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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Governo Bolsonaro: quem são os líderes estrangeiros que assistirão à posse?

Mesmo com a ausência dos presidentes de Venezuela, Cuba e Nicarágua, chefes de Estado latino-americanos compõem a maioria dos líderes que confirmaram presença na posse de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta terça-feira, mantendo o padrão das últimas inaugurações de mandato presidencial no país. A lista de autoridades, porém, deve destoar das anteriores pela presença dos líderes conservadores de Israel e da Hungria, além da fraca presença de mandatários africanos. [relação abaixo.]



Líderes de esquerda
Integram o grupo que assistirá à posse de Bolsonaro os presidentes de sete países sul-americanos incluindo os líderes de esquerda Evo Morales, da Bolívia -[convite parte de cerimonial, ainda integrante do Governo Temer, mas, que aceita sugestões do presidente eleito, por isso Bolsonaro deveria ter recomendado que o cocalero Morales não fosse convidado]  - , e Tabaré Vázquez, do Uruguai. 

Os presidentes de Venezuela, Cuba e Nicarágua não foram convidados à cerimônia, segundo o futuro chanceler, Ernesto Araújo, que expôs divergências ideológicas com os três governos e os acusou de ditatoriais pelo Twitter.
Para Geraldo Zaran, professor de Relações Internacionais da PUC-SP, a presença de grande número de líderes sul-americanos na posse de Bolsonaro e de seus antecessores evidencia a importância do Brasil na região.
Ele afirma que o protagonismo do país também explica a vinda dos líderes da Bolívia e Uruguai, cujos países mantêm fortes laços econômicos com o Brasil e teriam optado por uma postura pragmática, apesar das divergências políticas com Bolsonaro.
O Brasil é o maior importador de produtos bolivianos e uruguaios e mantém fronteira com as duas nações. 

(...)

A vinda do líder húngaro, por sua vez, sinalizaria a busca por uma aliança política e econômica com o Brasil, segundo Guedes.
"A Hungria e outros membros da nova direita europeia têm se sentido constrangidos pela União Europeia por defenderem políticas que vão de encontro às europeias", afirma. "A aproximação com o Brasil pode ser um canal de escape." 

Política externa para a África
Guedes destaca ainda a ausência, por ora, de confirmações entre líderes africanos – diferença significativa em relação às posses anteriores. Quatro chefes de Estado africanos estiveram na primeira posse de Dilma Rousseff em 2011, e três participaram da segunda, em 2014. 

Segundo o professor, as visitas refletiam a importância que a política externa petista dava à África, destino de investimentos brasileiros e vista como um baú de votos em organizações internacionais. Com Bolsonaro, porém, o continente deve passar a ser encarado apenas segundo seu potencial econômico, afirma o analista. 

Confira a lista de chefes de Estado que devem vir à posse nesta terça: 
Argentina: Mauricio Macri 
Bolívia: Evo Morales
Chile: Sebastián Piñera 
Colômbia: Iván Duque Márquez 
Hungria: Viktor Orbán
Paraguai: Mario Abdo Benítez
Peru: Martín Vizcarra
Portugal:  Marcelo Rebelo de Sousa
Uruguai: Tabaré Vázquez 


Outras autoridades confirmadas
Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos,e Ji Bingxuan, vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular (Parlamento chinês). 
[Mike Pompeu e Ji Bingxuan,  representam os respectivos presidentes; 

As nações árabes não enviaram representantes com nível de Chefe de Estado, o que é normal, tendo em vista que o presidente eleito, demonstra claramente seu desinteresse em considerar  relacionamento comercial, como critério para posicionamento em outras áreas.]  


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