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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A PF na “operação Fair Play” não prendeu Agnelo, ex-governador, petista, do DF = um fracasso



PF investiga superfaturamento em estádio da Odebrecht para a Copa
Arena Pernambuco, administrada pela empresa, é um dos pontos centrais da 'Operação Fair Play'; ação ocorre em 5 estados e DF; superfaturamento estimado é de R$ 42,8 milhões 

A Polícia Federal executa nesta sexta-feira a Operação 'Fair Play', que apura superfaturamentos na construção da Arena Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014 pela Odebrecht. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca nas cidades de Recife, Salvador, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. A PF vai investigar o superfaturamento estimado em R$ 42,825 milhões na construção.

Agentes da PF se encontram neste momento na sede do Comitê de Gestão de Parcerias Público-Privadas do governo de Pernambuco e também na sede da Odebrecht em São Paulo. A Operação Fair Play teve como objetivo investigar fraude na concorrência internacional e apurar superfaturamento na execução do contrato entre o estado de Pernambuco e o grupo controlador da arena.

A nota oficial da Polícia Federal em Pernambuco diz que foi concedida pelo governo autorização para uma empresa elaborar o projeto básico do edital de concorrência, sem licitação ou edital de chamamento. As condições de concorrência teriam direcionado a contratação dessa empresa.  A apuração indicou atuação de uma organização criminosa voltada à corrupção de agentes públicos e envolve a obtenção, mediante fraude, de financiamento e à fraude em licitação.

EMPRESA DIZ QUE PROJETO ESTÁ REGULAR
Uma equipe de 13 homens da Polícia Federal cumpriu mandados de buscas e apreensão no escritório da Odebrecht no Butantã, zona oeste de São Paulo. Eles chegaram ao prédio às 7h. De acordo com um advogado da empresa, a investigação é da Justiça de Pernambuco, e a PF faz também buscas nos outros estados.
De acordo com a defesa da Odebrecht, a PF já encerrou a parte da operação 'Fair Play' no escritório da empresa em São Paulo. Foram apreendidos documentos e e-mails. Segundo ele, a Justiça Federal em Pernambuco declinou da competência para a investigação da PF no estado, e o processo foi para a esfera estadual, que autorizou os mandados de busca e apreensão. No Rio, duas viaturas da PF chegaram à sede da Odebrecht, na Praia de Botafogo, também por volta das 7h. Os policiais foram ao setor de informática para apreender servidores.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Construtora Norberto Odebrecht cita os mandados de busca e apreensão "em sua sede no Rio de Janeiro, bem como nos escritórios de São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Brasília com o objetivo de coletar dados e informações relacionadas à Arena Pernambuco". A empresa tem convicção da plena regularidade e legalidade do referido projeto.A CNO reafirma, a bem da transparência, que sempre esteve, assim como seus executivos, à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar documentos sempre que necessário, sendo injustificáveis as medidas adotadas nesta data", diz a nota.

Fonte: O Globo

Barroso, o comensal de Dilma do dia 11, tira as contas das mãos de Cunha e as entrega a Renan, o poderoso!

As forças do “Fica Dilma”, meus caros, são poderosas. Nesta quinta, Roberto Barroso, ministro do Supremo alinhado coma a esquerda e um dos cinco membros do tribunal que compareceram ao jantar oferecido por Dilma no Alvorada, no dia 11, deu uma ajuda e tanto à presidente. E o fez de modo sofisticado, com aparência de decisão salomônica. Explico.

A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista do Orçamento e um dos braços operantes de Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Senado recém-convertido ao dilmismo radical, recorreu ao Supremo para anular as sessões da Câmara que aprovaram as contas dos ex-presidentes Itamar Franco, FHC e Lula, o que abria caminho para que a Casa julgasse as de Dilma. Argumento da senadora: as contas têm de ser votadas em sessões conjuntas, do Congresso, que reúne a Câmara e o Senado.

E o que decidiu Barroso, em caráter liminar, cabendo ainda recurso? Ele não anulou as sessões porque reconheceu que, de fato, até então, as Casas faziam esse juízo em sessões separadas. Mas, ora vejam…, o homem determinou que, doravante, não será mais assim, e as contas de Dilma terão de ser votadas em sessão… conjunta!

