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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Disney - Rato encurralado - Gazeta do Povo

Vozes - Flavio Quintela

Magic Kingdom, um dos parques da Disney em Orlando, na Flórida.| Foto: stinne24/Pixabay

Pouco mais de um ano atrás, no dia 28 de março de 2022, o governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou a lei que seus detratores chamariam de “Don’t Say Gay” (“não diga ‘gay’”, em tradução livre), cujo nome real é apenas “Lei dos Direitos dos Pais na Educação”. 
A legislação proibiu a instrução em sala de aula sobre orientação sexual e identidade de gênero desde o jardim de infância até a terceira série. 
Além disso, exigiu que qualquer material relacionado a tais temas seja adequado à idade dos alunos de outras séries.

Na época, diante de toda a polêmica criada pela imprensa de esquerda, que deturpou por completo o texto da lei, o então CEO da Disney, Bob Chapek, disse aos trabalhadores da gigante do entretenimento que a empresa não assumiria uma posição pública sobre a legislação, de forma a permanecer fora do campo da ação política. Os funcionários da Disney protestaram e Chapek cedeu rapidamente, declarando que a empresa lutaria para que a lei fosse rescindida.

Por décadas, a Disney teve motivos para ser o “lugar mais feliz da Terra”. O governo da Flórida sempre apoiou a empresa, dando-lhe um status único no controle de sua própria governança. Quando escolheu Orlando para estabelecer seu complexo turístico, a Disney foi agraciada com a criação de um distrito chamado Reedy Creek Improvement, uma entidade jurídica que estabelece regras de uso e zoneamento de todo o território ocupado pela empresa. 
Enquanto outras corporações precisam se estabelecer nos condados do estado, estando sujeitas aos regramentos estabelecidos por autoridades eleitas como qualquer outro agente político, a Disney controlou desde o início o conselho administrativo de seu distrito, podendo estabelecer seus próprios padrões de construção, conceder suas próprias licenças de construção e determinar o escopo dos serviços, códigos de construção, coleta de lixo e outras questões de infraestrutura. 
Fora o Vaticano, não se tem notícia de outra organização não governamental com poderes desse nível.

    A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes

A Disney poderia continuar se beneficiando dessa vantagem única por muitas décadas mais. Em vez disso, optou por agir politicamente contra o governo eleito da Flórida, achando que não haveria consequências graves. Em resposta à promessa de Chapek de lutar pela rescisão da lei, o governador Ron DeSantis articulou uma resposta contundente com o Legislativo estadual, extinguindo o distrito Reedy Creek Improvement e criando um novo distrito para governar toda a área de propriedade da empresa e um novo conselho administrativo em que a turma do Mickey não possui nenhuma influência ou capacidade de decisão.

Diante desse revés, a empresa poderia ter tentado encontrar um meio-termo. Em vez disso, fez algo ainda mais imprudente: nos últimos dias do conselho dominado pela Disney, os membros votaram pela transferência de poderes para a empresa. Algo do tipo “já que nao haverá mais um distrito em que somos a autoridade, nós estamos inventando uma resolução em que nossa empresa fica imune ao controle de qualquer outro conselho daqui para a frente”. Em outras palavras, uma verdadeira declaração de guerra ao governo estadual.

E qual foi o resultado? Na semana que passou, surgiram rumores de que os integrantes do novo conselho, cujo “mandato” está prestes a iniciar, reverterão essa decisão com base em uma lei estadual que requer um mínimo de sete dias de aviso para consulta pública quando uma mudança desse montante é proposta.   
Além disso, parece que o novo conselho pretende impor uma miríade de fiscalizações sobre a Disney, desde as condições de funcionamento de itens como o monotrilho e os brinquedos do parque, até o salário de bombeiros e paramédicos que, ao que parece, são pagos abaixo do piso pela Disney. Resumindo bem facilmente, o novo conselho não deixará pedra sobre pedra.

A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes, incluindo filmes infantis controversos com personagens e relacionamentos do mesmo sexo. Em dois desses filmes, a Disney perdeu mais de um quarto de bilhão de dólares. Mas ela não está sozinha. Nos últimos dias, Bud Light e Nike enfrentaram reações e boicotes depois de alinhar suas marcas com o influenciador transgênero Dylan Mulvaney. No caso da Anheuser-Busch, controladora da Bud Light, o impacto imediato foi a perda de US$ 6 bilhões em valor de mercado. Essas empresas se juntam a uma longa lista de corporações que abraçam causas políticas e sociais a despeito da oposição significativa de seus consumidores.

