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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Eduardo Leite aciona Ministério Público contra Jean Wyllys por homofobia [e agora?]

O governador do Rio Grande do Sul apresentou representação contra o ex-deputado federal, que na semana passada o chamou de gay "com homofobia internalizada”

 O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou na manhã desta quinta que apresentou uma representação ao Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) por declarações da semana passada que o gaúcho considerou “preconceituosas e discriminatórias” contra ele.

Prestes a ser nomeado na Secom do governo Lula, Wyllys criticou, na sexta-feira passada, o anúncio do governador de que irá manter as escolas cívico-militares do estado, e chamou Leite de gay “com homofobia internalizada”.

“Que governadores héteros de direita e extrema direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, escreveu o petista, ao compartilhar imagem de publicação do gaúcho.

“Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância”, rebateu Leite, no mesmo dia.

Nesta quinta, ele disse que já havia entrado com uma representação no Ministério Público contra o ex-deputado Roberto Jefferson, quando ele “disparou ataque homofóbicos”, e feito uma interpelação judicial contra Jair Bolsonaro, quando o então presidente foi ao Rio Grande do Sul e fez uma piada com insinuações de mau gosto.

“E, por isso, agora quando Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que eu tomei como governador, que ele pode não concordar, pode ter outra visão, mas tenta associar essa decisão à minha orientação sexual, e até a preferências sexuais, eu devo também entrar com uma representação contra ele”, afirmou Leite, exibindo a representação protocolada no Ministério Público do Rio Grande do Sul.

O governador relatou que pediu a apuração da conduta e a manifestação e “tenha todos os desdobramentos, que podem ser uma ação do Ministério Público em relação ao Jean Wyllys por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia”.

“Porque não interessa se é da direita ou da esquerda. Não interessa a cor da bandeira que carrega. O que importa é que homofobia, preconceito, discriminação não podem ser tolerados”, declarou.

 Radar - Coluna em VEJA


terça-feira, 13 de junho de 2023

Assassinos, estupradores e pedófilos em liberdade - Joice Maffezzolli

Revista Oeste [Cortesia]

Determinação do CNJ pode deixar doentes mentais criminosos abandonados à própria sorte

Foto: Shutterstock

Estação de metrô Sé, uma das mais movimentadas da capital paulista. Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014, por volta das 7 horas. Um homem olhava atentamente os usuários esperando o próximo trem na plataforma de embarque. Quando a composição chegou, ele furtivamente se aproximou de uma desconhecida e a empurrou sobre os trilhos. Na queda, Maria da Conceição de Oliveira, de 27 anos, perdeu o braço e, por sorte, sobreviveu.
Segundo testemunhas, o homem saiu “correndo e sorrindo”. Naquele momento, Eduardo Rodrigues da Silva Camargo, 36 anos, estava feliz. Ele havia atendido ao pedido de uma voz em sua mente que dizia: “Você tem que matar alguém hoje”.

Eduardo tem esquizofrenia, o mesmo diagnóstico da mãe, e, antes de ser preso, teve nove registros de agressão, quatro deles no metrô. 
Hoje, está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) Professor André Teixeira de Lima, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, uma das três unidades de custódia do Estado. Em maio de 2024, Eduardo pode estar novamente nas ruas, caso se concretize a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determina o fechamento de todos os 28 hospitais do tipo existentes no país. [DÚVIDA ATROZ - perguntar, não ofende: o CNJ é o supremo do Supremo? ou o Legislativo SUPREMO? AFINAL, o CNJ interfere nas mais diversas áreas e todos cumprem o que manda - de forma mais submissa do que quando a decisão emana da Suprema Corte.]HCTP Professor André Teixeira de Lima, fundado em 1933 | Foto: Reprodução Internet

Ao lado do Parque Estadual do Juquery, numa área cercada por verde, o hospital se divide em oito pavilhões, com dormitórios, refeitório, enfermaria e área de lazer. Os leitos de emergência estão vazios, os pacientes estão ocupados com outros afazeres.

(...)

Em abril deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, por meio da Resolução 487/2023, o fechamento das 28 unidades de custódia no Brasil até maio de 2024. As instituições abrigam mais de 4.600 doentes mentais, segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen)

(...)

O aposentado Luciano Gomes da Silva, de 57 anos, conhecido como “Zé Marreta”, foi posto em liberdade depois de ficar 18 anos no HCTP de Franco da Rocha por ter matado a noiva, em 1993. Na época da prisão, testes indicaram em Luciano “deficiência mental, consistente em esquizofrenia paranoide, doença congênita, permanente e irreversível”. Em 2018, contudo, sua pena foi extinta por decisão judicial. Solto, ele voltou a atacar. Em 2021, Luciano matou a marretadas a auxiliar de limpeza Roseli Dias Bispo, de 46 anos, dentro de um dos trens da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo. 

Segundo os seguranças que o detiveram, Luciano alegou ter ouvido “vozes” e achou que a auxiliar de limpeza, que ia para o trabalho, o havia chamado de “mulher ou gay”. Em liberdade, Zé Marreta deveria ter sido amparado pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps) ou pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), órgãos indicados na resolução do CNJ para acompanhar os doentes mentais criminosos que forem soltos.

“Esses órgãos não vão ficar 24 horas por dia com o paciente para saber se ele está tomando a medicação, diferentemente das casas de custódia, onde o medicamento é vigiado pelo profissional para não correr o risco de o interno jogá-lo fora”, afirma Calvo. “Se o Caps e o Raps tivessem capacidade, isso não teria acontecido.”

Outro caso bastante conhecido é o de Francisco da Costa Rocha, o Chico Picadinho, agora com 81 anos, condenado por matar e esquartejar duas mulheres. 
O primeiro assassinato foi em 1966, aos 24 anos, no centro de São Paulo. A vítima foi a bailarina austríaca Margareth Suida, de 38 anos, que fazia programas. 
Depois de uma noite de muita bebida, drogas e sexo, ele se tornou violento e a estrangulou, primeiro com a mão e, depois, com o cinto. Para se livrar do corpo, Chico Picadinho esquartejou a mulher e a colocou em uma sacola. 

Dez anos depois do crime, liberado por bom comportamento, voltou a estuprar, matar e estrangular outra mulher. A cena se repetiu em 1976 com a prostituta Ângela Silva, conhecida como “Moça da Peruca”, 34. Depois de espancá-la e estrangulá-la, ele a esquartejou e tentou jogar os pedaços do corpo pelo vaso sanitário. Picadinho fugiu para o Rio de Janeiro e foi preso 28 dias depois. 

(...) 

