Alckmin espera Haddad crescer mais para atacar Bolsonaro; entenda
Tucano, que oscilou negativamente no Datafolha, esperava crescimento de Haddad
A
pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, pode levar a campanha do
candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, a adiar o início da
propaganda pelo voto útil no horário eleitoral. Havia a expectativa de que a
estratégia estivesse em curso já na próxima semana. A candidatura tem inserções
prontas, mas depende de um crescimento maior de Fernando Haddad (PT)
para colocar no ar a estratégia voltada a atrair votos de eleitores de Jair
Bolsonaro (PSL). [a
depender de crescimento maior do LARANJA do Lula a estratégia tucana
não irá para o ar - Haddad cresceu um pouco (um percentual sobre quase
nada é também quase nada) por estar no saco de laranjas, quando Lula
soltou o laranja muitos se animaram, mas, não será um crescimento
contínuo e não passa dos 15% - anotem e cobrem.]
No
Datafolha da noite desta sexta-feira, o sucessor do ex-presidente Lula aparece
com 13%, num empate com Ciro Gomes (PDT) e tecnicamente empatado com
Alckmin, que pontuou 9%. A campanha pelo voto útil do tucano está baseada num
discurso do medo da volta do PT ao poder. Para que ela tenha chance de sucesso,
dizem aliados do candidato, é preciso que Haddad apareça como segundo colocado
isolado, com possibilidade de derrotar Bolsonaro. - Se com
a entrada de Haddad não houver esse cenário de ameaça de volta do PT, o nosso
voto útil perderá força - disse um dos coordenadores da campanha.
[é pacífico que apesar de ter realizado um bom governo, ser competente, o tucano Geraldo Alckmin é ruim de estratégia.
FATO: excetuando uma ação inesperada, uma determinação divina, Bolsonaro estará no Segundo Turno (outra alternativa para ele não estar lá é ganhar já no primeiro turno - o que não é impossível.)
Com isso atacar Bolsonaro é pura burrice, já que ocorrendo a remota hipótese de Bolsonaro cair, não há garantia que seu atacante - no caso sob comento, Alckmin - subirá.
O hipotético crescimento de um dos quatro do segundo lugar, poderá não ocorrer com o tucano. Em tal hipótese, Alckmin ataca Bolsonaro, consegue o improvável - uma queda pequena do capitão, com ele permanecendo no primeiro lugar e garantindo participação no segundo turno - e assiste um dos seus adversários diretos crescer e garantir participação no segundo turno.
Alckmin, não sou expert em política, mas estou à vontade para te lembrar que teus adversários são os que dividem contigo o segundo lugar, especialmente os que estão na tua frente.
Tua única saída para disputar o segundo é passar por cima do Ciro e do Haddad - Ciro não está usando o 'gardenal' e será fácil que ele caia por conta própria e o Haddad, como laranja demonstrou que não é lá muito inteligente - ontem, na entrevista no JN ele demonstrou seu excesso de falta de inteligência:Fernando Haddad cria no JN a autocrítica a favor
Alckmin não te interessa quem estará no segundo turno;
o que te interessa é você estar lá e isso só ocorrerá se você for o primeiro entre os segundos - portanto, tua única saída é passar por cima dos que dividem contigo, no momento, o segundo lugar, e ficar - OBVIAMENTE - sebndo o primeiro entre os segundos. ]
O sucesso
do voto útil para o tucano depende também, na avaliação da campanha, de um
crescimento de Alckmin nas pesquisas, mesmo que de dois ou três pontos. Segundo
o Datafolha, ele oscilou de 10% para 9%. A estagnação passa a imagem de que ele
não tem viabilidade.
Enquanto
o pedido de voto útil não vem, Alckmin trabalha para associar a sua imagem o
rótulo do "verdadeiro antipetista" desta eleição. Trata-se de um
esforço em paralelo para evitar que a tática do voto útil acabe beneficiando
outros candidatos e não o tucano. Nesse sentido, o presidenciável começou na
última semana a colar em seus adversários - Ciro Gomes (PDT), Marina Silva
(Rede) e Henrique Meirelles (MDB) - a pecha de "adoradores do PT",
explorando o passado de ligação deles com o partido. Hoje é Bolsonaro quem
encarna o anti-PT na disputa.
A
campanha acha muito difícil que a tática do voto útil converta para Alckmin
eleitores de candidatos mais alinhados à esquerda, como Ciro e Marina. Num
segundo momento, o foco da campanha será eleitores de candidatos que disputam
no mesmo campo político de Alckmin, como João Amoedo (Novo), Alvaro Dias
(Podemos) e Meirelles. Nessa etapa, o discurso deverá seguir na linha de que
votar em quem não tem chance de ir para o segundo turno nesta eleição é se
omitir sobre o futuro do país. - Essa
será uma campanha de chegada. A onda que esperamos vai acontecer a 10 dias ou
uma semana antes da eleição - afirmou um tucano com assento nas reuniões de
definição de estratégia. Antes do atentado a Bolsonaro, aliados do tucano davam
duas semanas de horário eleitoral para que Alckmin começasse a crescer.
O
afastamento de Bolsonaro estava sendo considerado pelos tucanos como vantajoso
para Alckmin avançar sobre o eleitorado ainda não consolidado do adversário.
Uma agenda de viagens chegou a ser acertada pelo tucano no interior de São
Paulo, onde Bolsonaro tomou votos do PSDB. No Datafolha, no entanto, Bolsonaro
oscilou de 24% para 26%, mesmo estando hospitalizado.
Coordenadores
regionais de Alckmin no estado também começaram a pressionar candidatos a
deputado a pedirem voto no presidenciável nessa região. Muitos deles têm feito
corpo mole para não se indispor com os eleitores de Bolsonaro em São Paulo. Há também
uma estratégia geográfica de busca por votos sendo montada pela coordenação da
campanha. A maioria dos aliados defende que o candidato concentre sua presença
a partir de agora em estados de maior densidade eleitoral, como São Paulo, Rio
Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entretanto,
o presidenciável, segundo alguns integrantes da campanha, tem resistido a
abandonar visitas a outras regiões do Brasil com medo de que sua imagem de
paulista aumente sua rejeição.
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