No caso da Disney, se os rumores se confirmarem e o novo conselho prosseguir com seu plano, a empresa terá de fazer uma escolha. Ela pode abandonar a briga e buscar um acordo com o Estado. Caso opte por continuar a briga, o litígio manteria a Disney no noticiário de forma negativa e polarizadora. Também exporia suas operações à descoberta e escrutínio público. Além disso, diante da imensidão de quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, 25 hotéis e cerca de 80 mil funcionários, o estado da Flórida tem uma série de áreas onde seu poder regulatório pode custar muito caro à Disney. Basta que o novo conselho aja para forçar inspeções de monotrilhos e elevadores, fazer cumprir as normas ambientais e aumentar os salários dos socorristas. Só isso já seria suficiente para causar um tremendo prejuízo. E se a Disney lutar publicamente contra qualquer uma dessas ações, terá de fazê-lo com base no argumento de que merece ser tratada com desigualdade de condições em relação a outras empresas, uma posição que tem um apelo muito mais negativo que positivo.

Mickey está num beco sem saída. Aguardemos as cenas do próximo capítulo.


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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Flavio Quintela,
colunista - Gazeta do Povo - VOZES



sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Diante de uma trapaça gigante, a resposta do TSE foi a mais suspeita possível - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo

 A “justiça eleitoral” do TSE, essa aberração criada pela ditadura do Estado Novo e que não existe em nenhuma democracia séria do mundo, está fazendo o possível, o impossível e mais um pouco para dar a impressão de que as eleições presidenciais de 2022 vão ser roubadas.  
Podem não ser, é claro na noite do dia 30 vai se saber, para efeitos práticos -, mas os fatos, os puros e simples fatos, tornam cada vez mais difícil para o cidadão comum acreditar que o TSE age com imparcialidade nesta eleição. É simples: quase tudo o que decide é abertamente a favor de um candidato, o ex-presidente Lula, e contra o outro, o presidente Bolsonaro. Um é atendido em todas as exigências que faz. O outro não ganha nada e é proibido de tudo. O que eles querem, então, que as pessoas pensem?



Prédio do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O último escândalo, talvez o pior de toda a coleção que o TSE acumulou desde o início da campanha, é essa trapaça gigante, e cada vez mais obscura, na administração do horário eleitoral. Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia: segundo denúncia apresentada ao TSE pela candidatura do presidente, cerca de 1.300 horas, ou o equivalente a 150.000 mensagens devidas a ele, não foram ao ar em emissoras de rádio do Nordeste. É isso: sumiram, simplesmente, ao longo da campanha, e deixaram o eleitor nordestino ouvindo uma voz só - a de Lula. Não há precedentes de um roubo de tempo igual a esse na história das eleições no Brasil.

Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia

A reação do TSE foi um desastre com perda total. O ministro Alexandre Moraes, que dá todas as ordens nesta eleição, teve mais uma das reações automáticas que vem exibindo desde o início da campanha: ignorou a queixa no minuto em que foi apresentada, alegando “falta de provas”, e sem fazer o mínimo esforço para verificar se existiam ou não essas provas.  
Simplesmente, não fez investigação nenhuma - justo ele, Moraes, que manda investigar tudo, até um grupo de amigos que conversava em particular no WhatsApp, quando a acusação é feita contra a candidatura de Bolsonaro. Em vez de tentar apurar os fatos, ameaçou punir os que estavam fazendo a queixa, pela suspeita de “denúncia falsa”. Para completar, demitiu o funcionário do tribunal que relatou falhas na gestão do tempo eleitoral – com uma nota oficial perfeitamente incompreensível na qual diz que, no fundo, é tudo culpa dele e que o TSE não tem nada a ver com a distribuição de inserções no horário de propaganda eleitoral. É por coisas assim, e pelo conjunto da obra, que a honestidade da eleição está sendo questionada. Como poderia ser diferente?
 
