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sábado, 26 de maio de 2018

Preço do diesel sobe na bomba mesmo com paralisação de caminhoneiros



No país, o litro do combustível teve aumento de 5,36%

Os preços do óleo diesel nos postos do Brasil aumentaram, em média, 5,36% nesta semana. Esse impacto nas bombas ocorreu mesmo após a Petrobras ter reduzido os preços de venda do produto em 10% em suas refinarias, desde o último dia 25. Segundo dados da pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana de 13 a 19 de maio, o óleo diesel era comercializado a R$ 3,595 nos postos. Já no período entre 20 a 26 de maio, o preço passou para R$ 3,788: quase R$ 0,20 a mais.

Em nível estadual, o combustível também apresentou aumento no Rio nesta semana. O diesel, que até 19 de maio era comercializado a R$ 3,748, passou a ser vendido por 
R$ 3,888: um aumento de 3,73%.  A Petrobras também vem anunciando reduções diárias nos preços da gasolina desde o último dia 23. O combustível, desde este sábado, dia 26, está sendo comercializado a R$ R$ 2,0096, o litro, nas refinarias: uma redução de 0,31% em relação ao valor anterior, R$ 2,0160. Entretanto, na semana de 20 a 26 de maio, o combustível apresentou aumento nas bombas, a nível nacional.

A gasolina era vendida a R$ 4,284, mas foi comercializada a R$ 4,435 na semana que se encerrou neste dia 26. Essa alteração representou um aumento de 3,52%.  No Estado do Rio, a situação não era diferente. o preço subiu de R$ 4,765 para R$ 4,435: elevação de 1,55% no preço pago pelo consumidor.  Por sua vez, o etanol teve alta em nível nacional, mas queda no Estado do Rio. No país, o combustível foi de R$ 2,784 para R$ 2,818: aumento de 1,22%. Já no Rio, a situação foi o inverso. O etanol caiu de R$ 3,533 para R$ 3,483: diminuição de 1,41% no preço na bomba.

ACORDO ENTRE GOVERNO E GREVISTAS
Uma das questões acertadas no acordo feito na última quinta-feira, entre o governo e representantes dos caminhoneiros, foi a garantia de que os preços do diesel passariam a ter reajustes, nas refinarias, a cada 30 dias.  A Petrobras também se comprometeu em manter os atuais preços durante 15 dias, o que representará uma perda na receita da companhia da ordem de R$ 350 milhões. Ao fim desses 15 dias, a estatal voltaria a praticar sua política de preços de revisões diárias, cujos valores serão contabilizados para ressarcimento pelo governo a cada 30 dias.

O Globo
 



A realidade do acordo



Não será fácil o governo cumprir na área econômica o que prometeu para tentar controlar a greve do transporte de carga. O Brasil não é autossuficiente em diesel, isso significa que ele passará a subsidiar um produto que é importado e que pode ser trazido ao país pela Petrobras ou outras empresas. Não se pode saber antes o custo desse subsídio. Ainda não está claro de onde sairá o dinheiro.

O governo anunciava como vitória o fato de que havia uma redução de 45% dos bloqueios nas estradas. Mas o Brasil ainda vive uma situação crítica, com hospitais com carências, supermercados sem produtos, pessoas cancelando seus planos de viagem, combustíveis em falta até em alguns aeroportos, como disse o general Etchegoyen. Os ministros que deram entrevista ontem à noite admitiram que a situação ainda não está resolvida, tanto que o grupo da “sala da situação” passará o fim de semana reunido.

Uma das dificuldades do acordo que o governo assinou é o fato de que outros importadores podem trazer o diesel. Afinal, a importação é livre. E aí, o governo compensaria também outras empresas? É o que pergunta o especialista em energia Adriano Pires.  — O governo também vai subsidiar o importador? Se não subsidiar, faltará óleo diesel. A partir de hoje, o estímulo a importação caiu, porque o produto será vendido internamente a um preço mais baixo do que no mercado internacional. Se a Petrobras tiver que importar diesel, ou ela vai ficar com o prejuízo ou o governo irá subsidiar a sua importação. E isso terá que ser estendido às demais empresas do setor. Ficou tudo mais confuso e desorganizado — afirmou.