Alvíssaras, presidente! Sabem o que isso significa, na prática, caso a decisão seja mantida? Que Renan é que vai determinar quando as contas serão postas em votação porque as sessões conjuntas são comandadas pelo presidente do Senado, que também é o presidente do Congresso.
Viram?
Dispõe o Inciso IX do Artigo 45 da Constituição:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX  julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

Vamos lá. Algo ser competência do Congresso não implica que a sessão tenha de ser conjunta. Cunha observou, com correção: “Ele [Barroso] parte de uma premissa de que tudo que é em comissão mista é [tem de ser votado no] plenário do Congresso. As Medidas Provisórias são votadas em comissão mista e vão a cada Casa. Além disso, o regimento comum [Regimento do Congresso] prevê o rito que é adotado. Vamos avaliar com calma e agravaremos até terça-feira”. Vale dizer: Cunha anunciou que vai entrar com um agravo regimental, isto é, pedir que o pleno do Supremo se manifeste.

Convenham, não? É bastante exótico que Barroso considere, então, ser inconstitucional votar as contas em cada uma das Casas, mas tenha deixado tudo por isso mesmo no caso dos ex-presidentes, pedindo que a Constituição, então, passe a ser cumprida só a partir das contas de Dilma.

Confesso que não prestei atenção ao cardápio servido pela presidente aos senadores governistas e depois aos ministros do Supremo e a Rodrigo Janot. Mas a comida, pelo visto, era muito convincente. Caso a decisão de Barroso seja mantida, Dilma estará nas mãos de um neo aliado entusiasmadíssimo, Renan Calheiros, na hipótese de o TCU realmente recomende a rejeição das contas. Mas isso também já não é tão certo se depender de… Renan.

No TSE, quem decidiu segurar a barra da presidente foi Luiz Fux, quando o placar, na prática, já estava 3 a 1 em favor da investigação das contas de campanha de Dilma. Para que o processo seja aberto falta apenas um voto. Agora, o julgamento será retomado quando Fux quiser.

Eduardo Sterblitch, do Pânico, que se cuide! Renan Calheiros ainda acabará abrindo uma nova “Igreja do Poderoso”!

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


 

A GANG do Perda Total = PT, agora tem dois exércitos: o do facínora 'stédile' e o do idiota presidente da CUT, um tal Vagner qualquer coisa. Esses comandantes de nada, de m ..., não cansam de perder?

Líder da CUT ameaça pegar em ‘armas’

Em entrevista, Vagner Freitas disse que houve um mal-entendido e que usou 'uma figura de linguagem'

Em um evento que reuniu ontem à tarde, no salão nobre do Palácio do Planalto, cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao governo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, partiu para o radicalismo ao discursar em apoio à presidente Dilma Rousseff. Ele alertou estar preparado com ‘‘armas’’ e um ‘‘exército’’ para barrar qualquer tentativa de ‘‘coxinhas’’ de tirá-la do poder. Somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta — disse Freitas.
  No início da noite, o presidente da CUT procurou o ‘Jornal Nacional’’, da Rede Globo, para afirmar que houve um mal-entendido, que não teve a intenção de incitar a violência e que, no discurso, ao falar em armas, usou ‘‘uma figura de linguagem’’. Freitas afirmou ainda que, ao citar a palavra “exército’’, referiu-se a ‘‘organizações de trabalhadores, greves e atos públicos na defesa da democracia’’. 

A três dias das manifestações agendadas em todo o país a favor do impeachment, a presidente Dilma Rousseff usou o evento para criticar àqueles que defendem o seu afastamento do cargo. Ela foi recebida por gritos de "Não vai ter golpe". Em um discurso descontraído, mas contundente, a petista afirmou que é preciso respeitar o resultado das eleições para manter a democracia. [não vai mesmo ter golpe; Dilma vai ser excluída através de um instrumento previsto na Constituição Federal = impeachment.] — A democracia é algo que temos que preservar custe o que custar. Outra coisa é o respeito ao adversário. Respeitar não é ficar agradando o adversário. Respeitar o adversário é o seguinte: eu brigo até a eleição, depois eu respeito o resultado da eleição.
 
Em outro momento, Dilma comparou o embate político a uma partida de futebol, e disse que um dos principais aprendizados do esporte é que ele ensina a saber perder. — Respeite e honre o seu adversário. Se você não respeita o resultado do jogo, você não pode entrar no jogo.