É comum, no momento da prisão, o suspeito dizer que não é responsável por seus atos, porque é usuário de drogas ou tem transtorno mental, mas o psiquiatra tem a capacidade de identificar cada caso. “É muito complexo”, afirma Palomba. “Juízes e psicólogos não têm noção, mas o psiquiatra sabe. Quando a pessoa pode ficar internada dois meses só para medicação, por exemplo, a gente indica um hospital comum. Quando é crônico, não tem respaldo familiar ou social e não adere à medicação, indica-se uma internação mais prolongada.”

A média de tempo de permanência dos pacientes no HCTP de Franco da Rocha é de três anos. Quando saem, o hospital aciona a Raps ou o Caps e faz acompanhamento fora dos muros por seis meses. No período de internação, além do tratamento clínico e psiquiátrico, os internos têm assistência odontológica e complementar, com núcleo de educação, recreação e terapia ocupacional. Os detentos ainda trabalham no ateliê de costura, em reforma de móveis escolares, conservação e jardinagem.

Entidades médicas contra o fim

A resolução do CNJ regulamenta a Lei Antimanicomial (2001), que já previa o atendimento desses pacientes na rede pública de saúde, como Raps e Caps. Mas é preciso entender que há uma diferença entre o doente mental e o doente mental criminoso. O primeiro pode conviver com a família, em sociedade e ser tratado. O segundo precisa de internação por tempo indeterminado.

Guido Palomba explica que a maioria dos doentes mentais não é portadora de periculosidade. “Estamos falando de uma minoria, da mesma forma que a maioria das pessoas não é criminosa”, garante. “Essa turma acaba estigmatizando o doente.”

Enquanto associações de psiquiatria e de direitos humanos defendem a aplicação da política antimanicomial, até como forma de pôr em prática o que hoje diz a lei, entidades médicas lançaram uma nota contra a resolução. Um texto assinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Federação Médica Brasileira (FMB) diz que a medida não foi debatida com médicos e que haveria risco para a segurança pública.

“O sistema público de saúde e o sistema prisional comum não estão preparados para receber todas essas pessoas, por isso haverá abandono do tratamento médico, aumento da violência, aumento de criminosos com doenças mentais em prisões comuns, recidiva criminal, dentre outros prejuízos sociais”, informa a nota.

“É uma irresponsabilidade acabar com a instituição de custódia que está habituada com o paciente que comete crimes, que é muito diferente da psiquiatria comum”, afirma Paulo Sérgio Calvo. “Tanto as terapêuticas quanto o tratamento são diferentes.”

(...)


Champinha: o caso do criminoso não se enquadra na resolução do CNJ
Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, é autor de um dos crimes mais aterradores já cometidos no Brasil. Aos 16 anos, ele torturou e matou o casal de namorados Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Caffé, de 19, em Embu-Guaçu, na Região Metropolitana de São Paulo. 
Champinha | Foto: Reprodução

Era novembro de 2003. Liana e Felipe planejavam passar o fim de semana acampados perto de um sítio abandonado em Embu-Guaçu quando foram surpreendidos por Champinha e Paulo César da Silva Alves, o Pernambuco. Quando a dupla de criminosos percebeu que os adolescentes tinham pouco dinheiro, resolveram sequestrar Liana e Felipe. 

Os quatro foram para a casa de Antônio Matias de Barros, outro comparsa, que serviu de primeiro cativeiro para o crime. Na primeira noite, Liana foi violentada sexualmente por Pernambuco, enquanto Felipe permanecia no quarto ao lado. No dia seguinte, Pernambuco percebeu que Felipe não seria útil e o matou com um tiro na nuca. O corpo foi abandonado na mata e o criminoso fugiu para São Paulo.

Liana foi levada para a casa de outro comparsa, Antônio Caetano da Silva. No primeiro dia, Champinha a estuprou e, nos dias seguintes, o estupro passou a ser coletivo, com a participação de Antônio Caetano da Silva e Aguinaldo Pires.

Na madrugada do dia 5 de novembro, Champinha levou a vítima para o mesmo matagal em que Felipe havia sido morto. Ele tentou degolá-la e, ao falhar, desferiu golpes de faca nas costas e no tórax. Liana morreu de traumatismo craniano, quando Champinha golpeou sua cabeça com o lado cego da faca. Os corpos das vítimas foram encontrados cinco dias depois. Os assassinos foram localizados e presos em 10 de novembro.

Felipe Silva Caffé e a namorada, Liana Friedenbach | Foto: Reprodução
Aguinaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de reclusão por estupro. 
Antônio Caetano da Silva recebeu 124 anos de reclusão por diversos estupros, e Antônio Matias de Barros foi sentenciado a seis anos de prisão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por cárcere privado, favorecimento pessoal, ajuda à fuga dos outros acusados e ocultação da arma do crime. 
Pernambuco pegou 110 anos e 18 dias por homicídio qualificado, sequestro, estupro e cárcere privado. 

Mesmo sendo menor de idade, Champinha era o líder do bando. Ele foi condenado a três anos na Fundação Casa. Ao completar 21 anos, no entanto, o Ministério Público requereu sua interdição civil depois que um laudo psiquiátrico apontou que ele tem doenças mentais graves, como transtorno de personalidade antissocial e leve retardo mental, sendo que pode apresentar risco à sociedade. 

ÍNTEGRA DA MATÉRIA - Revista Oeste


Leia também “Perversidade jornalística”

 

Joice Maffezzolli, colunista - Revista Oeste 

 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Disney - Rato encurralado - Gazeta do Povo

Vozes - Flavio Quintela

Magic Kingdom, um dos parques da Disney em Orlando, na Flórida.| Foto: stinne24/Pixabay

Pouco mais de um ano atrás, no dia 28 de março de 2022, o governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou a lei que seus detratores chamariam de “Don’t Say Gay” (“não diga ‘gay’”, em tradução livre), cujo nome real é apenas “Lei dos Direitos dos Pais na Educação”. 
A legislação proibiu a instrução em sala de aula sobre orientação sexual e identidade de gênero desde o jardim de infância até a terceira série. 
Além disso, exigiu que qualquer material relacionado a tais temas seja adequado à idade dos alunos de outras séries.

Na época, diante de toda a polêmica criada pela imprensa de esquerda, que deturpou por completo o texto da lei, o então CEO da Disney, Bob Chapek, disse aos trabalhadores da gigante do entretenimento que a empresa não assumiria uma posição pública sobre a legislação, de forma a permanecer fora do campo da ação política. Os funcionários da Disney protestaram e Chapek cedeu rapidamente, declarando que a empresa lutaria para que a lei fosse rescindida.