A eleição presidencial de 2022 está sendo feita sob uma ditadura judiciária inédita na história do Brasil. O Poder Executivo e o Poder Legislativo foram anulados; estão de boca fechada e mãos amarradas, não decidem nada de relevante e operam sob as ordens do Judiciário.  
Pior: todo o país está virtualmente sob as ordens de um homem só, o ministro Alexandre Moraes. 
Essa ditadura foi imposta em nome da necessidade de se defender a “democracia” só que são o STF e Moraes, exclusivamente, que decidem o que é e o que não é democracia no Brasil. No momento, segundo eles, “democracia” é impedir que o presidente Jair Bolsonaro seja eleito isso, e apenas isso. Não interessa o que dizem a Constituição, as leis e o eleitorado. Tudo isso é secundário, ou um estorvo, para a “democracia” do STF ela é um valor maior que todos os demais, dizem os ministros, e tem de ficar por cima de qualquer tipo de legalidade. É assim que está funcionando.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 


sábado, 26 de fevereiro de 2022

A fraqueza ocidental - Revista Oeste

 Rodrigo Constantino

Quando o xerife do mundo livre se mostra pusilânime, os inimigos da liberdade ficam mais ousados

Joe Biden, ao lado de Boris Jonhson, na Conferência do G7 (10/06/2021) | Foto: Wikimedia Commons
Joe Biden, ao lado de Boris Johnson, na Conferência do G7 (10/06/2021) | Foto: Wikimedia Commons

A Rússia invadiu a Ucrânia nesta quinta-feira. Putin avaliou que toda a retórica dos líderes ocidentais não passava disso: pura retórica. O autocrata russo decidiu, então, avançar com seus planos imperialistas, para resgatar parte da configuração territorial que a então União Soviética tinha lembrando que Putin, um ex-agente da KGB, considerou a queda da URSS uma “catástrofe geopolítica”.

Largado à própria sorte pelo Ocidente “progressista”, resta ao povo ucraniano “ucranizar”, como fez contra seu próprio governo e ficou documentado no filme Winter on Fire, e demonstrar algum heroísmo na resistência ao imperialismo russo de Putin. Mas todos sabem que, na prática, os ucranianos, sem uma ajuda concreta ocidental, não possuem nenhuma chance de vitória.

Existem várias causas para essa guerra, mas não podemos descartar como um dos fatores que desencadearam esses eventos a fragilidade cada vez maior do Ocidente. Quando o xerife do mundo livre se mostra pusilânime, os inimigos da liberdade ficam mais ousados. O Ocidente precisa urgentemente de um novo Churchill, que conhecia a natureza humana e estava disposto ao sacrifício para defender a civilização ocidental.

Diante da política de “apaziguamento” com os nazistas, Churchill profetizou: “Entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e terão a guerra”. Churchill sabia que “um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”. Essa percepção se aplica perfeitamente ao caso atual envolvendo a Ucrânia.

Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha assinaram, em 5 de dezembro de 1994 com a Ucrânia, um acordo segundo o qual os três países garantem a unidade territorial desta ex-república soviética, em troca de que a mesma renuncie às armas nucleares. No documento, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos elogiam a adesão da Ucrânia ao tratado de não proliferação de armas nucleares e preveem que aquele país destrua todas as armas que ainda possuir, em troca da garantia de sua integridade territorial. Pelo visto, a política desarmamentista não funcionou muito bem para os ucranianos…

Ben Shapiro foi direto ao ponto: “Os britânicos entregaram o controle de Hong Kong à China em 1997 com a promessa de que a China manteria a autonomia da área. A China mentiu. A Ucrânia entregou suas armas nucleares em 1994, com apoio americano, em troca da promessa da Rússia de não invadir. A Rússia mentiu”. A moral da história é bem simples: “não confie nas promessas de ditadores. E as nações ocidentais que facilitam concessões em troca de promessas de ditadores também não são confiáveis ​​a longo prazo”.

É como achar que cantar Imagine e soltar bolas de sabão em favelas levará a paz ao local

Para Shapiro, “o que a Rússia e a China estão demonstrando é que desafiar uma hegemonia global não exige que você seja particularmente forte. Requer apenas que a hegemonia seja fraca, inchada e obcecada por si mesma”. O que estamos vendo tem relação com mudanças nas placas tectônicas da geopolítica, mas não necessariamente pelo fortalecimento de Rússia e China, e sim pelo enfraquecimento ocidental.