A presidente condenou publicamente pela primeira vez o atentado ao Instituto Lula, que foi atingido no fim do mês passado por uma bomba caseira. Segundo ela, é preciso que a população zele pelo respeito ao contraditório. Diálogo não é pauleira, diz. — Temos que zelar pelo respeito que as pessoas que pensam diferente da gente têm que receber de nós. Diálogo é diferente de pauleira. Dialogo é dialogo, pauleira é pauleira. Ninguém pode chamar de diálogo xingar alguém. Botar bomba não é diálogo — ponderou.

MANIFESTAÇÕES
Em referência indireta às manifestações marcadas para domingo, Dilma lembrou que na época da ditadura militar as manifestações eram vistas como ameaça às instituições. E que por isso ela nunca será contra esse tipo de ato. — Não vejo nem nunca verei problema em manifestações. Tenho que ter lealdade com a experiência histórica da minha geração, que foi muito dura. Eu sobrevivi. Naquela época quando você vivia você tinha que dar graças a Deus. A loteria de quem sobrevivia e quem não sobrevivia era puro acaso — afirmou.

Dilma aproveitou para defender a estudante de medicina Ana Luiza Lima que, na semana passada fez um discurso de exaltação ao Programa Mais Médicos em um evento no Palácio do Planalto, e depois foi vítima de ataques na internet. — Ela saiu daqui e foi muito maltratada na internet. Maltratada da forma que a gente conhece, quando se trata de mulher. Sabemos perfeitamente que a intolerância que algumas pessoas têm não é característica desse povo nosso.

DEFESA DO MANDATO
Em uma das mais firmes defesas de seu mandato, desde o acirramento da crise política, Dilma disse que irá governar até o dia 31 de dezembro de 2018, quando, segundo ela, entregará um país melhor. Ela voltou a admitir que o Brasil vive um momento de dificuldade, mas prometeu fazer o "possível e o impossível" para garantir "novos direitos e novas oportunidades" à população. — Não estou aqui para resolver todos esses problemas este ano. Estou aqui para resolver todos esses problemas e entregar um país muito melhor no dia 31 de dezembro de 2018 — afirmou.

A presidente disse que se tornou uma pessoa melhor, com o tempo e que hoje tem condições de realizar o seu sonho de transformar a vida do país positivamente. Dilma disse que alguns podem duvidar de sua melhora como pessoa, mas que ela nunca mudou de lado. — Hoje eu tenho condições e estou numa condição mais propícia de realizar o que sempre sonhei que é melhorar a vida do nosso país, para ele não seja apenas a 7a maior economia do mundo mas a 7a nação. Enquanto houver a desigualdade, nós podemos ser a 7a economia, mas não a 7a nação. Faz parte de um país desenvolvido querer mais. Faz parte vocês terem uma visão e eu ter outra. Eu sei de que lado eu estou. Eu melhorei, mudei, alguns podem falar que eu piorei, é da vida. Agora, uma coisa eu não aceito: eu nunca mudei de lado _ discursou, sob aplausos.

Em contraponto às manifestações contrárias ao ajuste fiscal feitas pelos integrantes dos movimentos sociais, Dilma defendeu a importância da política econômica do seu governo para que o país retome o crescimento. — Nós temos de fazer economia, sim. Não tem essa conversa que o governo vai sair gastando como nós gastávamos em momentos em que nós tínhamos mais dinheiro. O dinheiro vai para aquilo que é mais importante, para garantir que não tenha retrocesso. É isso que nós temos de defender nesse país — afirmou. Este é o segundo dia consecutivo que Dilma se encontra com movimentos sociais e é recebida com músicas de apoio à manutenção de seu mandato. Ontem ela contou com a defesa de uma plateia que reuniu milhares de pessoas do movimento rural no encerramento da Marcha das Margaridas, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

CRÍTICAS A LEVY E CUNHA
Os integrantes da plateia não pouparam, no entanto, críticas à política econômica do governo. Antes de a presidente descer ao salão nobre do Planalto, eles gritavam frases como: "Ô Levy, fala pra tu, volta para o Bradesco ou para o Banco Itaú" e "Fora já! Fora já daqui! O Eduardo Cunha junto com o Levy". Este último grito também foi entoado ontem no Mané Garrincha.

