Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador parasita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador parasita. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de novembro de 2021

Contra o aborto - Gazeta do Povo

Vozes - Francisco Razzo

Jornalistas da Argentina são financiadas com recursos da International Planned Parenthood Federation (IPPF), maior conglomerado de clínicas de aborto do mundo



A dignidade de uma pessoa, invisível ao método das ciências naturais, não muda conforme as mudanças biológicas e muito menos conforme bravatas de interesses de ativistas - Foto: Unsplash

Neste mês de novembro de 2021, meu livro Contra o Aborto completou quatro anos. O livro já está na sua quinta edição, com ligeiras correções em relação à primeira, de 2017. Nesses últimos anos, aprendi muita coisa com meus leitores. Recebi mais elogios e críticas positivas do que ataques e críticas negativas. No geral, ataques são sempre os mesmos: “homem não pode falar de aborto”; “livro cheio de falácias” e coisas do gênero. Os críticos, com zelo pela verdade, fizeram-me corrigir erros e repensar muita coisa.

Entretanto, nenhuma análise substantiva demonstrou a invalidade do que sustento do início ao fim do livro: o embrião é pessoa desde o momento da concepção e, por ser pessoa, merece respeito moral e proteção legal. Não admito reduzirem o problema do aborto a um problema de saúde pública ou de autonomia do corpo da mulher. Na verdade, o problema do aborto não pode ser compreendido por uma única perspectiva. É, pois, problema complexo. E, pela complexidade inerente, não pode ser solucionado com respostas simples e bravatas de ativistas.

    O embrião é pessoa desde o momento da concepção e, por ser pessoa, merece respeito moral e proteção legal

Nunca me importei para ataques e sempre me coloquei à disposição da conversa franca e respeitosa. Lamento pessoas que, em vez de discutir ideias, preferem repetir jargões que nada contribuem para uma construção madura acerca de tão delicado tema. Eu, por ser da área da filosofia, lido com argumentos, independentemente de quem “fala”. Não há um “lugar de fala” privilegiado quando o objetivo é a verdade. Porque não se trata de quem, mas do que se fala.

Meu livro nunca se pretendeu panfleto contra o aborto. É reflexão filosófica e propõe solução objetiva para o problema do aborto – que considero, antes de tudo, problema moral envolvendo não uma, mas toda a comunidade de pessoas.

 


O problema moral do aborto não se encerra na descrição científica de um organismo vivo e da descrição do processo de seu desenvolvimento biológico, sociológico e econômico. Logo, não se trata de evocar só esta ou aquela ciência, este ou aquele recorte da realidade. A controvérsia gira em torno, primeiro, de uma resposta para pergunta simples, porém difícil: “o que sou eu?” Sem uma resposta relativamente segura dada a essa pergunta filosoficamente difícil, não será possível pensar a pergunta mais importante no caso do aborto: “faz sentido dizer que o embrião já existe como pessoa?”

A ciência pode nos dizer muitas coisas sobre organismos vivos, porém, não diz respeito ao método científico se somos ou não pessoas. Verdade é que não há “pessoas” em tratados científicos. A categoria “pessoa” é irrelevante para a ciência natural. É curioso, no entanto, perguntar para os defensores do aborto o que certamente morre quando se pratica um aborto. A dignidade de uma pessoa, invisível ao método das ciências naturais, não muda conforme as mudanças biológicas e muito menos conforme bravatas de interesses de ativistas

A descrição da experiência interpessoal responsável por fornecer sentido à sentença “o embrião é uma pessoa” precisa ser distinta em ordem e qualidade da descrição objetiva da ciência “este organismo vivo é um embrião”. E pouco importa dizer que um embrião não tem sistema nervoso desenvolvido. Essas ordens descritivas da realidade, natural e interpessoal, não se anulam. Na verdade, subsistem enquanto formas legítimas de compreensão de duas ordens da realidade: a realidade natural e a realidade humana.

Sou taxativo neste ponto: uma pessoa é o seu próprio corpo. Meu livro praticamente é uma defesa da tese de que uma pessoa não tem corpo, ela é corpo. O embrião é pessoa por ser corpo com potencial de se autodesenvolver para a vida adulta autoconsciente. Não tem potencial de ser pessoa; já é pessoa em ato, desde o momento da concepção.

    Ser contra o aborto não implica em limitar a liberdade da mulher. Pelo contrário, é reafirmar que todos são livres desde o momento da concepção


A experiência humana mais elementar não diz que eu só tenho um corpo depois de me tornar consciente; eu sou meu corpo desde o momento da concepção e minha consciência será o resultado do meu autodesenvolvimento como pessoa convivendo com outras em uma relação interpessoal. O embrião é, pois, membro da comunidade moral por ser corpo pessoal e não um parasita biológico.

