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sexta-feira, 25 de maio de 2018

'Ordem é não sair', dizem caminhoneiros em greve - Governo tem condições de abastecer Aeroporto de Brasília, mas, falta pulso

Greve continua em 20 estados. Grupos se organizam pelo Whatsapp e mostram hostilidade contra sindicatos que fizeram acordo com governo. Confira análises de jornalistas do GLOBO e veja como está o movimento nas estradas, nos postos, no comércio e nos serviços públicos 

[a base da Petrobras em Brasília é abastecida por oleoduto, assim, está com os tanques cheios.

É só dispersar o bloqueio de caminhoneiros que impede a saída dos tanqueiros; neutralizado o bloqueio pode enviar, com escolta policial, quantos caminhões desejar para o Aeroporto e outros locais.]

Postos fechados e sem combustível em Brasília
A paralisação dos caminhoneiros causa impacto no abastecimento dos postos do Distrito Federal. Muitos estabelecimentos estão sem combustíveis e com frentistas parados nesta sexta-feira. Há uma corrida aos postos onde ainda é possível abastecer. O Sindicado de Comércio Varejista de Combustíveis (Sindcombustiveis-DF) informou que a situação se agravou, mas não tem dados sobre o estoque. Distribuidoras de gás também estão com problemas para distribuição do produto. (Adriana Mendes, sucursal de Brasília)

Motociclistas paralisam Radial Leste, em SP
Um grupo de motociclistas, com apoio de vans escolares, bloqueou o tráfego da Radial Leste, em São Paulo. A avenida é uma das mais importantes da cidade e liga os principais bairros da Zona leste ao centro da capital paulista. A interferência no trânsito ocorreu na altura do Metrô Carrão em um dos sentidos da via.

O protesto de vans escolares atrapalhou o trânsito em diversos pontos de São Paulo desde o início da manhã desta sexta-feira. Os motoristas ocuparam várias vias, como a Marginal Tietê, o Corredor Norte-Sul e a Avenida do Estado. Em resposta à greve dos caminhoneiros, a Prefeitura optou por suspender, desde quinta-feira, o rodízio municipal de veículos, que proíbe que veículos com determinado final de placa trafeguem pela cidade.  O transporte público também foi afetado na cidade: de acordo com a última atualização da SPTrans, apenas 57% da frota está nas ruas em razão da escassez de combustível na cidade.

O Globo

 

Acabou combustível do Aeroporto de Brasília

Aeroporto de Brasília está sem combustível

A Inframerica informou na manhã desta sexta-feira, 25, que as reservas de querosene de aviação no aeroporto de Brasília se esgotaram. “Aviões que pousarem no Terminal aéreo e que necessitem de abastecimento ficarão em solo até o fornecimento de combustível no Aeroporto ser normalizado”, diz a nota da concessionária que administra o terminal de Brasília.

A empresa afirma que é fundamental a liberação dos caminhões bloqueados no protesto para a regularização do atendimento e das operações. Segundo a Inframerica, nos últimos dias, apenas dez caminhões chegaram ao aeroporto, todos sob escolta policial. Em média, o terminal recebe diariamente 20 caminhões para abastecimento. Até as 8h desta sexta, não houve registro de entrada de novos caminhões no aeroporto.

A nota da Inframerica ainda informa que em razão do racionamento do querosene de aviação, a “American Airlines cancelou de forma preventiva o voo que vinha de Miami e que pousaria no Aeroporto de Brasília às 7h35. Automaticamente o voo que partiria da capital às 21h55, fica também cancelado.”

Segundo a empresa, depois de quatro dias, este foi o primeiro cancelamento decorrente da restrição na oferta de combustível no aeroporto de Brasília. A Inframerica orienta aos passageiros que, antes de irem para o Aeroporto, busquem informações com a sua companhia aérea. As equipes de atendimento da concessionária foram reforçadas para atender aos usuários.
“Apesar do agravamento da situação, ainda não há previsão de regularização do estoque de combustível. A concessionária aguarda a liberação dos caminhões”, diz a nota da Inframerica.

Estadão Conteúdo


 

Comparar Getúlio a Lula é um insulto à memória do presidente suicida

#ValeAPenaLerDeNovo: Um saiu da vida para entrar na história. Outro ficará na história como quem caiu na vida

Publicado em 22 de setembro de 2012 - Veja

Getúlio matou-se por ter vergonha na cara. Lula morrerá sem saber o que é isso. 


