JAIR JÁ FOI 4: General
da ativa na ação política usa saliva ou tanques? ... - Veja mais em
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/17/jair-ja-foi-4-general-da-ativa-na-acao-politica-usa-saliva-ou-tanques/?cmpid=copiaecola
A
demissão do general da reserva Santos Cruz da Secretaria Governo na própria
quinta, dia em que se apresentou o relatório da Previdência, chega a ser
irresponsável. A articulação política do Planalto estava sob sua responsabilidade,
tarefa compartilhada com o inexistente Onyx Lorenzoni. Cruz já havia
estabelecido uma relação cordial com lideranças do Congresso. Quem assume o
lugar é o general da ativa Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante
militar do Sudeste e membro do Alto Comando do Exército. Tomara que o homem se
saia bem na função. Sentido não faz. Baptista Ramos é cordial e boa-praça. Mas
será a primeira vez que um paraquedista, um homem treinado para a ação, será paraquedista na coordenação política. O que
ele tem de especial? É um bolsonarista de primeira hora e não se duvida de que
estará com Bolsonaro para o que der e vier.
De ministros, espera-se tal
comportamento, claro! Mas tudo fica mais fácil quando eles só têm a seu favor a
saliva do convencimento. Baptista Ramos também tem tanques e soldados, o que
não combina com a política. A menos que se queira deixar uma espécie de ameaça
no ar. É necessário dizer isso, ora bolas! O outro general da ativa, Rêgo
Barros, também um quatro-estrelas, é porta-voz. Ele se diz fã de um livro de
que também gosto: "O Soldado e O Estado", de Samuel Huntington. Pois
é!
Huntington
é um conservador e defende o que chama de "controle civil objetivo das
Forças Armadas". Em miúdos, isso quer dizer o seguinte: militares da ativa
não servem a governos, mas ao Estado. Dois militares da ativa na gestão abrem a
vereda para uma politização ainda maior das Forças Armadas. Vamos ver: a crise
que envolve Sergio Moro e o vazamento das conversas indevidas com Deltan
Dallagnol, por exemplo, se tornou um grave problema político para o governo.
Quando Baptista Ramos cuidar do assunto, quem o fará: o ministro ou o soldado
que dispõe de tanques? [o esperado, o normal, o desejado é que o ministro seja, antes de tudo e sob qualquer circunstância, um soldado.] Se os tanques não contam, que passe, então, para a
reserva. Alguém nota alguma falha no raciocínio?
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A demissão do general
da reserva Santos Cruz da Secretaria Governo na própria quinta, dia em
que se apresentou o relatório da Previdência, chega a ser irresponsável.
A articulação política do Planalto estava sob sua responsabilidade,
tarefa compartilhada com o inexistente Onyx Lorenzoni. Cruz já havia
estabelecido uma relação cordial com lideranças do Congresso. Quem
assume o lugar é o general da ativa Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira,
comandante militar do Sudeste e membro do Alto Comando do Exército.
Tomara que o homem se saia bem na função. Sentido não faz. Baptista
Ramos é cordial e boa-praça. Mas será a primeira vez que um
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