A importação de diesel em 2017 foi recorde, de 82 milhões de barris de petróleo equivalente (bep), com alta de 63% sobre o ano anterior. O gasto com essa importação chegou a US$ 5,6 bilhões. No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 29% sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados da ANP. Outra dúvida é em relação ao cálculo de quanto vai custar. O governo diz que a diferença a compensar à Petrobras pela manutenção do preço fixo a cada 30 dias ficará em R$ 5 bilhões, mas é difícil dizer de antemão. Vai depender dos preços mais imprevisíveis da economia, do petróleo e o do dólar. Este ano será de muita volatilidade do câmbio por causa da eleição. As tensões internacionais podem manter o petróleo alto. Tudo isso pode elevar o custo. Mas principalmente o valor é incerto.

Mesmo se fosse possível estimar exatamente o custo desse subsídio, haveria ainda a dúvida de onde tirar o dinheiro. E se fosse fácil encontrar dinheiro sobrando, num orçamento apertado, num país com déficit tão alto, haveria a seguinte dúvida: por que mesmo subsidiar combustível fóssil? Será essa a melhor destinação do dinheiro? Pode-se argumentar que o diesel é o combustível dos ônibus dos transportes públicos e dos caminhões da distribuição de mercadorias pelo país, e por isso o benefício acaba sendo da população. Ficará apenas o travo amargo de o contribuinte estar subsidiando também o combustíveis dos SUVs dos ricos.

Mesmo se a greve tivesse acabado ontem, a economia teria ficado em situação pior após esse evento. A Petrobras perdeu valor de mercado e parte da confiança na capacidade de manter uma política técnica na formação de preços. A equipe econômica teve que encontrar fórmulas para tornar possível mais um subsídio, num país que deveria estar se esforçando para acabar com os incentivos fiscais que tanto distorcem a economia.



Anistia Internacional: opina sobre unha encravada, espinhela caída, bandido preso; ignora os direitos humanos dos que morrem nas portas dos hospitais e apoia tudo que favorece bandidos

Anistia Internacional: uso das Forças Armadas pode desencadear violência 

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

"O papel das Forças Armadas não é atuar em protestos, manifestações e greves," afirmou a Anistia, em nota 

[mais uma vez a tal de 'anistia internacional' se intromete em assuntos que dizem respeito apenas ao Brasil, Nação Soberana e que não tem contas a prestar a organizações de defendem sempre dos direitos humanos dos 'manos'.

Por favor, vão cuidar dos direitos humanos na Venezuela, na Síria e outros países; deixem os assuntos internos do Brasil com os brasileiros.

Até agora não conseguimos ler nenhuma manifestação da 'anistia internacional' sobre o sofrimento imposto a Michella Mary Pereira pelo ex-juiz Roberto Caldas.]

O emprego das Forças Armadas para liberar estradas ocupadas por caminhoneiros, determinado na sexta-feira, 25, pelo governo Michel Temer (MDB), é "inadmissível", para a Anistia Internacional. A ONG de defesa dos direitos humanos considera o uso dos militares "extremamente preocupante". A atuação, acredita, cerceia a "liberdade de expressão e manifestação" dos grevistas e pode desencadear ações violentas.

"O papel das Forças Armadas não é atuar em protestos, manifestações e greves. A liberdade de expressão e manifestação são um direito humano. As partes envolvidas em uma manifestação e as autoridades relevantes devem encontrar um caminho de negociação e uma saída pacífica para os eventuais impasses encontrados", diz nota da Anistia.   "Enviar as Forças Armadas é grave erro e pode levar a uma escalada da violência. Além disso, o precedente de convocação e autorização para que as Forças Armadas atuem nacionalmente é mais um passo inadmissível no caminho da militarização da gestão das políticas públicas," afirma a diretora da Anistia no Brasil, Jurema Werneck, em nota. [essa Jurema deveria analisar as matérias sobre as quais opina; 
sempre fala coisas sem noção e que contrariam o bom senso e até mesmo os direitos humanos dos humanos direitos.
Já que a funcionária dessa 'ong' invoca a favor dos promotores do locaute os direitos constitucionais de liberdade de expressão e manifestação, cabe perguntar:

E como ficam os direitos que são cassados da população  quando é concedido aos falsos grevistas  os direitos à liberdade de expressão e manifestação? 

