O PT
celebra neste sábado seu aniversário de 39 anos. O principal mote da festa é um
chavão já meio desgastado: "Lula livre". Ao impor a Lula uma nova
condenação de 12 anos e 11 meses, agora no caso do sítio de Atibaia, a juíza
Gabriela Hardt jogou água no chope do PT. Mas a substituta de Sergio Moro
também ofereceu ao partido uma nova oportunidade para se libertar da fábula em
que Lula o aprisionou.
O PT vive
a ilusão de que comanda uma ofensiva política. Seus ataques ao Judiciário
resultaram numa coleção de derrotas nos tribunais. Seus apelos à solidariedade
das ruas produziram bocejos. Os aliados da esquerda, com água pelo nariz, se
deram conta de que, ao abraçar Lula, agarravam-se a um jacaré, não a um tronco.
Buscam novas tábuas de salvação.
No ano
passado, às vésperas do julgamento em que o TRF-4 confirmou a sentença de
Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann,
dizia: "Para prender o Lula, vai ter de prender muita gente, mais do que
isso, vai ter de matar gente." Com a nova sentença, Lula passa a acumular
uma pena de 25 anos de cana dura. E não morreu ninguém, exceto o próprio PT. [com o devido respeito aos mortos, também faleceu Vavá, irmão do presidiário, e que por obra e graça do próprio irmão canalha e agora duplamente condenado,(o presidiário tentou transformar o velório do irmão em um showmicio) foi transformado em mero figurante do seu próprio velório.]
Sim,
Gleisi Hoffmann e seus companheiros ainda não notaram. Mas aquele PT fundado
por um líder operário há 39 anos morreu. Foi sapateando em cima das suas cinzas
que Jair Bolsonaro elegeu-se presidente em 2018. A festa de aniversário deste
sábado revela que o PT vive a fábula do morto que se imagina vivo. É um vivo
tão pouco militante que a realidade precisa enviar coroas de flores de vez em
quando. A sentença sobre Atibaia é uma pá de cal. E não será a última. Lula
ainda é réu em outras cinco ações penais.
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