Após negativa de PR e PRP, Bolsonaro diz que o ‘seu partido é o povo’
Filiada ao PSL, a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff e cotada para ser vice na chapa do presidenciável de seu partido, Jair Bolsonaro, disse na manhã desta quinta-feira, 19, em entrevista à Rádio Eldorado, que ainda não recebeu nenhum convite para essa empreitada. “Não tenho como responder (se aceita ou não ser vice na chapa de Bolsonaro) porque nada me foi perguntado”, disse. Ela, contudo, se mostrou otimista com a possibilidade, dizendo: “Se essa dupla acontecer, será para revolucionar o País.”
Na entrevista, Janaina disse que não conhece Bolsonaro pessoalmente e que falou com ele por telefone quando se filiou ao PSL. Contou, ainda, que após a desistência do PRP em compor com o deputado, indicando o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro como vice em sua chapa, seu telefone não parou mais de tocar, com as pessoas pedindo pra ela aceitar o convite pra ser vice. “Que não ocorreu”, insistiu. Na sua avaliação, Bolsonaro deve estar refletindo sobre o assunto e sobre todas as possibilidades. “Até porque sou uma pessoa difícil, de forte personalidade”, emendou.
Mas, segundo Janaina, a forte personalidade de ambos é o fator que poderia revolucionar o Brasil. “Se essa dupla não consegue mudar o Brasil, ninguém consegue, são duas pessoas de personalidade muito forte. Não conheço ninguém que ame mais o Brasil do que eu. Para o País seria algo significativo”, disse a advogada à Eldorado.
Janaina informou que não tem estipulou um limite para a definição sobre ser ou não vice na chapa de Bolsonaro. “Não trabalho com deadline, isso é coisa de criança.” Em sintonia com o que Bolsonaro disse hoje em sua conta pessoal no Twitter – que “seu partido é o povo” -, numa referência às negativas de PR e PRP em compor uma aliança com sua candidatura nessa corrida presidencial, Janaina também falou na entrevista que se for mesmo candidata nessas eleições, pretende governar com “o povo”.
O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira, 19, que “jamais” se comprometeu com os partidos que rejeitaram alianças com ele nos últimos dias. Bolsonaro enfrenta dificuldades para compor alianças desde que assumiu a disposição de concorrer ao Planalto nas eleições 2018.
O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que com a rejeição do PR e do PRP, [ser rejeitado por partidos tipo PR e PRP engrandece qualquer currículo; já ser aceito ...!!!???] o parlamentar fluminense que lidera as pesquisas em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado a 12 anos e 1 mês de prisão na Operação Lava Jato, deve optar uma “chapa puro-sangue” – com o vice indicado de dentro do seu partido – para a disputa presidencial.
“O nosso partido é o povo e não os líderes partidários que representam o atual sistema no Brasil”, afirmou Bolsonaro pelo Twitter.
Em menos de 48 horas, ele ouviu um “não” do PR, comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP) [ex-presidiário, condenado pelo MENSALÃO - PT, e dono do partido] e do nanico PRP – legenda do general da reserva Augusto Heleno Ribeiro, cotado até então para ser o vice na chapa. Caso não consiga romper o isolamento, Bolsonaro vai dispor de apenas 8 segundos em cada bloco no horário gratuito de rádio e TV que começa em 31 de agosto.
“A maioria da imprensa cria falsa narrativa como se tivesse sido descartado por fulano e sicrano. Jamais me comprometi com nenhum dos citados. Sempre deixei claro que meu partido é o povo e agora tentam desonestamente inverter a situação para mais uma vez nos descredibilizar!”, afirmou.
Na prática, o cálculo que vem sendo feito por líderes políticos é de que Bolsonaro teria dificuldades de vencer a eleição no segundo turno. [óbvio que impossível Bolsonaro vencer a eleição em segundo turno;
não se vence o que não existe; e, não haverá segundo turno, visto que Bolsonaro ganha no primeiro.]
Nas negociações, as legendas têm dado prioridade às candidaturas proporcionais, visando a formação de bancadas no Congresso. Para enfrentar a falta de palanque eletrônico, a campanha do PSL já prevê uma estratégia que envolve recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para usar o direito de resposta no espaço dos concorrentes. A avaliação é de que Bolsonaro será constantemente alvo de ataques. “Vamos jogar no contra-ataque”, afirmou o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), um dos articuladores da campanha.
IstoÉ
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