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sábado, 24 de fevereiro de 2018

A vida sob intervenção

Um delegado de polícia, uma moradora de Ipanema e um ativista da Rocinha­­. Acompanhamos a rotina de três cariocas ao longo da última semana para mostrar o que mudou e o que ainda precisa melhorar para que a cidade se torne de fato mais segura

ABORDAGEM Militar revista morador da favela do Kelson’s, na zona norte do Rio, onde uma mulher foi torturada por traficantes na segunda-feira 19: desafio é agir sem abusar da força (Crédito: Leo Correa)

O carioca mistura os sentimentos de esperança e suspeita quando o assunto é a intervenção federal em vigor desde a sexta-feira 16 na segurança pública em todo o estado do Rio de Janeiro. “Torço, como todos, para que essa intervenção seja bem sucedida e que tenhamos um pouco de paz. Um pouco, não. Queremos paz completa. Não é pedir muito, é?”, indaga a gerente comercial Kika Gama Lobo, 53 anos, moradora de Ipanema. Criadora da hashtag “Riode Merda”, ela diz ter sido hostilizada por sua postura crítica em relação à segurança. “Criei isso depois que minhas duas filhas foram assaltadas. Foi meu meio de desabafo e de colaboração. Ali, falo de roubalheira, de falta de ética – e elogio também”. 


Assim como ela, moradores das zonas nobres da cidade dizem não ter percebido uma diferença significativa nas ruas durante a primeira semana de intervenção. Isso porque os tanques, blindados e soldados das Forças Armadas não ocupam os pontos turísticos e bairros da zona sul – como já ocorreu em eventos de grande porte, como os Jogos Olímpicos de 2016. As ações começaram em locais estratégicos, com a ocupação de rodovias federais e estaduais, varredura em presídios e patrulhamento de favelas violentas. Em uma delas, a do Kelson’s, no Complexo do Alemão, uma moradora foi torturada por traficantes na segunda-feira 19. O motivo: suspeita de ter passado informações do tráfico para agentes das Forças Armadas. 

Nascido e criado na favela da Rocinha, na zona sul, Leandro Lima, 35 anos, viveu uma dramática experiência tempos atrás, quando foi parado, numa viela por policiais do Bope. “Eu estava indo para o trabalho e um policial começou a me fazer perguntas com uma arma apontada para minha cabeça e o dedo no gatilho. Eu só pensava que se algum mal entendido acontecesse e o dedo dele apertasse, minha vida acabaria ali.” Lima é cameraman da TV Globo, mora na parte alta da favela e dirige a mídia comunitária FaveladaRocinha.com, que distribui um jornal impresso na comunidade e está presente em mídias sociais. Ele faz parte do grupo que gravou o vídeo “Dicas para Sobreviver a Uma Abordagem Indevida”, que aconselha ao jovem negro de favela, por exemplo, a não usar guarda-chuva de cabo longo pois isso pode ser confundido com uma arma e a carregar o cupom fiscal de qualquer objeto que ele esteja portando, seja um iPhone ou um cordão para comprovar a compra e descartar o roubo. “Os moradores de favelas estão apreensivos porque têm sofrido incursões truculentas ao longo dos anos, sem solução para eles. Não são tratados como cidadãos, as portas de suas casas podem ser arrebentadas por chutes”, diz Lima. “Para nós, é mais do mesmo. A pior violência que sofremos nas favelas não é a da falta de segurança e, sim, da falta de saneamento básico, transporte, posto de saúde, educação, cultura”, afirma.
Orlando Zaconne 54 anos, morador da Barra da Tijuca Profissão Delegado do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) (Crédito:Stefano Martini)

“O delegado é uma autoridade jurídica. A partir do momento em que a segurança pública passa a ser comandada por militares, gera desconforto” 
Orlando Zaconne, delegado do Departamento Geral de Polícia Especializada
 [esse delegado perdeu a oportunidade de ficar calado; falou e falou bobagem. Os civis tiveram sua oportunidade, não foram competentes.]

O Delegado do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Orlando Zaconne, 54 anos, disse à ISTOÉ que o clima entre os policiais também é de inquietação: ”O delegado é uma autoridade jurídica. A partir do momento em que a segurança pública passa a ser comandada por militares, gera desconforto.” O delegado lembra que a intervenção está sendo discutida e espera-se que haja “garantia democrática do exercício da função policial.”