Uma nota oficial encomendada por Lula, redigida por Rui Falcão e subscrita por seis presidentes de partidos governistas comunicou à nação no meio do palavrório que enfileira falsidades, safadezas e vigarices ─ que está em curso uma trama política semelhante à que resultou no suicídio de  Getúlio Vargas. Só um ajuntamento de palermas, oportunistas e casos de polícia conseguiria vislumbrar conspiradores em ação nos três partidos oposicionistas mais dóceis da história.

Só um bando de cretinos fundamentais ousaria confundir Aécio Neves com Carlos Lacerda, Geraldo Alckmin com Afonso Arinos ou tucanos em sossego no poleiro com militares sublevados nos quartéis. E apenas sócios remidos do clube dos cafajestes se atreveriam a comparar Luiz Inácio Lula da Silva a Getúlio Dornelles Vargas. Coerentes com a folha corrida de cada um, os signatários do besteirol fuzilaram sem clemência, e sem vestígios de rubor na face, a memória do gaúcho que governou o Brasil por quase 20 anos. “Querem fazer comigo o que fizeram com Getúlio Vargas”, recita o palanque ambulante sempre que se mete em enrascadas de grosso calibre. “Assim foi em 1954, quando inventaram um ‘mar de lama’ para derrubar o presidente Vargas”, reincidiram nesta quinta-feira os carrascos da verdade escalados para o espetáculo da vassalagem. 

Alguém precisa contar-lhes aos gritos que foi o próprio Getúlio quem usou pela primeira vez a expressão “mar de lama”. Alguém precisa ordenar-lhes aos berros que parem de estuprar os fatos para fabricar mentiras eleitoreiras. Na versão malandra do PT e seus parceiros alugados, a procissão de escândalos que afronta os brasileiros honestos desde a descoberta do mensalão não passa de invencionice dos netos da UDN golpista, que se valem de estandartes moralistas para impedir que outro pai dos pobres se mantenha no poder. Se a oposição não sofresse de afasia medrosa, a confraria dos 171 já teria aprendido que não há qualquer parentesco entre os dois Brasis. E não se animaria a inventar semelhanças entre figuras antagônicas.

Em agosto de 1954, Getúlio Vargas era sistematicamente hostilizado por adversários que negavam até cumprimentos protocolares ao ex-ditador que voltara ao poder pela rota das urnas. Não há uma única foto do presidente ao lado de Carlos Lacerda. Passados quase 60 anos, Lula e Dilma lidam com adversários que fizeram a opção preferencial pela covardia e inventaram a oposição a favor. Muitos merecem cadeiras cativas na Irmandade dos Amigos do Cara, dirigida por velhas abjeções que Lula combateu até descobrir que todos nasceram uns para os outros.

Há 58 anos, surpreendido por delinquências praticadas às suas costas, acuado pela feroz oposição parlamentar, sitiado por ódios decorrentes dos horrores do Estado Novo, desafiado por oficiais rebeldes, traído por comandantes militares, abalado pela deserção dos aliados, Getúlio preferiu a morte à capitulação humilhante. No Ano 10 da Era da Mediocridade, o Grande Pastor do rebanho lulopetista só é ameaçado pelo Código Penal, por um STF disposto a cumprir a lei e pela incapacidade de aceitar imposições do destino.

Neste começo de primavera, o que se vê é um populista que se nega a encarar a aproximação do inverno. Os truques do animador de comício não surpreendem mais ninguém. Tornaram-se enfadonhos. Lula é uma caricatura de si próprio. É uma lenda precocemente no ocaso. Daqui a algum tempo, será um asterisco nos livros de história que não lerá.  Getúlio perdeu a disposição de resistir ao constatar que, sem saber, convivera com criminosos. Na última reunião do ministério, foi defendido por figuras como Oswaldo Aranha e Tancredo Neves. Lula defendeu a permanência de Antonio Palocci e José Dirceu no primeiro escalão infestado de corruptos. E tenta o tempo todo livrar da cadeia bandidos de estimação para mantê-los a seu lado. Depois de tentar inutilmente adiar o julgamento do mensalão, faz o que pode para pressionar ministros que nomeou, desqualificar a Justiça e impedir a consumação do castigo.