No momento, após a invasão russa, as prefeituras de Berlim e Paris iluminaram monumentos com as cores da Ucrânia. Talvez não exista símbolo melhor para ilustrar a fraqueza ocidental. É como achar que cantar Imagine e soltar bolas de sabão em favelas levará a paz ao local. Essa gente vive no eterno jardim de infância, com uma visão estética e romântica da vida, desconectada da realidade como ela é. Deveriam assistir O Deus da Carnificina”, de Polanski, para entender melhor que o mundo não é o Central Park de Nova Iorque.

Podemos até imaginar a nota que a Otan gostaria de soltar numa hora dessas: “Nosses soldades estão prontes e com moral elevade para ajudar a Ucrânia”. Enquanto isso, Putin sorri aquele sorriso de Mona Lisa, de quem sabe mais. Será que as feministas ucranianas já sentem falta da “masculinidade tóxica” ou ainda esperam que homens como o imitador de focas e Justin Trudeau ofereçam proteção contra os russos? A emasculação no Ocidente vem cobrar seu preço.

Isso sem falar das estranhas prioridades. Podemos vislumbrar a reação das lideranças ocidentais diante de Putin: “Mas que absurdo! O Exército russo tem pouca minoria, nenhum trans, negro ou mulher, sua artilharia não é ecologicamente correta e, pasmem, há soldados não vacinados e sem máscaras nos pelotões. Onde já se viu isso?!”. A ironia aqui serve como válvula de escape para o desespero de quem enxerga essa tendência faz tempo, mas se sente impotente diante dela.

Olavo de Carvalho, em fevereiro de 2021, escreveu: O Putin parece ser o último governante que ainda conhece a realidade: Quem manda é quem tem as armas, não quem tem o computador. Quero ver algum desses fresquinhos do Silicon Valley se meter a besta com ele. Na Hora H, o único poder real que existe não é o poder de mentir. É o poder de matar. O velho Stalin perguntaria: Quantas divisões armadas tem Bill Gates?Olavo tem razão.

Enquanto isso, vejamos a “análise” do correspondente internacional do jornal O Globo, Guga Chacra, quando Joe Biden venceu as eleições suspeitas contra Trump: “O mundo ficará mais suave sem Trump. Acabou o pesadelo da era Trump. Pode-se criticar Biden (e tenham certeza de que criticarei muito quando for necessário). Mas é uma pessoa normal. Trump era mau”. O “adulto na sala” versus o malvadão: eis a “análise” do jornalista. Logo depois veio aquela saída atabalhoada do Afeganistão, que entregou de bandeja o poder aos terroristas do Talibã.

Minha colega de revista Ana Paula Henkel alfinetou essa mídia militante assim que Putin declarou guerra à Ucrânia: “Quando Trump saiu da Casa Branca, um apresentador da CNN norte-americana chorou no ar e disse que o mundo agora viveria tempos de paz. Outro da GloboNews escreveu que ‘o mundo ficará mais suave sem Trump’. Abandonem a imprensa de pompom na mão. Eles não fazem mais análise. E há muito tempo”.

O choro ocidental não vai parar as pretensões imperialistas da Rússia e da China. Homens “fofos” e cada vez mais afeminados não vão enfrentar soldados forjados na Sibéria ou na China rural.  
Se o preço da liberdade é a eterna vigilância, o preço da paz é o poder e a determinação de defendê-la. 
É preciso estar preparado para o pior, ainda que possamos esperar o melhor. Diplomacia sem a sombra da espada não tem força. E cá entre nós: diante dessa fraqueza toda do Ocidente, se sou morador de Taiwan, começo a fazer as malas hoje mesmo…

Leia também “Os limites democráticos”


Rodrigo Constantino,  colunista - Revista Oeste

 


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

“Ponha-se no seu lugar”, disse deputada a filho de Bolsonaro em fim de “barraco” no WhatsApp

Um novo conjunto de mensagens obtido pelo jornal O Globo mostra que o barraco no grupo de WhatsApp do PSL, protagonizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a futura deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), terminou no início da noite desta quinta-feira em clima de franca ruptura.

[era nossa intenção ignorar o assunto; mas, já que continua rendendo fica o registro: admiramos a futura deputada desde os seus tempos de Veja, mas, lugar por lugar, o  do deputado é, digamos, mais importante, ele é deputado em pleno mandato, foi reeleito e a Joice é, até 31 de janeiro, futura deputada.]