Quando os grevistas exercem o direito que a funcionária da 'ong' atribui aos mesmos, são cassados da sociedade direitos tais como:
E o combustível que garante a mobilidade nas cidades, professora? 
E os ônibus impedidos de circular por falta de óleo diesel? 
E os carros que não furarão bloqueio nenhum por falta de combustível, que acabará faltando às ambulâncias? 
as perguntas foram transcritas do Blog do Reinaldo Azevedo.] 


Temer solicitou que governadores tomem a mesma medida em seus estados, como forma de liberar a passagem nas rodovias de cargas como combustíveis e alimentos. "A Anistia Internacional reivindica que o governo federal recue na sua decisão e que os governos estaduais não lancem mão das Forças Armadas para atuar em protestos e manifestações", afirma a nota da ONG.  


 

Vítima errada

O ex-juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, agiu durante treze anos de casamento como um criminoso dentro da própria casa


O advogado Roberto de Figueiredo Caldas, até outro dia juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, é um homem perigoso. Fique longe dele. Caldas faz parte daquele grupo de brasileiros que se colocam acima da lei por serem profissionais no negócio de “fazer o bem”, tão rendoso hoje neste país ─ e se um dia desses ele resolver agredir você, seja lá pelo motivo que for, prepare-se para reclamar com o bispo, pois vai ser mais fácil o camelo da Bíblia passar pelo buraco de uma agulha do que o homem receber qualquer punição penal séria. O ex-presidente Lula pode estar na cadeia por corrupção, junto com os seus mais poderosos ajudantes, mas gente como um Caldas não costuma receber nem uma multa de 10 reais. São heróis dos “direitos humanos”. Combatem o “trabalho escravo”. São convidados para dar palestras denunciando a violência contra as mulheres. Trabalham em favor dos “direitos sociaise nadam entre os peixes mais graúdos das OABs e grupos similares. Quando se metem em algum problema, chamam um advogado de Brasília que se vangloria de ter “influência” nos tribunais mais supremos da nação e “relações” entre os jornalistas “importantes” da capital federal. Quem vai encarar uma peça de artilharia deste tamanho? Melhor que não seja você.
Roberto Caldas: são apenas “tumultos e agressões verbais”, diz advogado de defesa (Acervo CIDH/.)

Os jornalistas Marcela Mattos e Gabriel Castro revelaram, numa reportagem publicada em edição recente de VEJA, um Roberto Caldas desconhecido no mundo em que circulam as grandes figuras do “campo progressista” ─ mas muito conhecido por sua própria mulher, Michella Marys Pereira, da qual está separado há três meses. Infelizmente para ela, esse Caldas oculto era um homem que durante os treze anos de casamento agiu como um criminoso dentro da sua própria casa. De acordo com a queixa que Michella acaba de prestar ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Brasília, seu marido a agrediu diversas vezes com pontapés na virilha, murros no rosto, socos no estômago, tapas na cabeça, humilhações de todos os tipos e outros atos de violência; chegou a puxá-la pelos cabelos escada abaixo, na sua casa num bairro tido como exclusivo na capital, e a ameaçou com uma faca de cozinha. Michella tem, a favor de suas acusações, fitas de áudio que gravou e o testemunho de pessoas que presenciaram algumas das agressões. Mas aí é que está: provas, em casos assim, não costumam valer grande coisa. Michella tem contra si, justamente, a força do sistema que protege o marido e gente do seu calibre ─ e é isso, quase sempre, que acaba vingando.

É verdade que Caldas teve de se “licenciar” do seu cargo de juiz na corte internacional; pouco depois foi demitido definitivamente dali, pois nesse tribunal seu caríssimo advogado brasiliense não manda nada. Foi desligado, também, do escritório de advocacia em que trabalhava. Está sujeito, enfim, a ser indiciado em inquérito e a responder à uma ação penal pelos crimes de que é acusado por sua ex-mulher. Mas querem saber? Se o caso acabar como têm acabado há décadas todos os casos deste tipo, cadeia mesmo, que é bom, não vai ter. Caldas vai resolver sua história a preço de custo, com um pouco de dor de cabeça e um apelo da Justiça para que não faça mais isso, doutor, por gentileza; afinal, dirão os colossos do nosso direito, a pior solução seria ceder à visão estreita e autoritária que recomenda punir o “infrator”.  