Há uma semana, o protetor de pecadores foi empurrado para o meio do pântano pelas revelações de Marcos Valério divulgadas por VEJA. Em vez de rebater as acusações e interpelar judicialmente o acusador, o mais loquaz dos palanqueiros emudeceu. Entre amigos, gasta a voz debilitada em insultos a ministros do Supremo, mensaleiros trapalhões ou advogados ineptos ─ e promete, de meia em meia hora, vinganças tremendas. Em público, pede votos para candidatos amigos e calunia concorrentes.  O suicídio de Vargas, reiterei há um ano, foi um ato de coragem protagonizado pelo político que errou muito e cometeu pecados graves, mas nunca transigiu com roubalheiras, nunca barganhou com assaltantes de cofres públicos nem foi coiteiro de ladrões

Lula fez da corrupção endêmica um estilo de governo e um instrumento de poder. O tiro disparado na manhã de 24 de agosto de 1954 atingiu o coração de um homem honrado. Um saiu da vida para entrar na história. Outro ficará na história como quem caiu na vida.
Getúlio matou-se por ter vergonha na cara. Lula morrerá sem saber o que é isso.


Coluna do Augusto Nunes
 

Greve dos caminhoneiros continua após governo anunciar acordo

No Rio, há redução nas interdições em algumas rodovias, como na área da Reduc, mas não há indicações de fim do movimento 

Mesmo após acordo, caminhoneiros se mobilizam pelo 5º dia em vários estados

Governo e grupo de representantes da anunciaram suspensão da paralisação, mas greve continua na manhã desta sexta-feira

Contrários à política de preços da Petrobras, caminhoneiros continuam mobilizados nesta sexta-feira, no quinto dia consecutivo da greve contra a alta no diesel, apesar do acordo firmado com o governo. Motoristas permanecem mobilizados em pelo menos 24 estados e no Distrito Federal, segundo a TV Globo, que cita a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os estados com mais pontos de protesto são Paraná e Rio Grande do Sul.
Há mobilização nesta sexta-feira na Bahia, no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul, na Paraíba, em Pernambuco, no Paraná, Rio, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, diz o G1.

Sudeste
Os caminhoneiros mantêm a manifestação na Rodovia Régis Bittencourt, onde há dois trechos com fileiras de veículos pesados na região de Embu das Artes, na altura do km 280 (sentido Paraná) e do km 279 (sentido São Paulo). O protesto permanece também no km 24 da Anchieta (São Bernardo do Campo), sentido litoral do estado. O acesso ao Porto de Santos, na Baixada santista, segue bloqueado, segundo o G1.

No Rio, a mobilização diminui, mas ainda há caminhoneiros em alguns pontos da cidade.  A Prefeitura de São Paulo anunciou que a coleta de lixo e o rodízio de veículos foi suspenso nesta sexta-feira. Já na Dutra, os motoristas continuam mobilizados em seis trechos da estrada no estado: km 186, viaduto de acesso, em Santa Isabel; km 166 (sentido RJ), em Jacareí; km 162 (sentido RJ), em Jacareí; km 159 (sentido RJ), em Jacareí; km 159 (sentido SP), em Jacareí; e km 153 (sentido RJ), no canteiro central. Em Minas Gerais, uma faixa da BR-381, sentido São Paulo, era ocupada. Os caminhoneiros se concentravam em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no fim da noite de quarta-feira, ainda havia 61 pontos de protesto em dez rodovias que cortam o estado mineiro.

A greve continua no Espírito Santo. A entrada de produtos nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), em Cariacica, está bloqueada desde quarta-feira. Cerca de 600 motoristas bloqueiam o trecho de Viana na BR-262. São dois focos de manifestação na via. Às 6h40, segundo a PRF, a BR-101 tinha nove pontos de bloqueio. A BR-259 tinha protestos em Colatina e Baixo Guandu, enquanto a BR-447 via impacto no trevo de acesso ao porto de Capuba, em Vila Velha.

