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quinta-feira, 7 de junho de 2018

17 Perguntas para Alberto Fraga

O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), de 62 anos, é o líder da bancada da bala na Câmara. Ele defende a posse de armas para “legítima defesa” e conta o que sentiu ao matar, quando era policial militar

Para ele, “bandido bom é bandido fora de circulação” 

1. O que é ser o líder da bancada da bala?
Essa coisa de bancada da bala virou um rótulo carregado de preconceito. Mas prefiro ser da bancada da bala do que da bancada da mala.


2. Qual é a afinidade entre a bancada da bala, a da Bíblia e a do boi?
Somos muito unidos. Sou do boi e da bala. Gostaria muito de ser BBB. Gostaria da coroa tríplice, mas não sou evangélico. Só sou BB, boi e bala.


3. Por que as pessoas devem ter direito a ter armas?
É um direito de escolha. É legítima defesa. Se a legítima defesa é uma excludente de crime, por que não permitir que o cidadão tenha o direito de escolher se quer ou não se defender, já que o Estado não proporciona uma segurança pública de qualidade ao cidadão brasileiro?


4. O senhor acha que todo mundo que quer comprar uma arma está capacitado a usá-la?
Um cidadão honesto, trabalhador, sem antecedentes criminais está preparado, sim. Ele tem de fazer o curso de tiro. Estou falando de posse de arma, para ele ter uma arma em casa para proteger a família. Há muita gente que diz: mas e a briga de trânsito? Isso é porte de arma, não tem nada a ver com a posse. A posse é para você ter uma arma em casa com sua família e ter condições de reagir, dar um tiro para o alto se alguém estiver se aproximando. Porque hoje o bandido tem certeza de que dentro de nossas casas não há arma de fogo. É esse o grande problema.


5. O senhor tem quantas armas?
Tenho mais de 35 armas. Sou colecionador, atirador e coronel da Polícia Militar. Gostaria de ter armas mais modernas, mas infelizmente as autorizações que o Exército concede demoram muito, então você não consegue comprar e acaba desistindo.


6. Qual é sua preferida?
Gosto de uma pistola .45, modelo do FBI.


7. O senhor já atirou em alguém?
Já.


8. E acertou?
Com certeza.


9. Já matou alguém?
No exercício de minha profissão, já tive vários embates com marginais. Infelizmente, nesses embates houve mortes. Jamais usei minha arma na rua, no trânsito, numa discussão.


10. Como o senhor se sentiu depois de tirar a vida de uma pessoa?
Como estava no exercício de minha profissão, acho que cumpri com meu dever.


11. Bandido bom é bandido morto?
Sempre defendi que bandido bom é bandido fora de circulação. É muito duro você falar isso, que bandido bom é bandido morto. Nos tempos atuais, não dá nem para assumir uma frase dessa. Mas, se essa frase se tornasse uma realidade, o povo brasileiro hoje estaria muito mais sossegado. O Rio de Janeiro não estaria no ponto em que está.


12. Qual deve ser a reação de uma pessoa armada que é abordada por um bandido também armado?
Se você consegue se antecipar à ação do marginal, sua arma vai servir de defesa. Mas, se o bandido o pega de surpresa, aí realmente não há como reagir. Não defendo o confronto. Só quero que pelo menos o marginal saiba que você tem uma arma para se defender. Os números americanos mostram isso: há pouquíssimos casos de invasão de domicílio.


13. Mas nos Estados Unidos há também muitos casos de massacres que são atribuídos à facilidade com que se pode comprar armas lá.
São casos isolados. São psicopatas. Já tivemos no Brasil um jovem estudante de medicina que pegou uma metralhadora, foi ao cinema e metralhou as pessoas. Como você impede isso em qualquer parte do mundo? Você não consegue.


14. Por que os produtores rurais devem receber fuzis?
Essa frase é do Bolsonaro. Não defendo isso. Fuzil é uma arma de guerra. Defendo que o fazendeiro, o morador do campo, tenha uma arma, mas uma arma de um calibre permitido. Que ele possa ter uma espingarda, uma carabinazinha .22 ou .38, uma coisa assim, não um fuzil. No meio do mato, não tem 190, não tem presença do Estado. O marginal precisa saber que lá na casa do morador do campo vai ter resistência. Todo bandido tem medo de tomar um tiro.


