.]

A conduta dos chamados meios de comunicação nesse assunto foi deplorável, desde o início, com o tema posto na campanha eleitoral. Orientaram-se pela nacionalidade e não pelas qualidades que o programa tivesse. Foram gerais o endosso e a propagação das acusações de que o governo cubano apropriava-se de parte da remuneração dos seus médicos. Tanto que as remunerações não eram feitas aos cubanos no Brasil, mas via Cuba. A própria habilitação dos médicos, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como das melhores, foi questionada, pretendendo-se novos exames aqui. A verdade é que o convênio Brasil-Cuba foi intermediado e acompanhado pela OPAS, a Organização Pan-americana de Saúde. Mesmo com os médicos cubanos já em atividade, a OPAS continuou em seu papel de instância superior nas operações.

As verbas de remuneração foram mandadas a Cuba, via OPAS, para assegurar a destinação parcial ao sustento das famílias dos médicos, como se eles estivessem em seu país; e, quando era o caso, para as reposições do financiamento à sua formação, como em tantos países.
[as reposições do financiamento consumiam praticamente tudo, sem um pio dos médicos, afinal o governo cubano seria implacável na punição aos fiadores do silêncio dos médico explorados.]

Nada disso era segredo aqui. E, em dúvida, bastaria consultar o convênio ou a OPAS. Mesmo a exclusão dos cubanos, e apesar do êxito do programa por ninguém negado, teve tratamento passivo ou de apoio. Até grotescos no passionalismo ideológico, como o de um comentarista que martela seus serviços todos os dias em jornal, em rádio e na TV: “É muito fácil substituir os médicos cubanos”. Nesse dia comecei a ler, curioso, para logo descobrir que a fórmula eufórica da facilidade não era mais do que a convocação de brasileiros.

Ora, o Mais Médicos e a inclusão de estrangeiros vieram solucionar a recusa dos brasileiros a exercer a medicina onde menos era, e voltou a ser, alcançável. Neste março, dia 11, o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde (?!), lançou mais um de sucessivos editais para preencher o Mais Médicos. Nos anteriores, sempre a repetição: muitas inscrições, redução grande na hora das apresentações e abandono do serviço médico em pouquíssimo tempo, com volta à cidade de origem. A etapa bem-sucedida do Mais Médicos deixou histórias extraordinárias, que se perdem nas memórias dos personagens. Não daquelas dezenas de milhares, se não centenas de milhares, que nunca haviam tido um atendimento médico. E talvez nunca mais tenham. Milhares, sem sequer tempo para sabê-lo: a Licença para o horror cresce pavorosamente em lugares roubados do médico que a reduzira ou eliminara.  Há condutas de governantes que não figuram nos Códigos Penais, mas têm tudo de crimes. Crimes contra a humanidade.

TRÊS EM UM
A reação do embaixador chinês, Yang Wanming, ao insulto de Eduardo Bolsonaro a seu governo e seu povo nada teve do desregramento que lhe está atribuído pela bajulice brasileira. Foi até comedida e elegante, comparada à gratuidade e boçalidade do agressor. O general-vice Hamilton Mourão saiu do silêncio a que Bolsonaro o recolheu, com fantasiosa comissão amazônica, para dizer que a repercussão diplomática e pública do choque foi “só por causa do sobrenome, ele não representa o governo”. [Nenhuma novidade - só os inimigos do Brasil, os adeptos do quanto pior, melhor' é que são estúpidos o bastante para achar que Eduardo Bolsonaro representa o governo.
Ele é apenas um parlamentar brasileiro, o mais votado da história do Brasil - fato que não o credencia para falar em nome do governo brasileiro.]

O sobrenome, porém, não é só o da paternidade. É o de uma das três principais influências sobre o dependente pai, sendo as duas outras também de filhos. A representação de Eduardo não vem de posto, mas de presença ativa na orientação da Presidência e superior à de todos os generais dados como influentes. Tanto Eduardo representa o governo e a Presidência, que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deu-lhe pronta aprovação. E os outros Bolsonaros subscreveram o falante com o silêncio. [o apresentado como sentença, acima destacado, representa apenas interpretação parcial do ilustre articulista.]


Jânio de Freitas, jornalista - O Estado de S. Paulo