Por décadas, a Disney teve motivos para ser o “lugar mais feliz da Terra”. O governo da Flórida sempre apoiou a empresa, dando-lhe um status único no controle de sua própria governança. Quando escolheu Orlando para estabelecer seu complexo turístico, a Disney foi agraciada com a criação de um distrito chamado Reedy Creek Improvement, uma entidade jurídica que estabelece regras de uso e zoneamento de todo o território ocupado pela empresa. 
Enquanto outras corporações precisam se estabelecer nos condados do estado, estando sujeitas aos regramentos estabelecidos por autoridades eleitas como qualquer outro agente político, a Disney controlou desde o início o conselho administrativo de seu distrito, podendo estabelecer seus próprios padrões de construção, conceder suas próprias licenças de construção e determinar o escopo dos serviços, códigos de construção, coleta de lixo e outras questões de infraestrutura. 
Fora o Vaticano, não se tem notícia de outra organização não governamental com poderes desse nível.

    A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes

A Disney poderia continuar se beneficiando dessa vantagem única por muitas décadas mais. Em vez disso, optou por agir politicamente contra o governo eleito da Flórida, achando que não haveria consequências graves. Em resposta à promessa de Chapek de lutar pela rescisão da lei, o governador Ron DeSantis articulou uma resposta contundente com o Legislativo estadual, extinguindo o distrito Reedy Creek Improvement e criando um novo distrito para governar toda a área de propriedade da empresa e um novo conselho administrativo em que a turma do Mickey não possui nenhuma influência ou capacidade de decisão.

Diante desse revés, a empresa poderia ter tentado encontrar um meio-termo. Em vez disso, fez algo ainda mais imprudente: nos últimos dias do conselho dominado pela Disney, os membros votaram pela transferência de poderes para a empresa. Algo do tipo “já que nao haverá mais um distrito em que somos a autoridade, nós estamos inventando uma resolução em que nossa empresa fica imune ao controle de qualquer outro conselho daqui para a frente”. Em outras palavras, uma verdadeira declaração de guerra ao governo estadual.

E qual foi o resultado? Na semana que passou, surgiram rumores de que os integrantes do novo conselho, cujo “mandato” está prestes a iniciar, reverterão essa decisão com base em uma lei estadual que requer um mínimo de sete dias de aviso para consulta pública quando uma mudança desse montante é proposta.   
Além disso, parece que o novo conselho pretende impor uma miríade de fiscalizações sobre a Disney, desde as condições de funcionamento de itens como o monotrilho e os brinquedos do parque, até o salário de bombeiros e paramédicos que, ao que parece, são pagos abaixo do piso pela Disney. Resumindo bem facilmente, o novo conselho não deixará pedra sobre pedra.

A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes, incluindo filmes infantis controversos com personagens e relacionamentos do mesmo sexo. Em dois desses filmes, a Disney perdeu mais de um quarto de bilhão de dólares. Mas ela não está sozinha. Nos últimos dias, Bud Light e Nike enfrentaram reações e boicotes depois de alinhar suas marcas com o influenciador transgênero Dylan Mulvaney. No caso da Anheuser-Busch, controladora da Bud Light, o impacto imediato foi a perda de US$ 6 bilhões em valor de mercado. Essas empresas se juntam a uma longa lista de corporações que abraçam causas políticas e sociais a despeito da oposição significativa de seus consumidores.

No caso da Disney, se os rumores se confirmarem e o novo conselho prosseguir com seu plano, a empresa terá de fazer uma escolha. Ela pode abandonar a briga e buscar um acordo com o Estado. Caso opte por continuar a briga, o litígio manteria a Disney no noticiário de forma negativa e polarizadora. Também exporia suas operações à descoberta e escrutínio público. Além disso, diante da imensidão de quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, 25 hotéis e cerca de 80 mil funcionários, o estado da Flórida tem uma série de áreas onde seu poder regulatório pode custar muito caro à Disney. Basta que o novo conselho aja para forçar inspeções de monotrilhos e elevadores, fazer cumprir as normas ambientais e aumentar os salários dos socorristas. Só isso já seria suficiente para causar um tremendo prejuízo. E se a Disney lutar publicamente contra qualquer uma dessas ações, terá de fazê-lo com base no argumento de que merece ser tratada com desigualdade de condições em relação a outras empresas, uma posição que tem um apelo muito mais negativo que positivo.

Mickey está num beco sem saída. Aguardemos as cenas do próximo capítulo.


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Flavio Quintela,
colunista - Gazeta do Povo - VOZES



quinta-feira, 13 de outubro de 2022

RS terá ‘uma primeira-dama de verdade’, diz Onyx em disputa contra Leite

Na primeira propaganda do segundo turno no rádio, candidato bolsonarista faz menção indireta a orientação sexual do tucano, declaradamente gay

Numa propaganda de rádio, veiculada pela manhã, o ex-ministro de Jair Bolsonaro dedicou uma fala à mulher, a personal trainer Denise Veberling, e mencionou que ela seria uma "primeira-dama de verdade". A expressão foi vista como uma provocação homofóbica por apoiadores de Leite, que se assumiu gay no ano passado e namora o médico Thalis Bolzan.

Diz Onyx no trecho em questão:Quero agradecer a minha esposa Denise pela parceira que fizemos juntos (...) Tenho certeza que os gaúchos e as gaúchas entenderam que vão ter, se for da vontade de Deus e do povo gaúcho, um governador e uma primeira-dama de verdade, que são pessoas comuns e têm uma missão de servir e transformar a vida dos gaúchos para melhor.

Além da menção ao próprio casamento, Onyx também usou o tempo no rádio para criticar as pesquisas eleitorais ("Não erraram, tentaram manipular os gaúchos", disse) e para colar, mais uma vez, a própria imagem à de Bolsonaro. 

A campanha de Eduardo Leite ainda avalia se irá se pronunciar sobre o assunto. No entanto, o candidato rebateu, nas redes sociais, outra insinuação homofóbica que tem aparecido nas ruas. Cartazes colados em postes, sem indicação de campanha, dizem que o estado “é alérgico a carne de viado e lactose”. A mensagem é concluída com a data do segundo turno. 

Revista VEJA e Jornal O Globo


quinta-feira, 24 de março de 2022

Disney mostra perigo do ativismo radical interno - VOZES

Rodrigo Constantino

Qual a grande missão da Disney? Não é muito difícil resumi-la como algo assim: produzir entretenimento para milhões de pessoas ao redor do mundo, com foco especial nas crianças. É o que fazem os filmes clássicos da Disney, seus parques temáticos, seu cruzeiro: geram magia e encanto para todos, em particular as crianças.