Sul
O Paraná amanheceu com mais de 200 pontos de manifestação. São 70 bloqueios em rodovias federais, segundo a PRF, e outros 134 locais de protesto nas rodovias estaduais, conforme boletim da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de 5h45.
No Rio Grande do Sul, Porto Alegre decretou emergência em função da greve dos caminhoneiros. São 74 pontos de manifestação no estado, segundo a PRF. A circulação de ônibus só é normal no horário de pico. No resto do dia, o transporte funciona no esquema do fim de semana, com intervalos de uma hora. Os postos continuam sem combustíveis. Motoristas se concentram na BR-392 e paravam veículos na via durante a noite e a manhã, segundo a PRF.

Os motoristas de Santa Catarina mantiveram 105 pontos de bloqueio na manhã desta sexta-feira, segundo o G1. Cinquenta deles estão montados em rodovias federais, conforme boletim da PRF de 3h39. Nas vias estaduais, o Comando de Policiamento Militar Rodoviário conta outros 50 pontos de mobilização.

Norte
Um grupo de manifestantes do Pará não reconhece o acordo e mantém o protesto nesta sexta-feira. Permanecem sete pontos de interdição de estradas no estado. Motoristas parados no km 23 da BR-316, em Benevides, pedem redução de 25% a 30% no preço do diesel e congelamento da tarifa por seis meses.
Caminhoneiros de Manaus, no Amazonas, também mantém a paralisação apesar do anúncio do acordo com o governo. 

Nordeste
A Bahia tem diversas rodovias com circulação comprometida. A BR-324, em Salvador, está bloqueada parcialmente nos dois sentidos, na altura do km 541. Caminhões e carretas são parados, enquanto os outros veículos têm trânsito livre. Os manifestantes ocupam o acostamento e uma faixa da via, assim como na BA-526 (Cia-Aeroporto), no km 12, e na BA-535 (Via Parafuso), na Região Metropolitana de Salvador. A BR-116 tem bloqueios semelhantes em dez trechos no estado baiano.

Em Pernambuco, rodovias seguem com bloqueios parciais: havia pelo menos 15 pontos de manifestação no estado por volta de 7h, diz a PRF. No Ceará, caminhoneiros fechavam 13 trechos de rodovias do estado por volta de 7h10. E, no Rio Grande do Norte, há bloqueios parciais em três vias federais, na altura de Parnamirim, São José do Mipibu, Mossoró e Caicó.

Caminhoneiros da Paraíba mantém a greve em pelo menos 14 pontos de interdição de vias. Interditados com os veículos pesados, os trechos têm trânsito livre para carros de passeio. A BR-230, por exemplo, tem dez focos de protesto. Há mobilização na BR-412 (km 18 e km 145), na BR-101 (km 89) e na BR-104 (km 118). A PRF informou que todos os bloqueios são parciais.

Motoristas do Sergipe se organizam contra a alta do preço do diesel em 11 pontos de rodovias do estado — cinco nas BRs e seis em vias estaduais. O Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) informou que não houve mudanças nos protestos desde a noite de quinta-feira, quando o acordo foi fechado. Apenas a SE-100, na ponte Aracaju/Barra, foi liberada.

Centro-Oeste
No Mato Grosso, os protestos continuam nas vias BR-070, BR-364, BR-163, MT-358 e MT-480. A concessionária Rota do Oeste informou ao G1 que há 11 pontos de manifestação nos 850 quilômetros que administra das rodovias do estado. Carros de passeio, ônibus, ambulância e veículos de carga viva e perecível têm trânsito livre nestes trechos. Há nove pontos de protesto na BR-163, em Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso, além de vias fechadas em Tangará da Serra e Cuiabá.

O Globo

 

Bolsonaro é carregado na chegada a Salvador – mas fica sem trio elétrico

TRE entendeu que ação seria propaganda antecipada. Em discurso, deputado demonstrou simpatia a grevistas e ironizou Alckmin

Em viagem a Salvador, o deputado Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato à Presidência, foi recebido no aeroporto da capital baiana de maneira calorosa por um farto grupo de apoiadores. O presidenciável desembarcou no fim da manhã desta quinta-feira e chegou a ser carregado pelos presentes. Só não subiu em um trio elétrico, como era antes previsto, porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), instigado pelo Ministério Público Eleitoral, entendeu que caracterizaria propaganda antecipada e vetou essa parte da programação, segundo noticiado.

