Robson Bonin
Eduardo Braga apresentou o parecer um dia antes da sabatina do procurador-geral da República
Relator da indicação do procurador-geral da República, o senador Eduardo Braga apresentou um relatório recomendando aos colegas da CCJ do Senado a recondução de Augusto Aras ao cargo. No parecer, protocolado na última sexta-feira, ele registrou o fato de ter assumido a relatoria da primeira indicação, em 2019, e a “satisfação” de relatar o ato para que ele seja reconduzido ao comando da PGR.
O relatório foi apresentado um dia antes da sabatina de Aras na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, marcada para a manhã desta terça pelo presidente do colegiado, o senador Davi Alcolumbre. Em oito páginas, Braga, que é líder da bancada do MDB no Senado, destaca feitos do procurador-geral desde que ele assumiu o posto, em setembro de 2019, mas não faz qualquer menção às supostas omissões de Aras em relação à atuação do presidente Jair Bolsonaro, que o indicou ao cargo.
Sobre a esfera criminal, o relator apontou que “foram apresentadas dezenas de denúncias contra autoridades com foro no STF e no STJ, e outras pessoas apontadas como integrantes de esquemas criminosos”. “Para viabilizar investigações que levaram às denúncias, foram requeridas e cumpridas dezenas de medidas cautelares como buscas e apreensões, quebras de sigilo e prisões temporárias”, escreveu Braga.
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Alvo de radicais bolsonaristas nas redes sociais desde que virou o principal personagem dos ataques de Jair Bolsonaro, o presidente do TSE e ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso, realizou no recentemente um involuntário “teste das ruas”.
No último fim de semana, segundo confidenciou a colegas, caminhou pela praia, no Rio, e não foi importunado por nenhum seguidor do “mito”. Melhor assim.[ao que se sabe, não é regra que bolsonaristas ataquem, importunem, autoridades nas ruas.
Pode até ocorrer que um outro bolsonarista mais exaltado seja descortês com alguma autoridade - não esqueçamos que nada impede que seja um esquerdista fingindo ser bolsonarista, agrida uma autoridade, buscando comprometer os apoiadores do capitão.
Não podemos desprezar a possibilidade que a aprovação no teste pode ser pelo simples fato do ministro não ter sido reconhecido.]
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