Agora imagine uma empresa dessas resolver agir como um típico militante radical de esquerda, com pautas como ideologia de gênero. Seria absurdo, quase suicídio comercial, certo? Pois é exatamente o que tem feito a Disney, cada vez mais. O episódio da lei aprovada na Flórida contra doutrinação infantil mostra bem isso.

A turma "woke" de Hollywood, encabeçada pelo ator que fez Luke Skywalker, passou a rotular a lei como "não diga gay", sendo que em nenhum momento o projeto diz isso. Nem é uma lei controversa. Diz basicamente que não cabe aos professores de crianças (6, 7 anos) se intrometer na educação sexual, pois isso é tarefa dos pais.  
É uma lei que garante mais controle parental sobre certos conteúdos morais, apenas isso.

Mas a mídia, cada vez mais "woke", embarcou nessa narrativa distorcida, e passou também a chamar a lei de "não diga gay", como se fosse censura reacionária. Até a Casa Branca endossou a farsa.[Biden, atual ocupante da Casa Branca, e sua vice representam a expressão oficial do apoio a coisas como: aborto, ideologia de gênero, desvalorização da polícia e outras bizarrices.]  E eis que os radicais se sentiram mais autorizados a partir para o ataque. Foi o que fez uma pequena parcela dos funcionários da Disney.

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Uma carta assinada por uns 200 funcionários, numa empresa com dezenas e dezenas de milhares de empregados, cobrou uma postura mais firme do CEO, exigindo reação contra a lei. Pressionado por essa pequena turba, Bob Chapek expôs toda a sua covardia, e se curvou diante das exigências do ativismo LGBTQSTYWX&#$%@KZ (ou algo assim). Ele pediu desculpas pela "omissão", e fez juras de amor à causa da patota.

Teve um funcionário que, com uma bandeira de arco-íris, chegou a "exigir" que a Disney não desse mais doações para candidatos conservadores. É o rabo abanando o cachorro, um empregado ditando as regras de como os acionistas devem se comportar. Total inversão!

Eis como funciona
: uma minúscula minoria se une e ameaça com barulho, ganhando o holofote da mídia igualmente dominada por esses radicais. Normalmente a imensa maioria mais sensata e conservadora se cala, e os acovardados gestores cedem. Dessa forma, uma empresa gigante com milhares de funcionários se transforma numa máquina militante radical por conta de uns cem ativistas raivosos.

A Pixar, empresa da Disney, já até anunciou que o novo filme do Buzz Lightyear, personagem do Toy Story, terá beijo lésbico. Um filme voltado para crianças. Ninguém se importa com o estilo de vida dos funcionários, e na América, felizmente, há ampla liberdade. Mas usar os filmes da Disney para "lacrar", para tentar transformar o mundo à sua imagem, para fazer doutrinação ideológica, isso é inaceitável para muitos.

E certamente haverá consequências. Muitos pais, ao tomarem ciência do grau crescente de militância da Disney, vão simplesmente deixar de ver seus filmes. É uma afronta à clientela majoritária da empresa. Um tiro no pé. E o resultado de quando a maioria se torna refém de uma minoria barulhenta e autoritária. Por isso é tão fundamental reagir.

Alguns funcionários da Disney fizeram justamente isso, e publicaram uma carta revelando o ambiente cada vez mais hostil na empresa para quem defende valores menos "progressistas". Sem uma reação da maioria silenciosa, as corporações serão todas dominadas pela minoria radical, transformando-se em instrumentos ideológicos a serviço de causas extremistas, como a ideologia de gênero.

LEIA TAMBÉM: Disney publica comunicado em prol do movimento LGBT

Empresa recebeu pressões da esquerda

Rodrigo Constantino, colunista - VOZES - Gazeta do Povo

 

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Agressões gratuitas - Revista Oeste

Cristyan Costa

Os ataques do movimento LGBT+ a símbolos cristãos prejudicam a causa gay e dificultam o debate sobre religião e homossexualidade

Na maior parte dos países ocidentais, inclusive nos mais religiosos, a comunidade LGBT obteve nos últimos anos conquistas legais de igualdade de direitos entre heterossexuais e homossexuais, como a união civil e a adoção de crianças por pais do mesmo sexo — no Brasil, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, em 2011, os mesmos direitos de casais héteros para gays. Contudo, os ataques da militância contra símbolos cristãos nunca pararam.

Valer-se de símbolos sacros do cristianismo para promover causas tem sido um comportamento recorrente do movimento, sobretudo no Brasil. Ao mesmo tempo em que acusam o outro lado de hostil e intolerante, os dirigentes do movimento atacam personagens bíblicos sob a égide de “luta pelos direitos dos gays”.


Foto: Montagem com imagem Shutterstock
Foto: Montagem com imagem Shutterstock

Os ataques também vêm de “satélites” do movimento LGBT. Em 2013, o grupo extremista Femen protagonizou uma manifestação na Praça São Pedro, no Vaticano., tiraram a roupa enquanto o papa Bento XVI rezava uma missa e gritaram palavras de ordem contra a homofobia. Em seus corpos, estava pintada a frase “In gay we trust”. Ainda em 2013, no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude, manifestantes da “Marcha das Vadias” quebraram imagens sacras na rua, esfregaram as estátuas nas genitálias e introduziram um crucifixo no ânus.

Em junho de 2015, um ativista trans se vestiu de Jesus e foi “crucificado” na Parada Gay, na Avenida Paulista. Em cima da cruz havia uma placa com o texto: “Basta de homofobia”. Em 2019, a produtora P...  lançou um especial de Natal na Netflix protagonizado por um Jesus gay. Neste ano, o grupo humorístico dobrou a aposta e exibiu um vídeo mostrando um Jesus que consome pornografia e se encontra com Deus em um bordel. Os integrantes do P...  se dizem defensores de causas gays.

[Nota: Por ser política do Blog Prontidão Total não publicamos fotos do tipo das  que constam da reportagem transcrita,  devido o caráter blasfemo das mesmas, extremamente ofensivo  aos valores CATÓLICOS/CRISTÃOS.
De igual modo abreviamos nomes de pessoas e outras coisas que ofendem os mesmos valores - conduta que se enquadra na nossa política de não concessão de holofotes a coisas que repudiamos
Uma sugestão a esses movimentos que desrespeitam VALORES SAGRADOS: 
- passem a apresentar suas produções, seus protestos, encenar espetáculos e  vilipendiar valores e símbolos de outras religiões, em alguns países que reagiriam de forma implacável contra os atos de vocês;
Deixem de ser covardes, ataquem outras religiões (incluindo, sem limitar,  as monoteístas). 
Não se limitem a agredir VALORES CRISTÃOS = O Cristianismo é uma religião que impede seus seguidores de reagir da forma que vocês merecem. 
JESUS CRISTO pregou a PAZ, o PERDÃO - que vocês não merecem, mas, temos que conter reações à altura dos atos que praticam.
O artigo 208 do Código Penal Brasileiro cuida dos crimes contra o sentimento religioso, sendo de ação pública e incondicionada.]