As penitenciárias, como se sabe, estão cheias de pobres coitados que não pagaram em dia a pensão familiar mas espancar a própria mulher durante anos a fio, como Caldas é acusado de ter feito, é considerado um pequeno deslize, algo como estacionar em lugar proibido ou bancar uma mesa de pif-paf. Não se vai agora punir um homem importante só por causa de uma coisinha dessas, não é mesmo? É por isso, exatamente, que gente do tipo de Caldas é perigosa. Não têm de pagar pelo que fazem. Podem fazer de novo.

Michella Marys, neste momento, está sozinha. Nenhuma organização feminista, até agora, deu um pio em seu apoio. Para ela, nada de militantes femininas vestidas de preto e segurando cartazinhos de “denúncia”. Nada de abaixo-assinado de artista de novela. Nada de discurso no plenário da Câmara. Michella é a vitima errada. Seu ex-marido é o acusado certo: foi nomeado para a Corte Interamericana por Dilma Rousseff, circula em campanhas eleitorais do PT e não se pode “deslegitimar”, através dele, a luta global pelos “direitos humanos”. De mais a mais: “a quem interessa” acusar o dr. Caldas? Eis aí mais uma missão para o nosso jornalismo investigativo.

Veja 

 

O colapso dos combustíveis

Refém de uma paralisação que afetou a vida de todos o brasileiros, governo se vê obrigado a ceder à pressão de caminhoneiros, reduz impostos e passa a subsidiar o preço do diesel. Relutância da categoria em abandonar o movimento leva a convocação das Forças Armadas para liberar as estradas e garantir o transporte de cargas

Não foi por falta de aviso. Eram claros os sinais de que a escalada de preços dos combustíveis, reajustados nas bombas quase diariamente, acabariam inflamando os ânimos de quem transporta cargas pelo País. Na quarta-feira 16, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que congrega boa parte dos sindicatos de caminhoneiros, havia levado ao governo federal um ofício pedindo o congelamento do preço do diesel e a abertura de negociações sobre a política de reajustes praticada pela Petrobras. Àquela altura, o valor pago pelo combustível acumulava alta de 55% desde julho de 2017, quando a estatal passou a repassar o custo dos derivados de petróleo de acordo com as oscilações do mercado internacional e da variação cambial ­— ambas em ascensão vertiginosa. A estratégia vinha ajudando a empresa a recuperar valor de mercado, com um desempenho financeiro invejável após anos de corrupção, incompetência e manipulação populista. A salvação da Petrobras era aplaudida pelo mercado e por analistas. Até que a conta dos combustíveis se tornou inviável. 

Uma reação orquestrada por transportadoras e protagonizada por caminhoneiros levou o País ao completo colapso em menos de 100 horas. Nem mesmo quem convocou a paralisação, inicialmente programada para durar apenas um dia, poderia imaginar que em tão pouco tempo o Brasil ficaria com um tenebroso aspecto venezuelano: faltam alimentos, remédios, a atividade industrial sucumbe à escassez de insumos — e o perverso efeito da falta de combustíveis e dos mais de 500 bloqueios em estradas produz o caos generalizado.

47,2 bilhões de reais é o quanto a Petrobras perdeu em valor de mercado com a paralisação


Depois do colapso provocado pela paralisação, a Petrobras decidiu suspender a política de reajuste automático. O governo precisou ir além na tentativa de convencer os caminhoneiros a voltar ao trabalho. Além da extinção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel, que representa uma redução de apenas R$ 0,05 no litro do combustível, o acordo com as lideranças grevistas firmado na noite da quinta-feira 24 obrigou o Planalto a oferecer um subsídio para o combustível até o final do ano. 

