Dilma finge que aceita críticas pesadas de Lula - cada vez mais com medo de acabar preso na Lava Jato
A confirmação de que o tesoureiro petista João Vaccari Neto
ficará preso até seu julgamento, e a confirmação de Paulo Roberto Costa sobre o
pagamento de propinas pela Odebrecht para conquistar contratos na Petrobras
alimentaram a tensão sobre um desfecho desfavorável a Luiz Inácio Lula da Silva
na Lava Jato. O risco de ter um pedido de prisão decretado pelo Juiz Sérgio
Moro é concreto e objetivo.
Ao também ratificar que Antônio Palocci pediu dinheiro
para a campanha de Dilma, Paulinho (como Lula o tratava intimamente antes de
estourar o escândalo) agrava a situação já periclitante da cúpula petista no
mega esquema de corrupção na Petrobras - que deve ter similares em outras
estatais. [sem nenhuma dúvida existe: ELETROLÃO - PT; CAIXÃO - PT sobre este está sendo investigada a criação de uma empresa como forma de dispensar a Caixa de realizar licitações); BRASILZÃO - PT; BANDESÃO - PT. Além de tudo, os fundos de pensão das estatais estão na mesma situação do Postalis (empregados dos Correios vão ter que contribuir com 25% do salário por 15 anos ou não se aposentam. ATENÇÃO: se esta conta não for paga pelos empregados dos Correios será, sem escapatória, paga pelo Tesouro = NÓS = CONTRIBUINTES); o Funcef - Fundo de Pensão da Caixa - também está enrolado.] Tudo deve piorar quando Henrique Pizzolato voltar extraditado ao
Brasil, com alto risco de revelar novidades sobre os desdobramentos ocultos do
Mensalão (um crime que não terminou, segundo provou o Petrolão).
Enquanto os petistas se borram, parece que, ao menos no
jogo de cena da política, Dilma Rousseff entubou a crítica de Luiz Inácio Lula da
Silva, o "comentarista do abismo" que proclamou que ele, o PT e o
governo Dilma estão no "volume morto". Dilma minimizou ontem, para a
imprensa, os ataques de Lula: "Todo mundo tem o direito de criticar, mais
ainda o presidente Lula, que é muito criticado por vocês".
Mas o líder do (des)governo na Câmara dos Deputados pensa
diferente. O deputado federal José Guimarães, [capitão cueca] irmão do José Genoíno, ficou pt
da vida com as recentes broncas de Lula. Advertindo que falava como petista, e
não como líder (dá para diferenciar?), Guimarães lascou a peixeira cearense no
companheiro $talinácio: "O Lula tem todo o direito de criticar o que ele
quiser, ele é ex-presidente da República, não me estresso com essas coisas. Só
posso dizer que a perspectiva do PT no Nordeste é muito boa. Quem fica
apregoando essa história do PT está no fundo do poço, está no volume morto ou
coisa que o valha... Vamos esperar as eleições. Já vi tantas previsões feitas e
não realizadas, vamos aguardar 2016".
José Guimarães indicou o que pode salvar o governo Dilma e
o PT: "Quem ganha a eleição é economia, é bolso, não é nada de outra
coisa. Se a economia retoma o processo de crescimento em 2016, não tenho a
menor dúvida que vamos sair bem. Tem muita água para rolar ainda, muita coisa a
ser feita". Quem mais bem avacalhou a suposta brinca interna dentro do
PT, gerada por Lula, foi o vice-líder do PSDB na Câmara. O deputado federal
Nilson Leitão ironizou a jogada do grande chefão da Petelândia: "O PT é o
próprio presidente. Se o Lula mudasse de nome ele se chamaria PT. Agora, deu PT
no Lula. Esse é o problema. E agora querem fazer essa mudança".
O Alerta Total repete por 13 x 13 para dar sorte: os
recentes "sincerícídios" de Luiz Inácio Lula da Silva têm três
evidentes intenções. A clara motivação estratégica é reconstruir o PT, de
repente até mudando o nome do partido que desmoralizou a honradez, de olho no
médio e longo prazos. Já o objetivo tático, nada fácil, é teatralizar uma autocrítica
que permita a Lula se descolar do fracasso de Dilma, para uma tentativa de
disputar a sucessão de 2018, ainda muito distante. Uma terceira jogada, não
declarada, consiste em sensibilizar a militância para a guerra que pode ser
gerada com uma eventual queda da Presidenta ou com uma nada improvável prisão
do próprio Lula pela Lava Jato.
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
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