Jihadi John era monitorado pelo serviço de
segurança britânico
Antes de
se juntar a jihadistas da Síria, Mohammad Emwazi foi interrogado e reclamou do
tratamento que recebeu de agentes do MI-5
O Globo/ Agências
Internacionais
O
britânico identificado como o extremista glorificando a decapitação de
jornalistas e agentes humanitários era conhecido por agências de inteligência por
cinco anos antes de emergir publicamente em uma série de terríveis vídeos de
propaganda Estado Islâmico.
Mohammad Emwazi, o "Jihadi
John". Antes de se juntar a combatentes do Estado Islâmico, londrino
nascido no Kuwait foi monitorado por serviços britânicos de inteligência - Uncredited / AP
O jornal
britânico “Guardian” confirmou que Mohammad Emwazi, um londrino de 26 anos,
formado em Ciência da Computação, é o militante identificado como “Jihadi John”, que assumiu a responsabilidade pelas decapitações
de pelo menos sete reféns, entre eles americanos e britânicos. E-mails
e outros documentos que surgiram na quinta-feira mostram que os serviços de
segurança rastreavam Emwazi desde 2009, desde quando ele teve a entrada na
Tanzânia recusada, até meados de 2013, quando informaram a sua família que ele
tinha entrado na Síria.
Durante
esse período, Emwazi reclamou na ocasião que ele havia sido assediado pela
inteligência britânica, mas o londrino
nascido no Kuwait finalmente desapareceu antes de ressurgir aos olhos do
mundo como a face pública assassina do Estado Islâmico em agosto de 2014.
Sir
Menzies Campbell, membro do comitê de inteligência e segurança, disse esperar
que os membros do Parlamento procurem um relatório das agências de inteligência
sobre os contatos da agência de inteligência com Emwazi após a eleição.
Campbell
disse que o caso parecia ecoar o assassinato de Lee Rigby, em 2013, no qual foi
revelado posteriormente que um dos assassinos, Michael Adebolajo, era conhecido
por agências de segurança. — Uma das dificuldades aqui é que você não
pode manter um olho em todos o tempo todo, e como a comissão descobriu no caso
de Lee Rigby, não há dúvida de que, de tempos em tempos, os serviços de
segurança têm que priorizar aqueles sobre os quais mantêm vigilância — afirmou
Campbell.
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