15. O senhor recebeu uma doação da empresa Forjas Taurus, fabricante de armas, para sua última campanha eleitoral. Há alguma relação entre essa doação e a defesa que o senhor faz do armamentismo?
Só defendo o armamento pela minha experiência de 28 anos na Polícia Militar. Não estou falando em teoria, estou falando de prática. Comecei a fazer essa defesa em 1998, em meu primeiro mandato. E o que é uma doação de R$ 40 mil, R$ 60 mil, dada por essas empresas para alguns deputados que ajudam aqui? Quanto é que você acha que custa uma campanha de deputado? Você acha que sou bancado pela indústria bélica? Faça-me o favor, não é? É até brincadeira alguém falar uma coisa dessa.


16. Como o senhor vê os indícios de participação de ex-policiais militares milicianos no assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro?
Disse desde o início que aquilo foi uma execução, uma morte trágica. Mas achei que houve muito sensacionalismo. É claro que qualquer morte precisa ter a devida apuração. Agora, quantas pessoas morreram depois da Marielle e a imprensa não deu o mesmo significado?


17. Não acha que a morte dela, por ser negra, política e defensora dos direitos humanos, teve um simbolismo grande?
​Quem era Marielle Franco? Ninguém sabia. Quando acontece um caso com alguém da esquerda, a mobilização é muito maior. Esse é o problema. A direita não tem esse tipo de coisa. Jamais iria para uma praça pública fazer o que esse pessoal fica fazendo. Exigiria a apuração. Os policiais estão sendo caçados. Pena de morte para o policial é o que existe no Brasil. E cadê a comoção? A vida da Marielle vale mais do que a dos 52 policiais militares que foram assassinados no Rio de Janeiro por bandidos? Por que não houve a mesma comoção com relação aos policiais? Ou os policiais são apenas um número? Não estou dizendo que a morte dela não tem importância, claro que tem. Agora, são dois pesos e duas medidas.


Revista Época

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Número de fuzis apreendidos pela polícia no estado subiu 60% em nove anos

Armas de guerra alimentam o poder de fogo de traficantes e milicianos

Na semana passada, dois homens, um deles com uma metralhadora, tentaram assaltar um ônibus na Avenida Brasil. Um acabou assassinado por um passageiro, que também estava armado e reagiu. A dentista Priscila Nicolau, de 37 anos, foi morta na segunda-feira por traficantes que fizeram 17 disparos, alguns de fuzis, contra o seu carro. Armas de guerra chegam cada vez mais ao estado para alimentar o poder de fogo de traficantes e milicianos. As apreensões de fuzis, por exemplo, saltaram de 214, em 2007, para 344, em 2015. Um aumento de 60% em nove anos. E não houve trégua em 2016: até setembro, foram retirados das mãos de criminosos 234 fuzis. 

Armas circulam cada vez mais no estado Foto de 06/06/2016 - Pedro Kirilos / Agência O Globo

A presença de um grande número de armas circulando no estado apareceu numa pesquisa inédita que o Instituto Sou da Paz acaba de concluir. Com informações das secretarias de Segurança dos estados do Sudeste, o levantamento revelou que, em 2014, o Rio teve a maior quantidade de fuzis recuperados pela polícia: 279. Em São Paulo, a polícia apreendeu 142; em Minas Gerais, 26; e no Espírito Santo, 31. 

DADOS PODEM ORIENTAR POLÍTICAS DE PREVENÇÃO
Os dados do levantamento “De onde vêm as armas do crime apreendidas no Sudeste?” poderão ser usados para orientar as políticas públicas de prevenção. — É um dado bastante significativo. Isto preocupa, pois essas armas e munições permitem que o crime enfrente a polícia e gere muita vitimização policial, de suspeitos e de terceiros não envolvidos, no que fica conhecido como “bala perdida’’. Principalmente pelo uso de armas que podem disparar rajadas e ter potência suficiente para atravessar paredes, sendo inapropriadas para uso em áreas populosas. Vale lembrar que o Rio é o estado em que mais morrem policiais afirmou Bruno Langeani, coordenador do Instituto Sou da Paz.

