Vice-presidente do TSE ameaça suspender campanha do partido caso o nome de Lula continue a ser usado como candidato. O argumento é o de que as peças publicitárias induzem o eleitor ao erro. PT tem até terça-feira (11) para indicar novo candidato
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) subiu o tom contra o PT e os partidos da coligação, PCdoB e Pros, que continuam usando, nas propagandas eleitorais, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência da República, mesmo após o registro dele ter sido barrado pela Corte, em 1º de setembro. Por entender que essa postura desrespeita a decisão do tribunal, o vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reiterou ontem que o petista não pode ser mencionado como candidato nas peças eleitorais e avisou que, caso a ordem seja desobedecida, as propagandas no rádio e na televisão serão suspensas.
Com base em pedido do
Ministério Público Eleitoral (MPE), Barroso proibiu não apenas que a
coligação insista em apresentar Lula como presidenciável, mas também que
os candidatos usem expressões como “estamos com Lula”, “vamos com Lula”
e até “Lula-Haddad”, por entender que elas induzem o eleitor ao erro.
Essa situação pode afetar a transferência de votos para o atual vice da
chapa, Fernando Haddad, quando ele substituir o ex-presidente como
candidato do PT — o que deve acontecer até amanhã, prazo limite
estipulado pelo TSE para que o partido troque o nome, devido à
inelegibilidade de Lula, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ontem, a presidente do TSE negou pedido do PT para que esse prazo fosse estendido.
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