O PT pode negar parte dos seus votos para aprovar o ajuste fiscal do governo
Somente hoje quando o ajuste fiscal do governo começar a ser votado na Câmara dos Deputados é que se saberá se o PT, dono da maioria dos ministérios, o partido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, votará unido ou não. E se dará a maioria dos seus votos para aprovar o ajuste.
Até ontem ninguém dentro do governo ou do PT se arriscava a dizer como o partido se comportará. O ideal para boa parte dele seria que o desgaste de aprovar o ajuste acabasse debitado na conta do PMDB e de outros partidos. Assim o PT poderia se sair de bonzinho. Mas haveria sempre o risco de o PMDB reagir a tal manobra na hora de votar.
Dentro do PMDB de Michel Temer, o vice-presidente que assumiu a articulação política do governo para evitar que ele desmoronasse, a disposição é de aprovar o ajuste. Quanto mais não seja para reafirmar a posição de que ele é quem garante a estabilidade do governo como partido responsável que é.
O ajuste importará no estreitamento da via de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários para desse modo obter uma economia de R$ 18 bilhões. Se ao ajuste não for aprovado tal qual foi despachado para o Congresso, o governo será obrigado a fazer um gigantesco corte de despesas e investimentos. O que será pior?
Segundo Catarina Alencastro, Simone Iglesias e Júnia Gama, repórteres de O Globo, a bancada de 64 deputados do PT deverá se reunir hoje para decidir se fechará questão para a votação das medidas do ajuste. Caso feche, em tese todos os deputados serão obrigados a votar como o partido mandar. Do contrário os dissidentes serão punidos.
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