O estudo revelou ainda que quase a metade das armas apreendidas no Estado do Rio é de revólveres (47%), seguidos por pistolas (36%) e espingardas (9%). — Proporcionalmente, o Rio também lidera no Sudeste com o número de apreensões de pistolas. Elas representam um terço (35,9%) de todas as armas recolhidas na ilegalidade. Em São Paulo, esse percentual é de 27,8%; em Minas, de 9,9%; e no Espírito Santo, 14,2% — disse Langeani.

Em todos os estados, o calibre mais comum é o 38, de revólveres. Como há uma grande apreensão de pistolas, os segundos e terceiros lugares são ocupados pelos calibres 9mm e o 380. A grande quantidade de fuzis apreendidos no Rio não pode ser atribuída à eficiência policial. Em termos de números absolutos, Minas e São Paulo foram os estados com maiores apreensões de armas em geral: 18.560 e 17.932, respectivamente. Os pesquisadores também analisam os números relativos, ou seja, comparam a quantidade de armas apreendidas com a população. Nesse aspecto, Espírito Santo e Minas estão no topo do levantamento, com 108 armas e 89 armas para cada grupo de cem mil habitantes, respectivamente. O Rio ficou em terceiro, com a taxa de 52 armas por cem mil, e à frente de São Paulo, com 41.

Ao analisar a série histórica de apreensões, o Instituto Sou da Paz verificou que Rio e São Paulo têm tendências muito parecidas. O número de apreensões em 2003 (antes de o Estatuto do Desarmamento ser aprovado) era o dobro do que é registrado hoje. De lá para cá, os dois estados reduziram não só o número de armas recolhidas, mas também as taxas de homicídios. Minas e Espírito Santo têm um outro perfil. Os dois tiveram quedas menores depois da aprovação do Estatuto do Desarmamento e, a partir de 2007, vêm apreendendo mais armas.— No Espírito Santo, esse período de alta das apreensões também coincidiu com uma queda importante nos índices de homicídios — afirmou Langeani.

Uma face cruel da banalização do uso de armas pode ser verificada na estatística de balas perdidas no Estado do Rio: foram 846 mortos ou feridos este ano, uma média de três por dia, segundo dados da Polícia Civil. Uma das vítimas mais recentes foi Bruna Lace de Freitas, de 21 anos, que morreu na semana passada ao ser atingida dentro de casa, no Engenho da Rainha.

O novo secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse ao GLOBO que pretende criar um grupo de policiais para investigar como os fuzis estão chegando às mãos dos traficantes:
O número de apreensões de armas é tão grande e o número de fuzis apreendido no Rio é tão expressivo que prejudicam a imagem da cidade no mundo inteiro. São armas que aumentam o poder letal, aumentam a ousadia. Então, eu encomendei à polícia uma estratégia para dar dedicação exclusiva para os fuzis. Qual vai ser essa estrutura, eu não sei ainda. Eles podem me dizer que será a mesma que existe hoje, mas o que eu preciso é que se tenha um cuidado especial, específico, com relação aos fuzis. Temos que interromper a rota de fuzis para os traficantes.

RELATÓRIO PEDE CRIAÇÃO DE DRAE
O deputado estadual Carlos Minc (sem partido), que presidiu a CPI das Armas na Assembleia Legislativa, informou ontem que o relatório aprovado pelos deputados será entregue na próxima semana ao novo secretário. O documento destaca 47 recomendações e sugestões para reduzir o número de armas em circulação no estado. Uma delas é a recriação da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). A unidade especializada é considerada pelos deputados fundamental para reprimir e investigar o roubo de armas no município. — Defendemos a recriação da Drae, especializada em investigar o tráfico de armas no estado. Também estamos sugerindo que a Secretaria de Segurança do Rio tenha acesso ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal. O novo secretário de Segurança disse, corretamente, que o foco dele será o controle de armas — afirmou Minc.

