Carlos Marun afirmou também que Temer pode vetar anistia a caminhoneiros
Ministro diz que governo deve recorrer de decisão que barrou leilão de distribuidoras da Eletrobras
[ao vetar a anistia Temer mostrará que ainda lhe resta alguma dignidade e desestimulará novos movimentos grevistas e de lock-out;
não viajando para o exterior, até outubro, Temer elimina o risco Toffoli = impedirá que o ministro Toffoli comandando o Judiciário em pleno recesso, solte Lula.
Temer demonstre coragem e vete a anistia e impeça que Lula seja solto.]
O
ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta
sexta-feira que o governo deve recorrer de decisão judicial que barrou o leilão
das distribuidoras da Eletrobras. Na quinta-feira, o BNDES suspendeu o leilão, após a
Justiça Federal conceder liminar à Associação dos Empregados da Eletrobras,
que questionava a licitação das seis empresas.
De acordo
com Marun, o governo ainda espera que o leilão seja realizado no dia 26 de
julho, como estava previsto. — Nós
ainda estamos trabalhando com a expectativa de realização do leilão no dia 26.
Não houve alteração na posição do governo — disse.
O
ministro também disse que existe uma grande probabilidade do presidente Michel
Temer vetar parte da medida provisória que anistia multas aplicadas durante a
greve dos caminhoneiros. A medida foi aprovada no Congresso na última
quarta-feira. — Existe
uma grande probabilidade do veto, porque nós entendemos que as multas de
locaute, multas aplicadas inclusive pela Justiça, têm que ser avaliadas caso a
caso. Nós não estamos dispostos a simplesmente concordarmos com anistia de
todas as multas por locaute — disse Marun.
Segundo
Marun, a perspectiva é de que o veto seja aplicado apenas para as multas
judiciais. Marun admitiu que as multas de trânsito poderiam ser anistiadas: — As de
trânsito podem sim ser anistiadas, o veto seria referente às multas judiciais —
afirmou. [as multas de trânsito não aplicadas pela Justiça e sim com base no Código de Trânsito Brasileiro podem ser objeto de recurso aos órgãos específicos - não vetar a anistia equivale ao governo, mais uma vez, ficar de 'quatro' diante dos empresários/caminhoneiros.] .
A
afirmação foi feita em um café da manhã com jornalistas. Durante o café, o
ministro foi indagado sobre o motivo da redução de R$ 0,46 no preço do diesel,
outra promessa feita durante a greve dos caminhoneiros, ainda não ter chegado
em todo o país. Marun disse que o governo estava tomando providências para
garantir o repasse integral do desconto.
— Não
consigo ver nenhum motivo para que esses R$ 0,46 não tenham ainda chegado na
plenitude aos senhores caminhoneiros e consumidores em geral, mas eu sei também
que estão sendo tomadas as providências, já existem processos abertos em
relação a alguns postos — declarou.
O
ministro criticou o reestabelecimento do subsídio para o setor de refrigerantes
e disse que o governo está buscando outra solução intermediária. A decisão da
equipe econômica de acabar com este subsídio foi uma das medidas tomadas para
compensar o corte de impostos do litro do diesel feito para encerrar a greve
dos caminhoneiros. — A dos
refrigerantes foi aprovada em um momento de baixo quórum e realmente contraria
o pensamento do governo, o governo está dialogando no sentido de tentar
encontrar uma solução intermediária mas vamos derrotar isso na Câmara dos
Deputados. E meu pensamento é que só volte a negociar depois de derrubar isso
na Câmara. Esse atropelo não foi bem visto pelo governo - concluiu o ministro.
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