Se dependêssemos da vontade de terceiros para fundamentar nossa dignidade, jamais avançaríamos em relação aos direito

Francisco Razzo é professor de filosofia, autor dos livros "Contra o Aborto" e "A Imaginação Totalitária", ambos pela editora Record. Mestre em Filosofia pela PUC-SP e Graduado em Filosofia pela Faculdade de São Bento-SP.s humanos universais.

Gazeta do Povo -VOZES

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Imprensa brasileira tem sua ineficácia comprovada - Gazeta do Povo

Sir Karl Popper. Ilustre liberal, grande pensador, homem da ciência. Fico pensando em como Popper estaria perplexo com a quantidade de bobagem repetida em nome da ciência atualmente. Aqueles que desejam politizar tudo, até remédios, insistem na falácia de que o tratamento imediato teve sua ineficácia comprovada. É pura ignorância ou má-fé, coisa de quem não faz a menor ideia do que seja o processo científico.

Testa-se uma hipótese, buscando sempre refuta-la, nunca comprova-la. Isso para impedir o viés de confirmação, a seletividade dos dados, o
"cherry picking". Se você só viu cisnes brancos até hoje, isso não lhe dá o direito de repetir, em nome da ciência, que cisnes negros não existem. Sua afirmação, cientificamente falando, deveria ser a de que hoje ainda não há provas da existência de cisnes negros. Até o dia que eles foram encontrados...

Vejo em tudo que é veículo de comunicação a chamada de que a hidroxicloroquina e a ivermectina tiveram sua ineficácia comprovada. Isso é simplesmente falso, fake news. Há inúmeros estudos que apontam para sua eficácia, há a observação médica de quem está na ponta cuidando de pacientes, não lacrando entre uma música e outra. O que não há, ainda, é o tal teste padrão ouro, que não existe para cerca de 90% dos medicamentos que utilizamos para várias outras doenças.

Pode ser que o troço seja placebo?
Até pode, mas há indícios de que não é este o caso. Não obstante, jornalistas arrogantes e ignorantes adotam narrativas imbecis, tudo para atingir Bolsonaro, e o fazem em nome da ciência. É de arrepiar! Aí nos deparamos com a notícia de que Oxford está realizando testes para a ivermectina. A revista Exame deu a notícia de forma normal antes, depois apagou e passou pelo filtro do lacre:

Reparem na torcida do contra, na distorção e manipulação na nova chamada. O "corpo da matéria", porém, não esconde a expectativa de sucesso com o remédio para parasita: Coronalovers e pandeminions não conseguem mais esconder que torcem contra o tratamento, tudo por ódio ao presidente. É doentio! Mas deixando o resultado de lado por enquanto, cabe perguntar: ué, mas se há "ineficácia comprovada, então por que Oxford vai realizar testes para averiguar a eficácia? Isso quer dizer, pasmem!, que ainda não há uma tal ineficácia comprovada?! Isso quer dizer que a nossa imprensa em peso mente para seu público? Tudo por fins políticos?! Que coisa feia!

O duplo padrão também tem sido a marca registrada da mídia nacional.  
Bolsonaro sem máscara já vira genocida, enquanto isolacionistas que são vistos sem máscara longe das câmaras são protegidos em sua hipocrisia, e o fato de que a maioria deles contraiu o vírus é algo que passa batido pela imprensa. 
Enquanto isso, o Papa, sem máscara, toca em seus fiéis. Seria o Papa um genocida negacionista? O presidente Bolsonaro, com sutileza, passou o recado aos jornalistas: Uma liderança verdadeira precisa demonstrar coragem e fé. O Papa, sem máscara, toca nas pessoas, pois “se proteger” não pode ser a única meta de um líder. Mas vai explicar isso para quem acha que o ícone da liderança na pandemia é um governador hipócrita, que diante das câmeras aparece até com duas máscaras, mas depois vai para Miami relaxar da afetação de falsa virtude!
Por falar no tal governador... uma coisa ele faz bem: persuadir jornalistas a nunca o criticarem! Não se sabe que tipo de "argumento" ele usa para tanto. Minha colega de bancada gagueja muito quando o tema é a gestão doriana. O Brasil tem péssimo resultado pois tem mais de 500 mil mortes, mas São Paulo não está ruim pois é o décimo estado em termos relativos, sendo que tem mais de 120 mil mortes? 
Isso sem levar em conta que São Paulo tem mais mortes do que sua população representa do total brasileiro. 
O governador tem mérito por ouvir a ciência, mas a turma repete que não houve lockdown em São Paulo verdadeiro, como na Europa? Eu fico sem saber se Dória é parte do problema ou da solução!