Julita Lemgruber, ex-diretora do sistema penitenciário do Rio e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), diz que a intervenção pode momentaneamente transmitir sensação de segurança. “Mas se não resolvemos algumas questões básicas, não vamos a lugar nenhum.” Questões básicas são a corrupção dentro da polícia e a estratégia de enfrentar o varejo do tráfico à bala. No início da semana, uma operação policial em Caxias, na Baixada Fluminense, deixou um homem morto e outras duas pessoas feridas, entre elas uma criança. Revoltados, moradores atearam fogo em um ônibus ­­— cenas que a intervenção ainda não foi capaz de suprimir da rotina do Rio.

 IstoÉ - Eliane Lobato

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Rogério 157, chefe do tráfico na Favela da Rocinha é preso

Foi preso nesta manhã desta quarta-feira (6), na Comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio, o traficante Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157. Ele é o chefe do tráfico na favela da Rocinha,  Zona Sul do Rio, e foi o responsável pelo início da guerra na comunidade em setembro deste ano.
Rogério 157 - Algemado, na Cidade da Polícia - Reprodução


Rogério 157 era um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro e foi preso na comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio, e levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, onde deve prestar depoimento. O traficante foi localizado durante uma ação das polícias Civil, Militar e Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas nas favelas da Mangueira, Tuiuti, Arará, Mandela 1, Mandela 2 e Barreira do Vasco. A recompensa por informações que levassem à prisão de Rogério 157 era de R$ 50 mil. 

Ele era procurado por tráfico, associação para o tráfico de drogas, extorsão e homicídio. Nesta manhã, 2,9 mil homens das Forças Armadas participam da ação. Os militares são responsáveis pelo cerco das comunidades. O espaço aéreo também está controlado, mas não há interferência nas operações dos aeroportos. Logo após a chegada na comunidade, no fim da madrugada, os militares retiraram barricadas nos acessos às comunidades.
A selfie da policial - WhatsApp / Reprodução

Memória sobre Rogério 157


A invasão da favela da Rocinha foi ordenada pela cúpula da Amigos dos Amigos (ADA), após Rogério ter se recusado a obedecer a uma determinação de Nem: ele deveria entregar o controle da favela. Isolado na facção, o traficante agora busca novos aliados para recuperar o território perdido. No áudio, ele cita o presídio onde cumprem pena bandidos de uma facção rival, o Terceiro Comando Puro (TCP): “Bagulho agora é Bangu 6”.
“O Nem não é mais dono de nada não, não é nosso patrão, não é nosso amigo. Ele mandou dar tiro na gente”. Num áudio investigado pela polícia, Rogério 157 deixa bem claro para seu bando que rompeu de vez com seu antigo chefe: Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que cumpre pena num presídio federal em Rondônia. Segundo a polícia, o áudio foi feito após a invasão da favela, no domingo, que culminou na expulsão de Rogério. O bandido, que estaria escondido na mata atrás da Rocinha, teria mandado o recado à quadrilha.

Rogério entrou no crime pelas mãos de seu atual desafeto: ele era o segurança pessoal de Nem. O bandido fez parte do grupo de traficantes que invadiu o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto de 2010. Na ocasião, o bando voltava de um baile funk no Morro de São Carlos, no Estácio, quando se deparou com a polícia. Nem conseguiu fugir. Rogério foi preso.

Também fazia parte do grupo outro pivô da atual disputa pela Rocinha: Ítalo Jesus Campos, o Perninha, braço-direito de Nem. Ítalo foi encontrado morto no porta-malas de um carro no dia 13 de agosto. A investigação da Delegacia de Homicídios concluiu que Rogério foi o mandante da morte: ele temia que Perninha tomasse a favela a mando de Nem. 

Desde que assumiu o controle da favela, em 2013, Rogério ignora a existência da UPP no local. Sua quadrilha, inclusive, criou uma solução ousada para monitorar a movimentação dos policiais: instalou câmeras dentro de caixas de plástico pretas em diversos locais da Rocinha e do Vidigal. No último dia 24 de maio, sete dessas câmeras foram apreendidas por policiais — uma na Rocinha e outras seis no Vidigal, perto da base da UPP. Um inquérito foi aberto na 11ª DP (Rocinha) para investigar o caso.

