Vaccari aconselhou PT a pagar R$ 240 mil para sua cunhada e ‘evitar reflexos no processo eleitoral’
Indenização foi a título de danos morais já que Marice teria sido a portadora de R$ 1 milhão do partido para a Coteminas
O então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, aconselhou o
partido a indenizar Marice Correa de Lima, sua cunhada, para evitar um
processo em meio à campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Marice teria
procurado o cunhado afirmando não estar “suportando mais a pressão da
mídia” em razão do envolvimento de seu nome no mensalão e, por isso,
exigia do PT uma indenização.
O valor desembolsado extraoficialmente pelo partido no ano
seguinte serviu para Marice comprar um apartamento no Guarujá. Os
investigadores da Operação Lava-Jato suspeitam que o imóvel foi usado
para lavar dinheiro para o esquema comandado por Vaccari. “Me parece que o mais aconselhável é pedir a sua intervenção
no caso, como advogado, para iniciar um diálogo e chegar a um acordo, a
fim de evitar qualquer tipo de ação reparatória, de natureza civil ou
trabalhista, contra o Partido”, afirmou Vaccari em carta enviada ao
ex-deputado petista e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh.
Os documentos que mostram a intervenção de Vaccari e as negociações com Marice foram anexadas pela defesa dela nesta segunda-feira. Nele, o ex-tesoureiro do PT pede ao ex-deputado petista e advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, que intermedie um acordo. Vaccari e a cunhada respondem na Justiça do Paraná por lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de bens.
O ex-tesoureiro do partido pede ao advogado que providenciasse um “entendimento” com sua cunhada para evitar um eventual dano no processo eleitoral. Na época, o ex-tesoureiro do PT era o responsável pelas contas da campanha da presidente Dilma Rousseff. O ofício foi encaminhado a Greenhalgh no dia 20 de julho. Nele, Vaccari diz que foi procurado insistentemente pela cunhada que reclamava da pressão em torno dela. Marice teria dito a ele que estava “tendo dificuldades de retomar a normalidade de sua vida profissional, pessoal e familiar”.
Na época, havia informações de que Marice teria sido portadora de um pagamento de R$ 1 milhão do PT para a Coteminas como resultado do mensalão. Na carta a Greenhalgh, Vaccari diz que tem "sido procurado insistentemente pela ex-funcionária Marice Correa de Lima", sem dizer que ela é sua cunhada.
O acordo de indenização firmado entre o PT e Marice foi
assinado no dia 25 de fevereiro de 2011, quando Vaccari ainda era o
tesoureiro do PT. Ele só deixou o cargo no começo deste ano, pedindo
licença do cargo quando já estava preso em Curitiba. Marice ganhou do PT
R$ 240 mil, com R$ 40 mil de entrada e outras dez parcelas de R$ 20 mil
cada.
Com esse dinheiro, Marice declarou em seu imposto de renda que comprou um apartamento da Cooperativa dos Bancários de São Paulo (Bancoop), em 2011. A cunhada de Vaccari é suspeita de ajudar o petista na lavagem de dinheiro. Segundo a associação dos mutuários da Bancoop, Marice comprou três apartamentos por meio da cooperativa: um no Mirante do Tatuapé, outro no Solar de Santana e outro no Edificio Solaris, no Guarujá, o mesmo onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um triplex e onde o próprio Vaccari tem apartamento. Esse apartamento do Solaris, Marice pagou R$ 200 mil em 2012, mas devolveu o imóvel à OAS, que terminou o imóvel. A OAS pagou R$ 432 mil a Marice pelo apartamento. Meses depois, a OAS vendeu o mesmo imóvel por R$ 327 mil, com prejuízo no negócio. Ela ainda é dona do Mirante do Tatuapé e do Solar de Santana.
Fonte: Blog do Noblat
Os documentos que mostram a intervenção de Vaccari e as negociações com Marice foram anexadas pela defesa dela nesta segunda-feira. Nele, o ex-tesoureiro do PT pede ao ex-deputado petista e advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, que intermedie um acordo. Vaccari e a cunhada respondem na Justiça do Paraná por lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de bens.
O ex-tesoureiro do partido pede ao advogado que providenciasse um “entendimento” com sua cunhada para evitar um eventual dano no processo eleitoral. Na época, o ex-tesoureiro do PT era o responsável pelas contas da campanha da presidente Dilma Rousseff. O ofício foi encaminhado a Greenhalgh no dia 20 de julho. Nele, Vaccari diz que foi procurado insistentemente pela cunhada que reclamava da pressão em torno dela. Marice teria dito a ele que estava “tendo dificuldades de retomar a normalidade de sua vida profissional, pessoal e familiar”.
Na época, havia informações de que Marice teria sido portadora de um pagamento de R$ 1 milhão do PT para a Coteminas como resultado do mensalão. Na carta a Greenhalgh, Vaccari diz que tem "sido procurado insistentemente pela ex-funcionária Marice Correa de Lima", sem dizer que ela é sua cunhada.
Com esse dinheiro, Marice declarou em seu imposto de renda que comprou um apartamento da Cooperativa dos Bancários de São Paulo (Bancoop), em 2011. A cunhada de Vaccari é suspeita de ajudar o petista na lavagem de dinheiro. Segundo a associação dos mutuários da Bancoop, Marice comprou três apartamentos por meio da cooperativa: um no Mirante do Tatuapé, outro no Solar de Santana e outro no Edificio Solaris, no Guarujá, o mesmo onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um triplex e onde o próprio Vaccari tem apartamento. Esse apartamento do Solaris, Marice pagou R$ 200 mil em 2012, mas devolveu o imóvel à OAS, que terminou o imóvel. A OAS pagou R$ 432 mil a Marice pelo apartamento. Meses depois, a OAS vendeu o mesmo imóvel por R$ 327 mil, com prejuízo no negócio. Ela ainda é dona do Mirante do Tatuapé e do Solar de Santana.
Fonte: Blog do Noblat
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