O relatório da CPI também cita o fim do controle manual das armas dos paióis da PM, com a informatização de todo o sistema, a instalação de câmeras de segurança nas unidades das forças de segurança, e que armas e munições compradas pelas polícias tenham numeração e códigos para eventual rastreamento, em caso de roubos ou desvios.  A rotina de tiroteios também se abastece desse mercado paralelo. Ontem, um novo confronto entre policiais e bandidos interrompeu o trânsito na Linha Amarela por meia hora. 

Fonte: O Globo



domingo, 17 de julho de 2016

Doutores da escola de Tenório Cavalcanti, milicianos perpetuam cultura da violência na Baixada e na Zona Oeste

Quase 30 anos após a morte de Tenório Cavalcanti, a Baixada Fluminense ainda convive com rajadas tão ruidosas quanto as da mítica Lurdinha, a metralhadora com que o deputado ameaçava adversários políticos e protegia aliados. Antes da projeção nacional que o levaria a Brasília, Cavalcanti encarnava exatamente o que hoje são os milicianos da Baixada e da Zona Oeste. Talvez tenha sido o primeiro deles. Começou a prosperar no fim da década de 1920, quando seu grupo de homens armados oferecia um dos serviços que mais faltava à população pobre que vinha do Nordeste para povoar a Baixada: segurança. Aos seus adversários, reservava a bala. 

 Menos caricato, o miliciano típico do Rio de 2016 é mais audacioso do que foi o Homem da Capa Preta. Fizeram doutorado no assunto, com assassinatos de pré-candidatos a prefeito e vereador meses antes da eleição de outubro. Um deputado federal da região diz que, se a investigação em curso pela Polícia Federal prosperar, serão encontrados números bem maiores. Na Baixada, as primárias são à bala.
 
Incapaz de controlar esses grupos, dado o contágio das polícias Civil e Militar, à Secretaria de Segurança do Rio só resta assistir, sem corar, à convocação das Forças Armadas a cada pleito. Mas, embora ajudem, os militares não garantem uma eleição sem influência da milícia. Pelo contrário: são os milicianos que ditam as regras eleitorais nas áreas que dominam, principalmente nas campanhas municipais.

A intervenção começa no primeiro semestre, quando disputas pelo domínio de bairros e favelas levam a ameaças e mortes. Donos de distribuidoras de gás, de gelo e motoristas de vans, entre outros, são achacados e forçados a contribuir para caixas dois de campanhas de vereadores e prefeitos. Depois, até a hora da eleição, só faz campanha quem paga ou se compromete com o grupo miliciano local.

A contaminação com os políticos favorece a impunidade. A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) concluiu em 2000 uma CPI sobre o assunto sem comprovar qualquer motivação política concreta para o assassinato de 25 políticos do estado de 1985 até 2000. Uma série de recomendações da CPI das Milícias, de 2008, até hoje não foi cumprida pelo governo do estado.

O fim da cultura de violência política na Baixada e na Zona Oeste passa pelo combate a esses grupos. Por isso, a entrada da Polícia Federal nas investigações, na semana passada, a pedido do procurador regional eleitoral do Rio, Sidney Madruga, é bem-vinda. Mas, sem um combate mais firme às milícias, Tenório Cavalcanti seguirá fazendo escola.

Fonte: Análise - O Globo

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A guerra aos fuzis do tráfico



Os bandidos voltaram a tocar o terror. Prisões espetaculares não podem ser conquista passageira 

A cidade olímpica, o Rio de Janeiro, não conseguirá despoluir a Baía de Guanabara tão cedo (vexame!), mas tem condições de reduzir os tiroteios de fuzis, os roubos espetaculares de carga, as explosões de caixas de banco e as invasões de conjuntos do Minha Casa Minha Vida por quadrilhas de traficantes de drogas. Esses bandidos voltaram a tocar o terror numa ousadia sem limites, expondo-se em redes sociais, em praças, piscinas e em vídeos de seus crimes.

