OESP busca no TenBrig R1 Sergio Xavier Ferolla, com notória ligação com a
esquerda, mais uma tentativa de desestabilizar os militares.
Nota DefesaNet
Coup d´Presse - Termo criado por
DefesaNet para caracterizar os contínuos ataques difamatórios e
agressivos de uma série de jornalistas, apoiados pelos grande órgãos de
imprensa e grupos políticos, que visam atacar os militares piara obter
inconfessáveis resultados políticos golpistas.
"É inaceitável tentar envolver as Forças Armadas em uma ruptura." A frase foi dita pelo tenente-brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla,
mas lembra o exemplo de outras, ouvidas nos Estados Unidos. A
primeira foi: Quando me tornei militar, há 50 anos, fiz um juramento de
apoiar e defender a Constituição". Ela prossegue. "Nunca sonhei que
tropas que fizeram o mesmo juramento que eu pudessem receber a ordem,
sob quaisquer circunstâncias, de violar os direitos constitucionais de
seus compatriotas." Quem a disse foi James Mattis, um general de quatro
estrelas, com três guerras nas costas e ex-secretário da Defesa do
presidente Donald Trump.
Pela primeira vez na história recente dos EUA, um presidente quis usar o
Exército para controlar manifestações populares, garantidas pela
Primeira Emenda. Em poucos dias, Trump se tornou um pária entre
militares comprometidos com a Constituição. Mattis escreveu sobre o
presidente: "É o primeiro líder em minha vida que não tenta unir o povo
americano e nem mesmo pretende tentar fazer isso. Em vez disso, ele
busca dividir-nos. Nós estamos testemunhando as consequências de três
anos de seu esforço deliberado, três anos sem uma liderança madura."
[Há uma diferença imensa entre a legislação dos Estados Unidos e a brasileira no que se refere ao emprego das FF AA.
As Forças Armadas dos Estados Unidos são proibidas de atuar em solo americano contra americanos.
As Forças Armadas são expressamente autorizadas pela Constituição Federal a atuar em solo brasileiro, contra brasileiros. Autorização esta que foi mantida na revisão constitucional de 93 e foi complementada/esclarecida pela Lei Complementar 97/99, com instruções específicas sobre o protocolo de requisição do seu emprego.
Assim, o entendimento dos oficiais norte-americanos não se aplica ao Brasil.]
O exemplo de Mattis frutificou. Foi seguido por Colin Powell, outro
ex-secretário da Defesa e republicano, que anunciou que votará no
democrata Joe Biden. Quase uma centena de líderes militares assinou um
manifesto contra Trump. "Militarizar a nossa resposta, como nós
testemunhamos em Washington, DC, cria um conflito – um falso conflito –
entre o mundo militar e o civil. Isso corrói a moral que assegura um
vínculo confiável entre homens e mulheres de uniforme e a sociedade
que eles juraram proteger e da qual eles mesmos são uma parte", escreveu
Mattis.
Desde que começaram os atritos de Bolsonaro com o Supremo Tribunal
Federal ou desde que seus filhos e amigos são alvo de investigações por
desvio de verbas e de malversação do dinheiro público, subsidiando
mentiras e propaganda política disfarçada de jornalismo, quase duas
dezenas de manifestos foram feitos por militares que só tiveram olhos
para decisões monocráticas de ministros do Supremo, [as maiores agressões à independência e harmonia dos Poderes foram praticadas em decisões monocráticas.] mas não se lembraram
de lutar contra o odioso privilégio de estar acima da lei, de não ser investigado, de povoar as instituições com amigos que engavetem bandalheiras.
Alguns generais brasileiros enviam artigos e mensagens aos amigos com
textos que fariam corar seus pares americanos. Na semana passada, Maynard Santa Rosa – ex-secretário de Assuntos Estratégicos de Bolsonaro – escreveu O Arquétipo Cincinato.
Nele, insinua a tese de que, no inconsciente da população brasileira,
está a aceitação do homem providencial, da liderança forte, do salvador
da República, personificado no ditador romano Lúcio Quíncio Cincinato. Santa Rosa parece não perceber, na história de Roma (Ab Urbi Condita Libri),
escrita por Tito Lívio, a devoção de Cincinato pelo bem comum,
repreendendo tanto os tribunos da plebe por suas sedições quanto os
patrícios que lhe ofereceram a reeleição como cônsul, rompendo com as
regras da República. Para Lívio, as camadas superiores deveriam
situar-se diante da sociedade como um exemplo a ser seguido, cujo
comportamento moralmente elevado legitimaria a posição que desfrutavam.
Em sua obra Os Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio,
Maquiavel disse que a ditadura fazia bem à Roma, desde que o poder não
fosse usurpado, em vez de livremente delegado. Eis um detalhe que passou
longe do texto de Santa Rosa: são os responsáveis pela República
que vão buscar Cincinato em sua propriedade e não as legiões.
Muito menos um general que escreve: "Na hipótese de se chegar ao
comprometimento da lei e da ordem, resta o remédio do Art. 142 da
Constituição Federal, e o acatamento das Forças Armadas pela opinião
pública será essencial na pacificação. Afinal, é no inconsciente
coletivo do povo que reside a fé no braço forte e a confiança na mão
amiga."
É constrangedor testemunhar militares que ainda acreditam que o povo
apoiaria a intentona bolsonarista. O leitor viu aqui que Ulysses
Guimarães, ao promulgar a Constituição, chamou de traidores da Pátria
aqueles que atentam contra a Carta Magna. É nesse contexto que surge o
exemplo do tenente-brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla. Ex-comandante da
Escola Superior de Guerra (ESG) e ex-presidente do Superior Tribunal
Militar, ele disse: "As Forças Armadas não podem se meter em política.
Elas são instituições de Estado e não de governo. Não deve se meter em
política pessoal". O brigadeiro mandou mensagens aos amigos,
alertando-os sobre as iniciativas dos militares ligados ao
Planalto."Quem gera as crises é o presidente."
Ferolla representa o distanciamento de parte dos brigadeiros do governo Bolsonaro, ainda mais depois do decreto, que acabou revogado pelo presidente nesta segunda-feira, 8, após as críticas, que
dava ao Exército o direito de ter aviação de asa fixas, enquanto os
aviões da FAB ficam em solo por falta de combustível. "Heleno está sendo
uma decepção. Ele está em uma posição em que devia pensar duas vezes
antes de abrir a boca, pois deve dar o exemplo." Ontem, apesar de o
Comando da PM de São Paulo dizer o contrário, o general Augusto Heleno
tentou vincular os atos de vandalismo de uns poucos, após a manifestação
pela democracia, à maioria das pessoas que foi pacificamente protestar
contra Bolsonaro.
"Eu, como ministro do STM, julgava pessoas e não ideologias", afirmou
Ferolla. Para ele, um governante não pode escolher um delegado da PF
porque é amigo do presidente ou do ministro, nem juiz pode se meter em
política. Todos devem dar o exemplo. O brigadeiro conhece de longa data o
guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho.
"Diga-me: Como é possível vir com essa conversa de Terra plana nessa
altura do campeonato? Estamos no século 21. E tem dois amigos dele no
governo: o ministro da Educação, esse Weintraub, e o das Relações
Exteriores, o Ernesto Araújo."
Ferolla testemunhou a fala de Abraham Weintraub na posse do reitor do
Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Anderson Ribeiro Correia."Um discurso que qualquer caminhoneiro faria melhor." Por fim, o
brigadeiro conta sua impressão sobre o vídeo da reunião presidencial do
dia 22 de abril: "Esse vídeo é um exemplo: dentro de um prostíbulo seria
imoral." E Ferolla explica por quê. "Cria-se um ambiente em que ninguém
respeita nada. Isso é falta de liderança. O chefe tem de dar o
exemplo." É aqui onde Trump e Bolsonaro falharam miseravelmente: o
exemplo. O caso de Bolsonaro seria agravado por lideranças militares que
o cercam e assistem a tudo em silêncio. E, quando falam, apenas repetem
o radicalismo, as bravatas e os desmandos do bolsonarismo.
"Onde um general da intendência acha que pode ser ministro da Saúde sem
ouvir os médicos?", indaga um coronel intendente sobre o
general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, que loteou a
pasta entre militares. Pazuello pode saber como entregar um garrafão de
água em um pelotão de fronteira em Roraima, mas está perdendo a guerra
contra o coronavírus. [Não podemos esquecer que continua valendo a decisão do STF de que o primeiro combate, especialmente nas medidas de deslocamento e distanciamento, continua sendo atribuição dos governadores e prefeitos.
O Poder Executivo nada pode fazer de efetivo para combater a pandemia. Apesar da OMS - maior mentora científica dos governadores e prefeitos e de grande parte da imprensa - ter credibilidade ZERO = toma hoje uma decisão sobre determinado assunto e amanhã revoga o decidido = caso da cloroquina e de que os assintomáticos não transmitem o vírus - ou transmitem?
Até por ter optado por mudar o horário de divulgação dos boletins dos vitimados pela covid-19 - mudança de no máximo três ou quatro horas, sem nenhum efeito prático no combate à pandemia, foi revogada por decisão monocrática de um ministro do STF.]
continua Nação não
precisa saber da gravidade do momento. Alguém lhe deu o "bizu" de que
basta não contar os mortos ou contar de forma diferente. Esse é
o exemplo que o general de Bolsonaro dá à Nação.
Coup d´Presse - DefesaNet
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