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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sete motivos explicam por que a gasolina é tão cara em Brasília



Formação de cartel, falta de concorrência e alto poder aquisitivo em Brasília são alguns fatores que impulsionam a cobrança de valores exorbitantes
Enquanto continua a queda de braço entre a Justiça e os postos de gasolina sobre os altos preços de combustíveis que são pagos no Distrito Federal, a população continua a se questionar por que a gasolina é tão cara na capital federal. Os valores elevados são alvo do Ministério Público do Distrito Federal, que vai entrar com uma ação para pedir o tabelamento da margem de lucros dos empresários do setor. Ao menos sete pontos ajudam a explicar:

Existência de um cartel
A Operação Dubai, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do DF, mostrou o que os brasilienses já sabiam: empresários do setor de combustíveis formaram um cartel para combinar preços e manter valor alto nas bombas. Escutas revelaram que donos de postos fazem acerto e ameaçam quem não integra o esquema.
Falta de concorrência
Nas últimas décadas, o cartel conseguiu barrar a aprovação de uma lei autorizando a instalação de postos de combustíveis em supermercados. Em outras cidades, isso ampliou a concorrência e derrubou os preços. Esta semana, a lei que libera a construção de postos nesses estabelecimentos foi sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg. Mas a legislação pode se tornar inócua diante da burocracia.
Força política do setor
Os empresários do setor de combustíveis fazem doações sistemáticas a candidatos em todas as eleições e, assim, mantêm o poder de interferir nas decisões políticas em todos os âmbitos. Onze deputados distritais e seis federais receberam recursos desses postos de combustíveis. Os empresários do setor ainda doaram a quatro candidatos ao governo.
Combinação de preços na distribuição
Investigações da ´Polícia Federal e do Ministério Público do DF apontam que a combinação de preços começava no âmbito da distribuição da gasolina, não apenas na revenda do produto. A Rede Cascol, segundo delegados da PF, tinha privilégios com a BR Distribuidora. Um dos presos da Operação Dubai era gerente da BR Distribuidora.

Alto poder aquisitivo dos brasilienses

O DF tem a maior renda per capita do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O índice é 2,4 vezes maior do que a média brasileira.  A exemplo do que ocorre em vários outros setores do comércio, isso estimula empresários a elevarem os preços de produtos.
Sindicato a serviço do cartel
Em vez de trabalhar em prol da maioria dos empresários do setor, o Sindicato do Comércio Varejistas de Combustíveis e de Lubrificantes do DF pautava a atuação em defesa dos interesses do grupo Cascol, o maior da capital. O presidente do Sindicato, José Carlos Ulhôa Fonseca, foi um dos presos na Operação Dubai.
Aumento do ICMS
Em fevereiro do ano passado, o governo propôs o reajuste do ICMS da gasolina de 25% para 28% e do diesel, de 12% para 15%. Os distritais aprovaram o projeto de lei, e as novas alíquotas entraram em vigor em 1° de janeiro. Os empresários repassaram o reajuste aos consumidores, mas ampliaram o preço muito acima da mudança de imposto.

Fonte: Correio Braziliense

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