O governo quer votar o arcabouço fiscal essa semana, porque o presidente vai fazer mais uma longa viagem – já foi à China, a Londres, Madri, Lisboa, agora vai ao Japão, é o presidente que mais viaja [e o que menos governa] – e quer deixar esse assunto já amarrado. Não sei por que chamam de “arcabouço”; foi uma invenção para fazer propaganda.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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terça-feira, 16 de maio de 2023
Ações sobre internet no STF são prato cheio para juiz que se acha legislador - Alexandre Garcia
VOZES - Gazeta do Povo
Nesta terça temos julgamentos importantes no Supremo.
São quatro ações, com quatro relatores diferentes, e tudo dizendo
respeito ao novo mundo digital.
A nova ágora, a nova praça pública
universal, em que todos nos unimos, todos podemos conversar com todos,
todos podemos opinar, falar, expressar nossas opiniões e nossos
pensamentos.
E há uma tentativa de, vamos chamar de “regulamentar”, mas
na verdade é censurar, porque a rede social deu voz a cada um de nós.
Não tínhamos voz; só que quem tinha voz era a televisão, quem estava no
rádio, mas agora todo mundo tem voz. Eu tenho o prazer de falar aqui e
receber retorno das pessoas, porque elas têm voz.
As ações são ligadas, principalmente, às plataformas Google e Telegram. Uma delas vai decidir se o artigo 19 do Marco Civil da Internet
é constitucional ou não. Depois, vão julgar recursos do Google, que
está reclamando que não é censor, que não tem ninguém que seja um
superjuiz para decidir, como Deus, o que é mentira ou verdade, mas
querem que a plataforma faça isso.
Ainda temos o Telegram, em outro caso
em que muitas pessoas também foram suspensas, bloqueadas.
Por fim, a
discussão sobre se a plataforma tem obrigação de quebrar o sigilo das
pessoas – sigilo que é garantido pela Constituição – se o juiz pedir
dados, e como isso seria feito.
Agora está cheio de
gente, inclusive no governo, querendo que o Supremo regulamente, já que
está difícil de passar aquele projeto de censura
das redes sociais.
Não pode: eu olhei o artigo 102 da Constituição, que
diz quais são as atribuições do Supremo, e só está escrito julgar isso,
julgar aquilo, julgar, julgar e julgar. Não tem nada sobre fazer leis,
fazer regulamentos. Supremo julga: julga o que é constitucional e o que
não é, interpretando a Constituição. Mas ele não faz leis, não faz
regras, porque não tem voto para isso, não tem poderes recebidos do
poder original, conferidos pelo voto, para fazer isso.
Quem pode fazer
leis são os nossos deputados e senadores, representantes de seus
eleitores e de seus estados.
É assim que funciona.
Do contrário, está
fora da Constituição, e um país que não obedece a Constituição está
perdido.
Veja Também:
O governo quer votar o arcabouço fiscal essa semana, porque o presidente vai fazer mais uma longa viagem – já foi à China, a Londres, Madri, Lisboa, agora vai ao Japão, é o presidente que mais viaja [e o que menos governa] – e quer deixar esse assunto já amarrado. Não sei por que chamam de “arcabouço”; foi uma invenção para fazer propaganda.
Na verdade, é um projeto para derrogar a lei de limite de gastos, para o governo poder gastar mais do que está estabelecido na lei; basicamente, o aumento de gastos está ligado à inflação e não é algo que possa disparar.
Em
consequência, o governo vai cobrar de nós, consumidores, mais uns R$
300 bilhões em impostos, incluindo aí renúncias fiscais para estimular
certas atividades e que vão ser canceladas. Então, nós é que vamos pagar
mais impostos,
não é a empresa; imposto é custo da empresa, que o inclui no preço
final, não tem como ser diferente. Está havendo uma briga enorme no
Congresso sobre o que pode acontecer com esse arcabouço, que significa
liberar geral os gastos e cobrar mais impostos. É bom que saibamos
disso, porque nós é que sustentamos o governo, nós escolhemos o governo,
nós nomeamos o governo pelo nosso voto. Agora, se não mandarmos nada,
somos cidadãos passivos, que só comparecemos na hora da urna e nunca
mais. Fica muito estranho isso, isso não é democracia, e muito menos
cidadania.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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sexta-feira, 25 de março de 2022
As injustas demonizações da teologia da libertação e de Paulo Freire - Sérgio Alves de Oliveira
Na primeira metade dos anos 70 (setenta) tive contatos de perto com alguns adeptos da TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, ideia nascida na América Latina após o “Concílio Vaticano II” e “Conferência de Medellín”, em 1971, com base no princípio do Evangelho ,que preconiza preferência pelos pobres.
Seu foco principal está na interpretação dos ensinamentos de
Jesus Cristo para uma libertação de
injustas condições sociais ,econômicas e políticas, mediante uma
“reinterpretação analítica” da fé cristã. Mas seus adversários acusam-na de
vinculação ao marxismo. Mas não é verdade. Ao menos lá na ORIGEM.
