Fernando Pimentel, governador de Minas, mais um caso de polícia
Aperta-se o cerco ao governador Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais, e à sua mulher, a jornalista Caroline de Oliveira. Ele é suspeito de envolvimento com corrupção, lavagem de dinheiro e participação na organização criminosa supostamente chefiada pelo empresário Benedito Oliveira, do Distrito Federal.Um documento da Polícia Federal informa que o empresário pagou despesas com transporte e hospedagem de Pimentel e da mulher dele no Kiaroa Resort, na Bahia, quando Pimentel ainda era ministro do Desenvolvimento. Cinco notas fiscais somando R$ 362 mil — e referentes a serviços para a campanha de Pimentel — não aparecem na prestação de contas da campanha de Pimentel à Justiça Eleitoral.
Uma delas se refere à produção de 250 mil santinhos para a campanha de Pimentel. Mas as ordens de serviço apontaram a produção de 2,5 milhões de santinhos. Uma empresa de Caroline recebeu R$ 3,7 milhões entre 2011 e 2014. Empresa de um único funcionário – ela mesma. Há indícios de que parte desse dinheiro foi para o Caixa 2 de campanha de Pimentel.
O governador mineiro emitiu uma nota, ontem, à tarde, refutando as suspeitas levantadas pela Polícia Federal. Teve pouca sorte. Horas depois, o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, aceitou o pedido da polícia para abrir inquérito contra Pimentel. Não aceitaria se ele não fosse bem fundamentado. É mais uma dor de cabeça para o PT e para seu presidente Lula. Não deixa de ser também para a presidente Dilma Rousseff, queridíssima amiga de Pimentel.
No passado, Dilma e Pimentel pertenceram à mesma organização política que lutou contra a ditadura. Ambos foram presos e torturados. Pimentel foi ministro do Desenvolvimento do primeiro governo Dilma. Antes havia sido um dos coordenadores da campanha presidencial dela em 2010. Foi acusado de ter recebido grana por consultorias que nunca prestou depois de ter sido prefeito de Belo Horizonte. Não conseguiu provar que prestou.
Dilma alegou que Pimentel não trabalhava para ela nessa época. Portanto, não se sentia incomodada por isso. O episódio marcou o desfecho do período em que Dilma posou de “faxineira ética”.
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