A mais recente polêmica do movimento foi um ensaio fotográfico para a revista alemã Siegessäule, voltada para o público gay, mostrando uma versão trans da Virgem Maria. A imagem estampou a capa da publicação, exibindo Nossa Senhora de véu azul, túnica branca e barba, segurando um bebê, que representava Jesus. Ao abrir a galeria de fotos, o leitor dava de cara com outra imagem: Maria abraçada com um homem, em alusão a uma família gay. O modelo que aparece no ensaio é R. S. embaixador de causas LGBT+ no Parlamento Europeu. “Se ignoramos o fato de que Jesus não era branco, poderíamos acreditar que a Virgem Maria tinha barba. Por que não?”, escreveu S... nas redes, ao divulgar a revista. “Obrigado à equipe que me ajudou a criar essas imagens e se recusou a receber por isso”, acrescentou, ao mencionar que o dinheiro da venda das revistas será direcionado a sua fundação, com o objetivo de combater a aids na comunidade gay. Como porta-voz da diversidade, S... afirma que trabalha para “acabar com a discriminação contra LGBTs no mundo por meio do diálogo”.

Desrespeito e desvio de finalidade
A atitude agressiva do movimento tem gerado críticas até mesmo de homossexuais. É o caso do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP). O parlamentar avalia que a encenação da Nossa Senhora trans é um “vilipêndio ao cristianismo e à fé católica”. Ele afirma que não se vê representado pelo movimento LGBT. “Muitos agem de maneira agressiva e promovem ataques desproporcionais a quem não concorda com as bandeiras defendidas por eles”, disse. “Eu, inclusive, sou vítima de ameaças rotineiras de membros desses grupos”, afirmou, ao mencionar que atitudes assim dinamitam pontes para o diálogo.

“Enquanto isso, vários homossexuais estão sendo perseguidos e mortos no Oriente Médio”

Ao discorrer sobre a preferência do movimento por símbolos do cristianismo, Garcia afirma que a civilização ocidental tem como base valores cristãos. “Esses grupos encaram a luta em defesa de sua visão de mundo necessariamente como uma luta contra esses valores cristãos que deram origem à sociedade em que eles vivem”, explicou. “Por isso, procuram denegrir a imagem da religião e de religiosos como meio de defesa das suas pautas.”

Conhecido como Dom Lancelotti, Diego Guedes tem o pensamento semelhante ao de Garcia. Homossexual, ele lidera um movimento de gays conservadores, composto de membros que discordam do pensamento do establishment sobre como esse público deve agir. Dom explica que a repercussão por meio de ataques a símbolos é uma tática antiga para emplacar pautas e dar notoriedade a grupos ou indivíduos: “Eles querem chocar. Fazem as coisas de caso pensado”.

Dom critica a mudança de foco do grupo, hoje alinhado a uma agenda da esquerda internacional. “O movimento LGBT surge num momento em que era crime ser homossexual em vários países”, disse. “Na primeira onda do movimento LGBT, seus líderes queriam descriminalizar a homossexualidade. Hoje, está falando em linguagem neutra, exigindo personagens gays na Turma da Mônica e atacando a religião ao reinterpretar Maria, por exemplo. Enquanto isso, vários homossexuais estão sendo perseguidos e mortos no Oriente Médio”, observou. “Sou conservador, mas não quero acabar com o movimento LGBT. Quero participar do debate e mostrar o que acho ser o caminho correto. Eles se esqueceram do real objetivo. Perderam totalmente a mão.”

À falta de diálogo e ao debate cada vez mais polarizado, Tiago Pavinatto, advogado e ativista liberal gay, acrescenta que há o surgimento de polos antagônicos, que sobrevivem um do outro: radicais do movimento LGBT e cristãos homofóbicos. “Uma dupla que se retroalimenta. Uma tira sua legitimidade do descrédito da outra”, afirmou. “Esse revezamento tem um único resultado: eterniza o problema em nome do monopólio da violência”, disse. Pavinatto trata do tema em seu recente livro: Estética da Estupidez: a Arte da Guerra Contra o Senso Comum.

Pavinatto não vê problemas de movimentos usarem símbolos religiosos para a promoção de causas, desde que com respeito. “Cristo é uma causa universal”, afirmou. “A cruz pode estar na causa negra, na causa trans, na causa LGBT. Mas com respeito. O que artistas fazem é usar a figura de Cristo com desrespeito. E o desrespeito nunca pode ser um ato lícito.”

Para lideranças do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), as agressões ao cristianismo funcionam como instrumento de coação para impor uma agenda à força, bem como eliminar, pelo constrangimento, vozes contrárias. Além disso, o objetivo de alguns militantes não é preservar direitos das democracias ocidentais, mas, sim, obter privilégios. “Em diversos países, os membros de tais grupos chegam a ter direitos especiais, acima de outros cidadãos, o que representa uma ruptura com o conceito de ‘isonomia’, característica ao Estado de Direito”, salientou o movimento, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

Francisco Borba, professor universitário e coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, diz que a melhor estratégia é a busca do diálogo. “Tanto os cristãos do lado ofendido quanto os LGBTs que se sentem discriminados têm de procurar estabelecer pontes”, defendeu. “Dessa forma, poderão mostrar, de maneira clara, o que é respeitoso para os dois lados”, disse. “Trata-se de uma conduta ética.”

Leia também “Os mais recentes ataques da linguagem neutra”

Cristyan Costa - Revista Oeste


quinta-feira, 8 de julho de 2021

Homossexualidade não é bandeira política - Gazeta do Povo

Sair do armário e se assumir gay, no Irã ou na Arábia Saudita ou qualquer país islâmico, sem dúvida é um ato de coragem, ou suicídio mesmo. No Irã os homossexuais ainda são mortos pelo regime dos aiatolás. Mas quem pode achar que, em pleno século 21, admitir a homossexualidade seja um ato de bravura? É a coisa mais natural do mundo...

Não quero dizer, com isso, que não existam casos isolados de homofobia. Existem, como existem de racismo, e todos devem ser condenados e punidos. O que é bem diferente de censurar quem, por questões morais ou religiosas, considera o comportamento homossexual pecaminoso. Isso é um direito do indivíduo numa sociedade livre também.  O grande problema é que os movimentos LGBT transformaram a inclinação ou opção sexual numa bandeira política, e já vimos até placas com dizeres bizarros como "meu fiofó (era outro termo) é revolucionário". Conheço vários gays que abominam os movimentos LGBT por conta disso, e também por promoverem a promiscuidade e a baixaria como se todo gay tivesse que agir dessa forma.