Pela noite, o deputado discursou no Gran Hotel Stella Maris Resort & Convention. À vontade diante de uma plateia 100% favorável, Bolsonaro exaltou o seu estilo. “Se for para fazer a mesma coisa, estou fora. Não vamos arregar nessa batalha.” Em sua fala, atacou o PT, o atual governo e os médicos cubanos, entre outros alvos. “Não pode chegar em casa e encontrar o filho brincando de boneca por influência da escola”, disse enquanto falava da importância do professor e da educação. A cada frase do tipo, Bolsonaro ganhava como resposta dos presentes aplausos e gritos de incentivo.

Greve
Ao comentar a greve dos caminhoneiros, o político demonstrou simpatia à mobilização, citando o preço “absurdo” dos pedágios, o alto valor do combustível, a “indústria da multa” e a precariedade das estradas. “Não existe nenhuma bandeira vermelha nesse movimento.” [Um exemplo típico da indústria da multa é comprovado pela ação nefasta do Detran-DF no controle do trânsito.
Desde inicio de 2017 que o Detran-DF faz experiência com o trânsito de Águas Claras-DF e consegue que cada experiência seja pior que a anterior.
Esta semana está fazendo outra, substituindo uma anterior - que foi descartada  por causar enorme engarrafamento no inicio da noite nas vias de acesso àquela cidade.
Só que a de agora mudou o horário do engarrafamento para o período matutino.
Enquanto tenta organizar o trânsito na base do chute, da experiência sem estudos prévios, o Detran-DF, também faz experiências com a velocidade das vias, reduzindo em ATÉ 10 km/h, a velocidade.
Redução que só serve para aumentar o número de multas pelos sempre presentes radares.]
 
Alckmin
Segundo colocado nas pesquisas eleitorais que incluem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líder – empatado com Marina Silva (Rede) – nos levantamentos sem o petista, [considerando que a 'ideia' Lula foi abatida politicamente, não tem sentido incluir aquele presidiário nas pesquisas.] o presidenciável do PSL ironizou em sua fala o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Nos últimos dias, o tucano afirmou que Bolsonaro “não sabe dialogar” e tem uma “visão distorcida” da economia do país. “Quem está perdendo pesquisa em casa? Aquele time que está jogando em casa e perdendo quer ganhar jogo onde? Em lugar nenhum”, disparou, sem citar o nome do ex-governador de São Paulo, que patina nas pesquisas.

O evento, marcado para 19 horas e iniciado com 40 minutos de atraso, foi noticiado como palestra aberta ao público, mas depois tratado internamente como encontro de lideranças do partido. O auditório de 1.300 lugares tinha poucas cadeiras vazias. “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos Bolsonaro presidente do Brasil”, gritou a plateia em certo momento.
A visita à Bahia, sem trio, se encerra na tarde desta sexta.

Veja

 

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Greve de caminhoneiros pode prejudicar fornecimento de água no Rio



Comlurb e Light também foram afetadas; hospitais e PM funcionam normalmente

A paralisação de caminhoneiros pode afetar a prestação de serviços em várias regiões do estado do Rio. De acordo com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), o fornecimento de água pode sofrer restrições por causa do bloqueio de carretas nas estradas em todo o país, que provoca dificuldade de entrega no fornecimento de produtos químicos na companhia. Concessionárias de energia elétrica, Light e Enel colocaram planos de contingência em prática.  "No momento, a dificuldade de entrega está causando baixa no estoque dos produtos químicos. A Cedae permanecerá agindo para que suas atividades de produção continuem sem interrupção, no entanto, pede à população que economize água até que seja restabelecida a normalidade na entrega dos produtos químicos necessários e fundamentais ao tratamento", diz a Cedae em nota.

FORNECIMENTO DE ENERGIA
A Light informou que vai restringir, a partir desta quinta, seu atendimento devido à falta de combustível para sua frota. Segundo a empresa, vai ser acionado um plano de contingência para atender serviços considerados essenciais, como hospitais, delegacias e escolas. Além de emergências que coloquem em risco a segurança de outras pessoas, como postes que apresentem risco de queda. O fornecimento de energia, de acordo com a concessionária, não será afetado.

