Por mais barbaridades que tenha proferido na corrida presidencial, Jair
Bolsonaro foi, sem sombra de dúvida, vítima da maior atrocidade cometida
na campanha de 2018. Em 6 de setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG), foi esfaqueado sem
chance de defesa por Adélio Bispo de Oliveira —ex-filiado ao PSOL—,
crime que quase lhe custou a vida. O agressor foi preso imediatamente após a tentativa de assassinato. A
Polícia Federal investigou o caso e concluiu, no principal inquérito,
que Adélio agiu sozinho, movido por discordâncias políticas, mesma
impressão a que se chega ao ler, ver e ouvir as inúmeras reportagens
produzidas desde então pelos veículos jornalísticos profissionais do
país.
[uma análise atenta de todo o material publicado - onde está provado que o réptil Adélio passou vários meses tendo gastos apreciáveis sem fonte de renda, visitas que ele fez à Câmara dos Deputados, defesa milionária que ficou ao seu dispor - prova que o atentado contra JAIR BOLSONARO teve mandantes, patrocinadores, que precisam ser identificados e punidos de forma exemplar.
O atentado não foi apenas atroz, foi também covarde, repugnante, odioso;
qual o fundamento para considerar repugnante a campanha pela punição dos MANDANTES?
O autor está preso e esperamos que as autoridades cuidem para evitar que se transforme em um Celso Daniel - afinal a turma do 'quanto pior, melhor', sempre teve uma predileção pelo que chamavam durante o terrorismo de 'justiçamento' ou cala boca.
Alguém tem dúvidas que j w, o ex-BBB, fugiu realmente por medo? Óbvio que foi.
Mas, não foi por medo das ameaças que ele atribuiu aos eleitores de Bolsonaro - se, e quando, nominar os que o ameaçaram, os nomes citados pelo ex-deputado, estarão na relação dos que mandaram eliminar Celso Daniel.]
Mesmo assim, uma pergunta não quer calar no núcleo espertalhão do
bolsonarismo: quem mandou matar Bolsonaro? Escorados em uma operosa rede
de peritos de YouTube, detetives de Twitter e inspetores de Facebook,
esses profissionais da velhacaria não têm interesse real na verdade. O
que buscam é se valer da complacência dos ingênuos e desinformados para
tentar tirar o máximo proveito político da situação.
Convalescendo de mais uma cirurgia que passou em consequência do
atentado, Bolsonaro surfa na onda. Postou vídeo no domingo para manter
acesa a chama dos fanáticos. Ele também quer saber “quem foi ou quem
foram os responsáveis por determinar que o Adélio praticasse aquele
crime lá em Juiz de Fora.”
Imediatamente um de seus puxa-sacos no empresariado compartilhou o vídeo, acrescentando a avaliação de que a imprensa “continua calada” e não parece indignada como no caso Marielle. A vereadora do PSOL foi morta, ao lado do motorista, a tiros de calibre 9 mm, assassinatos consumados e com autoria desconhecida até os dias de hoje. [com repercussão menor, mas, sem fugir à regra que já apontamos: é chegar próximo do dia 14, data em que a vereadora do PSOL e seu motorista foram mortos, para que o assunto volte à baila;
neste aniversário, com a matéria ora transcrita, mas, logo o assassinato será ventilado na TV, a tal 'anistia internacional' exigindo que interrompam todas as investigações de homicídios - em um ano foram mais de 60.000 assassinatos - e a identificação de quem matou a politica psolista tenha prioridade sobre tudo e todos.]
E nessa mistura de alhos com bugalhos, fato com fake, Bolsonaro e seus
áulicos não têm o mínimo pudor de usar o crime que quase custou a vida
do candidato para tentar tirar o foco de suspeitas bem mais conectadas
com o mundo real.
Raniel Bragon - Folha de S. Paulo
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