Investigação
à vista
Denúncia
de ISTOÉ,
que envolve o presidente do Congresso, Renan Calheiros,
e os petistas Lindbergh Farias e Luiz Sérgio no esquema de desvios do Postalis
e da Petros, aumenta a pressão para a instalação da CPI dos Fundos de
Pensão
Em sua última edição, ISTOÉ revelou que Renan foi acusado por um ex-funcionário da Galileo Educacional de receber R$ 30 milhões numa transação que sangrou os caixas da Postalis e da Petros – fundos de pensão dos Correios e Petrobras, respectivamente - em pelo menos R$ 100 milhões. Os petistas Lindbergh e Luiz Sérgio teriam embolsado R$ 10 milhões, cada um. O delator foi a principal fonte de um inquérito aberto pela PF para investigar o assunto. “A denúncia torna inadiável a abertura de investigação na Casa. Esse esquema está corroendo os recursos dos fundos de pensão”, afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), um dos autores do requerimento de instalação da CPI.
E AGORA,
RENAN?
O Presidente do Congresso é cobrado para indicar integrantes da CPI dos
Fundos de Pensão, depois de denúncia contra ele trazida por ISTOÉ
O Presidente do Congresso é cobrado para indicar integrantes da CPI dos
Fundos de Pensão, depois de denúncia contra ele trazida por ISTOÉ
Esses novos ingredientes fizeram com que, nos últimos dias, líderes da oposição acelerassem o recolhimento das assinaturas de um terço dos parlamentares – total necessário para aprovar um projeto de resolução para criar a Comissão de Inquérito dos Fundos de Pensão em regime de urgência na Câmara. A Casa tem, atualmente, quatro CPIs instaladas – a da Petrobras, a da Violência contra Jovens Negros e Pobres, a do Sistema Carcerário e a da Máfia das Próteses. O regimento interno estabelece que a Câmara funcione com no máximo cinco comissões de investigação. Embora a dos Fundos de Pensão seja a oitava da fila, a oposição aposta que a revelação de ISTOÉ deu um novo fôlego para a instalação da CPI.
As entidades de classe prejudicadas pelos desvios pressionam os deputados. Na tarde de terça-feira 23, representantes de categorias do funcionalismo, indignados com o rombo no caixa de previdências complementares, abordaram integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com exemplares da revista ISTOÉ em mãos solicitando apoio à instalação da comissão. Para levar ao plenário um projeto de resolução para instalar a CPI em regime de urgência é preciso a adesão de mais de 170 deputados, além do aval da CCJ. Renan, Luiz Sérgio e Lindbergh negam qualquer envolvimento no caso.
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APOSENTADORIAS EM RISCO - PETROS - rombo de R$ 6,2 BILHÕES para funcionários da Petrobras pagar. Não acaba aí: logo estoura o do PREVI = Banco do Brasil
[importante: se os beneficiários desses fundos não pagarem o rombo quem vai pagar é o Tesouro Nacional = contribuintes = nós.]
A exemplo da Câmara, no Senado, parlamentares de oposição também tentam emplacar uma CPI dos Fundos de Previdência Complementar. Lá a questão está mais avançada, mas o envolvimento de Renan expôs os interesses políticos que travam a CPI. Desde o dia 6 de maio, a Comissão está pronta para iniciar os trabalhos. Resta apenas que os líderes partidários indiquem os integrantes do colegiado. Na última semana, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) cobrou do próprio Renan a responsabilidade de indicar os participantes da comissão. A atribuição seria do presidente da Casa, segundo jurisprudência do STF, mas Renan, até agora, se mantém inerte.
Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Fonte: IstoÉ
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