Com discursos contundentes, os oradores do evento defenderam ações do governo Dilma e condenaram os movimentos que pedem a saída da presidente do Poder. O presidente do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que os que pregam o fim prematuro do mandato da petista são a elite, filhos dos que, no passado, apoiaram a ditadura militar. — Queria fazer um alerta aos golpistas, àqueles que se utilizam de insatisfação social para impor o seu projeto político e para atacar a democracia. Esses estão por aí em várias partes do país, semeando a intolerância, semeando o ódio, o preconceito. Essa turma dos Jardins, Essa turma do Leblon, essa turma no Lago Sul não representam o povo brasileiro — afirmou, referindo-se a bairros nobres de São Paulo, Rio e Brasília, respectivamente. E emendou em seguida: — Nós sabemos bem que são e de onde vieram. Os seus avôs apoiaram a UDN, os seus pais apoiaram Carlos Lacerda, seus pais apoiaram a ditadura militar e seus filhos são contra as cotas sociais.

Antes dele, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, lembrou que foi a entidade que comanda que liderou os movimentos pela derrubada do hoje senador Fernando Collor. E que contra Dilma não há acusações que justifiquem o mesmo fim. A estudante disse ainda que o atual governo tem "profunda conexão com os movimentos sociais". — Nós somos a UNE que derrubamos um presidente por meio de um impeachment. Para ter impeachment precisa ter crime de responsabilidade, e nós sabemos que contra a presidente Dilma não há qualquer indício ou acusação. Nós jovens apoiamos o mandato da presidenta Dilma para continuar mudando a vida das pessoas — disse.

Segundo ela, quem defende o impeachment de Dilma quer apenas tomar o lugar da petista. Tanto Carina quanto Boulos aproveitaram sua fala para reclamar do ajuste fiscal. Enquanto ela pediu a exclusão da educação dos cortes, Boulos disse que era preciso taxar os ricos. E que a saída para a crise não está em Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e Renan Calheiros, presidente do Senado, e sim na população.  — A Agenda Brasil não é a agenda do Renan. A agenda do Brasil é a agenda do povo. A saída da crise do nosso país não é com Cunha e Renan. É com o povo — discursou.

O evento Diálogo com os Movimentos Sociais reuniu mais de 30 entidades como CUT, CTB, UNE, Contag, Fetraf, CPM, UJS, MST , MTST e Federação Única dos Petroleiros.
Participaram do evento os ministros Miguel Rossetto (Secretaria Geral), Ricardo Berzoini (Comunicações), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Edinho Silva (Comunicação Social), Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Gilberto Kassab (Cidades), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), Manoel Dias (Trabalho) e Pepe Vargas (Direitos Humanos). Seguranças estimaram que 1.600 pessoas estiveram presentes do ato no Palácio do Planalto.



Cunha sofre revés no STF em sua cruzada pelo impeachment

A manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para acelerar a votação das contas do Governo Dilma na Câmara, foi frustrada nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal, em uma decisão que garante um pequeno alento à presidenta. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, definiu que as contas presidenciais terão de ser analisadas em sessões do Congresso Nacional — Câmara e Senado— e não somente pelos deputados, como era o desejo do peemedebista. E quem deve colocar essas votações em pauta é o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o velho-novo aliado de Rousseff.

[a turma pró Dilma comemora algum revés que o Eduardo Cunha sofre em sua campanha para livrar o Brasil da Dilma; só que os pró Dilma esquecem que ela é combatida em várias frentes e que o ministro Gilmar Mendes autorizou a continuidade das investigações sobre fraudes na campanha eleitoral da Dilma.
Gilmar Mendes assim decidiu por ver indícios de crime e a penalidade é simplesmente a cassação da Dilma e do Temer. O Brasil será salvo com a saída da Dilma. Gostem ou não os que defendem a corja lulista/dilmista/petista o Brasil e os BRASILEIROS DO BEM vão se livrar da Dilma.]
 
Cunha já havia cumprido parte do plano para abrir caminho ao pedido de impeachment de Dilma. A principal aposta da oposição passa pela análise das contas do Governo petista em 2014, a serem possivelmente rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais. Para votar as contas de Rousseff, porém, era necessário seguir o rito da Casa, de aprovar antes as contas dos Governos dos ex-presidentes Itamar Franco (PMDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estavam esquecidas pelos parlamentares há anos. Entre os dias 6 e 7 os deputados aprovaram, em votação simbólica e a toque de caixa, todas as contas passadas. Esperavam agora só a decisão do TCU sobre Dilma para embasar um pedido de impeachment, que começa a tramitar pela Câmara.

