Desde
há muito tempo, a esquerda e o Partido dos Trabalhadores alimentam uma
relação hostil com cristãos, especialmente do segmento evangélico,
devido a suas posições totalmente antagônicas. Esse conflito não é por
acaso, mas, sim, decorrente da impossibilidade de convergência do
pensamento esquerdista com os valores da fé cristã.
De um lado,
a defesa do direito à vida; do outro, a guerra pela liberação do
aborto. No mundo cristão, a valorização da família e da continuação da
espécie humana;
nos partidos de esquerda, o incentivo a relacionamentos
não tradicionais, ao declínio da ordem e da moralidade, com a
sexualização precoce de crianças, por exemplo.
Como
principal partido de esquerda do Brasil, é natural que o PT lidere a
organização de ataques e perseguição a quem devota sua vida à
religiosidade. Embora tente esconder seu discurso radical, a ação de
seus integrantes, ao longo dos anos, expõe o ódio contido e enraizado no
interior deste partido político contra religiosos.
Não por
acaso, no início de fevereiro deste ano, um vereador do Partido dos
Trabalhadores comandou uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos
Pretos, em Curitiba. A intimidação às famílias, às crianças e ao
próprio padre foram notícia em todo o país.
As imagens são revoltantes e repugnantes! Certamente um dos episódios de maior intolerância religiosa já ocorrido no Brasil. Mas verdade
seja dita, seja por meio de atos de violência física ou pela tentativa
de destruição de valores, não é de hoje que o PT investe contra os
cristãos.
Em 2012, os
petistas se achavam tão acima do bem e do mal que sequer conseguiam
esconder seu desprezo e perseguição à comunidade evangélica. Durante um
evento em Porto Alegre, o ex-ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, do governo petista, Gilberto Carvalho, pregou o “confronto
ideológico contra os evangélicos” de todo o Brasil, uma vez que esse
segmento representaria uma ameaça à perpetuação do PT no poder.
Para além
destes episódios, como se sabe, o PT se utiliza também dos espaços da
administração e das instituições públicas para atacar os valores
cristãos, através de sua bancada de vereadores, prefeitos, governadores,
deputados, senadores e a própria Presidência da República.
Quando
chegou ao poder, o PT impôs sua agenda. Em 2004, criou o programa
“Brasil sem Homofobia”, dando início à imposição de um pensamento
ideológico de uma minoria sobre uma maioria cristã existente no país.
Foi a
partir deste programa que nasceu o projeto “Escola sem Homofobia”, em
que educadores passariam a “ensinar” às crianças em sala de aula
questões relacionadas ao gênero e à sexualidade. Conhecido como “Kit
gay”, a cartilha trazia incentivos à homossexualidade e à sexualização
precoce de crianças, transformando escolas que sempre foram ambientes de
aprendizagem, convívio social e confraternização familiar em locais de
doutrinação ideológica da chamada “pauta gay”.
Um dos
materiais audiovisuais trazia a seguinte descrição: “Leonardo conversa
com Rafael e, depois da despedida, fica refletindo sobre a atração
sexual que sentiu pelo novo amigo que partia. Inicialmente sentiu-se
confuso, porque também se sentia atraído por mulheres, mas ficou
aliviado quando começou a aceitar sua bissexualidade”.
Na época
foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões pelo Ministério da Educação
para produção do “Kit gay”, que trazia também orientações sobre como
debater em sala de aula questões de gênero, orientação sexual e a
relação de poder entre homens e mulheres na sociedade atual: “o fato de o
pênis penetrar a vagina não implica superioridade ou inferioridade dos
participantes do ato sexual”, dizia o material elaborado pelo PT
destinado aos nossos filhos.
Foi também
nos governos petistas que a pauta do aborto foi trazida à exaustão. Em
2009, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) trazia quase que
de forma inédita em toda a história do nosso país um incentivo expresso
ao aborto.
Mais
recentemente, em 2020, o PT comemorou a aprovação, na Argentina, da Lei
pela Interrupção Voluntária da Gravidez (IVE na sigla em espanhol). Em
nota no site do PT, os petistas chamaram de “madrugada histórica” a
noite da votação da legalização do aborto no país vizinho. O que ocorreu
na Argentina serve de exemplo para um futuro governo petista aqui no
Brasil.
Mas mesmo
com todo esse histórico e tantas diferenças de pensamento com o mundo
cristão, o PT anuncia que busca uma “reaproximação” com lideranças
religiosas, visando às eleições de 2022. De acordo com uma deputada
federal petista, “o Brasil evangélico tem crescido muito na área
popular”, e o que antes era desprezado agora passa a ser alvo de cobiça
dos petistas: o voto do eleitor evangélico.
Para as
eleições deste ano, o PT chegou a criar um núcleo evangélico. “É um
front que nós consideramos extremamente importante, e temos estimulado
muito o nosso pessoal, sobretudo nos estados, a fazer um contato com as
igrejas”, afirmou Gilberto Carvalho, aquele mesmo ex-ministro que anos
atrás falava em combater os evangélicos.
Até onde
vai o cinismo e o mau-caratismo do PT e da esquerda? Buscam o voto dos
cristãos para, logo em seguida, perseguir esse público, usar da
violência para invadir igrejas e templos religiosos e promover um sem
número de aberrações contrárias aos valores da fé cristã.
Líderes
petistas já admitem que uma das estratégias do discurso petista para
dialogar com os fiéis de todo país será a moderação do tom de voz e o
encobrimento de suas ideias, embora seus pensamentos contra a palavra de
Deus permaneçam radicalizados no interior do partido. Ou seja, tentarão
esconder suas bandeiras ideológicas em troca de uma promessa de
“esperança” para o Brasil.
Assim sendo, cabe a todos nós fazer o alerta:
“Cuidado
com os falsos profetas. Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por
dentro são lobos devoradores. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem.
Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos, (Mateus
7:15-16)”.
O PT vai
bater a sua porta. Não por você, mas pelo seu voto, para depois impor
uma agenda de imoralidades contrária à vontade da maioria de 80% da
população cristã do Brasil.
Não se deixe enganar!
Publicado originalmente no Diário do Poder.
Reinaldo Morais é escritor, autor do best-seller “Segredos de Pai para
filho”; filiado ao PL, foi candidato ao Senado pelo Mato Grosso.