A Enel Distribuição Rio, que fornece energia a cerca de três milhões de pessoas no estado, informou que alguns serviços da companhia estão sendo afetados. Segundo a nota divulgada pela empresa, "em algumas regiões, equipes estão tendo dificuldades de deslocamento, por conta de bloqueios em estradas e falta de combustível. A distribuidora ressalta que está priorizando atendimentos emergenciais até que a situação se normalize".

COLETA DE LIXO
A Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) informou que a paralisação também tem prejudicado o abastecimento dos caminhões. Por causa do racionamento, a companhia informou que está priorizando a coleta domiciliar, "que vem sendo feita normalmente". Além do risco de faltar combustível, a empresa enfrenta outros problemas. Um deles são os prejuízos materiais provocados pelas manifestações. A Comlurb disse que quinze caminhões da companhia foram danificados em piquetes de caminhoneiros. Os funcionários também estão tendo dificuldades em transportar o lixo recolhido para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica, por causa dos bloqueios. A Comlurb informou que a situação será regularizada assim que a greve terminar.

HOSPITAIS FUNCIONAM NORMALMENTE
A paralisação de caminhoneiros ainda não afetou os hospitais públicos do Rio. Em nota, a Secretaria estadual de Saúde informa que a greve dos caminhoneiros ainda não afeta as unidades da rede estadual, situação semelhante ao do município do Rio. "Estamos monitorando e até este momento não recebemos nenhuma notificação de problemas a respeito desta situação", informa a Secretaria municipal de Saúde.

Apesar da falta de combustíveis em muitos postos, a Polícia Militar do Rio informou, na manhã desta quinta-feira, que o patrulhamento ostensivo segue em todo Estado do Rio sem alterações até o momento.  Já na educação, duas cidades do Sul do estado cancelaram as aulas. Em Porto Real, as aulas foram suspensas hoje e nesta sexta-feira. Já em Barra Mansa, a suspensão segue até a próxima segunda-feira.  As Secretarias de Educação das cidades de Barra Mansa e Porto Real, no Sul do estado, anunciaram que as aulas da rede pública de ensino desses municípios serão suspensas nesta quinta-feira e sexta-feira. A informação foi divulgada no início da noite desta quarta-feira. A interrupção ocorre devido a greve dos caminhoneiros, que começou na última segunda-feira.

Em Barra Mansa, as aulas em todas as 72 escolas do município, também estarão suspensas na próxima segunda-feira. São cerca de 20 mil alunos e mais de três mil profissionais de educação afetados pela falta de combustível. A decisão foi tomada após o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Barra Mansa e Volta Redonda (SindPass) enviar um documento à prefeitura, em que comunicava que, por conta da greve dos caminhoneiros, as empresas de ônibus deixariam de circular devido a falta de óleo diesel.

O Globo
 



Quando o mercado não resolve

A greve dos caminhoneiros tem um componente externo, a alta do dólar e seu impacto nos preços do petróleo, e outro interno, a crise política e ética, que fragilizou muito o governo


A greve dos caminhoneiros — na verdade, um grande locaute das empresas de transportes e distribuidoras, muito mais do que apenas dos avulsos pegou o governo de calça curta. Em três dias, pôs em colapso o abastecimento de combustível, com grande especulação de preços nos postos de gasolina, e parte da frota de ônibus de transporte urbano nas garagens das principais cidades do país. Particularmente grave, ontem, foi o desabastecimento dos aeroportos, sem querosene para os aviões em alguns estados e no Distrito Federal. No começo da noite, o presidente de Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução de 10% no preço do diesel, por 15 dias, para que possa haver uma negociação entre as partes envolvidas.

Parente é apontado como o grande pivô da crise, por causa da política de preços da Petrobras, que acompanha o mercado internacional, dolarizado. Na entrevista coletiva de ontem, afirmou que a iniciativa de reduzir o preço do diesel foi da diretoria da empresa, diante do caos no sistema de transportes do país, mas garantiu que a política de preços da estatal não será alterada. O fato é que o mercado não foi capaz de se regular no setor; o impacto na política de preços gerou uma crise grave, que tensiona as relações da Petrobras com o governo e não terá uma solução técnica desvinculada de ampla negociação política. Um fator de desestabilização do governo às vésperas do processo eleitoral.