Depois de uma troca de farpas que durou o dia todo, e revelada pelo jornal na quinta-feira, Joice voltou a se indispor com o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro: “Eduardo, não admito nem te dou liberdade para falar assim comigo, ou escrever algo nesse tom. Não te dei liberdade pessoal nenhuma, portanto, ponha-se no seu lugar”.  O barraco no grupo de WhatsApp do PSL foi retomado nesta sexta-feira. A deputada ficou contrariada quando Eduardo Bolsonaro escreveu que a colega de partido chegaria “com fama ainda maior de louca no Congresso”, depois do bate-boca no aplicativo. “Minhas discussões aqui são políticas e não pessoais. Se formos discutir a questão ‘fama’ a coisa vai longe”, rebateu Joice, acusando o filho “agir como um bebê no jardim de infância”.

Pouco antes, Eduardo Bolsonaro havia postado no mesmo grupo a reportagem do jornal O Globo que revelou a discussão no grupo dos integrantes do partido, iniciado ainda na madrugada de quinta-feira. “Já esperava por isso”, disse Eduardo a Joice, ao se referir ao vazamento da conversa reservada. “Você não espera que eu vá correr atrás de você depois disso tudo que está acontecendo e ainda dando uma de sonsa aqui”, afirmou Eduardo Bolsonaro em resposta a mensagens de Joice em que ela diz que tenta falar com o deputado, mas ele “marca e some”. “Joice, a sua fama já não é das melhores. A continuar assim, vai chegar com fama ainda maior de louca no Congresso”, completa.

“Isso aqui não é Jardim da infância em que marmanjo age como bebê”
Joice, então, enquadrou o filho do presidente, dizendo que não havia dado liberdade a ele para tal conversa. “No mais, falamos pessoalmente porque não vou alimentar essa molecagem. Isso aqui não é Jardim da infância em que marmanjo age como bebê. Vamos em frente. Vamos agir como adultos”, afirmou a deputada.

Desde o início da noite de quinta, quando Eduardo e Joice trocaram as derradeiras farpas, paira sob o grupo no aplicativo um ar de constrangimento. Para desanuviar o clima, integrantes postam informações relacionadas à Cúpula Conservadora das Américas, um evento promovido pela direita no qual o PSL pretende estar em peso neste fim de semana em Foz do Iguaçu.

O Globo
 


sexta-feira, 1 de abril de 2016

A presidente que erra até conta que se aprende no jardim da infância merece ser cassada por insuficiência mental

"Eu acredito que sou talvez a única governante que tenha tido várias vezes as contas vistas e revistas, porque comigo não basta aprovar uma vez”, desandou Dilma Rousseff na discurseira para artistas que batem palmas para a presidente com muito mais frequência do que ouvem aplausos das plateias minguantes. “É necessário talvez aprovar duas ou três, o que é bastante interessante, é uma matemática política muito, mas muito estranha”, completou a governante que mente como quem respira. 

Dilma diz que 13 menos 4 é igual a 7

 A presença do talvez nas duas frases avisa que até o neurônio solitário anda duvidando das coisas que diz. Mas a clientela do Bolsa Cultura crê em qualquer coisa que garanta a mesada federal. Essa turma topa acreditar, por exemplo, que a aplicação de normas constitucionais regulamentadas pelo Supremo Tribunal Federal é golpe. Erra feio. Mas acerta quando berra que não vai ter golpe. O que vai ter é impeachment. Ou a cassação da chapa Dilma-Temer, que se reelegeu por ter aplicado o golpe do estelionato eleitoral.

As contas de Dilma nunca foram vistas e revistas: foram é rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. (Há outras, ainda sob o escrutínio dos investigadores da Lava Jato.)  “Matemática política” é a inventada pelos espertalhões que tentaram esconder com pedaladas fiscais criminosas o tamanho do buraco escavado pela corrupção, pela incompetência e pela irresponsabilidade. “Muito estranha” é a aritmética que transforma prejuízo em lucro, rombo em superávit e menos em mais.

Mais estranho ainda é constatar que o Brasil é presidido há mais de cinco anos por uma nulidade incapaz de fazer contas de jardim de infância. Revejam o vídeo famoso. Quem acha que 13 menos 4 é igual a sete merece ser cassada por insuficiência mental.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes