Michel Temer vive dias de provação. Pela primeira vez, a família de um
presidente em pleno exercício do cargo é arrolada a depor, prestar
explicações, por supostos casos de corrupção. Uma investigação da
Polícia Federal dá conta de lavagem de recursos via reformas nas casas
tanto da filha como da sogra em troca de um decreto de portos – que
acabou por não existir, diga-se de passagem. [o que prova que familiares de Temer estão sendo acusados de uma atitude ilicita que supostamente praticaram em troca de um serviço que Temer não prestou.
Seria um caso raro até no Brasil, em que o corrupto não presta o serviço para cuja execução foi corrompido e mesmo assim recebe o pagamento.
Tentam acusar Temer de ser além de corrupto - crime contra a Nação - ser também caloteiro - ao não fornecer o que motivou sua paga pelo corruptor.] Ruim para Temer, pior para o
Brasil. Essa é a terceira onda de ataques sistemáticos ao chefe da
Nação e, com ela, o País vai vivendo à base de soluços. [querem destruir Temer nem que para isso tenham que implodir o Brasil;
o anseio de um certo grupo de destruir o presidente Temer os faz esquecer que em 31 dez 2018 Temer deixa de ser presidente, politicamente está acabado e seguirá sua vida.
Só que os efeitos dos danos estão fazendo ao Brasil, no intuito de ferrar Temer, terão duração bem além dos próximos anos - talvez levem uma década para serem sanados.] Anda e para a
depender da atenção que a pauta de ajustes consegue arranjar. Os revezes
pessoais do mandatário contaminaram a gestão. A economia ficou a
reboque das insânias políticas. A agenda reformista, que tinha na
previdência seu maior alvo, ficou para as calendas. Na verdade, logo foi
abatida. A primeira de uma longa lista.
Há pouco mais de um ano o
empresário Joesley Batista, para escapar do cerco que se fechava sobre
ele, comprometeu Temer numa gravação conduzida e criminosa. De lá para
cá, a prioridade de combate à crise foi abaixo. Não há tempo para as
negociações, para costurar alianças em torno de projetos, para propor
saídas. Os esforços são consumidos na luta por salvar a própria pele. Há
algo de perverso nessa contenda. Adversários tentam minar a resistência
federal buscando colar a pecha de ineficiência em um governo que, bem
ou mal, conseguiu fazer a transição. Há resultados concretos e sabidos:
da inflação e dos juros levados a níveis historicamente baixos à reforma
trabalhista, o fim da recessão e uma inominável lista de boas
providências. Longe de ser suficiente. Porém significaram fundamentais
passos na direção correta. A camarilha parlamentar, a despeito das
conquistas, não perdoou. Nos últimos tempos, após estratégia infrutífera
de afastar o presidente por meio de votação em plenária, resolveu
sabotar todo e qualquer projeto de melhorias estruturais. De novo,
trágico para o Brasil.
A paralisia do trabalho verificada atualmente no
Congresso assemelha-se a de um Parlamento em pleno status de
intervenção. Tal qual nos idos do AI-5. Não se vota nada, não se aprova
qualquer medida provisória que valha. A privatização da Eletrobras
empacou. A simplificação do sistema tributário, defendida desde o início
do ano, não é nem mais lembrada. Até a bancada governista bandeou-se
para o lado da oposição na luta contra o cadastro positivo de devedores
que Temer almejou adotar. O que sai daquela casa nos dias de hoje é mera
perfumaria. Deputados e senadores estão mais preocupados em garantir a
reeleição. Sonham com a perpetuação do foro privilegiado contra
eventuais rescaldos das investigações da Lava Jato. Eis a classe
política que restou. Parlamentares atentos a questões comezinhas. A
janela da troca partidária galvanizou mais interesse do que a vital
preocupação com equilíbrio das contas nacionais. Cortar, reduzir gastos,
eliminar desperdícios é discussão impopular para o momento eleitoral.
Na direção oposta, congressistas estão mesmo é derrubando todos os vetos
de Temer a medidas que oneram o erário. A festa da distribuição de
recursos inexistentes alcançou o auge.
As renegociações de dívidas do
Funrural, por exemplo, custarão mais R$ 15 bilhões ao Tesouro por obra e
graça dos senhores do parlamento que resolveram torrar o dinheiro da
viúva. E o presidente – encurralado por querelas com a PF, o TSE e a
Procuradoria – fica com as mãos atadas, sem margem de manobra. O
esfacelamento do seu poder reflete-se ainda nos entendimentos para a
formação de uma candidatura de centro consistente e vencedora. O
fatiamento das opções eleitorais nesse eixo cria um cenário de grandes
riscos à sucessão. Não há ainda uma chapa que anime. O tucanato resiste,
bestamente, em fechar um acordo com o MDB para defender o legado – de
resto consistente – traçado por Michel Miguel Elias Temer Lulia. A
impopularidade, inclusive nas ruas, assusta. Dois anos depois de
assumir, o presidente vive o seu inferno astral. Tentará contornar a má
imagem e má fase com uma forte ação de comunicação realçando suas
realizações no período. Ainda acalenta a própria candidatura como
alternativa para ficar vivo no jogo.
Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
sábado, 5 de maio de 2018
O calvário de um presidente
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