É por isso que usar a homossexualidade como bandeira política no Ocidente em pleno século 21 é confissão de falta de consistência das ideias. Quase ninguém liga para o que adultos fazem entre quatro paredes. Mas o povo liga para o autoritarismo "científico" dessa turma, que destrói empregos. Isso sim! Foi exatamente o ponto de Guilherme Fiuza ao comentar a "revelação" do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao assumir sua homossexualidade na entrevista com Pedro Bial: Governador do Rio Grande do Sul revela que é gay. Com quem ele dorme é problema dele. O que ele tem que revelar é onde está o laudo de eficácia do lockdown desvairado que impôs à população e como se salva vidas bloqueando gôndola de supermercado. Totalitarismo não tem sexo.

Luciano Huck e outros já saíram em apoio ao governador pela "coragem". Que coragem?! Repito: exige muito mais coragem alguém do meio artístico se assumir de direita! Isso sim, pode comprometer a carreira, atrair retaliação, transformar o conservador num pária social em certos círculos "inteligentinhos". Se o sujeito sair do armário com vontade e ainda confessar que votou em Bolsonaro, isso poderá ser seu fim!

Não é Leite que tem coragem, portanto, mas sim quem ainda tenta esconder que é gay hoje em dia, por covardia. E tem gente que faz isso mesmo com todos sabendo de sua homossexualidade. E, por falar em tucanos, o governador Doria disse que "faria exatamente o oposto do que o Bolsonaro fez" sobre condução da pandemia. Uai, mas o governador Agripino teve a autonomia garantida pelo Supremo para fazer tudo diferente, adotou fases coloridas de restrições e tudo, e o resultado foi péssimo...

O que o Brasil precisa é de um debate sério de ideias, principalmente sobre o que alguns vêm repetindo em nome da ciência, monopolizando seu uso de forma absurda e autoritária. Chamar de "negacionista" quem discorda de medidas como o lockdown, que não apresentou bons resultados em lugar algum, não vai encerrar o debate, mas sim expor a falta de consistência de quem se esconde atrás desse rótulo vazio.

É tão frágil quanto se esconder atrás da homossexualidade em pleno século 21,
em países ocidentais livres...

Rodrigo Constantino,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 4 de julho de 2021

Ditadores, saiam do armário - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

O governador do Rio Grande do Sul foi um dos líderes dos trancamentos por suposta segurança sanitária. Saiu fechando tudo, assim como seu colega e correligionário de São Pauloambos se apresentando como presidenciáveis, ambos dizendo seguir a ciência contra um presidente negacionista, ou seja, ambos fazendo política.  
Se essa política servisse para cacifá-los à Presidência e também para proteger as pessoas da pandemia, ótimo. 
Infelizmente, não serviu para nenhuma das duas coisas. Não serviu para nada. Ou melhor (pior): serviu para piorar a vida das pessoas.

Com quase um ano e meio de pandemia, o governador do Rio Grande do Sul resolve dar uma entrevista confessional. Para falar de tudo. Qualquer um teria o direito de esperar que ele finalmente fosse explicar por que fez os gaúchos passarem a se sentir como se vivessem na Coreia do Norte. Mas ele não falou disso. Depois de quase um ano e meio de tirania, o governador revelou que é gay.

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Na condição em que está, com a quantidade de explicações que tem a dar, com a quantidade de contas que tem a prestar, o governadorzinho de estilo soviético autoriza você, a partir dessa revelação, a uma série de conjecturas. 
O que esse personagem quis dizer? 
Que a opção sexual dele lhe dá poderes supraconstitucionais
Que ser gay é credencial para subjugar a população por um ato de vontade?

"Não”, responde você. “Ele só quis contar que é homossexual”. Ok. Então vamos responder a ele com a mesa singeleza: companheiro, com quem você dorme é problema seu. Poderia até ser saudável o compartilhamento da sua experiência se você tivesse algum exemplo para dar no terreno da liberdade – mas você não tem nenhum. Você é um ditador que não saiu do armário – e quer posar de humano. Não cola. Saia do armário primeiro. Assuma o seu autoritarismo covarde, fantasiado de empatia. Depois disso pode ser até que valha a pena conversar com você – mas autoritário não é chegado a conversar. É chegado a prender.

Onde estão os laudos comprovando a eficácia das suas medidas extremas que prenderam a população e lhe roubaram direitos básicos de cidadania?  
Onde está a comprovação das suas ações brutais que chegaram ao nível fascista de lacrar gôndolas de supermercado com o pretexto de diminuir o contágio? 
Onde estão os estudos anteriores e posteriores a essa barbaridade atestando seu resultado no controle ou mitigação da pandemia? Companheiro: você tem OBRIGAÇÃO de demonstrar cientificamente isso, porque se a sociedade não desistiu para sempre do estado de direito, você vai ter que responder pelo que fez.
Uma dica sobre algo que você já sabe: você nunca vai demonstrar tecnicamente a eficácia do seu surto trancador. 
Porque não há no Rio Grande do Sul, nem na América do Sul, nem no Hemisfério Sul, nem no Hemisfério Norte, nem no mundo inteiro estudo algum comprovando que bloquear alas de supermercados – enquanto o transporte público, por exemplo, continuou levando as pessoas de lá para cá em ambientes fechados e frequentemente aglomerados tem alguma serventia para bloqueio ou redução de contágio.

Ao contrário. Há estudos e ensaios (ver John Ioannidis, Michael Levitt e outros pesquisadores laureados) mostrando que as áreas com lockdown mais severo não alcançaram vantagem sobre as que não restringiram tanto em termos de enfrentamento à pandemia. Não vale fazer como o seu correligionário de São Paulo, que botou o Instituto Butantã para soltar panfletos com número exato de vidas supostamente salvas por esse trancamento burro e grosseiro. O nome disso é fraude.

Governador, pode falar à vontade sobre a sua vida sexual aos que se interessarem por ela, que isso não o redimirá da sua fraude. Você não tem ciência nenhuma. Você tem um slogan. E ele não salvou ninguém. Mas os prejudicados pelo seu espetáculo prepotente, destrutivo e mórbido são seus credores. Não adianta se esconder em propaganda politicamente correta que não ajuda minoria alguma. A sua única chance é a liberdade, contra a qual você atentou, morrer de vez. Do contrário, você terá de pagar pelo que fez.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



sexta-feira, 2 de julho de 2021

“É cartão de visita para eleições de 2022”, diz Bolsonaro após Eduardo Leite assumir ser gay

"Ele tá se achando o máximo"

O presidente da República ironizou a manifestação do governador do Rio Grande do Sul: "Ele tá se achando o máximo" 

Em conversa com apoiadores há pouco na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro ironizou a decisão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de ter assumido publicamente ser gay.

