Costuma-se
dizer que a oportunidade só bate uma vez na porta. Mas no caso do PT, a
oportunidade se comporta como visita chata, tocando a campanhinha o tempo todo.
Ao negar o pedido de Lula para não ser preso, o Supremo Tribunal Federal
ofereceu mais uma oportunidade para o PT se recompor em cena. Mas a ficha do
partido ainda não caiu. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a prisão
de Lula “vai expor o Brasil ao mundo”. Nas palavras dela, “viraremos uma
republiqueta de bananas.''
Ironicamente,
o quase-presidiário Lula é o único personagem capaz de conceder ao PT um habeas
corpus que liberte o partido da incumbência de arrastar sua condenação por
corrupção ao longo da campanha eleitoral. Mas Lula ainda não sinalizou a
intenção de libertar o PT de sua bola de ferro. Depois de fundar, Lula
dedica-se a afundar o PT.
Uma
república de bananas normalmente é governada por oligarquias corrompidas. No
Brasil, banana também é o nome dado a uma pessoa palerma. A prisão de Lula, um
banana por omissão, que não sabia de nada, representa um avanço na contramão do
que diz Gleisi Hoffmann. Nas repúblicas de bananas os políticos bananas são
condenados ao Poder, não à prisão. Quem venha os próximos.
Gleisi
deveria estar procurando a porta de incêndio. Mas suas palavras revelam que o
PT não perde a oportunidade de perder oportunidades. O partido vai virando uma
oportunidade que seus rivais aproveitam.
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