O Rio só conseguirá um ambiente de relativa paz urbana se garantir, primeiro a curto prazo, algumas condições. Uma delas é a integração real e eficiente das três polícias, Federal, Civil e Militar. Também precisa ser punida duramente – e não só com a expulsão da corporação ou o afastamento para funções administrativas – a promiscuidade entre policiais e bandidos, acabando com o “arrego”, a propina paga por traficantes a policiais corruptos. E as leis e a Justiça precisam ser muito mais rigorosas com o crime organizado. Nossas leis hoje protegem bandidos – sem e com farda. Nossa Justiça os solta, muito antes de eles prestarem contas à sociedade por seus crimes.

Dois dos seis chefões do tráfico presos pelo Bope na semana passada, o Claudinho e o Fu da Mineira, numa operação exemplar sem um tiro disparado, já tinham sido presos antes. Estavam em Porto Velho, Rondônia, pela alta periculosidade. Fu tinha sido condenado a 90 anos de prisão, mas, após cinco meses atrás das grades, ganhou sete dias de liberdade para “visitar a família”. Nunca voltou. Por bom comportamento, os traficantes desfrutam de regime semiaberto e aproveitam para se tornar foragidos. Voltam a ser caçados. A polícia volta a oferecer recompensas de até R$ 50 mil, como era o caso de Playboy, morto em ação coordenada pela Polícia Federal no sábado. Isso não dá, não faz sentido! Em todo o país, vemos quadrilhas de assaltantes presos na televisão, vários deles usando tornozeleiras eletrônicas! É uma desmoralização total.

Outra medida urgente é endurecer o Estatuto do Desarmamento, que muitos querem “flexibilizar”, como se distribuir armas fosse garantia de menos homicídios. Uma inversão total de valores. O Estatuto tem de ser muito mais rígido quando alguém portar arma de uso restrito das Forças Armadas. Fuzis que podem derrubar helicópteros e causar estrago a uma distância de 4 ou 5 quilômetros estão espalhados e escondidos em arsenais nas favelas do Rio. Pela primeira vez, [segundo reportagem do Fantástico, TV Globo, de ontem, 16 de agosto,  só neste século, ocorreram várias apreensões em território brasileiro de FUZIS e METRALHADORAS .50;

modificar o Estatuto do Desarmamento, não vai influir em nada a posse por bandidos de armas do tipo em questão - fuzis e metralhadores .50, assim como .7,62 nunca foram, não são e jamais serão vendidas em lojas de armas.

Elas entram pelas fronteiras e mesmo que os defensores da regra = PESSOAS de BEM desarmadas e BANDIDOS armados = consigam êxito total e impeçam os  brasileiros até de portar uma agulha, tais armas vão continuar passando por nossas fronteiras até que o governo dê condições às Forças Armadas de guarnecerem nossas fronteiras secas e as costeiras.] além dos carregadores e das 800 munições, foi apreendido em território brasileiro um fuzil calibre .50, do Exército americano.

Não estamos nem falando aqui de tráfico de drogas – mas de assaltos à mão armada, homicídios, balas perdidas, explosões e incêndios. Numa palavra, terror. Como não víamos no Rio havia muito tempo prisões e mortes de bandidos com essa reputação e poder de comando, perguntei ao secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, se algo mudou na orientação de combate ao tráfico. A semana terminou com a morte de Jean Piloto, um dos prováveis sucessores de Playboy, com um tiro de fuzil disparado pela polícia.

“Poderíamos ter pegado todos antes”, diz Beltrame. “Mas não se pode prender uma quadrilha fortemente armada numa rua movimentada, sexta-feira à noite. O que determinou a caçada a esses bandidos foi saber que estavam criando um novo Complexo do Alemão em outra área, o Chapadão. Iam invadir a Maré. Tinham trazido de Minas Gerais dinamite para estourar caixas eletrônicos. Não me importam os nomes dos bandidos. Pode ser Bem-Te-Vi ou Periquito, Beira-Mar ou Beira-Rio, Playboy ou sei lá o quê. Tem mais uma penca deles para prender e surgirão outros. O que me importa é diminuir índices de criminalidade, de roubo, de homicídios,  melhorar a sensação de segurança da população”, diz Beltrame ao telefone a ÉPOCA.