Sem citar o chefe do Poder Executivo gaúcho, Bolsonaro disse: “O cara ontem, não vou falar aqui não porque pode dar problemas, tá se achando o máximo. Bateu no peito: “eu assumi’”, afirmou o presidente, após risadas de seus eleitores.

“É o cartão de visita para a candidatura dele. Ninguém tem nada contra a vida particular de ninguém, agora querer impor seu costume, seu comportamento aos outros, isso não, declarou Bolsonaro.

Redação - O Antagonista

sábado, 14 de novembro de 2020

O alerta da Holanda contra os 'caçadores de pedófilos'


O que aconteceu em Arnhem?
Segundo a imprensa holandesa, o grupo de adolescentes teve a ideia de caçar um pedófilo depois de ler histórias semelhantes em outras partes da Holanda. O ex-professor chegou ao local combinado para o encontro no dia 28 de outubro e foi seguido quando retornou à sua casa. Ele foi espancado por um grupo de meninos e mais tarde morreu no hospital.

O prefeito, Ahmed Marcouch, descreveu o crime como "horrível" com um impacto "tremendo" na comunidade. Dezenas de vizinhos, amigos e ex-alunos participaram de uma cerimônia em homenagem à vítima na semana passada. Jamil Roethof, advogado de um menino de 15 anos implicado no ataque, disse ao site de notícias local De Gelderlander que a ideia de caçar pedófilos veio do "tédio do coronavírus". O jovem não fez parte do ataque.

 
BBC News - MATÉRIA COMPLETA


sábado, 4 de julho de 2020

Pastor amigo de Bolsonaro, Silas Malafaia, justifica ida para rede social concorrente do Twitter: 'experimenta falar de gay' - Evangélicos vetam Feder

O Globo

Por Gabriel Mascarenhas

Pastor amigo de Bolsonaro,  Silas Malafaia, justifica ida para rede social concorrente do Twitter: 'experimenta falar de gay'

Reza a lenda que no espaço nada é censurado. Amigo pessoal de Jair Bolsonaro, Malafaia não vai abandonar seus 1,4 milhão de seguidores do Twitter, mas justifica por que apostará num outra plataforma.
Vai no Twitter e experimenta falar alguma coisa de gay: censurado. Fala de vírus chinês, é censurado. Agora, xinga pastor, xinga político à vontade que não acontece nada. Peraí!

Lauro Jardim, jornalista - O Globo


domingo, 14 de abril de 2019

Decreto de Bolsonaro atinge índio, idoso, gay, trabalho escravo e infantil

[finalmente, Bolsonaro decide começar a governar.]

Novas regras sobre funcionamento de conselhos vão extinguir quase de imediato 35 desses colegiados, contabiliza o governo 

[alguém, em sã consciência nos diga qual a utilidade de um conselho para promover  direitos dos tais 'lbgt' e mais uma porção de letras -  visto que a cada dia surge uma prática bizarra querendo direitos?

Essa turma tem que ter um único direito: o de realizarem suas práticas bizarras entre quatro paredes, fora da via pública, fora dos olhares de crianças e respeitando os adultos que não gostam e/ou se sentem enojando vendo tais práticas;

Muitos devem lembrar do vídeo nojento, repugnante, que nosso presidente veiculou nas redes sociais e que mostra uma fração das imundícies que essa turma que a cada dia se agrupa em uma sigla e querem direitos.

Eles respeitem os direitos das PESSOAS DE BEM e pratiquem suas  imundícies em locais condizentes com o que fazem.

Somos contra o trabalho escravo, o trabalho infantil, política sobre drogas, só que nada disso é resolvido com 'conselho' e sim com POLÍCIA, leis duras punindo os usuários de drogas (o que desestimula o tráfico) e punindo os que exploram o trabalho infantil e o escravo.

A extinção desses inúteis conselhos deve ocorrer o mais rápido possível.

PARABÉNS SENHOR PRESIDENTE.]

Levantamento dentro do próprio governo mostra que 35 conselhos serão extintos quase de imediato.
Estão nessa lista conselhos de Promoção dos Direitos de LGBT; de População em Situação de Rua; o Conatrae, de erradicação do trabalho escravo; o de erradicação do trabalho infantil; o de políticas sobre drogas;  e até o Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção.

Veja



sábado, 17 de março de 2018

Sabe quem era Cláudio Henrique Pinto? Ele não era mulher, socialista, favelado, gay e negro. É só um cadáver sem pedigree

Sabe quem era Cláudio Henrique Pinto? Ele não era mulher, socialista, favelado, gay e negro. É só um cadáver sem pedigree



Rodrigo Maia é o político mais desleal que conheci desde que acompanho política, há mais de 40 anos. Agora explora um cadáver

Acompanho política desde os 14 anos — fazer o quê, né, gente? Cada um com as suas esquisitices… Jamais conheci político com a deslealdade desabrida de Rodrigo Maia (DEM-RJ). E raramente vi gente tão equivocada ser tão saliente. Não deixa de ser um sintoma desses dias. Até agora, a sua obra mais notável foi quase ter levado seu partido à extinção quando lhe foi passado o comando. Poderia aqui fazer o histórico de suas tolices passadas, mas, convenham, que importância teria?
 
Fico com o Maia do presente.
Até um dia antes da morte de Marielle Franco, o presidente da Câmara mostrava-se um defensor da intervenção. Afinal, a ação conta com o amplo apoio da população do Rio. Como ele vai se candidatar à reeleição para deputado — ou alguém leva a sério a candidatura à Presidência do “neonordestino”? —, cumpre não queimar o filme com o eleitorado. Num primeiro momento, ele ameaçou reagir porque, sabe-se lá por qual motivo, achava que o presidente deveria ter antes pedido a sua autorização… Mas logo resolveu se ater à voz do povo.

Com o assassinato de Marielle, ele passou a disparar críticas à ação do governo. E o fez da forma mais vil e asquerosa possível: afirmou, informa o Painel, da Folha, que o crime é resultado da “falta de planejamento” da operação, que passou a considerar açodada. Vale dizer: Maia se junta ao PSOL, ao PT e às esquerdas, tentando ver se consegue ser aceito por aqueles que o detestam e que o vaiaram sem nenhuma solenidade na sessão da Câmara que homenageou a vereadora morta.

