Ideias de Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas para a Presidência da República, anuncia que vai apresentar “o pior programa de governo do mundo”. Argumenta: “Porque será verdadeiro”. Por enquanto, tem falado mais sobre o que não vai fazer, sem dizer o que de fato pretende fazer, caso seja eleito. Na área da segurança, por exemplo, diz que não vai renovar a intervenção militar no Rio nem promover ações em outros estados. Mas não indica alternativas contra o aumento da criminalidade nas zonas urbanas, como ficou claro ontem, em evento organizado pelo site Poder 360, em Brasília. É confuso ao tratar de Previdência. Estuda propor um “novo sistema” para os jovens, para evitar uma transição “tumultuada”. Mas afirma, também, que a venda de estatais pode bancar o custo da transição na reforma previdenciária. [existe a necessidade da reforma previdenciária, mas para saber o que tem que realmente ser reformado é necessário uns seis meses de combate cerrado a indústria da FRAUDE NA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS e COMBATER À SONEGAÇÃO - empresário recolhe a contribuição dos empregados e não repassa para a Previdência.Com essa marcação cerrada aumentaria a receita, reduziria os gastos e se teria a medida exata do que realmente precisa ser reformado.] Define-se como liberal na economia, deseja a independência do Banco Central e privatizações — mas teme a entrega de áreas “estratégicas” à China, como a exploração mineral, porque “é um regime totalmente diferente do nosso”. [a regra deve ser o Estado mínimo, porém, resguardando algumas áreas estratégicas que não podem sair do controle do Estado;
Mas para que o Estado possuir um banco? Para que o Estado possuir uma imobiliária? No caso do Brasil além do Banco do Brasil tem a Caixa que além de banco é uma gigantesca imobiliária. Sua receita para sair da crise? “Rodando a economia”. Não é claro sobre o significado. Imagina reduzir a burocracia e os ministérios — de 30 para 15. Pensa em acabar com Meio Ambiente, fundindo-o à Agricultura. Sobre Petrobras e o pré-sal, não os considera prioritários: “O ciclo do petróleo acabou.” [não tem o menor sentido possuir um ministério só para cuidar do Meio ambiente; basta passar o meio ambiente para Secretaria e incluir na Agricultura.
Direitos Humanos, Politica para Mulheres, Igualdade Racial e outras atividades que se perguntar para o titular o que seu ministério faz, ele não vai saber responder; neste caso a solução é juntar tudo, dando a cada um o status de subsecretaria e agregando a uma Secretaria no Ministério da Justiça.]
MEDITAÇÃO
Homem de
pavio curto, Bolsonaro admitiu que, como candidato, está se esforçando para
domar o temperamento explosivo. Contou que já controla o ímpeto de interromper
as pessoas, por exemplo. Durante evento, ontem, respirava fundo e levava as
mãos ao rosto quando a vontade de falar era mais forte. Fez ainda outra
revelação: “Tudo cansa. Cansei de ser deputado.”
'VÃO SE
JUNTAR TODOS PRA EU DAR UM TIRO SÓ'
Jair
Bolsonaro acha que encarna o "novo" na eleição presidencial deste ano
e disse acreditar que estará no segundo turno contra o "candidato que o PT
apoiar". [Bolsonaro erra quando fala candidato que o PT apoiar; o PT está em processo de implosão e vai precisar de apoio ou não chega nem até as eleições.] Afirma que, se houver união dos candidatos do campo do
centro, a disputa ficará mais fácil: "Vão se juntar todos para eu dar um
tiro só".
O
candidato diz pretender mudar a forma de governar no Brasil. Em evento
organizado pelo site Poder 360, afirmou que não vai "lotear o governo nos
porões do Jaburu", mas acenou para o chamado "baixo clero" do
Congresso, afirmando que não vai discutir com líderes dos partidos. Indagado
sobre qual é seu compromisso com a democracia, afirmou que foram os
militares que garantiram o processo de impeachment de Dilma Rousseff,
defendeu a liberdade de imprensa, e disse ser contra medidas para regulação da
mídia.
Bolsonaro
adiantou que quer colocar um militar no comando do Ministério da Defesa. E
afirmou que, sob sua presidência, como comandante em chefe das Forças Armadas,
não haverá disputa de poder pelo cargo de ministro: "Vai ter
autoridade". Para Bolsonaro, a intenção do ex-presidente Fernando Henrique
ao criar a pasta, em 1997, foi "tirar os militares da mesa de reunião
presidencial". Ele passou em revista os ex-ministros, com críticas a
todos. Só Nelson Jobim escapou. Sobre o último ocupante, Raul Jungmann,
disparou: "Ele tem pavor de pistola e é ministro da Defesa?" [o mais sensato seria Bolsonaro esquecer esse modelo de ministério da Defesa, recriar o EMFA - Estado Maior das Forças Armadas - que cuidaria das atividades que envolver as três Forças - e transformar os comandos das Forças Singulares em Ministérios.
A subordinação dos recriados ministérios da Marinha, Exército e Aeronáutica, seria diretamente ao presidente da República - sem intermediários.
O Gabinete Militar passaria a ser chefiado por um general e manteria a Abin - com reformulações.]
Em
relação a pistolas, Bolsonaro reiterou que quer armar a população. Acha que, se
há uma guerra no país, os dois lados devem poder atirar, não apenas os
bandidos. "Tem que parar de ter pena de vagabundo, de achar que pode ser
reciclado. Não vai ter futuro", disse.
O Globo
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