O presidente da Petrobras, porém, é um experiente executivo do setor público e sabe como a banda toca nessas horas. O recuo tático dele foi providencial, porque a primeira cabeça a rolar na crise seria a dele; e, com isso, todo o esforço para pôr a Petrobras nos eixos poderia ir por água abaixo. A paralisação é nacional, a própria Petrobras foi duramente atingida, pois o bloqueio das estradas e da saída de caminhões-tanque das refinarias já ameaçam a própria produção da empresa, que será interrompida se a greve continuar. Segundo a Petrobras, o preço do diesel deve cair 1,54% nas refinarias. A Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) avalia que o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano, ou seja, muito acima da inflação acumulada no período, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas negociações com os caminhoneiros, conduzidas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, não se chegou a uma solução razoável. As medidas adotadas pelo governo, inicialmente para reduzir o preço do diesel, no qual os impostos representam 50%, não foram suficientes para baixar os valores na bomba. O governo precisa de contrapartidas no Orçamento da União para deixar de coletar os tributos federais; a parte do leão dos impostos cobrados, porém, corresponde aos governos estaduais, por causa do ICMS. É preciso um acordo com os governadores, o que toma tempo.

Apesar de enfraquecido, o governo negocia com um porrete na mão, pois o juiz Marcelo Pinheiro, da 16ª Vara Federal do Distrito Federal, concedeu reintegração de posse de seis rodovias federais (BR-040, BR-050, BR-060, BR-070, BR-080 e BR-251) bloqueadas pelos caminhoneiros. Determinou a imediata liberação do tráfego, autorizando “medidas indispensáveis ao resguardo da ordem e, principalmente, para segurança das pessoas afetadas com o movimento paredista”. Pinheiro autorizou o uso de força policial “para assegurar que, durante a intimação dos requeridos e desobstrução das rodovias, não sejam praticados atos ilícitos ou depredatórios”. A ação foi impetrada pela União contra a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam). [não é inexequível, mas retirar dezenas de caminhões, muitos com milhares de litros de combustível, 'abandonados' em rodovias não é tarefa de resolver passando tanques por cima.
A pulverização da categoria e, em consequência, das lideranças também não facilita.
Notem bem: somos radicalmente contra greves, mas o bom senso de considerar as dificuldades de conter um movimento deste porte é essencial.
Especialmente, quando vemos o governo se dobrando a movimentos de baderneiros, também conhecidos por rodoviários.]
 
Sem apoio
 Conciliador, o presidente Michel Temer pediu “trégua” de dois ou três dias aos caminhoneiros para encontrar uma “solução satisfatória” sobre o preço dos combustíveis, segundo ele próprio anunciou numa solenidade no Palácio do Planalto, ao mesmo tempo em que Padilha negociava com os grevistas. “Desde domingo, estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, e tentando encontrar uma solução que facilite a vida dos caminhoneiros”, afirmou. O problemaa é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não está nem aí para as dificuldades do governo. Em entrevista, desmentiu que a reoneração da folha de pagamento, aprovada pela Casa, venha a ser utilizada na composição do acordo com os caminhoneiros. De quebra, retirou de pauta a privatização da Eletrobras, provocando forte queda na Bolsa de Valores de São Paulo. Maia é pré-candidato a presidente da República. [se deixar o Maia à vontade ele vai encontrar uma forma de jogar todo o PIS-COFINS do diesel - em vias de ser retirado daquele combustível - sobre a gasolina.]  
 
A greve tem um componente externo, a alta do dólar e seu impacto nos preços do petróleo, e outro interno, a crise política e ética, que fragilizou muito o governo e gera insegurança por causa da imprevisibilidade dos resultados eleitorais. Há um conflito distributivo que o governo não tem força para gerenciar sem apoio do Congresso que, por sua vez, está agindo irresponsavelmente. Na noite de ontem, por exemplo, no Senado, por muito pouco uma emenda jabuti na medida provisória que permite a venda direta de petróleo do pré-sal (MPV 811/2017) não comprometeu os leilões do pré-sal que estão marcados. Antes da MP, a lei de criação da Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA — Lei 12.304/2010) permitia apenas a contratação de agentes de comercialização para vender o petróleo da União. Com a MP, fica permitido à PPSA realizar diretamente a venda da parte de óleo devida à União na exploração de campos da bacia do pré-sal com base no regime de partilha.