Em vez de reajustar os preços diariamente, a Petrobras fará ajustes mensais e a diferença será coberta pelo governo. As perdas em arrecadação podem atingir R$ 5 bilhões até o final do ano, de acordo com a perspectiva otimista dos integrantes do governo que participaram das negociações. Há quem estime um efeito cascata que poderia elevar a conta a mais de R$ 13 bilhões. Para a Petrobras, que concordou em reduzir o preço do diesel em 10% por 15 dias, em caráter emergencial como forma de convencer os caminhoneiros a liberar as estradas, o prejuízo já está calculado: com as ações da estatal desvalorizadas em 15%, o valor de mercado da petroleira recuou R$ 47,2 bilhões. Como o acordo prevê que o preço do diesel fique congelado por 30 dias nas refinarias (ao valor de R$ 2,10, o mesmo de 5 de maio), as perdas podem ser ainda maiores. E nem mesmo o recuo do governo trouxe o País à normalidade. Como a proposta foi aceita por apenas oito das 11 entidades que representam os caminhoneiros, cerca de 700 mil motoristas pretendiam manter bloqueios nas estradas.

“Enquanto o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não entregar o projeto votado e assinado pelo presidente (Michel Temer), da minha parte não levanto o movimento”, afirmou José da Fonseca Lopes, líder da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). Diante da recusa de parte dos caminhoneiros em suspender a paralisação, na tarde da sexta-feira 25 o presidente Michel Temer convocou as Forças Armadas para desbloquear estradas. Em seu pronunciamento, Temer afirmou que os caminhões não poderão ficar nem nos acostamentos. A prioridade será garantir o abastecimento de termelétricas e de aeroportos. “Quem bloqueia estradas e age de maneira radical está prejudicando a população. Vamos garantir a livre circulação e o abastecimento”, afirmou. A falta de combustíveis obrigou pelo menos dez aeroportos a suspender as operações, entre eles o da capital federal. Segundo a Infraero, Recife, Ilhéus, Goiânia, Palmas, Maceió, Carajás (PA), São José dos Campos (SP) e Uberlândia (MG) operavam em situação crítica de abastecimento. O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos mais movimentados do País, conseguiu ser reabastecido por caminhões-tanque escoltados pela Polícia Militar. Centenas de voos foram cancelados e as empresas aéreas adotaram planos de contingência, além de oferecer isenção da taxa de remarcação de voos aos passageiros.

Combustão espontânea
A rápida adesão de motoristas de todo o País ao movimento levantou suspeitas de que a paralisação seria encabeçada de fato pelas transportadoras, o que configuraria “locaute” — nome dado a greves em que os empresários é que cruzam os braços para defender seus interesses econômicos. A prática é proibida por lei. “A explicação mais direta, óbvia e incompleta para o que está acontecendo é que o preço do diesel sofreu uma elevação muito acentuada. Quando falamos de transporte, falamos de motoristas autônomos que não têm uma margem de lucro para absorver essa variação, e isso estrangula a operação. Mas existem outros fatores”, diz Paulo Furquim de Azevedo, professor de Regulação do Insper. Segundo ele, depois de passar por uma das maiores recessões de nossa história, da qual estamos saindo, o poder de compra da população ficou reduzido a ponto de pressionar quem vende drasticamente suas margens. “Esse custo está caindo em cima do transporte, que não consegue repassá-lo. Os caminhoneiros viram que têm um poder muito grande de travar a economia rapidamente”, afirma. Foi o que se viu na semana passada. A categoria que fez o Brasil parar é formada por uma massa de trabalhadores autônomos (37% do total) e assalariados que ganham em média quatro salários mínimos. A atividade de transporte de cargas vem se tornando mais estratégica para a economia por vários motivos. Quanto melhor a gestão de empresa, menor seu estoque. É um sinal de eficiência, porque assim são reduzidos custos, mas aumenta-se a dependência de logística. A greve mostrou que dois dias são suficientes para comprometer as operações de quase todo o comércio brasileiro, sobretudo de itens perecíveis, e de boa parte da indústria.


13,5 bilhões de reais é a perda de receita com a retirada do PIS/Cofins do diesel
Acabou
 
O estoque durou até sexta-feira na maior parte dos postos do País. Até as bombas secarem de vez, consumidores enfrentaram horas nas filas para poder encher o tanque. Protesto contra os preços dos combustíveis ganhou adesão de empresas de ônibus, motoristas que usam aplicativos e até motoboys.

