De volta ao palco, Lula - o mistificador de sempre
O mistificador número 1 do país reapareceu em público – mais precisamente na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, ontem à noite.
Lula fez o que mais gosta: falar sem ser contestado para, em seguida, colher os aplausos e louvaminhas dos admiradores que o escutam em estado de graça. O pretexto para o encontro foi a defesa da Petrobras. Lula se disse pronto para ir às ruas em defesa da Petrobras, da reforma política e da democracia. Como de hábito, falou muito, valeu-se dos lugares comuns que sempre pontilharam sua oratória, e abusou da credulidade de um auditório disposto a acreditar em tudo o que ele diria.
Enganou, iludiu, burlou. Lembra-se de quando ele citava a mãe analfabeta? Dessa vez citou mãe e pai: - Sou filho de uma mulher analfabeta. de um pai analfabeto. E o mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai me fazer baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também. [Lula, não esqueça que nas prisões os criminosos andam de cabeça baixa e mãos para trás - e que é simples questão de tempo você ser um deles.]
Quais os que querem guerra? Ele não os apontou. Como no auge do escândalo do mensalão em meados de 2005, quando se disse traído, mas não disse por quem.
Valeu-se do truque manjado de afirmar uma mentira para depois responsabilizar os adversários por ela. Assim: - No caso da Petrobras, se parte do pressuposto de que tem que acabar com ela e criminalizar a política.
Quem quer acabar com a Petrobras? Lula não disse quem. Quem quer criminalizar a política? Também não disse.
Foi ele que em 2006 nomeou diretores da Petrobras que passaram a desviar dinheiro para o Caixa 2 dos partidos e também para os bolsos de políticos. Como pode querer culpar os outros? Por fim, sacou da velha carta descolorida pelo tempo e pelo uso:
- Estamos vendo no Brasil a criminalização da ascensão social de uma camada da população brasileira. A elite não se conforma com a ascensão dos mais pobres.
Blablablá...
Lula terá coragem de se arriscar a uma derrota na eleição presidencial de 2018? Ou ele estará certo em apostar nos seus poderes de prestidigitador? E, porta, na ignorância alheia? [eleitor de Lula e ignorância alheia são sinônimos.]
Façam suas apostas.
Fonte: Ricardo Noblat - Blog do Noblat
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