Com a decisão do Supremo, Cunha se vê diante da primeira derrota concreta depois que anunciou o rompimento com o Planalto. Alguns analistas observam que o presidente da Câmara começou, efetivamente, a perder poder, sendo colocado para escanteio pelo próprio partido. Nesta semana, por exemplo, o senador Renan Calheiros e outros peemedebistas apresentaram uma série de propostas para ajudar o Governo a sair da crise, a chamada 'Agenda Brasil'. Cunha não foi chamado para participar dos debates e classificou as sugestões como “espumas”.

Na prática, a sentença do STF é outra prova do fortalecimento de Renan.  A decisão de Barroso atendeu a um pedido de uma senadora que é muito próxima do presidente do Senado, Rose de Freitas (PMDB-ES), a presidente da Comissão Mista de Orçamento. A parlamentar pediu ao STF que todos os julgamentos de contas de presidentes fossem suspensos porque nenhum deles havia sido feito em sessões conjuntas do Congresso. Barroso decidiu que apenas os próximos julgamentos deveriam ser feitos desta maneira. Ainda cabe recurso à decisão.

Cunha, o público e o privado

O martírio de Cunha, investigado no escândalo da Lava Jato, não acaba por aí. Nesta quinta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda a investigação do núcleo político citado na operação, o acusou de usar uma estrutura pública para promover sua defesa pessoal no caso. Em parecer enviado ao Supremo, Janot diz que o deputado mistura o “público com o privado” em sua tentativa de anular as provas. Para entender o recado de Janot é preciso retomar um novelo que ganha cada dia mais tons rocambolescos.[não só o Brasil está nas mãos sujas do Renan - o Janot também.
Mas, no próximo dia 16 com milhões de pessoas nas ruas pedindo que Dilma seja excluída da vida política, Renan e o outros aliados de agora da Dilma, mudam de opinião.
Dilma, fatalmente não escapa do processo de impeachment - nem Renan, nem Janot, podem impedir que Cunha dê inicio ao processo na Câmara.
É competência legal da Câmara iniciar o processo de impeachment - os pedidos são muitos e mais serão apresentados - e basta um vingar para que vá para o Senado e saia do controle da corja governista que conspira contra o Brasil.]

O presidente da Câmara solicitou há três meses que a Advocacia Geral da União entrasse com recurso judicial ou agravo regimental, na linguagem jurídica - no Supremo alegando que o Poder Legislativo e “seus membros em particular” usufruem da prerrogativa de imunidade parlamentar. O objetivo era anular eventuais provas encontradas na ação de busca e apreensão em seu gabinete no dia 6 de maio. O time comandado por Janot havia sido autorizado pelo Supremo a ir atrás de evidências de que o deputado teve participação na apresentação de dois requerimentos feitos pela Câmara em 2011, pedindo auditoria dos contratos entre as empresas Mitsui, Samsung e Petrobras.

Os pedidos da Casa, feitos naquele ano, seriam uma tentativa de paralisar os negócios dessas companhias, que estariam se negando a pagar propina a Cunha. O deputado sempre negou essa versão, alegando que a ex-deputada Solange Almeida, do PMDB do Rio, como ele, era a autora dos requerimentos. A equipe da Procuradoria Geral, porém, solicitou a ação no gabinete para colher provas de que o pedido teria sido elaborado num computador aberto com a senha de Cunha, como havia publicado a Folha. [Cunha não é nenhum santo; mas, o que importa agora é retirar 'satanás' do governo - personificado na Dilma - e para isso vale tudo.]

Dois delatores da Lava Jato, Alberto Youseff e o lobista Julio Camargo, confirmaram a versão de que Cunha era o mentor desses requerimentos, usados para pressionar as fornecedoras da Petrobras a pagar milhões de dólares em propina. Janot encaminhou nesta quinta os argumentos da Procuradoria ao Supremo para desmontar a ação de Cunha. “O único argumento do agravo que sugere evocação de prerrogativa institucional gira em torno da alegação de uma exótica imunidade de sede da Câmara dos Deputados, que, segundo Janot, age como se fosse “não apenas independente, mas verdadeiramente soberana”.

