DEM terá quatro deputados a favor do ajuste do
governo, diz líder
Na
primeira votação da MP do ajuste fiscal, oito deputados do partido votaram com
o governo e ajudaram a aprovar a medida
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse nesta quarta-feira que apenas quatro dos oito deputados que
votaram a favor da primeira medida provisória do ajuste fiscal do ajuste do
governo Dilma Rousseff deverão manter o voto a
favor na votação marcada para hoje da segunda MP.
Ontem, em reunião da bancada a questão do apoio do
partido de oposição a medidas do governo foi discutida, e a decisão foi de
não fechar questão na votação desta segunda MP. Mas, o DEM deverá fechar questão contra o projeto que acaba com a
desoneração da folha de pagamento de vários setores produtivos. — A
dissidência será de quatro. Fiz um reunião ontem, não fechamos questão. Tem um
conteúdo ideológico, uma convicção técnica dos que votam a favor de que são
medidas necessárias e que tenho que respeitar. Até entendo que a legislação
pode ser melhorada, mas este governo não tem autoridade moral e nem
credibilidade para pedir que outros paguem a conta por ele — disse Mendonça
Filho, acrescentando:
— A gente tem que confrontar o PT
com a realidade. Na campanha, a Dilma disse que quem prejudicaria os
trabalhadores seria o Aécio e agora quer ajuda, sem nem fazer mea culpa?
O líder do DEM disse que
conversou com os 22 deputados da bancada e que os quatro que anunciaram que manterão o voto a favor do governo são: Rodrigo Maia (RJ), José Carlos Aleluia (BA),
Cláudio Cajado (BA) e Marcelo Aguiar (SP). [nomes
a serem lembrados e escarrados na próxima eleição.] Na primeira também votaram a favor
da MP os deputados baianos Paulo Azi e Elmar Nascimento, e os mineiros Carlos
Melles e Misael Varella.
Houve um trabalho de conversa do
vice-presidente Michel Temer (PMDB) e do
prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) que acabou
viabilizando os oito votos do DEM a favor do governo na primeira votação.A
pressão sofrida pelos que votaram com o governo, principalmente nas redes sociais, foi enorme e pode pesar na decisão de não repetir o voto no
dia de hoje.
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