Caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto contra alta de preços de combustíveis
Manifestação em pelo menos três estados pede ainda redução de pedágios e critica más condições das estradas
Caminhoneiros
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná protestam na manhã desta segunda-feira contra a alta nos preços de combustíveis, pedágios e más
condições das estradas. A manifestação chegou a bloquear parcialmente
rodovias gaúchas, incluindo a BR-392, que liga o porto de Rio Grande ao centro
do Rio Grande do Sul.
Segundo a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), em pelo menos seis
trechos de rodovias federais e estaduais há movimento de manifestantes. Na
BR 392, caminhões estão sendo parados no acostamento no
sentido Rio Grande-Porto Alegre pelo protesto. A PRF
estima que há 200 veículos no acostamento. Os manifestantes permitem
apenas a passagem de carros de passeio e veículos com cargas vivas e
perecíveis. Pneus estão sendo queimados na estrada,
o que causa congestionamento.
A
manifestação no Rio Grande do Sul está ocorrendo no
entorno de Pelotas e, até as 10h, ainda não atingia a BR 116, principal
ligação da zona Sul do Estado com a capital. Segundo a Ecosul, concessionária
que administra a BR 392, o congestionamento já passa de
cinco quilômetros na rodovia nesta manhã.
O
movimento ganhou força na noite de domingo e atinge, além do Rio
Grande do Sul, estradas no Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Na BR 386, que liga Porto Alegre ao Norte do Estado, caminhoneiros também estão
parando seus veículos no acostamento e deixando o trânsito lento. De acordo com
a PRF, 100 caminhões estão parados na região.
SANTA
CATARINA E PARANÁ TAMBÉM TÊM PROTESTOS
Em Santa Catarina, o movimento iniciou na quarta-feira da
semana passada e se estendeu por rodovias do Oeste. No
entroncamento da BR 282 e SC 163, em São Miguel do Oeste, o protesto chegou a interromper o trânsito. Apenas
veículos de passeio, oficiais e de transporte coletivo eram liberados. No
Paraná, o protesto ganhou força no domingo e chegou
a interromper parcialmente o trânsito em pelo menos 17 trechos de rodovias
federais. O movimento se concentrou em estradas do Oeste do Estado.
Nesta manhã, segundo a PRF no Estado, cinco trechos continuam com bloqueios.
Na
BR 277, no
município de Medianeira, a fila provocada pelo protesto chega a 6 quilômetros. Um motorista que tentou furar o bloqueio,
segundo a PRF, teve o para-brisa quebrado.
Em algumas rodovias os manifestantes estão impedindo também o trânsito de
cargas vivas e perecíveis.
No Rio
Grande do Sul, há paralisação também em trechos das BRs
386, em Rodeio Bonito, e na BR 468, em
Coronel Bicaco. As rodovias são usadas para escoamento da safra de soja até o
porto de Rio Grande. Na BR 285, em Ijuí, o trânsito também está lento devido ao protesto. Os
manifestantes começaram a movimentação por volta de 6h.
Na RS 569, em Palmeira das Missões, há bloqueio parcial da rodovia desde as 6h. Segundo o
Comando Rodoviário da Brigada Militar, o protesto deve se estender até por
volta de 12h, quando os manifestantes prometem fechar
totalmente a estrada. No domingo, houve bloqueios parciais no Rio Grande
do Sul em Seberi, Ijuí e Boa Vista do Buricá – todas as
cidades no Norte do Estado. Em Seberi, no km 51 da BR-386, a ação chegou
a causar uma fila de 400 metros de veículos em ambos os acostamentos da via.
Agricultores
da região Norte do Rio Grande do Sul estão
engrossando o movimento dos caminhoneiros. Na BR 392, em São Sepé, cerca de
40 manifestantes estão distribuindo panfletos em que
criticam a alta de combustíveis e também os casos de corrupção na Petrobras. O
trânsito está lento na rodovia. Há possibilidade de que a estrada seja bloqueada
com máquinas agrícolas a partir do meio-dia.
Colheitadeiras e tratores já estão postados nos acostamentos para interromper o
tráfego de veículos.
Fonte: O Globo
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