Quatro detentos são mortos em nova rebelião em Manaus
Em busca de informação sobre presos, parentes incendiaram colchões e
foram reprimidos pela PM. Secretário diz que três detentos foram
decapitados na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa
[apenas reprimir os baderneiros não é suficiente - devem ser presos, autuados e encarcerados; só assim, aprenderão que são apenas parentes de bandidos.]
Quatro detentos foram mortos em nova rebelião em presídios
de Manaus, neste domingo. A rebelião ocorreu nesta madrugada na Cadeia
Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, para onde detentos
haviam sido transferidos após o massacre no Complexo Penitenciária Anísio Jobim (Compaj) em que 56 presos foram assassinados. Com o número, sobe para 64 o número de mortes em rebeliões no sistema carcerário do Amazonas este ano.
Presos passam por revista após rebelião em presídio de Manaus - Divulgação
O secretário de Administração Penitenciária do Amazonas
(Seap), Pedro Florêncio, confirmou os números e disse que, do total de
mortos desta madrugada, três foram decapitados. - O Instituto Médico-Legal fez a remoção de quatro corpos de dentro da cadeia. Três deles foram decapitados - disse Florêncio.
Questionado sobre o motivo da rebelião, Pedro Florêncio
disse desconhecer o motivo e descartou a possibilidade de uma nova briga
entre facções. - Não há motivos aparentes para o que ocasionou isso. Eles
são todos iguais. Tem alguns que se dizem do PCC, mas são todos iguais.
Na sexta, eles fizeram um motim querendo mais espaço. Demos o espaço
para eles, ficaram com mais um pavilhão. Então não sei por quê eles
fizeram isso. Não foi briga de facção - enfatizou.
Na sexta-feira, houve tumulto no local. Os internos reclamaram da estrutura, que abriga mais de 200 presos. Florêncio disse ainda que, por volta das 6h, logo após o
Instituto Médico-Legal fazer a remoção dos corpos, a situação estava sob
controle: - Por volta de 2h30 o batalhão chegou ao local, pois
tínhamos a informação de que havia mortos dentro do presídio. Às 6h,
tudo já estava normalizado e sob controle.
Familiares dos internos relatam que a rebelião começou por
volta de 2h e que às 5h duas viaturas do IML chegaram à cadeia para
fazer a remoção dos corpos. - O secretário esteve aqui no local e o IML também. Não
passaram nenhuma informação pra gente - disse um dos parentes que
preferiu não se identificar.
TUMULTO EM FRENTE A PRESÍDIO
Tão
logo o Comando de Policiamento Especializado (CPE), do Batalhão de
Choque da Polícia Militar, entrou na cadeia, os parentes dos detentos
iniciaram um tumulto, gritando e batendo nas grades. Os policiais
revidaram a ação jogando spray de pimenta nos manifestantes. Exaltados,
os familiares mais revoltados começaram a queimar colchões e pedaços de
madeiras. [que queimem colchões e assim seus parentes bandidos dormirão no chão duro.]
Após a polícia apagar o fogo, familiares bloquearam a via da
frente do presídio pedindo a saída do governador José Melo. "Fora Melo"
e "Melo safado" foram alguns dos gritos.
CADEIA TEM 100 ANOS
A
cadeia, que tem mais de 100 anos, estava desativada desde outubro do ano
passado por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por
falta de condições para receber os presos. A reaberta na segunda-feira
para a acomodação de detentos ameaçados de morte pela facção Família do
Norte (FDN). A medida foi adotada de modo emergencial. [o CNJ se preocupa com o conforto das cadeias, manda fechar as que acha desconfortáveis, e faz pressão acusando que existe superlotação.
Será que os membros do CNJ querem justificar a soltura em massa de bandidos?]
As condições precárias do prédio foram apontadas em
relatório CNJ e entregue ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e
órgãos estaduais em julho de 2014. A recomendação para não receber novos
presos não foi atendida e a unidade, que fica na Avenida Sete de
Setembro, que seguiu em funcionamento até 11 de outubro de 2016.
Fonte: O Globo
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