Partido divulgou nota ainda antes do fim do julgamento do indeferimento da candidatura do ex-presidente
Em uma
eleição repleta de incertezas, a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva era uma das poucas coisas garantidas desde janeiro, quando o
Tribunal Regional Federal o condenou, unanimemente, por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. A Lei da Ficha Limpa, sancionada pelo próprio petista, é
literal: são inelegíveis "os que forem condenados, em decisão transitada
em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado". Este é o caso do
TRF.
O
julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, na sexta-feira, foi apenas o epílogo
da longa jornada político-jurídica desenvolvida pelo ex-presidente há dois anos
e meio. Na manhã de 4 de março de 2016, a Polícia Federal fez uma operação de
busca e apreensão no apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, e o levou
para prestar depoimento. Ao sair
da sala da PF no aeroporto de Congonhas, Lula seguiu para a sede do PT,
anunciou que estava disposto a se candidatar em 2018, que iria “andar o país” e
sacramentou: “A jararaca está viva”. Naquele momento, o caso do triplex no
Guarujá, pelo qual ele acabou condenado, já estava adiantado, assim como seu
vínculo com o sítio de Atibaia — cujo processo até hoje não foi julgado.
Diante da
dificuldade de defender-se juridicamente, o ex-presidente optou por uma batalha
política que, efetivamente, reorganizou a militância petista e sua base
eleitoral. Dez dias depois daquele discurso, o Datafolha fez uma pesquisa
eleitoral que mostrava Lula com 17% de intenções de voto, atrás de Marina
Silva, com 23%. Naquele momento, Geraldo Alckmin tinha 11%; Ciro Gomes, 7%; e
Jair Bolsonaro ainda estava reduzido a 6%.
Em dois
anos, o petista mais que dobrou sua intenção de voto — figurou com 39% no
Datafolha da semana passada —, mobilizou as ruas e até intelectuais [com raríssimas exceções, os chamados intelectuais que se aliam a Lula não se destacam pela inteligência = uma das principais condições para honrar o título que para eles é mais um apelido, um vulgo.] em torno de
uma pauta de enfrentamento das instituições constituídas e reorganizou o PT,
após o partido ser devastado na eleição municipal de 2016. [pergunta de um não intelectual: qual o resultado prático de toda essa mobilização do petista?
respondendo: NENHUMA, NADA;
Lula está preso, vai continuar preso, novas sentenças virão e o 'poste' Haddad vai confirmar ser uma nulidade, menos apenas do que a capacidade - ainda não provada - do ex-presidente transferir votos.]
Agora,
começa a nova etapa da estratégia lulista. O PT promete recorrer a todas as
instâncias possíveis para levar Lula às urnas. O caminho mais óbvio, no
entanto, seria anunciar prontamente a candidatura de Haddad. Isso porque a
propaganda de rádio e TV, da qual Lula está afastado a partir do julgamento do
TSE, é imprescindível para a transferência de parte significativa dos votos do
ex-presidente para o ex-prefeito. Se o
partido não cometer erros graves, [o partido 'perda total' pela sua simples existência já é um erro grave, irreparável.] são reais as chances de o lulismo, exacerbado
nos últimos dois anos, levar Haddad ao segundo turno. A partir daí, é uma
loteria. Hoje, Lula é o nome mais popular da eleição, mas só é menos rejeitado
que Bolsonaro. [rejeitado ou não o fato é que Bolsonaro a cada dia se torna mais firme no rumo a vitória;
apesar do esforço da maior parte da imprensa em destruir a candidatura do capitão, esta só cresce.
Seus interrogadores perdem até o ritmo durante os debates - debates? ou interrogatórios?]
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