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segunda-feira, 4 de julho de 2022
Ala do STF defende que Fachin marque reunião com ministro da Defesa - Bela Megale
O Globo
Parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tem defendido
que Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
marque uma reunião com o ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio
Nogueira, antes de deixar o comando da corte, em agosto.
Leia mais:Alexandre de Moraes dobra aposta com Bolsonaro por segurar nomeação para TSE[comentário sobre o tema deste link: Entendemos que o presidente Bolsonaro está certo ao não nomear indicados para tribunais superiores que considere intragáveis politicamente - a Constituição Federal atribui ao presidente da República competência para indicar nomes de lista tríplice apresentada por tribunal, no caso o TSE.
O texto constitucional deixa claro que o presidente não é obrigado a indicar o nome da lista que recebeu, não pode indicar fora da lista. Agora é simples: o TSE apresenta nova lista com nomes tragáveis e o presidente escolhe um para indicar. Pressa o presidente não tem, caso não indique este ano, indicará no segundo mandato - que se iniciará com as bênçãos de DEUS em 1º janeiro 2023.
Se o ministro Moraes entende que a não nomeação para os TREs pode esperar, está no seu direito de agir conforme seu entendimento.]
Para esses magistrados, o encontro seria mais uma tentativa de
distensionar o ambiente diante das constantes ameaças feitas pelo
presidente Bolsonaro sobre as eleições. A avaliação desses ministros é
que, se Fachin tiver a iniciativa de marcar o encontro, isso não iria
ferir a independência que o TSE tem trabalhado para mostrar em meio às
pressões do governo e funcionaria também como um gesto às Forças
Armadas. [Desde que haja disponibilidade na agenda do ministro da Defesa, visto se tratar de convite para um encontro e não de um convocação.]
Como a coluna informou,
magistrados do STF, especialmente aqueles conhecidos por serem mais
alinhados a Bolsonaro, entraram em campo para tentar diminuir a
desconfiança do presidente e de outros membros do governo sobre as
urnas. Esses ministros também procuraram o chefe da pasta da Defesa para
tratar do tema e saíram otimistas da conversa [um palpite: bem mais eficaz para acabar com a desconfiança das urnas eletrônicas, seria o voto auditável, em um percentual de urnas espalhadas por todo o Brasil.
Acabaria uma encrenca que pode vir a se tornar algo mais complicado de ser resolvido.
Ao que sabemos, estão sendo fabricadas em Ilhéus, BA, milhares de urnas e a parte delas não seria impossível acoplar impressoras. ]
O general Nogueira já externou a integrantes do Supremo sua
insatisfação ao não conseguir ter uma agenda com Fachin no início de
maio. O ministro da Defesa chegou a mencionar em um ofício ao TSE “a
impossibilidade de ver concretizada” uma reunião solicitada por ele com o
presidente da corte eleitoral. Desde então, o Ministério da Defesa
passou a registrar toda sua comunicação com o tribunal em ofícios.
Fachin tem sinalizado que o comitê de transparência do TSE é o melhor espaço para qualquer debate envolvendo as eleições.
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