O ex-ministro Antonio Palocci, quando falou que teria
muito a colaborar com a Lava-Jato e o que o que ele tem a contar daria
para mais um ano de trabalho para as investigações, queria dar um sinal
de que poderia ser um colaborador da Justiça. O juiz Sérgio Moro
entendeu que ele estava usando aquele momento para mandar sinal a
terceiros para que o tirassem da prisão preventiva antes que ele
começasse a delatar. Voltou-se contra ele a estratégia. E isso elevou a
pena.
Aliás, a decisão de ontem mostra as vantagens da colaboração. Os
marqueteiros João Santana e Monica Moura vão ficar em prisão domiciliar
por um ano e meio em regime integral. Não podem sair de casa. E depois
disso será o domiciliar semiaberto. Terão que dormir em casa e passar
fins de semana e feriados no domicílio. A pena é de pouco mais de quatro
anos. Eles foram beneficiários da propina.
Já o ex-ministro Palocci condenado por administrar o caixa geral da
propina da Odebrechet para o PT foi condenado a doze anos e dois meses
de prisão começando em regime fechado. E só depois poderá pensar em
progressão de pena. Ele ainda pode ter benefícios se fizer delação
premiada, mas só vale se contar o que a Justiça ainda não sabe.
Fonte: Miriam Leitão - Bom Dia Brasil
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