O texto do procurador faz menção ao lema que Eduardo Cunha tem tentado sustentar para o Legislativo durante o seu ‘reinado’: “Câmara independente, democracia forte”, costuma repetir o deputado, aproveitando a fragilidade do Governo Dilma para fortalecer o seu papel. Por ora, Cunha perde pontos nessa batalha.

 Fonte: Yahoo!


Chacina da Grande São Paulo deixa, no mínimo, 20 mortos

Série de ataques deixa ao menos 20 mortos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo

Governador Geraldo Alckmin cancelou agenda para se reunir com secretário de Segurança Pública

Uma série de ataques em ruas de Osasco e Barueri, na região metropolitana de São Paulo, deixou ao menos 20 mortos na noite de quinta-feira. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse, na manhã desta sexta-feira, ainda estar apurando a causa da violência e se os ataques, com intervalos de até duas horas e meia, foram coordenados, o que significaria uma chacina. Por enquanto ninguém ainda foi preso. 
 
 © Fornecido por Estadão Série de ataques em Osasco e Barueri deixa 20 mortos
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou toda a sua agenda de hoje e convocou com o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para uma reunião de emergência no início da manhã, no Palácio dos Bandeirantes. Em seguida, Moraes deve se pronunciar sobre o caso na secretaria. O maior número de mortes foi em Osasco, onde ao menos 23 pessoas foram baleadas. As execuções começaram num bar da cidade, por volta das 20h30min. Neste bar, localizado na rua Antônio Benedito Ferreira, no bairro Jardim Munhoz Junior, foram mortas dez pessoas: quatro morreram no local e outras seis no Hospital Jardim Mutinga.

Depois da execução, houve pelo menos mais sete mortes em Osasco. Os ataques continuaram em Barueri, onde houve três assassinatos até por volta da 23h. O total de feridos foi seis, alguns estão no Hospital Municipal de Barueri.  Em alguns locais dos crimes, testemunhas disseram que os assassinos perguntavam por antecedentes criminais, o que definiria vida ou morte das pessoas. Um homem disse à TV Globo que a abordagem das vítimas era muito cruel. Os ataques foram realizados por homens que passaram atirando dentro de um carro, informaram testemunhas à Polícia Militar. 

Em Osasco, as vítimas foram atingidas nas ruas Antônio Benedito Ferreira, Cuiabá, Moacir Sales D'Ávila, Suzano, Vitantônio de Abril e Professora Sud Menucci e nas avenidas Eurico Cruz e Astor Palamin. Não há informações sobre os quadros clínicos dos feridos, socorridos por moradores e por unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados a vários hospitais da região. Foi a noite mais violenta do ano em São Paulo. Essas cidades vêm sofrendo episódios constantes de violência.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Beto, um delator que Dilma não despreza




Dia destes, a presidente Dilma Rousseff foi a Maricá, na Grande Rio, inaugurar dois conjuntos residenciais com 2.932 casas populares de seu programa “Minha Casa, Minha Vida”, terminadas às pressas em bairros sem água, luz nem saneamento. A um deles denominou Carlos Marighella, o facínora que ganhou aura de mártir na hagiografia comunista. O outro recebeu o nome de Carlos Alberto Soares de Freitas. Nenhum destes homens teve relação alguma com as comunidades contempladas. Ambos figuram no panteão particular da dona “presidenta”.
 

O primeiro dispensa apresentações. Tido como inimigo número um da ditadura militar por ter chefiado grupos armados para enfrentá-la, ganhou notoriedade suficiente para ter o nome reconhecido por algum habitante mais velho do lugar. Nenhum dos codinomes usados pelo segundo – Beto, Breno, Cláudio, Gustavo, Melo, Sérgio, Fernando, Fernando Sá de Souza ou Fernando Ferreira –, contudo, pode ser identificado em Maricá, no Rio de Janeiro ou no Brasil. É bem provável que na solenidade de inauguração, que Dilma resolveu usar como evento da agenda positiva para sair da crise, somente esta tinha alguma ideia de quem ele tinha sido. 

 nto que este homenageado deu de próprio punho à Justiça Militar quando estava preso pela ditadura, em 28 de fevereiro de 1971. E está disponível no site do jornal O Globo há três anos. Na primeira vez, Dilma Vana Roussef (sic) Linhares (“Wanda”) foi definida como uma “ampliação” do grupo que ele tinha fundado, a Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), crítica ao Partidão Comunista. Na segunda, como parte do grupo que “rachou” para criar a Dissidência da Polop, bando armado que ganhou notoriedade como Comando de Libertação Nacional (Colina). E, por fim, ele contou que ela fez parte do que se intitulava “comando”, enquanto ele próprio passou a figurar em outro compartimento, chamado de “área”.
 