Diante da falta de ação da polícia, o bando passou a contar com outras fontes de lucro na favela. Além da venda de drogas — que proporciona à quadrilha o maior faturamento da cidade, segundo a Polícia Civil —, Rogério também decidiu explorar os moradores da favela: passou a cobrar pedágio pela venda de gás.

Informações que chegaram ao Ministério Público dão conta de que, em oututbro — período que coincide com o assassinato de Perninha —, o preço do gás passou de R$ 70 a R$ 100 na parte alta da favela. Aos moradores, bandidos ligados a Rogério punham a culpa do aumento em Nem: parentes do bandido estariam pedindo mais dinheiro a Rogério. Agentes que investigam a Rocinha acreditam que o bandido usou o caso para trazer os moradores para seu lado na disputa.

O Globo


Polícias e 2,9 mil homens das Forças Armadas realizam operação na região da Mangueira, Zona Norte do Rio

Agentes fazem cerco nas favelas da Mangueira, Tuiuti, Arará, Mandela 1 e 2 e Barreira do Vasco. Espaço aéreo também está controlado, mas não há interferência nas operações dos aeroportos. 

 

As polícias Civil, Militar e Federal, a Força Nacional e as Forças Armadas realizam uma operação nas favelas da Mangueira, Tuiuti, Arará, Mandela 1, Mandela 2 e Barreira do Vasco, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (6). A Rua Visconde de Niterói, uma das mais importantes da região, chegou a ser interditada por volta das 6h. Às 6h40, a via foi reaberta ao trânsito.

São 2,9 mil homens das Forças Armadas participando da ação. Os militares são responsáveis pelo cerco das comunidades. O espaço aéreo também está controlado, mas não há interferência nas operações dos aeroportos. Logo após a chegada na comunidade, no fim da madrugada, os militares retiraram barricadas nos acessos às favelas.  Até as 7h30, um homem tinha sido preso na ação. 


O Disque Denúncia também participa da ação integrada. As informações sobre esconderijo de armas, localização de bandidos, cargas roubadas, pontos de vendas de drogas e veículos roubados que chegarem aos canais de atendimento do Disque Denúncia serão encaminhadas em tempo real à equipe que está no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que concentra os dados sobre informação. O anonimato é garantido.

De 1ª de janeiro a 4 de dezembro deste ano, o Disque Denúncia recebeu 145 denúncias sobre ações de criminosos, principalmente traficantes de drogas, no Morro da Mangueira. Um dos principais alvos da ação é Reinaldo Santos de Sena, conhecido como "Dedé da Mangueira", apontado como um dos principais chefes do crime na comunidade. O Disque Denúncia, por meio do Portal dos Procurados , lançou um cartaz com a foto de alguns traficantes que também são alvos da operação. 


Operações em outras comunidades

As tropas federais já realizaram operações no Morro do Lins, no Complexo do Jacarezinho, na Favela da Rocinha, no Morro dos Macacos, no Complexo de São Carlos e na Ilha do Governador. No dia 30 do mês passado, as polícias Federal, Militar e 1.500 homens das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) deflagraram uma operação nas comunidades Vila Joaniza e Barbante, na Ilha do Governador. Em outubro, uma ação com 1,7 mil homens fez uma varredura na região dos morros de São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira, no Centro do Rio. Os militares chegaram na região por volta das 3h30 e foram recebidos a tiros por traficantes. [o essencial é que mesmo sendo recebidos a tiros os militares cumpram a missão e estendam a ação para outras favelas; só assim, os bandidos serão 'convencidos' da inutilidade de enfrentar as Forças de Segurança -  cada reação dos bandidos, deve ser seguida por ação intensa, ampla e abrangente das Forças Armadas e da Polícia.
Bandido é ruim de aprender e aceitar quem manda, mas, com jeitinho (o que inclui o abate de alguns marginais e a prisão de outros)aprendem.
As forças de segurança não podem, em hipótese nenhuma, recuar.
As UPPs deram muita força a morador de favela - que são manobrados por traficantes - e desautorizou em muito a polícia.]

