Recentes afirmações de Bolsonaro preocupam líderes aliados do presidente, que veem o andamento de pautas para o país emperrar pela falta de consenso
A afirmação do presidente Jair Bolsonaro, no último sábado, em Goiás, sobre o próprio futuro — ser preso, ser morto ou conquistar a vitória — foi lida pelos partidos como um salvo-conduto para os radicais que ameaçam invadir o Supremo Tribunal Federal e até o Congresso no Sete de Setembro. Até os líderes aliados estão preocupados.
Em conversas
reservadas no fim de semana, muitos se mostraram, inclusive, inclinados a
pedir aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que
acionem as Forças Armadas para a proteção dos prédios públicos no
feriado da semana que vem. [lembramos que a solicitação deve ser apresentada na forma do artigo 15, da Lei Complementar 97/99, especialmente seu parágrafo primeiro.] parágrafo só pode ser apresentada por O governo do Distrito Federal já destacou 5 mil policiais militares para a segurança da Esplanada dos Ministérios.
A preparação para o feriado da Independência sem desfile militar, e com
atos por todo o país, promete tomar conta de mais uma semana tensa e
travar parte da pauta do Congresso, uma vez que a energia será dedicada a
tentar arrefecer os ânimos e evitar estragos para o pós-dia 7.
O marco temporal promete ser o tema mais polêmico da semana. No Congresso, a expectativa é a de dias mais calmos, até para preparar o terreno para o dia seguinte ao Sete de Setembro. “Esta semana está tranquila. O pós é que vai depender dos desdobramentos das manifestações”, diz o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB). De mais polêmico, só mesmo o Código Eleitoral, que pretende estabelecer, a partir de 2024, uma quarentena para juízes, militares e bombeiros terem direito a disputar um mandato. A votação está prevista para quinta-feira.
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