Mas hoje é, especialmente no Brasil, em virtude da deterioração local da Teologia da Libertação, protagonizada pelos seus líderes, que resolveram formar consórcio com a pior escória política do pais, a esquerda.
Cursava eu um pós-graduação em sociologia na PUC/RS. Esse período coincidia com o Regime Militar instalado no país a partir de março de 1964. Era, portanto, um “prato cheio” , inclusive para quem quisesse obter subsídios para criticar ou enfrentar o Regime Militar ,moralizador, e e mais tantas outras qualidades.
Os tais “teólogos da libertação” eram o “chodó” do curso. Dentre eles os preferidos eram o teólogo/padre peruano Gustavo Gutièrrez, autor de “Teologia da Libertação”, considerado o grande impulsionador da doutrina ,e os brasileiros Padre Leonardo Boff e Frei Betto, dentre outros. Mas a Teologia da Libertação acabou tendo alguns revezes na Santa Sé e foi condenada nos Pontificados de João Paulo II e Bento XVI, pela Congregação para a Doutrina da Fé, de 1984 e 1986.
Coincidentemente ao impulso dado à Teologia da Libertação, também tinham grande sucesso nas aéreas das ciências humanas e sociais da PUC da época, os polêmicos livros escritos pelo filósofo e pedagogo brasileiro PAULO FREIRE, que na época estava exilado no Chile.
Pelas interpretações que fiz na época , enxerguei grande afinidade entre as obras de Paulo Freire (“Pedagogia do Oprimido” e “Educação como Prática da Liberdade” ),e a Teologia da Libertação. A única grande diferença “libertadora” que havia entre uma doutrina e outra é que a primeira tinha “Deus” como centro, e a segunda não, tinha como centro a potencialidade do homem em si mesmo. Mas não procedem as falsas insinuações que andam por aí que essas obras estariam dando algum incentivo ao marxismo ou a quaisquer outras teorias socialistas ou comunistas. Essas “interpretações” equivocadas foram feitas pelas esquerdas , para fins de fazer “média” e “somar forças” . E também pela direita “burra” e mal-intencionada, que considera “comunismo” qualquer tentativa de ajudar a libertação dos pobres por intermédio dos seus próprios méritos e esforços.
Mas com o passar do tempo essas interpretações, que antes não eram verdadeiras, parcialmente passaram a sê-lo. No caso do Brasil, por exemplo, os ideólogos da Teologia da Libertação antes citados (Leonardo Boff e Frei Betto), se ligaram a partidos políticos declaradamente de esquerda e corruptos, como é o caso do PT, apesar de ser de uma esquerda “tosca”,”primária”,”vulgar”, de “primatas”, e de ter emprestado a sua sigla como chave para seus membros assaltarem os cofres públicos em dimensão nunca vista na história política do Brasil, calculando-se tenham roubado cerca de 10 trilhões de reais
Esse procedimento estaria tendo cobertura da “Teologia da
Libertação” ? “Libertação” de quem ? Como poderiam “teólogos da libertação” apoiarem
descaradamente ladrões que roubam uma sociedade inteira? Leonardo Boff e Frei Betto se atiraram de corpo e alma na
sigla PT, e misturaram com ela os
princípios de uma “teologia da libertação” muito esquisita e interesseira. Desmoralizaram-na,
em síntese.
O PT, como qualquer outro ladrão, tem mais a ver com o diabo do que
com Deus. Que “teologia” é essa então? Na
versão brasileira, a Teologia da Libertação não ficaria mais verdadeira se
chamada “diabologia da libertação”?
Mas também vejo nessa adesão interesseira dos corruptos à Teologia da Libertação uma motivação derivada do envelhecimento dos líderes da TL, sem renovação dos seus quadros, portanto, uma espécie de “estado de necessidade”. Tanto isso é verdade que resolveram aderir de corpo e alma aos diversos encontros do “Foro Social Mundial”, iniciado em Porto Alegre, durante a gestão do PT, prosseguindo com eventos anuais em outras partes do mundo. Mas o “Forum Social Mundial” sempre levou de “arrasto” a Teologia da Libertação. Interessante,não?
Mas o que eu acho mais engraçado em tudo isso é que a esquerda brasileira resolveu levantar um altar para Paulo Freire. E a direita passou a demonizá-lo. Só que essa esquerda não chegou a apreender que ninguém mais do que Paulo Freire censurou com tanto rigor o ASSISTENCIALISMO, a esmola, que ele considerava a negação do ser humano, e que tem sido a base do sucesso eleitoral da esquerda e a sua principal política.
E o que é a tal “bolsa família”? Porventura isso não se resumiria em “moeda de compra” de votos ? Em “dar” o pão , e não a “ensinar” a fazer o pão? Essa prática antes já ocorrera na Roma Antiga, onde os tiranos acomodavam o povo dando-lhe só pão e circo. E aqui o “pão e circo” se dá na versão do “bolsa família”, ”futebol” e “carnaval”. Tudo a mesma coisa.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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