Promotor que assumiu lugar de Nisman
denuncia Cristina Kirchner
Nisman
acusava a presidente e aliados de conspirarem para tentar proteger supostos
terroristas iranianos, responsáveis pelo atentado à entidade judaica Amia, em
1994
O
promotor que assumiu o lugar de Alberto Nisman, encontrado morto há quase um
mês em seu apartamento, denunciou formalmente à Justiça a
presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e seus aliados. Gerardo Pollicita encaminhou o
pedido nesta sexta (13), afirmando que apresenta as
mesmas provas levantadas pelo antecessor Alberto Nisman.
Antes
mesmo de a denúncia chegar à Justiça, o governo reagiu. No início da manhã, o
chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, acusou o judiciário de "golpismo" contra a
presidente. O ministro voltou a desqualificar a denúncia de Nisman, afirmando
que a Argentina não teria se beneficiado com um suposto acordo com o Irã.
Nisman
acusava a presidente e aliados de conspirarem para tentar proteger supostos terroristas iranianos, responsáveis pelo atentado à
entidade judaica Amia, em 1994. Em troca, a Argentina poderia exportar grãos e
importar petróleo do país. Além dos integrantes do governo, Pollicita também
denunciou o ex-sindicalista Luis D'Elia e o deputado kirchnerista André
Larroque, que seriam interlocutores informais do governo argentino com os
iranianos.
Fonte: Folha de São Paulo
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