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terça-feira, 8 de maio de 2018

Reconstituição da morte da vereadora Marielle terá tiros reais, testemunha-chave e secretário de Segurança - Arma usada no assassinato foi uma submetralhadora, diz polícia





Peritos da polícia do Rio de Janeiro usarão tiros reais e levarão à reconstituição do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes na quinta-feira (10) a única sobrevivente do ataque, uma assessora da vereadora, cuja identidade é preservada. O secretário de Segurança, o general de divisão Richard Nunes, acompanhará pessoalmente o trabalho dos peritos na região central do Rio de Janeiro. O principal objetivo da reconstituição será "consolidar os depoimentos das testemunhas do crime", segundo uma fonte ligada à investigação. Em outras palavras, a reconstituição quer verificar se, na prática, o que as testemunhas relataram seria realmente viável. Se forem corroborados pelos peritos na reconstituição, os relatos das testemunhas terão mais valor em um eventual processo judicial se os culpados forem identificados.

Um dos relatos mais importantes é o da assessora de Marielle, que estava no carro na hora do ataque, na noite de 14 de março, e sobreviveu. A mulher não foi atingida pelos tiros e chegou a deixar o país com seu marido após prestar depoimento à polícia. Logo após o crime, ela havia dito a uma emissora de TV que ouviu uma rajada de tiros --o que teria gerado um barulho forte e rápido. Ela disse também que segurou o volante do carro e puxou o freio de mão. Afirmou ainda que, em princípio, não havia se dado conta que a vereadora e o motorista estavam mortos. A polícia deve fazer disparos reais usando uma submetralhadora de calibre 9 mm semelhante à que os policiais acreditam que que foi usada no assassinato. Também deve ser reconstituído o trajeto que Marielle, Anderson e a assessora fizeram de carro desde uma reunião política na rua dos Inválidos, na Lapa, até o local do ataque, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio. 

A reconstituição deve acontecer no período noturno, para reproduzir as mesmas condições de visibilidade da noite do crime. Os policiais que primeiro chegaram ao local do crime também participariam da simulação. A resolução do caso é considerada crucial por ter impacto na sensação geral de segurança no Rio de Janeiro. [dificil de justificar a afirmação de que o resolução de um assassinato (entre milhares que sequer são investigados) tenha algum impacto na segurança no Rio de Janeiro.] O desfecho da investigação também deve ter impacto político significativo na intervenção federal e na intervenção federal e no governo Temer, segundo fontes da intervenção ouvidas pela reportagem.

Arma usada no assassinato foi uma submetralhadora, diz polícia


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Inicialmente, a polícia analisou a possibilidade de os tiros terem sido sido disparados de uma pistola, mas a hipótese foi descartada. A munição de calibre 9 mm pode ser usada tanto em pistolas como em submetralhadoras. Porém, quando é disparada de uma submetralhadora seu poder destrutivo é maior --assim como a cadência de tiros. 

A fonte da Polícia Civil afirmou que há indícios de que a submetralhadora usada foi uma HK MP5, arma desenvolvida na Alemanha na década de 1960. Essa submetralhadora é usada em dezenas de países, tem diversas variações de modelos e é considerada muito comum. No Brasil, ela é usada por forças de segurança (polícias militares e federal), colecionadores e pode ser adquirida ilegalmente no mercado negro. É uma arma usada geralmente em combates a curta distância.



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