[Lealdade é uma honra, uma virtude difícil de ser encontrada e praticada e que poucos possuem.]
Em depoimento, diretor da Abin disse que só foi perseguido pelo ex-ministro por não fazer parte do seu ‘núcleo restrito de delegados’
Segundo
Ramagem, enquanto não representava uma ameaça a Moro na Polícia
Federal, ele era elogiado pelo então ministro. “É de conhecimento do
depoente que o ex-ministro Moro constantemente elogiava o seu trabalho,
convidando-o para diversas reuniões de inteligência de cúpula, auxílio
nas questões de segurança de alguns estados da federação”,
disse.
No longo depoimento que prestou à Polícia Federal
nesta segunda, o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
Alexandre Ramagem, negou ter proximidade com o clã presidencial e
aproveitou o interrogatório para bombardear Sergio Moro, definido por
ele como “intransigente” e insubordinado por ter desrespeitado a
hierarquia ao bater de frente com o presidente da República sobre a
troca de comando na PF.
Para o delegado, o então ministro da Justiça só não aceitou seu nome e passou a desqualifica-lo perante a opinião pública porque ele não fazia parte do “núcleo restrito de delegados de Polícia Federal próximos ao então ministro, uma vez que, diante dos fatos ora relatados, não haveria um impedimento objetivo que pudesse conduzir à rejeição de seu nome” para o comando da corporação.
“Sérgio Moro não falou mal do nome do depoente em seus pronunciamentos mas fez questão de desqualificar o depoente para a posição de diretor-geral da Polícia Federal. A desqualificação ocorreu através de argumento inverídico de intimidade familiar nunca antes tido como premissa ou circunstância, apenas como subterfúgio para indicação própria sua de pessoas vinculadas ao seu núcleo diretivo de sua exclusiva escolha".
Ramagem ainda negou manter laços de amizade com o clã presidencial.
Ele disse ter “ciência de que goza da consideração, respeito e apreço da
família do presidente Bolsonaro pelos trabalhos realizados e pela
confiança do presidente da República no seu trabalho, mas não possui
intimidade pessoal com seus entes familiares”.
Radar - Blog em Veja
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