Os agentes procuravam por criminosos que há cerca de 50 dias invadiram a favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Os policiais também procuram por esconderijos de armas e munição. Segundo a Polícia Civil, foram 12 presos em flagrante, quatro por cumprimento de mandados e quatro que já estavam presos e receberão nova imputação criminal. No início do mês, as tropas federais fizeram uma grande operação no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Um dos principais objetivos dos agentes era a prisão de Leandro Nunes Botelho, o Scooby, considerado o chefe do tráfico de drogas na região. 
Militares dentro de blindado das Forças Armadas em um dos acessos à Mangueira, na Zona Norte do Rio. (Foto: Reprodução/ TV Globo) 

Ele tem ligação direta nas disputas entre traficantes da Rocinha, que chegou a ser ocupada em setembro pelas Forças Armadas após várias trocas de tiros. A recompensa oferecida que leve à prisão pelo traficante Scooby é de R$ 30 mil e pelos outros criminosos é de R$ 1 mil. No dia 22 de setembro, as tropas federais começaram a ocupar a Rocinha para conter uma guerra entre traficantes rivais na comunidade. 

Em agosto, agentes das forças armadas e as polícias prenderam 16 suspeitos, inclusive um soldado do Exército, em uma operação no conjunto de favelas do Jacarezinho, na Zona Norte. Segundo a polícia, foram cumpridos 15 mandados de prisão e uma pessoa foi presa em flagrante. Durante a operação, foi preso o soldado recruta do Exército Matheus Ferreira Lopes Aguiar, de 19 anos, suspeito de vazar informações das operações para traficantes do Rio. 

Em agosto, as forças armadas realizaram a primeira ação conjunta no Rio depois que o presidente Michel Temer assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autorizou a atuação das tropas no estado. Durante a operação no Complexo do Lins, na Zona Norte, dois homens morreram e pelo menos 18 foram presos. A Operação Onerattinha como principal objetivo combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas. Cerca de 5 mil homens tentaram cumprir 55 mandados: 40 de prisão e 15 de busca apreensão. 

G 1


 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Vítima do atirador em escola de Goiânia fica paraplégica

A adolescente Isadora de Moraes, de 14 anos, baleada no colégio Goyases na sexta-feira, 21, ficou paraplégica devido uma lesão na medula espinhal, informou o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO). 

Segundo o último boletim médico do hospital, divulgado nesta quarta-feira, 25, a garota está em estado de saúde regular, consciente e respira sem ajuda de aparelhos.  Em nota, o Hospital HUGO afirmou que a jovem continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.  “A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão, mas não informada até então a pedido de familiares”, explica a nota.

Esperança
Nesta terça-feira, 24, foi realizado um culto ecumênico em homenagem às vítimas da tragédia que atingiu a escola. O local foi palco de um ataque a tiros na sexta-feira, 20, que deixou dois alunos mortos e quatro feridos.
[incorrem em grave equívoco, ou  demonstração de má-fé os que  aproveitando a tragédia de Goiânia, vociferam contra os projetos que tramitam buscando revogar o inútil 'estatuto do desarmamento' - concedendo aos brasileiros o direito inalienável do livre porte e posse de armas.

Alegam os favoráveis a que só os bandidos tenham acesso a armas (destaque-se que no incidente ocorrido na favela da Rocinha, no qual uma turista espanhola perdeu a vida ao ser atingida por disparos efetuados pela Polícia Militar,  com o objetivo de deter um veículo que desobedeceu a ordem de parada dada por  policiais que efetuavam uma blitz no local,  e que agiram no estrito cumprimento do DEVER LEGAL; 
agora são criticados por efetuar disparos contra veículo com película escura, vidros levantados, trafegando em local perigoso e que não obedeceu a ordem de parada.) que os assassinatos na capital goiana só ocorreram devido a facilidade de se andar armado no Brasil.