Blog Nas entrelinhas, Luiz Carlos Azedo - CB




O pacto da greve - Míriam Leitão: país está vulnerável à chantagem dos caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros só pôde chegar ao ponto em que chegou com a conivência dos empresários da indústria de transportes. Tanto é verdade que um dos pedidos feitos é de que não houvesse reoneração da contribuição patronal do setor. Todos os outros serão reonerados. O governo pode ceder, nos impostos ou na política de preços, mas não se livra do fato de que o país está vulnerável a essa chantagem.  Na reunião de ontem no Palácio do Planalto, o representante dos grandes empresários de transportes deixou claro que concorda com o movimento e que o alvo é a mudança da política de preços da Petrobras, o repasse da alta do dólar e do petróleo. No Rio, a Petrobras decidiu com autonomia, sem qualquer ingerência, segundo se garante na empresa, a redução do preço do diesel. Um pouco antes da entrevista, o Planalto recebeu uma ligação da companhia informando o que fora decidido. A ação da estatal caiu. No after market dos Estados Unidos, chegou a desabar 11%, depois atenuou um pouco. O governo está preocupado e mobilizado para resolver o problema, porque sabe o efeito exponencial que pode ter.


Caminhões transportam 64% da carga do país e essa parcela tem se mantido nos últimos anos. O país teve décadas, e inúmeros planos de desenvolvimento, planejamentos estratégicos, Pacs, para começar a reverter o rodoviarismo. Nestes dias ficou claro que, além de ser uma irracionalidade ambiental e econômica, a dependência ao setor pode encurralar o governo, desorganizar a economia e transtornar a vida dos consumidores. O país precisa levar a sério o esforço de investir em outros modais.

Segundo Maurício Lima, sócio diretor do Instituto Ilos, Supply Chain, o transporte de cargas é feito 30% por autônomos. Outros 50% são de pequenas empresas subcontratadas pelas grandes empresas. — O Brasil tem uma frota de dois milhões de caminhões, sendo 650 mil autônomos, ou cerca de 1/3. Existem 150 mil empresas de transporte. No período de expansão econômica, entre 2004 e 2012, os modais ferroviário e hidroviário não conseguiram crescer na mesma proporção. Por isso o modal rodoviário foi mais exigido e aumentou sua participação no transporte — diz o especialista.

As grandes empresas são apenas uma parte, mas por serem grandes são as que contratam as menores. Um setor tão pulverizado só conseguiria essa paralisação em tantos estados com a complacência da maioria dos grandes contratantes. Como há muita oferta de serviço de autônomos e pequenas empresas, se as grandes empresas não quisessem, eles poderiam romper contratos e só acertar com os que não aceitassem fazer parte da paralisação.  A decisão da Petrobras de reduzir o preço em 10% serve como sinal em momento de crise aguda. É um gesto de boa vontade, como diz o presidente da empresa, Pedro Parente, mas é temporário. O que querem os caminhoneiros? Controle de preços. Sobre a redução de impostos, a carga tributária é de fato alta demais.  

Representa metade do preço do diesel. Mas faz sentido que outros produtos paguem impostos, e gasolina e diesel, não? Dos tributos, o maior, que representa 30% do preço, é o ICMS, que tem ainda o defeito de fazer parte do problema: quanto mais aumenta o preço, mais se eleva o valor cobrado de imposto e mais sobe o preço. PIS/Cofins e Cide incidem com valor fixo.  Os preços em geral vão subir temporariamente, mas poderão baixar se a greve for interrompida. Por isso, economistas como Luís Otávio Leal e José Márcio Camargo acham que o impacto no PIB e mesmo na inflação será pontual. José Márcio acha que uma solução seria criar uma banda de imposto, que subisse quando o preço internacional caísse, e diminuísse em momentos como o atual.

José Augusto de Castro, da AEB, disse que a greve pode afetar a exportação porque o comprador pode cancelar a compra, em caso de atraso. Vão por rodovia 43% de todas as exportações para a Argentina.  Ontem, no terceiro dia de greve, o país já enfrentava o desabastecimento. Esse movimento é maior do que a paralisação de 1999 no governo Fernando Henrique. Mas claramente o que está acontecendo não é uma greve de caminhoneiros. É mais grave e mostra o risco que o país corre sendo tão vulnerável ao transporte rodoviário.

Miriam Leitão - O Globo