Fux cancela reunião
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), cancelou a reunião entre os chefes dos poderes —
os presidentes da Câmara, do Senado, da República e do Supremo. E
justificou dizendo que o presidente Jair Bolsonaro ao ofender os
ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso estava ofendendo o
Supremo todo.
Só achei estranho ele dizer que "fica cancelada" a
reunião. Ficaria melhor Fux afirmar: “com isso eu não vou”. Será que ele
tem poder de cancelar a reunião se os outros quiserem mantê-la? [provavelmente não tem, mas certamente ele pensa que tem e age como tal. Ainda não existe uma lei que proíba do presidente da Câmara e/ou do Senado Federal se reunirem com o presidente da República e vice-versa.]
Essa
reunião foi marcada depois que o presidente Bolsonaro foi ao Supremo
conversar com Fux, em meados do mês passado. Foi aí que anunciaram essa
reunião, que agora o ministro do STF "cancelou". Essa suspeição
sobre as eleições não foi o presidente que levantou. Foram peritos, que
tem dados de peritagem mostrando que é possível fraudar o voto, daí a
proposta do comprovante do voto. Aliás, diga-se de passagem, o que está
se querendo não é voto impresso, é voto digital com comprovante
impresso.
O voto tem que ser como a mulher de César: acima de qualquer suspeita
Em Vila Velha (ES) aconteceu algo semelhante dentro de casa: o filho matou o pai médico e a mãe a facadas. Um jovem de 15 anos matou o pai com três tiros, em Valinhos (SP), em um condomínio de alta renda, supostamente para defender a mãe. Em Brasília, Ceilândia, o pai foi visitar o filho. Na casa do filho, enquanto bebiam houve um desentendimento entre pai e filho e este pegou uma arma, entraram em luta corporal, a arma disparou e o filho foi atingido, com morte imediata.
No centro de São Paulo, o pai chegou em casa e o filho adolescente estava fazendo uma festa com drogas; bateram boca e o pai matou o filho com uma chave de fenda; depois se entregou à polícia. Não sei se essa violência é uma deterioração dos valores familiares, que já vem de longe, ou se foi estimulada por essa convivência obrigatória em casa, mas serve para a gente pensar nos valores familiares nesse momento.
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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