É provável que Beto, como era chamado pelos amigos, ou Breno, codinome que usou por mais tempo na luta armada, tenha deixado uma forte impressão entre as pessoas com as quais conviveu. Em 1965, o historiador José Murilo de Carvalho, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), cursou com ele o último ano da Faculdade de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Participaram juntos de ações de apoio a populações carentes e disputaram a indicação de orador da formatura da turma. Ganhou a disputa na banca o autor de Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. Mas a turma preferia Beto. “Ele era carismático e sua estampa impressionava as moças”, narrou o historiador. 


Beto também foi dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e fundou, em 1969, a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi preso em 15 de fevereiro de 1971 no Rio e nunca mais foi visto. Dado oficialmente como desaparecido, seu corpo até hoje não foi encontrado. Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura e execuções em Petrópolis, morta em abril passado, ouviu de seus carcereiros que ele tinha sido visto lá. O ex-sargento Ubirajara Ribeiro de Souza, o Zezão, que participava das torturas, por exemplo, lhe segredou: “Seu amigo esteve aqui”. A frase serviu de título à biografia dele, lançada pela jornalista Cristina Chacel em 2012. 


Qualquer curioso que se dispuser a saber quem foi o homenageado pela ex-companheira de armas em Maricá encontra seu perfil ao abrir com seu nome civil, no Google, a série Biografias da Resistência no portal Memórias da Ditadura. Logo abaixo de seus dados biográficos encontram-se a notícia do lançamento da biografia e links contendo seu prontuário no DOPS e a “íntegra do depoimento de Beto em 1971”, além do dossiê “Mortos e desaparecidos políticos no Brasil”. 


É detalhado o depoimento do homenageado em Maricá no qual Dilma (“Wanda”) foi citada, encimado por duas datas: 30/04/2011 0:00 / Atualizado 03/11/2011 22:52”. Tudo indica que se trata de uma delação obtida após o depoente ter sido submetido à dor além do limite suportável pela prática de torturas nos porões da ditadura. Isso não faz dele mais herói nem um canalha. Nenhum ser humano submetido à tortura deve ser vilipendiado por ter contado aos carrascos tudo o que sabia. Beto, como seus comandados, tinha instruções quanto a isso. Resistiam enquanto pudessem até faltarem ao primeiro ponto (encontro), dando ciência de que tinham “caídos” e oportunidade para que outros não fossem presos. 


Dilma (“Wanda”) deveria saber disso. Sua empáfia ao repetir que nunca delatou e seu desprezo manifesto por quem tenha delatado sob tortura são manifestações de desumanidade e falta de noção dos limites da dor. [Como Dilma pode  saber os limites da dor, já que nunca foi torturada? O que ela sabia, entregou de graça, na manha,  e alega ter sido torturada apenas para posar de heroína, quando seu papel foi o de reles traidora da Pátria.] Se foi torturada e não delatou, como se jacta, deveria perceber que detratar um delator como Beto é aceitar a tortura e justificar o torturador. 

 Há, ainda, na tentativa que ela fez de desqualificar quem dá informações úteis ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Justiça Federal em Curitiba, na Operação Lava Jato, desconhecimento expresso de uma lei que ela mesma assinou. Os que são chamados de “delatores premiados” no caso são apenas “colaboradores da Justiça”, assim designados nas leis que instituíram o método: a 9.807, assinada em 1999 por Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Justiça, Renan Calheiros; e a 12.850, de 2013, da lavra de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, Luiz Inácio Adams e Jorge Hage. 


Não faz também sentido confundir “colaborador” (em nenhuma das leis se usa “delator premiado”) com alcaguete do crime comum, como na absurda proposta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de limitar o benefício à colaboração a quem não estiver preso. Isso excluiria o Brasil do mundo civilizado, que fez um pacto contra a corrupção.

Fonte: José Nêumanne  - O Estado de São Paulo