Sobre o assédio dos traficantes a moradores do Minha Casa Minha Vida, Beltrame afirma: “Os projetos são feitos, mas não somos consultados. Se os empreendimentos fossem combinados com a Secretaria de Segurança, eu mudaria os planos de ocupação policial. Há mais de 100 empreendimentos em discussão, que eu saiba, mas precisamos de união para escolher os lugares certos”.
Segurança funciona assim, diz Beltrame e assino embaixo. Primeiro, a fronteira. Segundo, as políticas sociais para a juventude, a família, a mãe. Depois, o legislador e a polícia. O Ministério Público. A Justiça. O sistema penitenciário. O Estado. A falta de integração, de compromisso e de um pacto federal contra a violência é nosso inimigo público número um. E faz das prisões espetaculares uma conquista passageira e ilusória.

Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época

 
 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Tráfico adota pistola de rajada nas favelas cariocas



Arma adaptada pelos criminosos pode dar 1.200 tiros por minutos
Numa nova estratégia para enfrentar a polícia, traficantes de drogas passaram a usar pistolas adaptadas para dar rajadas de tiros. A frequência dos disparos chega 1.200 tiros por minuto, ou 20 por segundo. O armamento tem sido empregado em favelas com UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), onde criminosos atacam com táticas de guerrilha e precisam de uma arma mais curta que o fuzil. “Os bandidos atiram de janelas e portas. Depois fogem pelos becos”, disse o porta-voz das UPPs, Marcelo Corbage.  Na noite desta terça-feira (28), o soldado da PM Clayton Fagner Alves Dias, que trabalhava na UPP de Manguinhos, na Zona Norte, foi morto com pelo menos dez tiros quando voltava para a casa na Ilha do Governador.  A Delegacia de Homicídios investiga o motivo do crime e se a arma usada foi a pistola de rajada.

De acordo com o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), coronel René Alonso, o dispositivo da Glock, popularmente conhecido como “kit rajada”, virou uma “febre” entre os criminosos do Rio de Janeiro. É um acessório leve e prático, que se acopla à arma e permite que a pistola automática se transforme em uma espécie de metralhadora, capaz de poderosas rajadas. Assim, o poder de fogo da arma é potencializado, aumentando substancialmente a frequência de tiros disparados, dando uma vantagem operacional aos bandidos.

 PISTOLA – RAJADA com a seguinte legenda: Imagem capturada de vídeo de estande de tiro nos Estados Unidos que mostra o poder do 'kit rajada'. Traficantes do Rio de Janeiro vêm usando a adaptação nos últimos meses contra a polícia fluminense (Foto: Reprodução/Youtube)

O “kit rajada” se assemelha a uma coronha retrátil de fuzil, a ser apoiada no ombro do atirador, e conta com um punho que fica abaixo do cano da arma. Conectado ao cabo da pistola, a novidade tecnológica permite que o usuário dê tiros em série, da mesma maneira que uma metralhadora. O equipamento também possibilita a rápida troca de carregadores de munição, o que aumenta o poder dos traficantes no confronto com policiais. No vídeo abaixo, uma demonstração da pistola adaptada. As imagens foram feitas em um estande de tiros nos Estados Unidos e foram mostradas a ÉPOCA pela polícia do Rio para exemplificar como funciona o "kit rajada".  


                                 Full Auto Glock 19 at Bullseye Shooting Range

Segundo o coronel René, o Hospital Central da Polícia Militar tem identificado um considerável aumento do número de PMs atingidos por tiros de baixa velocidade, disparados por armas de calibres menores, como pistolas, em comparação aos fuzis. Segundo ele, parte desse crescimento se deve à rápida disseminação do “kit rajada” em favelas do Rio.

Para o oficial, o emprego do "kit rajada" é também consequência de uma mudança provocada pela dinâmica das UPPs, que forçou os criminosos a optar no dia a dia por armas curtas como pistolas e revólveresem vez dos ostensivos fuzis.  Com a pistola transformada em metralhadora, os traficantes mantêm os policiais à distância, em um tiroteio, forçando-os a se abrigar, e conseguem fugir ou ajudar na fuga de um comparsacom a vantagem de ter uma arma leve. É uma alternativa ao fuzil.