MATÉRIA COMPLETA, leia em IstoÉ

 

Projeto Desemprego Zero para a Companheirada

Nenhum projeto deu tão certo quanto o Desemprego Zero para a Companheirada

#ValeAPenaLerDeNovo: Sejam gênios ou cretinos fundamentais, doutores de verdade ou doutoras dilmas, nunca falta lugar para mais alguns no mamute estatal


Que Bolsa Família, que nada: nenhum programa assistencial deu tão certo quanto o Desemprego Zero para a Companheirada, informa o balanço do projeto concebido em 2003 para garantir um bom salário mensal a todo brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores. O sucesso foi tão extraordinário que, passados 11 anos, o petista desempregado sumiu. Ou é uma espécie extinta ou se tornou invisível. Faz tempo que busco em vão enxergar remanescentes da tribo. Não conheço nenhum. Nem sei de alguém que conheça.

A filiação ao PT dispensa o companheiro do aflitivo garimpo de vagas no mercado de trabalho. O emprego vem junto com a carteirinha de filiado (à disposição dos interessados por módicos R$ 3,50). Basta a exibição do documento para que o portador dê um jeito na vida e um fim nas inquietações financeiras. Sem concursos, exames ou avaliações de qualquer gênero, porque o currículo dos novos servidores da nação é irrelevante. Sejam gênios da raça ou cretinos fundamentais, doutores de verdade ou doutoras dilmas, primeiros da classe ou ignorantes sem cura, nunca falta lugar para mais alguns no mamute estatal.

Quase sempre sem trabalhar, frequentemente sem sequer comparecer ao emprego, a imensidão de oportunistas tunga o dinheiro dos pagadores de impostos no Planalto, no Congresso, no Judiciário, nos ministérios, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, na Petrobras, no pré-sal, na empresa que promete parir um trem-bala, nas agências reguladoras, nas administrações estaduais, nas prefeituras, nas ONGs exploradas por comparsas, nos blogs estatizados, nos Correios, nos aeroportos, no Ibama, no Incra ─ os roedores dos cofres públicos estão por toda parte. Nem o mais remoto cafundó do Estado-patrão escapou do aparelhamento indecente, repulsivo, criminoso.

O IBGE acaba de informar que, em novembro, os desempregados na Grande São Paulo somavam cerca de 1 milhão. É provável que muitos votem no PT. Mas não existe nesse oceano de brasileiros um único e escasso petista de carteirinha. É compreensível que a hipótese da derrota de Dilma Rousseff em outubro de 2014 tire o sono, o que resta de pudor e o pouco juízo dos ineptos assombrados pela demissão. Perder a eleição é muito ruim. Perder o salário é um pesadelo, principalmente quando não se tem para onde ir.  Como Lula em 2006 e a atual presidente em 2010, Dilma não vai apenas liderar uma campanha eleitoral. Vai sobretudo comandar uma guerra contra o desemprego no PT. É mais que uma batalha eleitoral. É uma luta pela sobrevivência.

Publicado em 21 de dezembro de 2013 - Coluna do Augusto Nunes - Veja

 

 


79 caminhões-tanque já deixaram central para abastecer o DF neste sábado

Expectativa do sindicato dos postos de gasolina é que, aos poucos, abastecimento seja normalizado em Brasília

Até as 14h deste sábado (26/5), 79 caminhões-tanque haviam deixado a central de distribuição da Petrobras, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), abastecidos em direção a postos de gasolina do DF e Entorno e outros locais, como o Aeroporto de Brasília. A informação é do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Nunes.

Com isso, a expectativa é de que, aos poucos, a falta de combustível, que atingiu uma situação crítica na sexta-feira, vá sendo superada. Em alguns postos de gasolina, os clientes que aguardaram na fila desde cedo já começaram a abastecer seus carros (veja abaixo uma lista de postos onde o Correio apurou haver combustível).
 
