PF descobre laços impróprios entre Toffoli e empreiteiro do petrolão
Investigação mostra que o ministro do STF e Léo Pinheiro, envolvido no petrolão e recém-libertado da cadeia, têm preocupante proximidade.
O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, também está no rol de amigões do ex-presidente da OAS
O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário,
presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das
principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras(Beto Barata / Folhapress/Estadão Conteúdo)
Seis meses se passaram e esse diálogo, aparentemente sem relevância, ganhou outra dimensão. Léo Pinheiro foi solto na última semana no fim de um julgamento dividido, em que o voto do ministro Toffoli foi decisivo para sua libertação. Toffoli votou com o relator, ministro Teori Zavascki, para conceder habeas corpus ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da OAS - decisão logo estendida aos demais presos da Lava-Jato. Se Toffoli tivesse votado contra a concessão do habeas corpus, Pessoa e Léo Pinheiro teriam sido mantidos atrás das grades.
O ministro Benedito Gonçalves, do STJ: processo decidido em favor da
empreiteira do amigo, lobby para chegar ao Supremo e favores, muitos
favores(Lula Marques/Folhapress)
VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos investigadores da Operação Lava-Jato a partir das mensagens encontradas nos telefones apreendidos com Léo Pinheiro. O documento mostra que o empreiteiro frequentava as altas esferas de poder da capital. O interlocutor que aparece marcando encontros com ele no Rio e em São Paulo e a ida à festa de aniversário de Toffoli é o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale lembrar que Benedito chegou a ser o nome preferido do governo para assumir uma vaga no STF. "As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro Toffoli", conclui o relatório da Polícia Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário