[melhor ficar sem o troféu - com a alegria de saber que o terrorista agora está realmente preso e o lulopetismo perdeu MAIS UMA - que correr o risco do 'mico' = risco da Justiça brasileira impedir a extradição do terrorista.]
O pragmatismo boliviano e o receio dos italianos de uma possível reviravolta em solo brasileiro deixaram o governo Bolsonaro sem a foto oficial com Battisti
A polarização política no Brasil atingiu um nível que até mesmo os
mais distraídos são obrigados a tentar pelo menos uma opiniãozinha de
vez em quando. Se o tema for a prisão do italiano Cesare Battisti, aí
teremos pano longo para muitas mangas, sejam elas da esquerda ou da
direita. O primeiro a tocar fogo nas redes sociais foi, como se sabe, o
próprio presidente Jair Bolsonaro. Foi logo cedo, às 9h10: “Parabéns aos
responsáveis pela captura do terrorista Cesare Battisti! Finalmente a
justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideias de um
dos governos mais corruptos que já existiram no mundo (PT)”.
Tirando
as exclamações do texto do capitão reformado — uma tônica nos twitters
—, sobram a campanha ainda aberta, mesmo depois da posse e de dois meses
e meio das eleições, e a imprecisão, pois seria impossível um ranking
mais ou menos preciso sobre a corrupção mundial por partidos.
Concentremos-nos no essencial: Bolsonaro e os ministros sabiam desde a
madrugada que tinham ouro em mãos, pois Battisti, com a incompetência
petista, representa, para o torcedor fanático do presidente brasileiro,
um novo troféu do fracasso do lulismo ou pelo menos de determinadas
defesas do PT.
Battisti, assim como Luiz Inácio Lula da Silva, está preso. O sonho
dos governistas era que o italiano desse uma paradinha no Brasil, pois a
primeira foto do homem tinha como fundo a marca da polícia boliviana de
Evo Morales, um governante pragmático. Tudo que a Polícia Federal
brasileira queria era que a fotografia tivesse os agentes brasileiros
enquadrados, mas acabou perdendo o alvo, inclusive com uma série de
tiros n’água na busca por Battisti ao longo dos últimos dias. A reunião
na manhã de ontem no Planalto tinha como pauta um roteiro preparado pelo
governo para desgastar o PT, a ponto de um avião da Polícia Federal
brasileira ter saído de Corumbá (MS) em direção à Bolívia para trazer o
italiano.
Mas o pragmatismo boliviano e o
receio dos italianos de uma possível reviravolta em solo brasileiro
deixaram o governo Bolsonaro sem a foto oficial com Battisti. Restou a
manifestação do presidente brasileiro pelas redes sociais, aquela feita
logo pela manhã. Com as exclamações.
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