Esquecem os amigos dos bandidos que uma tragédia da natureza do colégio Goyazes, ocorreu em circunstância totalmente independente do livre porte/posse de armas.   O  autor dos assassinatos utilizou a arma dos pais, que sendo policiais tem  livre porte/posse  de armas - são seus instrumentos, ferramentas, de trabalho - e as mantinham guardadas em casa, com as precauções devidas, que, infelizmente, não foram suficientes para impedir que o menor se armasse.
A  revogação do famigerado 'estatuto do desarmamento', que ocorrerá em breve, mesmo permitindo  posse/porte de armas, não impedirá, nem contribuirá que tragédias do tipo ocorram.]

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Sempre sobra para a Polícia - dependesse de algumas autoridades da segurança pública (em minúsculas) até o policial assassinado seria punido com a cassação da pensão da família

Polícia pede prisão de tenente da PM acusado da morte de espanhola

[os culpados são, indubitavelmente: o motorista, a guia e a agência de turismo.

O motorista mente quando diz que não viu a blitz - havia sido parado há alguns minutos e conhecendo a região sabia dos riscos.

Ao dizer que não viu tenta se livrar da sua irresponsabilidade, negligência e imperícia.]

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu nesta terça-feira, 24, a prisão preventiva do tenente da Polícia Militar Davi dos Santos Ribeiro. Ele foi preso em flagrante acusado de matar, com um tiro de fuzil, a turista espanhola Maria Esperanza Jiménez Ruiz, de 67 anos, na manhã da segunda-feira, 23, na Rocinha.

Outro policial envolvido na ocorrência, um soldado, também foi detido, mas não é acusado de homicídio. Ele responderá pelo crime militar de disparo de arma de fogo e não teve a prisão pedida, segundo informações do canal de TV Globo News. [pergunta: policiais estão realizando uma blitz em uma das favelas mais perigosas do Rio - favela da Rocinha - e ao perceberem a aproximação de um veículo (com vidros escuros e fechados) ordenam que pare.
Os policiais, dois, estão a pé e são desobedecidos. O único procedimento aplicável ao caso foi o utilizado, ou seja, efetuar disparos contra o veículo até que pare - mesmo existindo outros procedimentos para aquela situação o utilizado foi o adequado.
Ou será que esse delegado que pediu a prisão preventiva do tenente e do soldado (a prisão em flagrante foi um ato normal, ato de ofício)  quer que policiais militares realizem blitz, especialmente em favelas, sem utilizar, quando necessário, armas?]

A turista morreu com um tiro no pescoço, depois que o carro em que viajava foi atingido. Os policiais alegaram, ao passar na região do Largo do Boiadeiros, na Rocinha, que o motorista do veículo não atendeu a uma ordem para parar e furou o bloqueio. O motorista, o italiano Carlo Zanineta, disse que não viu quando os PMs mandaram que parassem. Outros ocupantes do automóvel disseram o mesmo.

Maria Esperanza acabara de fazer uma visita turística à favela e descia a comunidade a bordo do veículo, quando foi baleada. A turista chegou morta ao Hospital Miguel Couto.
Os dois policiais militares prestaram depoimento na DH durante a madrugada, entre 1 hora e 5 horas, desta terça-feira. Ribeiro deixou a Divisão às 8h30 e seguiu escoltado para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, na Região Metropolitana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo 

PM que matou turista na Rocinha atirou contra carro que fugiu de abordagem em 2016



O tenente atirou cinco vezes com um fuzil calibre 556 contra um carro que havia fugido de uma blitz em Irajá

[o repórter que escreveu esta matéria deve ser estagiário do primeiro semestre do curso de jornalismo e induzido pelo seu orientador a ser sempre contra a Polícia.
Também deve ter chegado ao Rio ontem e na cidade de onde veio os bandidos 'trabalham' desarmados e estão sempre prontos a obedecer determinações da autoridade policial.
O cidadão apresenta a matéria de forma a expressar seu entendimento que o tenente Davi errou ao atirar contra um Ford Escort que furou uma barreira.
O policial está de serviço em uma blitz e percebe um veículo que lembra um que estava praticando roubos em um determinado local.

Cumprindo o dever o policial manda que o veículo pare e a reação dos ocupantes do veículo é tentarem empreender fuga ao tempo que disparam contra os policiais.