Maia é politica e intelectualmente despreparado. Suas ações são fruto daquilo que foi aprendendo na prática. Não é o único. Há muito o Congresso brasileiro, na média, com as exceções conhecidas, está mais para Escolinha do Professor Raimundo do que para a Academia de Platão. E o presidente da Câmara não se encontra entre aqueles que encheriam Raimundo Nonato de orgulho…

Mas a deslealdade e feita de outro material. Nada tem a ver com a formação intelectual. Nada tem a ver com a inteligência. Lealdade é traço de caráter. Mais: este senhor tem alguma grave distorção na formação do superego, que, no dia a dia, costuma dar às pessoas o senso de ridículo. Eu sempre sou tentado a vê-lo como um caso psicanalítico, ainda mais que tem um pai chamado “Cesar”, notavelmente mais inteligente, mais culto e mais idiossincrático do que ele próprio, que nunca o escolheu como herdeiro político e que, neste momento, faz pouco caso aberto de sua suposta ambição presidencial.

Acabo de ler um texto sobre uma expedição de reconhecimento que o rapaz está fazendo no Nordeste. Foi encontrar alguns parentes distantes na Paraíba.
— Muito prazer, Paraíba, eu sou Rodrigo Maia! — Prazer, Rodrigo Maia! Eu sou a Paraíba.
Comeu carne de bode, mas não cavalgou o jegue. E, está dado, jamais irá cavalgar o Pégaso.

Imposto sindical
Há dois dias, seus aliados tentaram ressuscitar o malfadado Imposto Sindical. Dessa matéria é feito o liberalismo do DEM. É que a gente ficou sabendo, em entrevista recente, que o partido está disposto a descobrir o seu “lado social”, mais ou menos como Maia tenta descobrir o seu lado nordestino.
Muito prazer, social, eu sou Rodrigo Maia! — Prazer, Rodrigo Maia! Eu sou o social.
O presidente da Câmara seria um bom emblema da tragédia intelectual, da covardia e da falta de referências que colhe o chamado “centro político” não fosse ele, a esta altura, uma figura quase cômica. Mas de uma comicidade triste, aborrecida, acabrunhada, como ele próprio. Chegou à Presidência da Câmara com o apoio do presidente Michel Temer, sim, a quem tentou golpear mais de uma vez. E o faz agora, de novo, na ânsia por espaço e por protagonismo. No comando da Casa, resolveu ser reverente às esquerdas e a seus pleitos. E, agora, como se vê, estimula os ataques ao governo federal num momento extremamente delicado. A crítica é de uma irresponsabilidade assombrosa.

O destrambelhamento da Lava Jato, que fez o desfavor de ressuscitar o PT e que levaria à eleição de Lula não fosse o impedimento determinado pela Justiça, só prosperou e fez história porque encontrou pela frente valentes como este senhor.
Há muito tempo a deslealdade marca a sua atuação. Desta feita, no entanto, ele foi longe demais. Afinal, há um cadáver ilustrando a sua fala covarde.

Blog do Reinaldo Azevedo 

LEIA TAMBÉM: Artigo de Singer, do PT, sobre Marielle vê falência da democracia e ajuda a explicar parte do ódio em curso ao partido e a Lula




segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Necessidade de aparecer; Defensoria Pública existe para defender os juridicamente carentes

Defensoria Pública pede processo contra Ratinho por vídeo homofóbico

Órgão afirma que vídeo no qual o apresentador reclamou que hoje há 'muito viado' na televisão 'reforça ideia negativa' do termo

"O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, previsto no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal, é exercido pela Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbida da missão de prestar orientação jurídica e a defesa dos necessitados."

[pelo enunciado acima destacado,  resta claro que a Defensoria Pública está atuando fora de sua função jurisdicional, tendo em conta que se houve ofendidos no vídeo veiculado pelo apresentador do SBT, Ratinho, os mesmos tem condições financeiras de se defenderem, ou mesmo acusarem o apresentador.
Se  houve ofendidos nenhum deles é hipossuficiente, o que retira a justificativa da DP intervir, conforme  Emenda Constitucional nº 80 de 2014, "... e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, ... " e os incisos VII e X do artigo 4º da LONDP.

Aliás as Defensorias Públicas, seja a de São Paulo com a ação contra o apresentador Ratinho, seja a do DF, andam pleiteando medidas desnecessárias ou absurdas.

No caso da Defensoria Pública de SP está defendendo pessoas que não precisam dos seus serviços.


A Defensoria Pública de São Paulo entrou com uma representação contra Ratinho após o vídeo com falas homofóbicas publicado pelo apresentador no Instagram. O órgão quer que a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado instaure um processo administrativo contra o comunicador do SBT por se referir de forma pejorativa a homossexuais na postagem, mesmo tendo se retratado em seguida. De acordo com a Defensoria, ele reforça a "ideia negativa e discriminatória do termo".

"Além disso, Carlos Roberto Massa ressalta no vídeo que, para ele, seria um grande problema uma emissora de televisão exibir personagens homossexuais em sua programação", completa a petição, que também exige a aplicação de uma multa com base na Lei Estadual nº 10.948 de 2001, que dispõe de punições em casos de preconceito por orientação sexual. 
'É muito viado'  
No vídeo, publicado na última quarta-feira (3/1), Ratinho critica a quantidade de personagens LGBT em produções da Globo, afirmando que há um "exagero de 'viado'". "A Globo coloca 'viado' até em filme de cangaceiro, gente? Naquele tempo não tinha 'viado' não", disse, se referindo à série Entre irmãs, ambientada no Sertão nordestino e na qual o ator Rômulo Estrela vive um personagem homossexual. 

"É muito 'viado': é 'viado' às seis da tarde, é 'viado' às oito da noite, é 'viado' às nove da noite, é 'viado' às dez da noite, é muito 'viado'. Eu não sei o que está acontecendo, não tem tanto 'viado' assim. Ou tem? Será?", completou ele, sendo acusado de homofobia. Após a repercussão negativa do caso, Ratinho fez outro vídeo, se retratando e dizendo que não tinha a intenção de ofender. 

"Em nenhum momento eu tive a intenção de ofender nenhum gay, até porque eu trabalho com todos eles, todos eles gostam muito de mim e eu gosto muito deles. Não tem nada a ver, eu fiz uma brincadeira", alegou. "Lamentavelmente algumas pessoas não entenderam assim. Mas eu quero mandar um abraço e dizer que respeito todo mundo". Rodrigo Leal da Silva, defensor responsável pela representação, afirma que a declaração "é uma verdadeira exposição ampla via internet de ofensas homofóbicas proferidas conta os homossexuais de forma geral, tomando a homossexualidade masculina como algo negativo e ruim que, necessariamente, desqualificaria e depreciaria a programação de uma emissora de televisão".