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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Acusam FHC de muitas coisas – algumas verdadeiras – mas ele nunca ministrou palestras fantasmas = lavagem de dinheiro



'Minhas palestras eu dou e vocês assistem', diz FH
Ex-presidente disse não haver problema em receber doações de empreiteiras para o Instituto FHC
Diante de declarações feitas por petistas nos últimos dias de que o Instituto FHC também aceitou, assim como o Instituto Lula, doações de construtoras investigadas na Operação Lava-Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta terça-feira que o recebimento de recursos de empreiteiras não é um problema, mas sim a destinação que se dá a eles. [problema maior não é a destinação dos recursos e sim a razão das doações – no caso do Lula, Pimentel e outros da trupe petista as palestras simplesmente não aconteceram e a razão da simulação foi, é, e sempre será: lavagem de dinheiro.
Empresário não joga dinheiro fora e pagar para ouvir as asneiras do Lula, Pimentel e outros do mesmo naipe, equivale exatamente a encher o vaso sanitário de grana e acionar a descarga.]

Ao falar sobre as doações ao instituto do petista, Fernando Henrique deixou no ar uma provocação: — Eu não quero falar sobre o que eu não sei. O que foi dito lá é que o Instituto Lula recebeu dinheiro; e pode receber. Foi dito que o presidente Lula recebeu por palestras; e isso também pode. Se houve desvio para fins políticos, eu não sei. As minhas palestras eu dou e vocês assistem — disse ele, encerrando uma entrevista na sede do IFHC nesta tarde.

O tucano não negou que seu instituto tenha recebido nos últimos anos ajuda financeira das construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, investigadas na Operação Lava-Jato. Mas ele disse desconhecer se isso aconteceu.  Pode ser que tenha recursos aqui. Muita gente deu recursos aqui, mas aqui o recurso é para fazer o que estamos fazendo. Não tem nenhuma relação com política e partidos.

FH encerrou nesta tarde um seminário sobre relações internacionais organizado pelo IFHC. Ele comentou a polêmica que se instalou entre políticos brasileiros e o governo da Venezuela após uma visita frustrada de senadores, entre eles, líderes do PSDB como o Aécio Neves e Aloysio Nunes, àquele país na semana passada. O ex-presidente defendeu a atuação dos senadores brasileiros que foram ao país vizinho para visitar um preso político, mas não conseguiram cumprir a agenda e acusam o governo de Nicolás Maduro de ter impedido a visita. — Foi importante (a visita) e polêmica sempre é bom porque chama a atenção (para o problema). Para que é feito o Legislativo? Para fazer política. É isso o que eles estão fazendo, defendendo valores democráticos — afirmou, para completar:  — Minha posição é clara. Acho que eles (Venezuela) passaram do limite do aceitável. Ainda bem que foi convocada eleição agora para o dia 6 de dezembro e hoje parece que o Lopez suspendeu a greve de fome.

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