Tal comportamento, caro repórter, só permite duas deduções: 
- o veículo é realmente o que praticou os atos citados pelo tenente Davi, situação que impõe a imediata captura dos seus ocupantes, com o emprego dos meios necessários para paralisação do veículo e rendição dos seus ocupantes;
- a outra alternativa é mesmo não sendo o veículo suspeito a conduta dos seus ocupantes - efetuando disparos contra os policiais e tentativa de se evadir - impõe sua imediata parada e prisão dos ocupantes, com o emprego dos meios necessários.

Feito o desabafo, vamos à matéria.]  
Os tiros que o tenente Davi dos Santos Ribeiro disparou no carro onde estava a turista espanhola Maria Esperanza, na favela da Rocinha, não foram os primeiros que o oficial deu em direção a um veículo que furou uma abordagem. No início da noite do dia 19 de novembro de 2016, o oficial — que, na época, era lotado no 16º BPM (Olaria) — atirou cinco vezes com um fuzil calibre 556 contra um Ford Ecosport branco que havia fugido da abordagem do grupo de agentes do qual o tenente fazia parte. Nesta segunda-feira, o tenente disparou pelo menos uma vez contra o Fiat Freemont onde a turista estava. Ela foi atingida no pescoço e morreu pouco depois. 

Em novembro do ano passado, Ribeiro estava com mais três agentes patrulhando o Trevo das Margaridas, em Irajá, na Zona Norte do Rio, quando avistou o Ford Ecosport. Segundo o depoimento que prestou, à época, na 38ª DP (Irajá), o veículo tinha “as mesmas características de um auto que estaria praticando roubos em Jardim América”. Quando os agentes tentaram abordar o carro, ainda segundo o relato de Ribeiro, o carro fugiu “realizando disparos de arma de fogo contra a guarnição”. Após a fuga, Ribeiro e um outro agente, um sargento, fizeram disparos — cinco do tenente e três do sargento, todos de fuzil. [a conduta do tenente Davi e dos demais policiais envolvidos na ocorrência de Irajá e na de ontem, favela da Rocinha, foi correta;
o único ponto que merece reparos é que os policiais envolvidos devem procurar aprimorar a pontaria - usar o fuzil efetuando menos disparos e mais precisos, de forma a abater os bandidos.
O fuzil é uma excelente arma, sendo fácil acertar o alvo; basta um pouco de calma e lembrar que a capacidade de fogo da arma não deve ser desperdiçada em apenas um alvo.
Sangue frio e o poder de abate de um fuzil é fantástico.]

Durante a ação, os policiais militares ainda provocaram um acidente de trânsito. Em meio a perseguição, a viatura onde os policiais estavam apresentou uma pane e o Ecosport se distanciou. “Para tentar recuperar a distância que haviam perdido”, segundo o relato do oficial, a viatura acabou colidindo com outro carro. O dono do carro passou mal e precisou ser levado até o Hospital estadual Getúlio Vargas. Por conta do acidente, o carro perseguido conseguiu fugir.

Na manhã desta terça-feira, a Delegacia de Homicídios (DH) pediu a prisão preventiva de Ribeiro, que era lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia), mas estava emprestado ao 23º BPM (Leblon) por conta da guerra entre facções na Rocinha. O pedido foi feito com base no depoimento dos ocupantes do carro onde estava Maria Esperanza e do soldado Luís Eduardo de Noronha Rangel, que acompanhava Ribeiro. O tenente preferiu permanecer calado durante seu depoimento. No entanto, na tarde desta segunda-feira, Ribeiro afirmou a agentes da Corregedoria da PM que tentou acertar o chão e acabou errando o tiro.

De acordo com o soldado Rangel, ele, o tenente Ribeiro e outro tenente foram até o Largo do Boiadeiro para tentar abordar um carro “suspeito”, que já havia furado um bloqueio da PM anteriormente. Ao avistarem o veículo, ele e os tenentes foram para o meio da rua e deram ordem para o carro parar. O soldado disse que o veículo tinha os vidros escuros e levantados, não sendo possível ver os ocupantes. Ainda segundo ele, o carro desrespeitou a ordem dos policiais e atravessou o cerco. O soldado disse que ele e o tenente Davi atiraram de fuzil para o alto e que, logo depois, ouviu mais dois disparos, mas que não sabe dizer de onde partiram esses tiros.