Entre 1º de janeiro e 22 de abril, a Polícia Militar apreendeu 125 fuzis no Rio de Janeiro, 35 deles AK-47. O automático Kalashnikov modelo 1947 é considerado a arma mais letal do mundo. Estima-se que 250 mil pessoas sejam mortas por ano, nos mais diversos conflitos ao redor do planeta, por um AK-47, sigla pela qual o fuzil de fabricação russa é internacionalmente conhecido. Pesa menos de 4 quilos, tem alcance de 400 metros e, nas mãos de um atirador hábil, pode disparar até 600 tiros por minuto.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os 'bons' de hoje, a corja esquerdista, matavam nas décadas de 60 a 80 apenas pelo prazer de matar

ASSASSINATO DO MARINHEIRO INGLÊS DAVID A. CUTHBERG

Em 5 de fevereiro de 1972, chegava ao porto do Rio de Janeiro uma força-tarefa da Real Marinha Inglesa, em comemoração ao sesquicentenáio da Independência do Brasil. Os marinheiros, como em todo porto, estavam ávidos para conhecer a noite do Rio, um sábado bafejado pelo calor do verão e pelos primeiros sons de samba, que antecediam o carnaval carioca.

Liberado da faina do navio H.M.S.Triumph, o marinheiro inglês David A. Cuthberg, de 19 anos, acompanhado de seu colega Paul Stoud, tomou, na Praça Mauá, o táxi dirigido por Antonio Melo, que os levaria para conhecer a mundialmente famosa praia de Copacabana.

Eles não sabiam que, desde a chegada na praça, estavam sendo observados por oito terroristas, dissimulados dentro de dois carros.

Na esquina da Avenida Rio Branco com Visconde de Inhaúma, à porta do Hotel São Francisco, um dos veículos emparelhou com o táxi e David foi atingido por uma rajada de metralhadora, disparada por Flávio Augusto Neves Leão de Salles. Imediatamente, Lígia Maria Salgado da Nóbrega jogou para dentro do táxi panfletos que falavam em vingança contra os ingleses por terem massacrado os irlandeses do norte. O "Comando da Frente" acabou com o sonho de David em conhecer Copacabana, "justificando plenamente" seu ato pela solidariedade à luta do IRA contra os ingleses.

A ação criminosa, tachada como "justiçamento", foi praticada pelos seguintes oito terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas: pela ALN, Flávio Augusto Neves Leão de Salles ("Rogério", "Bibico", "Brutus", "Ali", "José", "Zeca"), Antonio Carlos Nogueira Cabral ("Chico", "Alfredo"), Aurora Maria do Nascimento Furtado ("Marcia", "Rita", "Patricia") e Adair Gonçalves Reis ("Elber", "Leonidas", "Robson", "Sorriso", "Van"); pela VAR-P, Lígia Maria Salgado da Nóbrega ("Ana", "Celia", "Cecilia", "Ceguinha", "Isa"), Hélio da Silva ("Anastacio", "Nadinho") e Carlos Alberto Salles ("Soldado"); pelo PCBR, Getúlio de Oliveira Cabral ("Artur", "Feio", "Gogó", "Gustavo", "Soares", "Tarso").

O jornal "O GLOBO" comentou o fato, com o título de "REPULSA":

"Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos da Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi em que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para logo em seguida completar a infâmia, despejando sobre o corpo ainda palpitante panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra o regime brasileiro. A transação desejada nos oferece a dimensão moral dos terroristas: a morte de um jovem inocente em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos."

Pode-se observar que, naquela época, os comunistas eram chamados de "terroristas", suas organizações, de "reduzidas maltas de assassinos" e suas ações, de "crimes repulsivos".

Hoje, passados muitos anos, a mesma imprensa os glorifica como heróis que lutavam contra a ditadura militar. E os nossos atuais governos, além de abrigarem os ainda vivos, indeniza com muito dinheiro os familiares dos que morreram.

Por: F. Dumont