[EXCELENTE matéria; oportuna, fundamentada e o caso Tancredo Neves - relembrado no filme 'o paciente' - está bem presente. Tancredo tinha 85 anos e o senhor tem 63, mas, quando a 'máquina' começa a dar problemas, a idade não é o mais importante, na maior parte das vezes uma parada técnica é mais eficaz.
Bolsonaro está pisando feio na bola e fazendo exatamente o que seus inimigos e também inimigos do Brasil - a turma do 'quanto pior, melhor' - desejam; 'buscando complicar de vez seu estado de saúde'.
Problemas de saúde, especialmente envolvendo cirurgias, no aparelho digestivo costumam causar complicações, são de dificil e demorada recuperação (muitos tem morrido em função de tais problemas exatamente por ter o entendimento de que só problemas de coração, câncer e cérebro, matam).
Presidente - e/ou sua esposa Michelle - siga a sensata sugestão do blogueiro Josias, passe o comando para o vice-presidente da República (aqueles arroubos de candidato que acometeram o general Mourão agora se tornaram aulas de sensatez), o general Hamilton é leal ao senhor e ao Brasil, aceite ficar internado - de preferência em regime de semi UTI - e recupere sua saúde.
O Brasil precisa do senhor plenamente recuperado, até o final deste mês, para a batalha de por nossa Pátria Amada nos trilhos - talvez uma batalha não seja suficiente, o que tornará sua presença necessária para vencer a guerra e esta inclui a reeleição.
Esperamos que no que depender do senhor a Gleisi Hoffmann só tenha tristeza, nada dela ficar alegre.]
No dia 28
de janeiro, uma segunda-feira, Jair Bolsonaro arrostou uma terceira cirurgia,
no hospital Albert Einstein, dessa vez para retirar a bolsa de colostomia.
Foram sete horas na mesa de operação. O operado mal fora recolhido à UTI e seu
porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, já anunciava: "O presidente vai passar
48 horas em descanso total. Então, na quarta-feira, em torno de 9h, 10h, ele
retoma legalmente a função de presidente da nossa República".
Dito e feito. Menos de 48 horas depois da cirurgia, Bolsonaro deu alta
ao general Hamilton Mourão, seu substituto constitucional. E
"reassumiu" o posto. As palavras do porta-voz sinalizavam que a
presidência hospitalar seria uma experiência sui generis: "O presidente
está preservado de falar porque, ao falar, há possibilidade de que gases…, de
que ar entre na sua cavidade abdominal e isso vai provocar dores e vai
dificultar a cicatrização, particularmente no que toca à cicatriz
externa". No sábado, Bolsonaro sofreu uma parada intestinal. No domingo,
teve
febre.
Exames de imagem revelaram "um acúmulo de líquido ao lado do intestino, na região da antiga bolsa de colostomia". Em consequência, "foi submetido a punção para retirar esse líquido e permanece com dreno no local". Foi para a unidade de "cuidados semi-intensivos". E recebe dosagens regulares de antibióticos, para evitar uma infecção. São injetados junto com o soro. A recuperação do presidente da República deveria ser levada mais a sério. Ninguém disse ainda, talvez por respeito ao drama do paciente, mas a Presidência cenográfica encenada no Albert Einstein faz mal à saúde de Bolsonaro.
febre.
Exames de imagem revelaram "um acúmulo de líquido ao lado do intestino, na região da antiga bolsa de colostomia". Em consequência, "foi submetido a punção para retirar esse líquido e permanece com dreno no local". Foi para a unidade de "cuidados semi-intensivos". E recebe dosagens regulares de antibióticos, para evitar uma infecção. São injetados junto com o soro. A recuperação do presidente da República deveria ser levada mais a sério. Ninguém disse ainda, talvez por respeito ao drama do paciente, mas a Presidência cenográfica encenada no Albert Einstein faz mal à saúde de Bolsonaro.
A
primeira-dama Michelle deveria ordenar a imediata desmontagem do gabinete
improvisado no hospital. Primeiro Michelle despacharia para Brasília a
parafernália eletrônica. Bolsonaro utilizou uma mísera vez o telão de vídeo. Conversou
com o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. O
resultado prático da conversa foi uma bronca dos médicos, incomodados com o
descumprimento da orientação para que o paciente se mantivesse de boca fechada.
Depois de
lacrar o gabinete, Michelle decretaria a dedicação full time do marido às
atividades pós-operatórias. Pelo tempo que for necessário. A interinidade de
Hamilton Mourão não fará nenhum mal irreversível à República. E o repouso fará
bem ao capitão. Na sequência, a primeira-dama devolveria ao Planalto o
porta-voz Rêgo Barros. No momento, não interessa a ninguém o lero-lero
bem-intencionado sobre a agenda virtual, com despachos ministeriais e reuniões
de trabalho que não acontecem. O que todos desejam e merecem ouvir é a voz dos
boletins do hospital. Neles, os médicos falam sobre as condições clínicas do
paciente, sem viés embromatológico.
Blog do Josias de Souza
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