Algumas redes, inclusive, usaram as redes sociais para anunciar que já estão vendendo gasolina. E alguns postos têm limitado a R$ 100 a compra por cliente. A situação, porém, ainda está longe do normal. Com a chegada de combustível aos postos, as filas quilométricas voltaram a fazer parte do cenário brasiliense, desde cedo.

A expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis) é que o abastecimentos nos postos seja normalizado durante o fim de semana. "A base está liberada e operando quase na normalidade. Agora é só aguardar o tempo para normalizar o abastecimento na cidade", afirmou a presidente da entidade, Elisa Schmitt.
 

Onde há gasolina

O Correio apurou que há gasolina nos seguintes postos:
  • QR 214 de Santa Maria
  • Posto Canan, Cruzeiro
  • 405 Sul
  • 306 Norte
  • 210 Sul
  • Posto CTN, Pistão Sul (Taguatinga)
  • Posto Flamingo, em Taguatinga
  • BR Guarapari, na Candangolândia
  • Posto Colorado (Balão do Colorado) 
Correio Braziliense


 

 

O governo atropelado

Greve dos caminhoneiros ganha adesão nacional, paralisa o país e dá um nó no presidente Michel Temer — que cede às pressões e fica refém dos piqueteiros

Em um movimento sem liderança clara, convocado a princípio por meio de grupos no WhatsApp e que ganhou apoio aos poucos, a greve dos caminhoneiros contra os sucessivos aumentos no preço do diesel alcançou mobilização maciça, raras vezes vista no país. Iniciada na segunda-feira 21, a paralisação atingiu, em diferentes escalas, todos os estados, além do Distrito Federal. Com 400 pontos de bloqueio em vias estratégicas para a circulação de mercadorias, os grevistas praticamente não encontraram resistência policial e conseguiram impedir a circulação dos motoristas que tentavam trabalhar. A paralisação desestabilizou o fornecimento de alimentos, deixou postos e aeroportos sem combustíveis e forçou a suspensão do trabalho em fábricas por falta de componentes. Trata-se de um baque e tanto para a economia, cuja recuperação ainda é frágil. De quebra, os caminhoneiros deram um nó no governo, expuseram a ruína da coordenação política e atropelaram Michel Temer e seu discurso de reformas e estabilidade, bem na semana em que o presidente e o seu partido, o MDB, lançaram oficialmente o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidato à sua sucessão.

Foi a maior paralisação de caminhoneiros em quase duas décadas. Em julho de 1999, os motoristas cruzaram os braços por quatro dias e só voltaram ao trabalho quando o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, aceitou rever os reajustes do diesel e dos pedágios federais. Desta vez, o ­caos provocado pela mobilização foi ainda mais amplo. O protesto ganhou o apoio oportunista de associações empresariais do ramo de transportes e de produtores rurais, solidários com os caminhoneiros e também atingidos pela alta no valor dos combustíveis. Desde que a Petrobras ganhou liberdade para fazer reajustes diariamente nas refinarias, em julho do ano passado, o preço tanto da gasolina como do diesel já subiu 22% na bomba dos postos. Sem conseguirem repassar esses custos para o consumidor, os empresários aproveitaram o movimento dos caminhoneiros para espremer o governo. Funcionou perfeitamente.

Em decorrência do colapso nos transportes, o preço dos alimentos disparou nas feiras nos últimos dias. Voos tiveram de ser cancelados, montadoras pararam de fabricar carros por falta de peças e a circulação de ônibus foi reduzida. A população correu aos postos para encher o tanque do carro, mas muitas vezes não havia combustíveis ou as filas eram imensas. O escoamento da safra de grãos ficou comprometido justamente na temporada de exportação. Frigoríficos não tinham carne para processar. Além do incômodo evidente para a população, os transtornos deixaram prejuízos e sequelas para a atividade econômica ainda não estimados.

Desarticulado e aparvalhado, o governo inicialmente subestimou o alcance do protesto — até porque as duas tentativas anteriores de mobilização nacional dos caminhoneiros, em 2013 e 2015, não prosperaram. Depois, vislumbrando o estrago político e econômico, Temer decidiu ceder às pressões. No começo da semana, o discurso dos ministros e do presidente da Petrobras, Pedro Parente, era que não cederiam às chantagens. Na quarta-­feira 23, o tom já era outro. Foi anunciada a suspensão da cobrança das contribuições de intervenção no domínio econômico (Cide), um dos tributos que oneram os combustíveis. A queda nos preços, porém, seria irrisória, de estimados 5 centavos. Foi insuficiente para os caminhoneiros voltarem atrás, apesar do pedido de trégua.