Quando falamos do Papa, lembramos da Argentina também, outro incômodo enorme para a narrativa da mídia. A Argentina, que terminou de destruir sua economia com o lockdown mais longo da América Latina, registrou 792 óbitos ontem e chega a 90 mil mortos por coronavírus. Isso com uma população que é um quarto da nossa, ou seja, em termos relativos já tem quase a mesma quantidade de óbitos, e deve nos passar. O presidente lulista não fechou a compra da vacina da Pfizer por "cláusulas leoninas", mas Bolsonaro é culpado pela "falta" de vacina, no país que é o quarto que mais vacinou no mundo. Dura a vida de um militante disfarçado de jornalista, não?

A Argentina tem a moeda mais desvalorizada no momento, pois segue ladeira abaixo rumo ao destino venezuelano. Enquanto isso, o dólar cai abaixo de cinco reais, por otimismo dos investidores com as reformas aprovadas pelo governo Bolsonaro: 
Mas a Argentina não escutou a voz da ciência, não fez lockdown? 
Que pasa? 
Aliás, vocês se lembram de quando o lockdown era defendido como uma medida emergencial por 15 dias apenas para "achatar a curva" e ganhar tempo? Hoje é o Santo Graal da Seita dos da Terra Parada, dos isolacionistas gourmet que não pararam de trabalhar um só dia na pandemia, mas defenderam o desemprego em massa para os pobres, já que a economia fica para depois. Hipocrisia pura...

Essa mídia não está preocupada em fazer as perguntas certas da ciência. Leandro Ruschel fez no lugar da patota: no Chile, mesmo com 70% da população recebendo uma dose e 50% das pessoas completando a vacinação com duas doses, as mortes seguem em patamar elevado, numa média de 120 por dia, o que equivaleria a uma taxa de 1300 por dia no Brasil. Afinal, qual é a eficácia da vacina chinesa? Ele continua: já na Indonésia, centenas de casos de médicos que tomaram Coronavac e foram infectados pela última onda da pandemia que varre o país, segundo a Reuters. E o que falar de Seychelles, uma pequena ilha com o maior índice de vacinação do mundo, com 60% da população vacinada ainda em maio? Apresentou uma explosão de casos...

Já no insuspeito New York Times, jornal esquerdista, há uma reportagem mostrando que vários países apostaram na vacina chinesa e agora enfrentam surtos de Covid: Pois é, precisamos falar sobre a eficácia das vacinas, lembrando que Costa Rica rejeitou a Coronavac, que tampouco é aplicada nos Estados Unidos ou na Europa. O autor de novelas Aguinaldo Silva ficou decepcionado ao chegar no continente e escutar em todo lugar que sua vacinação de nada valia ali. Doria apostou no cavalo errado? A imprensa vai tratar do assunto com objetividade, imparcialidade e postura científica?

Não sabemos direito sobre a real eficácia das vacinas, e não temos as respostas definitivas sobre o tratamento precoce. O que sabemos, com um alto grau de certeza científica, é que nossa imprensa tem sua ineficácia comprovada. É muita militância e pouca seriedade.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Fux tentou dar um truque para preservar Moro da suspeição. Perdeu por 7 a 4 ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2021/06/23/fux-tentou-dar-um-truque-para-preservar-moro-da-suspeicao-perdeu-por-7-a-4.htm?cmpid=copiaecola

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Nas entrelinhas: Parasitologia

Talvez o grande incômodo de Guedes não sejam os servidores parasitando a máquina pública, mas o fato de que gostaria de impor a sua reforma administrativa a qualquer preço


Na ciência, a parasitologia estuda os parasitas, seus hospedeiros e a relação entre esses organismos. Não são apenas os animais que possuem parasitas, todos os organismos vivos podem ser parasitados. Até mesmo uma bactéria pode ser alvo desse tipo de relação, como é o caso dos vírus bacteriófagos que se reproduzem no interior desses organismos. No parasitismo, apenas um dos organismos envolvidos é beneficiado. Isso, porém, não gera necessariamente a morte do hospedeiro.

[o ministro Guedes deve ter algum problema de memória, visto esquecer  que é a carência de "parasitas" no INSS que está causando o CAOS no atendimento daquela Autarquia - situação ainda não sanada e cuja persistência atinge milhões de brasileiros, sendo grande parte carente.

Ou será que ele pretende, ao eliminar os que chama de parasitas, estender o CAOS do INSS para todo o Serviço Público? 