Paradão - Bloqueio de caminhões na Via Dutra, na quinta-feira 24, perto de Jacareí: contra a alta de 22% no diesel (Nilton Cardin/Agência o Globo)

O governo e as lideranças do Congresso prometeram também aprovar a redução de outros impostos que oneram a gasolina e o diesel. Os caminhoneiros acharam pouco. No início da noite do mesmo dia, poucas horas depois de ter deixado uma reunião ministerial em Brasília afirmando que não haveria mudança na política de preços da Petrobras, Parente concedeu uma entrevista e anunciou uma redução temporária de 10% no preço do diesel. A queda, prevista para durar quinze dias, deverá resultar em prejuízo de 350 milhões de reais para a companhia. Segundo o executivo, a medida, que vai frontalmente contra o discurso de autonomia administrativa na estatal, foi necessária diante da falta de alternativas para aplacar os efeitos da greve. A ideia seria apaziguar os ânimos e ganhar tempo para uma solução negociada. Mais uma vez, de nada adiantou. Os motoristas permaneceram irredutíveis e disseram ter se cansado das promessas do governo. Só voltariam ao trabalho quando a redução dos tributos fosse aprovada no Congresso e publicada no Diário Oficial, o que não aconteceu até o fechamento desta edição.
No chão - Policiais escoltam caminhão de querosene no Aeroporto de Brasília: voos cancelados (André Dusek/Estadão Conteúdo)

O estrago causado pela concessão aos caminhoneiros foi sentido com força no governo e na Petrobras. Na abertura dos negócios na bolsa, na quinta-­feira, as ações da companhia mergulharam 14%. Contando-se as perdas sofridas nos dias anteriores, o tombo acumulado foi da ordem de 30%, o equivalente a mais de 100 bilhões de reais em termos de valor de mercado da empresa. Dessa maneira, em poucos dias foi à lona boa parte de todo o trabalho de recuperação da petrolífera, que, antes da crise, tinha visto o preço de suas ações subir 70% desde o início do ano.

A reviravolta enfraqueceu o discurso governista de que os dias de ingerência política na administração, tão comuns nos governos petistas, haviam chegado ao fim. Para o Planalto, que sonha em eleger Meirelles como sucessor, a greve funcionou como uma pá de cal na imagem de Temer. Até aqui, mesmo com os problemas éticos e políticos, dava-se crédito ao governo pela correta condução da economia. Os números mais recentes, no entanto, com expectativas mais baixas em relação ao PIB e a disparada do dólar, reforçados pela trapalhada na condução da greve, mostram que o governo, mesmo na sua área de excelência, tateia no escuro. Para piorar, a nova turbulência política e econômica chega em péssima hora. Complicações em diversos países emergentes, como a Argentina e a Turquia, em meio à alta dos juros nos Estados Unidos, fazem com que os investidores internacionais retirem o seu capital de economias consideradas menos confiáveis, caso do Brasil.

Quando o tsunami está para vir, o mar recua. Mas o governo não prestou atenção nos sinais do desastre. A insatisfação dos caminhoneiros era crescente nas últimas semanas. Trata-se de uma categoria que reúne 2 milhões de profissionais, um terço deles autônomos. O descontentamento chegou a um ponto crítico na semana anterior à da deflagração da paralisação. Ao menos duas grandes associações de classe, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos ­(CNTA), encaminharam cartas ao presidente Temer e aos principais ministros em que expunham a situação crítica e apresentavam as suas reivindicações. A CNTA pedia o congelamento temporário do preço do diesel para que fosse negociada uma solução, além da não cobrança de pedágio nas rodovias federais sobre os eixos suspensos dos caminhões. A Abcam, mais radical, exigia a total isenção de tributos federais sobre o diesel. Como não houve resposta concreta do governo, a greve estourou.

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