Destaque-se que os desmontes das equipes técnicas do INSS e Dataprev,  antecedem, emmuito, ao governo Bolsonaro.

Outra ideia que o ministro Paulo Guedes precisa esquecer é a de recriar a CPMF, ou algo do gênero, independente do apelido que receba.]

O parasita pode se instalar tanto fora (ectoparasita) como dentro (endoparasita) do corpo do hospedeiro. Piolhos e carrapatos são exemplos do primeiro; as lombrigas, do segundo. Já o parasitoidismo é a situação na qual se observa a morte do hospedeiro: As vespas, por exemplo, colocam os ovos no interior de alguns artrópodes. Após eclodirem, as larvas alimentam-se do hospedeiro ainda vivo. Depois de algum tempo, elas matam o hospedeiro e emergem de seu interior.

Para os neodarwinistas, como o biólogo Richard Dawkins (O gene egoísta), o organismo humano é apenas uma “máquina de sobrevivência” do gene, cujo objetivo é a sua autorreplicação; a espécie na qual ele existe é a “máquina” mais adequada a essa perpetuação. Analisando o comportamento de algumas espécies animais, Dawkins explica que o altruísmo que se observa em muitas espécies não é contraditório com o egoísmo do gene, mas contribui para a sua sobrevivência. A tese leva as ideias liberais ao terreno da história natural, pois o egoísmo seria uma característica básica dos indivíduos, sendo o altruísmo uma necessidade de sobrevivência, apenas.

Dawkins desenvolve o conceito de “meme” como o equivalente cultural ao gene, que seria uma espécie de unidade básica da memória ou do conhecimento que o ser humano transfere para os descendentes. A comparação da relação entre a administração pública e os que dela se aproveitam com o parasitismo faz todo o sentido, mas daí a classificar o servidor público de parasita, como fez o ministro da Economia, Paulo Guedes, há uma enorme distância. Mudando de paradigma, é tão equivocado como chamar de parasitas os operadores do mercado financeiro, categoria da qual o ministro faz parte, com muito êxito.

Duas éticas
Existe, sim, parasitismo na administração pública brasileira. A Operação Lava-Jato está aí mesmo para mostrar a plêiade de ectoparasitas e endoparasitas que tomou de assalto, por exemplo, as operações da Petrobras e a preparação da Copa do Mundo de 2014, mas comparar os servidores públicos às pulgas, aos carrapatos e às lombrigas é uma agressão alucinada e inaceitável. Não foi à toa que o ministro Guedes se viu obrigado a distribuir uma nota afirmando que a frase na qual chama os servidores públicos de parasitas foi retirada do contexto — a culpa das declarações infelizes é sempre dos jornalistas. Guedes levou um puxão de orelhas do chefe, o presidente Jair Bolsonaro, mantido pelo erário público desde a juventude, seja como militar, seja como político.

Às vésperas de uma reforma administrativa cujo objetivo é reduzir custos, aumentar a eficiência e eliminar privilégios na máquina pública, a frase de Guedes revela que, mesmo cercado de excelentes técnicos do setor público, não se deu conta de que não existe administração eficiente e moderna sem um corpo burocrático qualificado e motivado. Ou seja, não conseguirá dar seguimento às reformas que preconiza sem conquistar o apoio dos servidores públicos de carreira.

Aliás, o governo Bolsonaro começa a pagar o preço por subestimar e tratar com preconceito os servidores, como no caso dos desmontes das equipes técnicas do INSS e da Dataprev, hoje com uma fila de 2,6 milhões de pessoas esperando aposentadorias e benefícios. Não se trata de defender o corporativismo e ser contra a privatização de estatais, como a Eletrobras, os Correios, a BR Distribuidora e outras. Mas é um erro crasso desvalorizar os servidores e, inclusive, não reconhecer a existência de centros de excelência na gestão pública, como o BNDES, a FGV, o Inep, o Inpe, a Funai, a Polícia Federal e o Itamaraty. Isso não tem nada a ver com eliminar privilégios e mordomias.

O outro lado da moeda é a tensão permanente entre a ética das convicções, como a do ultraliberal Paulo Guedes, que persegue o “estado mínimo”, e a ética da responsabilidade, que serve de eixo condutor e moral da atuação da burocracia de carreira, responsável por zelar pela legitimidade dos meios empregados pelo governo. Talvez o grande incômodo de Guedes não seja propriamente a existência de servidores parasitando a máquina pública — eles também existem —, mas as exigências legais e institucionais que o governo precisa observar para viabilizar as reformas. Ou seja, o fato de que gostaria de impor a sua reforma administrativa a qualquer preço, colocando-se acima das instituições e do ordenamento democrático vigente.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense